Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

SOBERANIA BRASILEIRA CONTRA FARSA POLÍTICA


Dallari, a voz da dignidade nacional
"Jornais italianos divulgaram trechos de uma carta que o presidente da Itália, Giorgio Napolitano, enviou à presidente brasileira Dilma Rousseff, propondo que esta modifique uma decisão rigorosamente legal do ex-presidente Lula, tomada com estrita observância das normas jurídicas nacionais e internacionais aplicáveis ao caso, alegando que tal decisão não foi do agrado dos italianos.

Imagine-se agora a presidenta brasileira escrevendo uma carta ao governo da Itália, propondo a mudança da decisão que manda tratar como criminosos os sem-teto por serem potencialmente perigosos, dizendo que tal decisão causou desilusão e amargura no Brasil, sobretudo entre os que lutam por justiça social e pelo respeito à dignidade de todos os seres humanos. Certamente haveria reações indignadas na Itália, por considerarem que tal proposta configurava uma interferência indevida na soberania italiana.

A verdadeira razão da carta do presidente italiano nada tem a ver com desilusão e amargura dos italianos, mas faz parte de uma tentativa de criar um fato político espetaculoso, que desvie a atenção do povo italiano das manobras imorais, ilegais e antidemocráticas que foram realizadas recentemente e continuam sendo elaboradas visando impedir que seja processado criminalmente o primeiro-ministro, Sílvio Berlusconi, pela prática de crimes financeiros, corrupção de testemunhas, compra de meninas pobres para a promoção de bacanais, crimes que já são do conhecimento público e que ameaçam a perda da maioria do governo do Parlamento.

A Itália adota o parlamentarismo, e a perda da maioria acarretará a queda do governo, com a perda dos privilégios e da garantia de impunidade não só de Berlusconi mas de todos os políticos  e corruptos de várias espécies que integram o sistema liderado por Berlusconi.
Napolitano: o poder custou-lhe a alma
Ainda de acordo com os jornais italianos, a carta do presidente Napolitano é patética e evidentemente demagógica, dizendo que a entrega de Cesare Battisti à Itália vai aliviar o sofrimento causado por todo o derramamento de sangue dos anos 70.

Na realidade, aquela época é conhecida como 'anos de chumbo', período em que ocorreram confrontos extremamente violentos, havendo mortos de várias facções, de direita e de esquerda. E segundo o presidente italiano a punição severa de Battisti, tomado como símbolo, daria alívio a todo o povo. Pode-se bem imaginar a espetacular encenação que seria feita e toda a violência que seria usada contra Battisti, para mostrar que, afinal, os mortos estavam sendo vingados. E com isso a crise política ficaria em plano secundário.

Para que não haja qualquer dúvida quanto à farsa, basta assinalar que, como noticia a imprensa italiana, na lamentável carta o presidente diz que Battisti foi condenado à pena de prisão perpétua 

por ter assassinado quatro pessoas. E hoje qualquer pessoa razoavelmente informada sobre o caso 
sabe que esses quatro assassinatos, que deram base à condenação, incluem a morte de duas pessoas, no mesmo dia e praticamente na mesma hora, tendo ocorrido um na cidade de Milão e outro em Veneza Mestre, locais que estão separados por uma distância de mais de trezentos quilômetros.
Seria praticamente impossível a mesma pessoa cometer aqueles crimes, e isso não foi levado em conta no simulacro de julgamento de Battisti. Só alguém com algum tipo de comprometimento ou sob alguma forte influência poderá tomar conhecimento desses fatos e fingir que eles são irrelevantes para o direito e a justiça.

Por tudo isso, a lamentável carta do presidente Giorgio Napolitano, se realmente chegou a ser enviada, deve ser simplesmente ignorada, para que o Brasil não seja usado numa farsa política e para que não se dê qualquer possibilidade de interferência antijurídica e antiética nas decisões soberanas das autoridades brasileira

FMI, mídia e a mesmice neoliberal

Por Altamiro Borges

O jornal O Globo de hoje (28) evidencia o aumento das pressões sobre os rumos econômicos do governo de Dilma Rousseff. Agora é o Fundo Monetário Internacional (FMI), o desacreditado antro dos neoliberais, que mete o seu bedelho arrogante na política interna e critica os “desajustes fiscais” do Brasil.

