Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 22 de março de 2013

“Em uma empresa de comunicação, questionar não é permitido”



 


Tive hoje a oportunidade de ler uma carta escrita, como disse um amigo, com o fígado, não com as mãos. Trata-se de um agora ex-funcionário do Diário Catarinense, jornal do Grupo RBS em Santa Catarina, que colocou no papel toda a frustração por ter que sair de um emprego de muito tempo por absoluta falta de condições de trabalho. Sua demissão, como ele conta na carta, foi acertada com o jornal, depois de 25 anos de RBS. Ali ele fala em “prepotência”, em “opressão”, em “tirania” por parte da administração atual. Pra quem critica a RBS desde a adolescência pela má qualidade do jornalismo praticado, é um agravante e tanto um cara que estava ali dentro há duas décadas e meia, que parecia realmente gostar da empresa, não aguentar mais. E na carta ele ainda cita mais 17 outros nomes que teriam saído pelos mesmos motivos, além de outros que continuam no grupo insatisfeitos.
Quando eu vejo uma carta assim, fico com emoções divididas. Por um lado, acho ótimo que as coisas estejam aparecendo e que as pessoas percam o medo de se manifestar contra esse tipo de situação. Por outro, a cada coisa dessas, fico triste por constatar, de novo, a situação do jornalismo no Brasil. Fico triste de ver que o grupo que detém o monopólio da comunicação no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina consegue ser cada dia pior e ainda assim manter esse monopólio.
Mas não deixa de ser engraçada a contradição desse pessoal. Vale atentar para uma passagem da carta do ex-funcionário do Grupo RBS, já lá no final:
Em uma empresa de comunicação, questionar, alimento do jornalismo, não é permitido.
Em uma empresa de comunicação que tem a educação como bandeira, que implica justamente pensar de forma autônoma, pensar não é permitido.
Em uma empresa de comunicação que exalta a democracia, vende a diversidade de opiniões, a participação dos leitores como case de ação, de sucesso, divergir não é permitido.

Vende a diversidade de opiniões… Pois é, uma empresa que treme ao ouvir falar em Conselhos de Comunicação, que brada contra marco regulatório, que acusa qualquer tipo de regulamentação de censura. Regulamentação, vale dizer, que o Reino Unido – que se enquadra naquele grupo de países que sempre são exemplo de civilização para a mídia brasileira – está fazendo neste momento. Regulamentação – se quiserem, eu desenho – serve pra colocar em prática o que diz a Constituição e garantir a pluralidade da comunicação no Brasil, coisa que não acontece quando bem poucos grupos dominam todo o mercado, impondo apenas uma visão a toda a sociedade. Duzentos milhões de pessoas são obrigadas a ler, ouvir e ver o que pensa uma única família, por pura falta de opção.
E aí a ironia vem, quando aparece uma carta dessas. A ironia de uma empresa que diz prezar pela liberdade de expressão – e pega em foice pra defendê-la – e cerceia seus próprios funcionários.


