A matéria de Bernardo de Mello Franco, hoje, na Folha, mostra, coitado, o estado de fragilidade psicológica daquele rapaz que se tornou conhecido como “Batman” das manifestações.
“Tenho síndrome de super-herói”, diz o rapaz boboca (altere as vogais a seu gosto) para dizer que “não consegue ficar parado quando vê uma injustiça”.
O “Bruce Wayne” carioca, tem 32 anos. Será que ele só não conseguiu ficar parado diante das injustiças nos últimos seis ou sete meses?
Ou será que antes de junho não havia injustiça no Brasil?
Há doze ou treze anos atrás, e ele já era maior de idade, não se tem noticia do dito cujo desfilando suas fantasias em atos de protesto contra o arrocho salarial, contra a entrega do patrimônio público aos grupos privados, contra as exigências do FMI…
O pateta da capa e máscara é apenas mais um idiota da cultura de subcelebridades que a mídia vem construindo há tempos neste país.
Não importa como ou porque, o importante é aparecer.
Seja um “brother”, uma mulher-melancia, padre-voador pendurado em balões de gás.
O nosso Batman é só um pobre coitado que não cresceu e que, acredito, só tem uma tradução doentia daquela ideia de fama, que não vem pelo trabalho, pelo esforço, pela capacidade ou pelo talento: vem apenas pelo ridículo.
E também traduz, como o outro personagem com transtornos emocionais que vem sendo chamado de Batman por aqui, aquele desprezo olímpico pelo povo e sua capacidade, porque acha que é preciso este tipo exato de “herói” para salvá-lo.
Algo como o Bruce Wayne da série, um riquinho entediado e recalcado, que surge na noite para “vingar” os desvalidos.
O nosso Batman enverga suas roupas justas como uma criança veste uma capa para viver uma fantasia própria de sua imaturidade.
E a “tia Mídia”, como dizemos aqui no Rio, “bate palmas pra maluco dançar” sem nenhuma cerimônia.
Mas Eron de Melo não é uma criança, tem 32 anos.
Deveria refletir e resolver seus desajustamentos de forma privada, não ajudando a promover conflitos, quebradeiras e, acima de tudo, querendo aparecer para os seus “15 minutos de fama”.
Aproveite a fantasia no Carnaval que vem aí, menino, e se quiser venha debater como um adulto que você deveria ser.
Escreva o que você pensa, apresente suas ideias e exponha-se ao debate político.
Senão, você será só uma pessoa com problemas que gosta de seu mundinho particular, onde é apreciado apenas por ser “diferente”.
Nós preferimos o contrário: queremos que as pessoas possam ser mais iguais.
E felizes sendo elas próprias, sem precisarem se fantasiar.
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