“Aos mercados emergentes, o FMI lembrou que os equilíbrios fiscais no Brasil, China e Índia estão mais fracos do que o previsto em novembro, ressaltando que a deterioração nas contas fiscais brasileiras é ‘particularmente pronunciada’”, descreve o jornal. A receita, como sempre, é a da adoção de “planos de contingência” – ou seja, de cortes drásticos dos investimentos e dos gastos sociais.

O coro da mídia colonizada

Na mesma batida e num jogo aparentemente combinado, a mídia colonizada reforça a crítica às “gastanças do governo”. Dia sim e outro também, alguma manchete dos jornalões ou comentário de “calunistas” das emissoras de TV difunde os fantasmas do “rombo das contas públicas” e do “risco do estouro da inflação”.

“BC reconhece piora no controle da inflação”, alardeia o Estadão em tom terrorista. Nas páginas internas, o próprio jornal desmente o título, que força a barra na defesa das teses neoliberais. “O tom adotado pelo BC foi menos pessimista que o esperado”, lamenta jornal ao pregar o “endurecimento” no combate à inflação.

Porta-voz do “deus mercado”, a mídia quer mais sangue – a exemplo do FMI. Ela já dá como inevitável um drástico corte no orçamento, de R$ 40 a R$ 60 bilhões. O governo Dilma Rousseff, aprisionado ao tripé da política macroeconômica (juros elevados, aperto fiscal e libertinagem cambial), acaba se dobrando a esta pressão.

Leiam aí e abram o olho!



O artigo abaixo está hoje, nos blogs sionistas dos EUA, no Twitter, por todos os cantos.
Amanhã, estará repetido nas colunas ‘jornalísticas’ do Estadão, da FSP, da revista (NÃO)Veja, da TV Globo, da Band. ABRAM O OLHO!
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Mando aí [adiante] esse artigo, porque o argumento que aí aparece é hoje o argumento do AIPAC e dos sionistas – e com certeza absoluta aparecerá amanhã no Estadão, na FSP, na revista (NÃO)Veja e nas ‘análises’ do William Waack e canalha adjunta da TV Globo.
Numa casca de noz, o argumento é o seguinte:
-- só regimes ‘amenos’ ("indecisos", como se lê abaixo) no Oriente Médio estão sendo contestados nas ruas. Os regimes REALMENTE perigosos não são Egito, Jordânia, Iêmen, Tunísia. Os regimes realmente perigosos são Síria e Irã, que dão abrigo a terroristas que querem destruir Israel e os EUA e todo o ocidente.
Assim, o AIPAC, Israel e os sionistas do planeta já estão trabalhando, hoje mesmo, para IMPEDIR que os EUA (supondo que Obama muito desejasse fazê-lo) façam qualquer movimento para ajudar a democratização das ditaduras aliadas dos EUA.
Os mesmos AIPAC, Israel e os sionistas, ao mesmo tempo, já criaram um discurso segundo o qual haveria ‘nuanças’ entre as ditaduras no Oriente Médio: ditadores aliados de Israel e dos EUA não cometem qualquer atentado grave a alguma ‘democracia’ (seriam, no máximo "indecisos"); oposição e levantes populares, nesses casos, quando haja, são insuflados por terroristas e devem ser reprimidos à bala; as mesmas balas se podem usar, também, para derrubar governos não aliados de Israel (eleitos democraticamente como o Hamás, dentre outros); a democracia absolutamente não interessa ao AIPAC, aos fundamentalistas sionistas judeus... ao AIPAC e coisa-e-tal.
A única coisa que o AIPAC, Israel e os fundamentalistas sionistas judeus querem é paralisar qualquer ação que OBAMA tente – ou que qquer um tente – na direção de democratizar todas as ditaduras.
Leiam aí e abram o olho!
Obama e a Hilária Clinton JÁ ESTÃO TOTALMENTE PARALISADOS, sem saber o que dizer... presos entre o risco de mostrar que apoiam ditadores e o risco, pra eles muito mais sério, de enfurecer o AIPAC, os judeus fundamentalistas, a grana eleitoral, a mídia pró-Israel e coisa e tal.