O jornalismo do Brasil é triste.
A publicação da carta – de alforria – foi permitida pelo autor. Segue a íntegra:
ACABOU!!! Hoje, depois de mais de 25 anos de RBS, fui demitido da empresa. Se, por um lado, é um momento de alegria, de júbilo, por ter sido aceito o pedido que fiz para ser mandado embora (mesmo que por conveniência de que o fez, como a justificar a ação), por outro, é de profundo pesar pela situação que me levou a formular tão drástica solicitação – é muito grave e difícil não se ver outra saída que não a de abrir mão do trabalho do qual se gosta e ao qual se dedicou a maior parte da vida.
E é esta mesma postura crítica que me levou à situação extrema de pedir para ser desligado e que marcou minha atuação profissional nesses anos todos que me leva a fazer algumas considerações sobre o ambiente insalubre que tomou conta da redação do Diário Catarinense – mais do que em qualquer época em um quarto de século – nos últimos meses.
Inúmeras gestões se sucederam à frente do DC (redação). A cada editor-chefe – agora diretor – que assumiu seguiram-se momentos de tensão e, às vezes, ruptura, naturais no início de um novo trabalho, de um modo diferente de ver e conduzir as coisas. Até aí, tudo aceitável e dentro do esperado. Mas como o ser humano é imperfeito e o apelo para satisfazer o ego é imenso, muitos que detêm o poder ultrapassam, algumas vezes, o limite e agem com prepotência, idiotia – os sem-poder, como eu, também não estão livres. Tudo dentro da normalidade, desde que seja exceção. Mas quando vira regra, como agora, é abuso.
Aí está a grande diferença desta para administrações pretéritas: a prepotência tornou-se sistêmica, a opressão é o modus operandi. E se em situações um pouco mais estressantes vividas anteriormente se chegou a cogitar solução como a de agora – sair ou ser “saído” da empresa –, o trabalho (não o cargo) sempre garantiu a permanência, sempre foi um refúgio. Agora, no entanto, esta tábua de salvação não mais existe, pois a tirania, a opressão, age justamente aí: não deixa espaço para ninguém, para nenhuma ação e forma de pensamento que não a do tirano. Sem ter o que fazer, a não ser dizer amém, por que continuar? Como continuar?
Se alguém, como bom jornalista, contra-argumentar, levantando a hipótese de que talvez eu tenha uma visão equivocada, seja algo pessoal ou, quem sabe, que o modo de agir que eu esteja condenando seja o meu próprio, lembro que não estou só, que a lista dos que capitularam (foram demitidos, foram compelidos a pedir demissão e aceitaram qualquer emprego fora para se livrar ou mesmo resolveram ir para outro veículo dentro da RBS) fala por si – fala, não, grita. Aí vai uma parte do “obituário”: Guarany Pacheco, Eduardo Kormives, Roberto Azevedo, Márcia Feijó, Renê Müller, Mariju de Lima, Simone Kafruni, Tarcísio Poglia, Marcelo Oliveira, Gisiela Klein, Marcelo Becker, Ângela Muniz, Natália Viana, Larissa Guerra, Valéria Rivoire, Fernando Ferrary, Celso Bevilacqua – sem esquecer da Ceoli e da Jussara, da secretaria de redação, substituídas por um time de futsal de terceira divisão. Não lembro de todos os nomes, não citei os que foram para outros cantos da RBS e nem, é claro, os muitos outros que seguem no baile por absoluta falta de opção.
Em resumo:
Em uma empresa de comunicação, questionar, alimento do jornalismo, não é permitido.
Em uma empresa de comunicação que tem a educação como bandeira, que implica justamente pensar de forma autônoma, pensar não é permitido.
Em uma empresa de comunicação que exalta a democracia, vende a diversidade de opiniões, a participação dos leitores como case de ação, de sucesso, divergir não é permitido.
Por fim, entendo que atualmente, na redação do DC, somente há lugar para a frustração ou para quem se dispõe, por afinidade, disposição ou interesse, a ser um “clone” do chefe da vez. Portanto, não há lugar para jornalistas no que verdadeiramente esta palavra, esta profissão significa – talvez haja lugar para marqueteiros, especialização da casa nos tempos mais recentes.
Lamento muito que o modo de pensar e agir de um só se sobreponha ao de tantos outros por força única e exclusivamente de um cargo ao qual, ao que parece, foi guindado erroneamente, sem de fato ser merecedor, o que não é tão incomum assim no meio jornalístico e dentro da RBS.
Chega!!!
No Somos andando

sábado, 16 de fevereiro de 2013

O PESO MATERIAL DAS IDÉIAS: BENTO & MERKEL


* Rafael Correa deve conquistar vitória esmagadora no Equador neste  domingo**desde 2006, a pobreza recuou 27% no país** governo  bombardeado pela mídia conservadora tem 70% de aprovação (leia mais nesta pág.)**Venício Lima: 'a Constituição dá ao Presidente da República instrumentos para regular a mídia. Basta cumprir' (leia a coluna nesta pág; e também o blog do Emir)**Corporações globais lutam pelo controle dos mercados pós-crise: fusões, aquisições e onda de inovações tecnológicas** intensifica-se a guerra de posições pelo domínio da economia pós-crise **E as Nações? Qual a margem de manobra do governo Dilmaleia mais aqui.


