Ontem eu vinha no carro, ouvindo rádio, e ouvi um comentário na CBN – não recordo de quem – dizendo que o investimento de US$ 12 bilhões da Foxconn – que vai fabricar “tablets” eletrônicos no Brasil – não ia dar certo, porque temos impostos demais e engenheiros de menos para tornar isso viável.
É a velha turma do “o Brasil não vai dar certo” em ação.
Hoje, curiosamente, fui alertado por uma nota na excelente editoria Digital & Mídia, de O Globo, fui ler a matéria do Financial Times, escrita por Samantha Pearson, onde se dá conta que o faturamento da Google no Brasil cresceu 80% em 2010 e espera-se avanço igual este ano, o que está levando a gigante da internet a aumentar em 50% seu quadro atual de 350 empregados no Brasil.
O motivo?
” Dar acesso aos pobre do Brasil mais acesso à internet e melhorar a velocidade de conexão é uma prioridade da nova presidente do país, Dilma Rousseff, que vê a web como a melhor maneira de acelerar o desenvolvimento social e econômico”, diz o jornal inglês e acrescenta que “mais brasileiros chegam à as classe média e compram seu primeiro computador e o uso da Internet aumentou”.
E e, O Globo de hoje, outra matéria mostra que crescimento da economia brasileira está “atraindo empresas estrangeiras, que, de olho na expansão da classe média, têm planos que vão além de novas fábricas: incluem a criação de polos para desenvolver produtos e serviços.”
Segundo o Ministério da Ciência e Tecnologia, foram destinados para a criação de centros e laboratórios R$ 14 bilhões em 2010, número que deverá subir para R$ 17 bilhões este ano – alta de 21%. Do valor, parte é de multinacionais e parte de empresas estatais, como a gente mostrou quinta-feira aqui.
E a nossa mídia, com suas caras e bocas afetadas, só consegue pedir mais juros e menos intervenção do Estado. Eles acham que a abreviatura de Brasil não é BR, mas ADR, que é o nome das ações daqui que se vendem na Bolsa de Nova York.