ORIENTE EM CHAMAS MANIFESTANTES ENFRENTAM TROPAS E TANQUES DO EXÉCITO EM CAIRO E SUEZ


Refrigerante de maconha



Um refrigerante de maconha, o "Canna Cola", estará nas lojas do Estado americano de Colorado em fevereiro. Cada garrafa custará entre US$ 10 e US$ 15 e terá entre 35 e 65 miligramas de THC (tetrahidrocanabinol), o principal ingrediente psicoativo do cannabis, o gênero botânico utilizado para produzir haxixe e maconha.
As informações foram publicadas na revista americana "Time".
São 15 os Estados americanos onde o uso da maconha para fins medicinais é legal. No entanto, as condições para sua legalidade mudam de um lugar para o outro, e maconha, independentemente do propósito, continua sendo ilegal pelas leis federais.
Há um projeto de lei no Congresso assinado pela senadora Dianne Feinstein, conhecido como "Brownie Law", aprovado pelo Senado no ano passado. A proposta é aumentar as penas para os que fazem produtos que misturem maconha com "algo doce".
Garrafas do refrigerante de maconha que serão vendidas a partir de fevereiro nos EUA
O criador do "Canna Cola" é o empresário Clay Butler, que assegura que nunca fumou maconha e que elaborou a bebida por "acreditar que os adultos têm o direito de pensar, comer, fumar, ingerir ou vestir o que quiserem", disse em entrevista à publicação "Santa Cruz Sentinel".
Além do sabor de cola, serão lançados, ao mesmo tempo, o de limão chamado "Sour Diesel", o de uva de nome "Grape Ape", o de laranja "Orange Kush" e, por fim, o inspirado na popular bebida Dr. Pepper, o "Doc Weed".
De acordo com Scott Riddell, criador da empresa que comercializará a bebida, os níveis de THC em "Canna Cola" serão menores que os de outras bebidas do mesmo tipo que já estão no mercado. O efeito no organismo é similar ao de uma "cerveja suave".
By: Blog do Gari Martins da Cachoeira

"Xoque de jestão" dos tucanos mineiros


Reproduzo artigo de Augusto da Fonseca, publicado no blogFestival de Besteiras na Imprensa:

Vocês se lembram daquela ladainha do Serra de que o governo Lula inchou a máquina federal com petistas?

Além de não ser verdade, já demonstrado aqui e alhures, agora vem à tona um fato que mostra que o tal “xoque de jestão” tucano é apenas para inglês ver.

Como se sabe, o Anastasia é o criador do tal “xoque de jestão” do Aécio.

Que de jestão não tem nada mas de xoque tem tudo!

Olha o que o filhote e “guru da jestão” do Aécio acaba de fazer, segundo matéria da Folha.com (clique aqui):

“Anastasia cria 1.314 cargos comissionados no governo de Minas

O governo de Minas Gerais vai criar 1.314 cargos comissionados (de preenchimento sem concurso) nos próximos quatro anos. O número representa um acréscimo de 7% no total de comissionados do Estado, mas a administração de Antonio Anastasia (PSDB) defende que a ampliação da estrutura é necessária e terá um impacto baixo no orçamento.”


***

Se esses funcionários são tão importantes para a máquina, como diz o desgovernador de Minas Gerais, porque não fazer concurso?

Isso está me cheirando a aparelhamento partidário da máquina pública, para garantir governabilidade.

E agora, com que cara ficarão o PSDB, o DEM, o PPS e as Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) quando forem criticar os governos Lula e Dilma por terem contratado – por concurso! – um monte de professores, policiais federais, fiscais, etc.?