Não se deve subestimar o efeito irradiador da endogamia entre a ortodoxia  dos costumes e a desregulação da economia.  Embora declinante, a força simbólica do Vaticano jogou e joga um papel  significativo na engrenagem ideológica que sustenta o alicerce de uma unificação européia estruturada e comandada pela lógica mercadista. As mazelas delinqüentes cometidas no interior do Banco do Vaticano ilustram a funcionalidade desse matrimônio de opostos complementares. Sua força demolidora difundiu-se mundo afora na negação do humanismo e na desmoralização do Estado do Bem Estar Social pelos interesses sabidos. Tucanos brasileiros farejaram os ares bentos: em 2010, Serra defendia a desregulação do pré-sal e aliava-se ao bispo da Opus Dei, Dom Luiz Bergonzini, para demonizar a 'Dilma aborteira'. Nada se faz sem um pouco de fé  e algumas gotas de água benta. Para ser livre e desregulado o mercado precisa de lubrificantes imaginários. A sintonia entre Bento XVI  e Angela Merkel, por exemplo, escapa às análises convencionais da renúncia do papa. Mas foi premonitoriamente destacada em artigo escrito pelo professor José Luís Fiori para Carta Maior, em junho de 2009. Três anos depois, a história apertou o passo. O texto preserva sua atualidade. Como se aguardasse os acontecimentos para reiterar a aderência de um intercurso histórico.(Leia a íntegra nesta pág.; e também o Especial 'A História Secreta da Renúncia').

PSDB organiza ataques a Haddad na internet por enchentes em SP


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Nem as oposições partidárias oficiais tiveram “coragem” de criticar o prefeito Fernando Haddad por alagamentos que se abateram sobre São Paulo na última sexta-feira, mas uma horda de internautas, despindo-se de qualquer senso de ridículo, teve essa “coragem” imensa.
Neste Blog, por exemplo, comentários de leitores apontaram o fato de que a capital paulista sofreu pontos de alagamentos durante o temporal em questão como “prova” de “incompetência” de um gestor público que está no cargo há SEIS SEMANAS.
Esse tipo de comentário se espalhou na internet e foi repetido também ao vivo por toda cidade, conforme relatos de pessoas que me procuraram para comentar postura que, de fato, é impressionante, pois denota ausência de qualquer traço de autocensura.
Antes de prosseguirmos, leia, abaixo, o teor de algumas dessas manifestações absurdas – o português foi corrigido para facilitar a leitura.
—–
Décio – Atibaia/SP
Enviado em 15/02/2013 as 22:06
Cadê o Haddad, que ia resolver tudo isso? “Sumpacity” está debaixo d’agua.

*
Victorino Salomão
Enviado em 15/02/2013 as 21:26
São Paulo alagada. Cadê o super prefeito que o blogueiro votou e falou pra todo mundo votar, hein? Que eu saiba ele tinha respostas e soluções para tudo. Lamentável! Haddad é a grande decepção deste ano, disparado.
——
Esse tipo de manifestação delirante foi vista por toda internet, mas não só. Quem é de Sampa certamente ouviu a mesma coisa de conhecidos, parentes, colegas de trabalho etc.
A simplicidade da resposta a uma barbaridade como essa escancara como há gente mal-intencionada por aí, capaz de exigir que, em 9 semanas (45 dias) no cargo, o novo prefeito de São Paulo solucionasse problema que os ex-prefeitos José Serra e Gilberto Kassab não solucionaram durante os 8 anos em que governaram a capital paulista.
A mídia, por sua vez, se não teve coragem de se aproveitar da chuva de sexta-feira para atacar Haddad, tampouco teve a decência de publicar uma mísera análise deixando muito claro que o prefeito não pode ser responsabilizado pelos danos que essa chuva causou à cidade.
Se existem culpados pelos recentes alagamentos, eles são Serra e Kassab. Haddad não teve tempo para fazer nada, ainda. Só no próximo verão é que se poderá cobrar alguma coisa dele. E, mesmo assim, comparando os resultados que conseguir com os que foram conseguidos por seus antecessores após o primeiro ano de governo.
Por incrível que pareça, é preciso escrever esta obviedade com todas as letras. E isso porque há muita gente mal-intencionada por aí que não conhece limite ético algum para a politicagem e a falta de espírito cívico às quais se devota com tanto ardor.
Contudo, se os pobres de espírito servem de massa de manobra a políticos de oposição a Haddad que não tiveram coragem de fazer uma crítica tão absurda em seus próprios nomes, o rastreamento da origem desse movimento levou ao PSDB paulistano.
Nos próximos meses, fica claro, será posta em prática uma estratégia para tentar antecipar críticas a Haddad que só poderão ser feitas, dentro de critérios de bom senso, quando sua gestão já tiver tempo suficiente de duração.
A responsabilização do prefeito por um problema que dura décadas a fio após poucas semanas no cargo, se não foi feita por adversários oficiais dele, foi organizada por eles de forma subterrânea, antiética, covarde. E são só SEIS SEMANAS de governo, ainda.