Direita midiática cria doentes mentais


Reproduzo artigo de Pascual Serrano, publicado no sítio daRevista Fórum:

Em plena era da informação, é estarrecedor como se pode conseguir que amplos setores da opinião pública possam executar uma alteração tão impressionante da realidade. Na Venezuela, atende pelo nome de ‘dissociação psicótica’, isto que consiste em um processo mental pelo qual se cria no subconsciente do indivíduo uma realidade fictícia na qual todos os males e todo o mal que se sucede provém de uma só causa ou de uma só pessoa.

A tese levantada pelos setores alinhados ao governo venezuelano e à manutenção da institucionalidade é que os meios de comunicação implantaram este modo de pensamento, de tal maneira que responsabilizam de forma patológica Hugo Chávez e o governo venezuelano por todo o mal que ocorre, perdendo assim qualquer capacidade de análise racional da realidade. O curioso é que não é somente na Venezuela que isto ocorre. Nos Estados Unidos se trata de uma forma de pensamento que não para de aumentar e se difundir entre a ultra direita política e midiática.

No dia 6 de março de 2003 o membro da Câmara de Representantes do Texas, Debbie Riddle, em uma entrevista ao jornal El Paso Times, afirmava: “De onde surge esta idéia de que todo o mundo merece uma educação gratuita, atenção médica gratuita, independente de quem seja? Vem de Moscou, da Rússia. Vem diretamente da boca do inferno. E é habilmente disfarçada como uma idéia de gente de bom coração. Nada de bom coração. Isso é o que rasga o coração deste país” [1].

O professor de História da Universidade de Houston, Robert Zaretsky recordava [2] que a supracitada congressista republicana levantou no início de 2010 aquilo que chamou de “o problema dos terroristas de bermudas”. Segundo ela, existiriam mulheres enviadas por terroristas que cruzariam a fronteira para dar à luz seus filhos em solo estadunidense. Uma vez crescidos, estes “agentes adormecidos” passariam à ação com o objetivo de disseminar o caos nos Estados Unidos.

Não se trata de uma paranóia exclusiva de Riddle; outro membro do Texas na Câmara de Representantes, Louie Gohmert, afirmou em um discurso pronunciado na Câmara em junho de 2010 que um ex-agente do FBI lhe havia contado sobre os “terror baby”. Segundo explicou mais tarde em uma entrevista ao Fox Business News, ele conheceu num avião um passageiro com um familiar que pertencia ao Hamas que lhe contou que este tinha a intenção de conseguir que um neto seu nascesse nos Estados Unidos [3].

Na entrevista, Gohmert afirmou que as mulheres grávidas viajam do Oriente Médio aos EUA com vistos de turista e munidas da intenção de dar a luz nos Estados Unidos e conseguir assim para seus filhos a cidadania estadunidense. Segundo Gohmer, depois a criança voltaria ao país de origem da mãe onde faria um treinamento com terroristas com o objetivo de voltar depois aos Estados Unidos. Quando o jornalista pediu a Gohmert que fornecesse provas disto, ele se limitou a indicar um artigo do Washington Post [4] que descrevia o que denominam de turismo de nascimento (“birth tourism”).

Tratava-se da existência de pacotes turísticos, em especial para cidadãos chineses, com o objetivo que a “turista” grávida tivesse seu filho em território estadunidense. Aquilo foi descrito pelo político republicano como um “enorme rombo na segurança do nosso país”. Perguntando pela relação disto com as crianças terroristas, afirmou: “Se você não acredita que isto é uma prova, é porque acha que os terroristas são mais tontos que estas pessoas empreendedoras” [5]. O assunto foi de tal maneira absurdo que provocou uma paródia no The Daily Show [6], mas sem dúvida, tendo em vista os hábitos eleitorais, não faltariam cidadãos para compartilhar a tese de Gohmert.

A paranoia política da ultra direita tem também seu correspondente braço midiático. O professor de literatura da Universidade de Illinois, Walter Benn Michaels, conta [7] que no verão do ano passado surgiu uma controvérsia entre duas “estrelas” da direita estadunidense da emissora Fox, em torno da pergunta: Qual é o inimigo mais perigoso dos Estados Unidos da América? O primeiro deles, Bill O’Reilly, responde o previsível: Al-Qaeda. Porém, o outro jornalista, Glenn Beck, afirmou: “não são os jihadistas os que ‘querem destruir nosso país’, mas sim ‘os comunistas’”.

Pode se pensar que Beck somente respondeu mediante um condicionamento mental característico da Guerra Fria. No entanto, ele nasceu em 1964, e não pode conhecer este período com pleno uso da razão. Por outro lado, Beck não é um apresentador minoritário. Em 2009 seu programa foi um dos que obteve maior audiência de notícias comentadas na televisão a cabo, com oito milhões de espectadores. Em programas de outros canais, como a ABC, ele foi selecionado pelo público como uma das “10 pessoas mais fascinantes” de 2009 [8]. E em 2010 o jornal The Times o incluiu entre os cem líderes políticos mais influentes [9].

Benn Michaels recorda que na lista dos best-sellers da Amazon, o ensaio político mais vendido é Caminho de Servidão, do economista ultraconservador austríaco Friedrich Hayek, falecido em 1992. Uma das teses do livro é que qualquer política dirigida diretamente a um ideal de justiça distributiva, isto é, o que se entende como uma distribuição “mais justa”, tem necessariamente que conduzir à destruição do império da lei. Nos Estados Unidos pode-se escutar o jornalista de rádio com maior audiência do país, Rush Limbaugh, alertando contra os espiões “comunistas” que “trabalham para Vladimir Putin” [10].

O fenômeno, como era de se esperar, não se restringe aos Estados Unidos nem à Venezuela. Na Itália, Silvio Berlusconi afirma que os comunistas querem eliminá-lo [11], apesar dos comunistas não terem ali nem mesmo um só deputado nacional. Na Espanha, até mesmo o setores midiáticos próximos ao governo tentam dar o sinal de alerta sobre a paranoia da direita midiática [12].

Assim o denuncia o ex-diretor adjunto do jornal El País, José Maria Izquierdo, em seu livro As Cornetas do Apocalipse, onde passa por algumas das figuras da direita troglodita espanhola e suas “pérolas” de análise sobre a situação espanhola e o governo Zapatero. Ainda que valesse a pena recordar ao autor que foi em seu jornal que mais soaram as trombetas do apocalipse contra os governos progressistas da América Latina. Também se na Espanha se une a eles a Igreja, a instituição mais antiga na arte de disseminar o pânico e a angústia. O bispo de Córdoba assegurou que a Unesco tem um plano “para, nos próximos vinte anos, fazer com que a metade da população mundial seja homossexual” [13].

Em qualquer caso, a inquietante conclusão é a angústia de comprovar que, com todas as possibilidades técnicas e jornalísticas do século XXI, a demência de alguns líderes políticos e o poder de algumas vias midiáticas de propaganda consigam arrastar grandes setores da opinião pública para uma psicose, uma dissociação psicótica que ninguém sabe até onde pode nos levar.

* Pascual Serrano é jornalista. Acaba de publicar o livro Traficantes de información. La historia oculta de los grupos de comunicación españoles. Foca. 

DILMA RECHAÇA ASSÉDIO ORTODOXO, VINDO DE DENTRO E FORA DO PLANALTO



 "Vou repetir três vezes: nós
não vamos contingenciar o PAC" 

(Presidenta Dilma Rousseff, em resposta a ministros 'da casa' , colunistas demotucanos e  instituições internacionais, como o FMI, que estão batendo o bumbo do retrocesso à agenda dos anos 90, quando o fiscalismo cego mergulhou  o país numa salmoura de recessão, desemprego, criminalidade e sucateamento industrial.)

(Carta Maior, 6º feira, 28/01/2011)

Dilma vai construir 8 mil casas para desalojados do Rio


Duas mil casas serão doadas pelos construtores

Governo e construtoras darão oito mil moradias para famílias da região Serrana do estado do Rio


O governo federal, em parceria com o estado do Rio e as sete prefeituras dos municípios da região Serrana fluminense, vai financiar a construção de seis mil unidades habitacionais a serem entregues para as famílias que foram desabrigadas pelas enchentes ocorridas neste mês. As casas ou apartamentos serão entregues sem custo para o beneficiado. Outras duas mil unidades residenciais serão bancadas por um pool de 12 construtoras do Rio de Janeiro. O anúncio foi feito, nesta quinta-feira (27/1), em cerimônia no Palácio Guanabara, no Rio, pela presidenta Dilma Rousseff, o governador Sérgio Cabral e representantes das empreiteiras.