OS BILIONÁRIOS QUE EMBALAM O SONHO DE MARINA


PRÓ-YOANI, VEJA QUER EMBAIXADOR CUBANO FORA


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2013

Bento XVI: já vai tarde





A renúncia do papa evidencia a exaustão histórica de uma burocracia planetária, incapaz de administrar democraticamente suas divergências, cada vez mais afunilada pela disputa de poder entre as várias facções direitistas.

por Márcia Denser


Inspirada em várias fontes, eis algumas reflexões (e revelações para quem não sabe) sobre a renúncia de Beto XVI: um mix de dinheiro, poder e sabotagens, corrupção, espionagem, escândalos sexuais – a presença ostensiva desses ingredientes de filme de terror no noticiário constituía o dia-a-dia do Vaticano.

Tal frequência e a intensidade anunciavam algo nem sempre inteligível ao mundo exterior: o acirramento da disputa sucessória de Bento XVI nos bastidores da Santa Sé. Desta vez, mais do que nunca, a fumaça que anunciará o “habemus papam” refletirá o desfecho de uma fritura política de vida ou morte entre grupos radicais de direita na alta burocracia católica.

Mais que de saúde, razões de Estado teriam levado Bento XVI a anunciar a renúncia de seu papado.

A verdade é que a direita formada pelos grupos da Opus Dei foi o muro de arrimo deste Bento – no Brasil, sobretudo gente do PSDB como o jurista Ives Gandra, o jornalista Carlos Alberto di Franco, este, aliás, mentor do governador Geraldo Alckmin na organização. O falecido bispo de Guarulhos, D. Luiz Bergonzini, que serviu como cabeça-de-turco de Serra na campanha de 2010, acusando Dilma de “aborteira” em panfletos com assinatura falsa da CNBB, era igualmente vinculado à extrema direita católica. O ex-chefe da Casa Civil do governo de São Paulo Sidney Beraldo, agora no TCE, apontado então como um tucano com fortes vínculos junto a D. Bergonzini; ambos conterrâneos de São João da Boa Vista, onde Beraldo foi prefeito e Bergonzini nasceu e atuou.

A revista Época, pertencente às Organizações Globo, documentou na reportagem “O governador e a Obra” a iniciação do tucano Geraldo Alckmin na Opus Dei. Aliás, a revista IstoÉ também fez um ilustrativo mapeamento dos vínculos entre tucanos e os responsáveis pelo panfleto anti-aborto da extrema direita religiosa, em 2010.

Na União Européia, os “Legionários” e a “Comunhão e Libertação” (este último ligado ao berlusconismo) já haviam precipitado o fim do seu papado nos bastidores do Vaticano. Sua desistência oficializa a entrega de um comando de que já não dispunha. Devorado pelos grupos dos quais inicialmente tentou ser o porta-voz e controlar, Bento XVI jogou a toalha.

O gesto evidencia a exaustão histórica de uma burocracia planetária, incapaz de administrar democraticamente suas divergências, cada vez mais afunilada pela disputa de poder entre as várias facções direitistas, cuja real distinção resume-se ao calibre e volume das armas disponíveis na guerra de posições: ironicamente, Ratzinger foi a expressão brilhante e implacável dessa engrenagem comprometida.

Quadro ecumênico da teologia, inicialmente um simpatizante das elaborações reformistas de pensadores como Hans Küng (vide seu perfil feito por José Luís Fiori na Carta Maior), Joseph Ratzinger escolheu o apoio da direita para galgar os degraus do poder interno no Vaticano.

Em meados dos anos 70/80, ele consolidaria essa comunhão emprestando seu vigor intelectual para se transformar em uma espécie de Joseph McCarthy do fundamentalismo católico. Foi assim que exerceu o comando da temível Congregação para a Doutrina da Fé. À frente desse arremedo da Santa Inquisição, Ratzinger foi diretamente responsável pelo desmonte da Teologia da Libertação.

O teólogo brasileiro Leonardo Boff, um dos intelectuais mais prestigiados desse grupo, dentro e fora da igreja, foi um dos seus alvos: advertido, punido e desautorizado, seus textos foram interditados e proscritos. Por ordem direta do futuro papa. Antes de assumir o cargo supremo da hierarquia, Ratzinger “entregou o serviço” cobrado pelo conservadorismo.

Tornou-se mais uma peça da alavanca movida por gigantescas massas de forças que decretariam a supremacia dos livres mercados nos anos 80; a derrota do Estado do Bem Estar Social; o fim do comunismo e a ascensão dos governos neoliberais em todo o planeta. Não bastava conquistar Estados, capturar bancos centrais, agências reguladoras e mercados financeiros, era necessário colonizar corações e mentes para a nova era.

E dá-lhe pedofilia por debaixo dos paramentos sacrossantos!

Sob a inspiração de Ratzinger, seu antecessor, João Paulo II, liquidou a rede de dioceses progressistas no Brasil, por exemplo. As pastorais católicas de forte presença no movimento de massas foram emasculadas em sua agenda “profana”. A capilaridade das comunidades eclesiais de base da igreja ficou restrita ao catecismo convencional e, naturalmente, à Nova Carismática e o nunca por demais esquecido Padre Marcelo Rossi (cruzes!).

Ratzinger recebeu o Anel do Pescador em 2005, no apogeu do ciclo histórico que ajudou a implantar. Durou pouco. Três anos depois, em setembro de 2008, as finanças do conservadorismo sofreriam um abalo do qual não mais se recuperaram.

Resta desde então a imensa máquina de desumanidade que o Vaticano ajudou a lubrificar neste ciclo – como já havia feito em outros, é só invocar a História, a começar do que resta na memória popular de Papas como Rodrigo Borgia, ou Alexandre VI, com reputação de cruel e devasso, que nomeou o próprio filho Cesare Borgia, além de muitos outros parentes, como cardeais; de Júlio III, a nomeação como cardeal-sobrinho do amante de 17 anos, Innocenzo, sem esquecer Pio XII, contemporâneo do nazismo e aliado de Hitler, graças a quem subiu ao poder, ficando indelevelmente marcado por essa aliança e total “cegueira” e silêncio ultrajantes quanto ao Holocausto.

Fome, exclusão social, desolação juvenil não são mais ecos de um mundo distante. Formam a realidade cotidiana no quintal do Vaticano, em uma UE destroçada para a qual a Igreja Católica não tem mais nada a dizer há séculos. Sua tentativa de dar uma dimensão terrena ao credo conservador perdeu qualquer sentido perante a crise social devastadora.

Será lembrado (ou esquecido) como o Papa dos ricos e pedófilos.

Vade retro, Satanás!

Ou melhor: já vai tarde.



 
 
 

Globo: Eles foram contra o 13º salário


Dica Blog do Mello

Ao longo da história, as Organizações Globo sempre estiveram na contramão do Brasil e do povo brasileiro. O conglomerado midiático da famiglia Marinho sempre defendeu os interesses das oligarquias contra a população.

● Governo Getulio Vargas – o governo do salário mínimo, da legislação trabalhista. Povo a favor, Globo contra. Tanto que, após suicídio de Getulio, carros de O Globo foram atacados.
● 13º salário: povo a favor, Globo contra.