Uma outra medida colocada na cerimônia diz respeito à liberação de recursos do BNDES para promover um levantamento das áreas de risco, passo inicial para que se elabore um plano para evitar futuras tragédias. A presidenta Dilma frisou que o governo federal pretende reaparelhar a Defesa Civil nos municípios. Para isso, o governo não limitará recursos com compra de equipamentos e treinamento de pessoal. Após a cerimônia na sede do governo estadual, a presidenta Dilma Rousseff, acompanhada dos ministros Fernando Bezerra Coelho (Integração Nacional), Miriam Belchior (Planejamento), Mário Negromonte (Cidades), visitou o Centro de Operações da Prefeitura do Rio, que tem por objetivo acompanhar em tempo real, por exemplo, pontos de alagamento ou áreas de risco durante as chuvas, bem como as condições do trânsito.


“É um instrumento de gestão de uma prefeitura para melhor administrar a cidade”, disse a presidenta em rápido discurso no local.


A presidenta Dilma decidiu retornar ao Rio de Janeiro 15 dias após ter sobrevoado a região Serrana e ter determinado as providências iniciais para ajudar as vítimas das enchentes. Desta vez, o que motivou a visita foi o anúncio da construção de moradias que vinha sendo alinhavado desde a semana passada quando empresários do setor da construção civil procuraram o vice-governador fluminense, Luiz Fernando Pezão, com o intuito de oferecer duas mil casas ou apartamentos. A contrapartida do estado será destinar o terreno e dotar o local de infraestrutura.


Na primeira parte da visita, a presidenta participou de almoço com os empresários oferecido pelo governo fluminense no Palácio Laranjeiras. Depois, todos seguiram para a sede do governo estadual para informar as medidas que irão beneficiar as famílias desabrigadas. No anúncio, o empresário Wilson Amaral, da Gafisa Tenda, disse que a construção das moradias estava sendo possível a partir da mobilização do grupo de construtoras. Amaral acredita que outras empreiteiras poderão entrar neste projeto e, deste modo, ampliando o número da moradias.


Dilma Rousseff iniciou a exposição destacando a parceria entre os governos federal e estadual e a Prefeitura do Rio. A presenta lembrou que num primeiro momento percorreu ruas do município de Nova Friburgo, quando constatou a dimensão da tragédia. Agora, conforme explicou, retornava ao estado para os desdobramentos das providências que estão sendo tomadas.


“Nós fizemos um cálculo e estamos colocando mais seis mil casas para as famílias da região Serrana”, anunciou a presidenta.


As moradias serão repassadas para as famílias que perderam suas residências nos sete municípios daquela região ou até mesmo para a retirada de moradores que estão nas áreas de risco. De acordo com a presidenta, os recursos empregados pela União não terão custos para os desabrigados. As prestações serão pagas com recursos do governo fluminense. O mesmo vai ocorrer com as duas mil unidades que serão erguida pelas empreiteiras. Elas arcam com o custo integral da obra.


O vice-governador Pezão informou que técnicos do estado do Rio e das prefeituras fazem o cadastramento das famílias que irão receber as respectivas casas. O trabalho que vem sendo desenvolvido nos municípios prejudicados com as chuvas mereceu destaque e agradecimento por parte da presidenta Dilma e do governador Cabral. Segundo eles, a imediata atuação da equipe permitiu o imediato atendimento nas áreas atingidas.


Após visitar o centro de monitoramento da Prefeitura do Rio, a presidenta Dilma Rousseff seguiu para Porto Alegre. Na noite desta quinta-feira (27/1), ela participa de cerimônia alusiva ao Dia Internacional em Memória das Vítimas do Holocausto, na sede Ministério Público Estadual, na capital gaúcha.