● Golpe de 1964 – o golpe foi contra reformas que beneficiariam o povo. Globo a favor do golpe.

● Diretas Já – povo nas ruas queria escolher pelo voto o presidente. Globo contra. Chegou a mostrar multidão na Praça da Sé exigindo Diretas Já, como se fosse apenas uma manifestação pelo aniversário de São Paulo.

● Leonel Brizola – povo a favor, Globo contra. Chegou a armar o caso Proconsult para tentar impedir a vitória do governador que vinha do exílio. Durante toda a vida de Brizola, ele fez oposição sem tréguas às Organizações Globo e essa foi a causa principal de Brizola não ter conseguido ser presidente do Brasil.

● Cieps – o maior programa de educação popular já desenvolvido no Brasil. Povo a favor, Globo contra.

● Eleição de Collor – A Globo manipulou de todas as maneiras para eleger seu candidato a presidente contra o Lula, enganando grande parte da população.

● Governo Lula – assim como o governo do presidente Vargas, o povo a favor, uma aprovação de quase 90%, mas Globo contra.

● Bolsa Família – povo a favor, Globo contra.

● Governo Dilma – o mesmo dos governos Vargas e Lula. Povo a favor, Globo contra.

● Queda dos juros bancários: povo a favor, Globo contra.
Globo_13_Salario

FUXDEU

Advocacia-Geral da União aciona o STF pedindo mudanças na decisão que trata da apreciação de vetos pelo Legislativo; segundo a União, caso a votação tenha que ocorrer em ordem cronológica, conforme determinou o ministro Luiz Fux, os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a mais de R$ 470 bilhões; decisão impediu votação do orçamento
15 DE FEVEREIRO DE 2013 ÀS 05:13

Débora Zampier
Repórter da Agência Brasil
Brasília – A Advocacia-Geral da União (AGU) acionou o Supremo Tribunal Federal (STF) hoje (14) pedindo mudanças na decisão que trata da apreciação de vetos pelo Legislativo. Segundo a União, caso a votação tenha que ocorrer em ordem cronológica, conforme determinou o ministro Luiz Fux, os prejuízos aos cofres públicos podem chegar a mais de R$ 470 bilhões.
No ano passado, Fux deu liminar impedindo que o Congresso Nacional aprecie os vetos à nova lei de distribuição dos royalties do petróleo enquanto não analisar os mais de 3 mil vetos pendentes.  Para a União, a decisão de Fux deve ser revista para atingir somente os vetos editados nos últimos 30 dias.
Para convencer os ministros do Supremo, a AGU lista uma série de assuntos que seriam atingidos negativamente com a decisão do ministro Fux, como renegociação de débitos previdenciários e tributários, gastos com educação, fator previdenciário e Código Florestal. “A apreciação de tais matérias não pode ocorrer de forma açodada, exigindo, ao revés, ambiente de normalidade institucional que propicie uma deliberação refletida e responsável.”
A União argumenta que a liminar não pode ser mantida porque provocaria uma corrida para revisão de situações que foram consolidadas ao longo dos últimos anos, causando insegurança jurídica e novos gastos públicos. “Uma interpretação que produza consequências como essas não pode ser compatível com a Constituição”, diz o texto, assinado pelo advogado-geral da União, Luís Inácio Adams, e seus auxiliares.
Segundo as contas da AGU, caso o Legislativo se dedicasse exclusivamente à apreciação dos vetos pendentes há mais de 13 anos, o trabalho consumiria três anos, levando o Congresso a um “colapso institucional”.
A liminar concedida por Fux no final do ano passado atendia ao pedido do deputado federal Alessandro Molon (PT-RJ), que alegava haver inconstitucionalidade na votação da nova lei dos royalties do petróleo. A liminar causou polêmica logo que saiu, pois uma ala dos parlamentares entendeu que toda a pauta do Congresso estava bloqueada e não apenas a apreciação dos vetos fora de ordem cronológica.
O mandado de segurança agora entrará em votação no plenário. O gabinete de Luiz Fux informou que a matéria ainda não está pronta para a pauta.

EUA VETAM CONCENTRAÇÃO NO MERCADO DE CERVEJA