Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 24 de maio de 2013

Para entender a exploração do pré-sal


Diante da notícia de que o Governo resolveu marcar para outubro a primeira licitação para a exploração de uma nova área do pré-sal, muita confusão  vai se formar na cabeça das pessoas e é preciso fazer alguns comentários.
A primeira delas é afirmar, sem medo de patrulhismos, que isso não é o ideal, mas o possível. O desejável seria que a exploração ficasse totalmente em mãos do Estado brasileiro, sem participação alguma de empresas privadas e, mais ainda, estrangeiras.
Mas o volume de petróleo – e o de investimentos necessários à sua retirada – é tão grande que isso não é, objetivamente, factível. Uma simples olhada nas projeções da Agência Internacional de Energia da ONU  sobre as exportações de petróleo em 2035, no gráfico aí em cima, dá ideia do tamanho do desafio.
Só o campo de Libra, o primeiro – e único – do pré-sal que irá a leilão este ano, tem reservas recuperáveis entre  8 e 14 bilhões de barris. Se estiver na estimativa máxima, essas reservas equivalem a todo – vejam bem, todo mesmo – o petróleo contido nas reservas provadas do país até hoje.
Mas para esse petróleo valerá a nova lei do petróleo, que nada tem a ver com o regime de concessão implantado por Fernando Henrique Cardoso e vigente até agora. Essa regulamentação dá à Petrobras a condição de operadora das perfurações e da produção, com uma participação mínima de 30% nos poços de Libra.
E nada impede, sobretudo agora que a empresa fez caixa com no lançamento de títulos no mercado internacional, que ela aumente sua parcela. Mesmo assim, é possível que ela faça novas captações, para poder aumentar seu poder de negociar a formação de consórcios de exploração.
E, ainda, quando o Governo entender que for conveniente, pode adjudicar áreas, sem leilão ou outra forma de licitação, à Petrobras.
Além dessa fatia, o Brasil ficará com uma percentagem – o que vai ser propriamente o “lance” do leilão – do petróleo produzido que exceder aos custos da exploração – daí uma das necessidades de a Petrobras ser a operadora exclusiva – além de dar à empresa o controle das encomendas de equipamentos e serviços, o que garante o máximo de indução à economia brasileira, o que não ocorreria com empresas estrangeiras, que tenderiam a adquirir fora todo o necessário para desenvolver e operar os poços.
Fica assegurado, assim, controle da estatal dos pontos de medição da extração, que jamais ficarão sob responsabilidade de empresas privadas. Isso é ainda mais importante porque parte do petróleo será exportada centenas de quilômetros mar adentro, sem sequer vir à terra, gerando insegurança sobre o volume produzido.
Nada disso acontece no atual modelo, o de concessão.
Ainda é cedo para especular de quanto serão as ofertas, mas certamente não serão pequenas, tanto nos valores pagos pela concessão quanto na parcela entregue ao Estado brasileiro.  Mas, ao contrário, já se sabe que serão imensas as necessidades de capital para colocar em operação essas áreas a curto e médio prazo.
Calculados os custos de produção à razão de 8,5 dólares o barril, o mesmo usado na operação de capitalização da empresa, em 2010, isso pode levar os investimentos e custos operacionais, só em Libra, a mais 100 bilhões de dólares.
E a Petrobras não teria como fazer frente a isso senão se endividando de maneira suicida, porque boa parte dos investimentos precede a produção e os preços do petróleo não são previsíveis. Logo, também não é o fluxo temporal de receitas. Nem, também, o que isso impacta sobre a velocidade de extração, vencida a etapa de implantação dos poços de produção.
Traduzindo: é muito importante “controle da torneira”, porque reserva de petróleo é um estoque o qual se vende não apenas conforme a procura, mas do preço de mercado.
Embora as multis do petróleo estejam interessadíssimas nos campos do pré-sal, o modelo vai ser mais convidativo às empresas estatais, como é o caso das chinesas, que se pouparam do leilão de petróleo de extração convencional para esperar pelas áreas do pré-sal. A razão é simples: sua visão de negócios é mais estratégica que imediatista e a negociação com a petroleira estatal brasileira será facilitada pelas relações governo a governo.
Se a licitação, como é provável, subdividir o campo em muitos blocos, isso será ainda mais conveniente ao país, pela multiplicidade de parceiros possível à Petrobras, reduzindo percentualmente a participação de cada um dos outros sócios na área total de exploração e, portanto, elevando a concentração de poder decisório da estatal.
É por essas razões que a Petrobras está se preparando financeiramente para o imenso desafio de explorar o campo gigante de Libra. Ela irá, certamente, ao limite de suas forças.
E ela tem forças imensas, mas o que vem pela frente é tão grande que, mesmo assim, elas não bastariam para tirar do fundo do mar o oceano de petróleo que está lá.

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Pesquisa desbanca Financial Times: divulgado pelo Pew Research Center com informações sobre 39 países, estudo aponta que 59% dos brasileiros dizem que a situação econômica do país é boa e 79% acreditam que ela ficará ainda melhor nos próximos 12 meses; na Europa e nos Estados Unidos, ao contrário do Brasil, pais acreditam que seus filhos terão padrão de vida pior

Gabeira contesta Chauí e defende classe média

GLOBO PEDE ALTA DOS JUROS EM EDITORIAL. DE NOVO

BOLSA FAMÍLIA: QUEM SABE FAZ A HORA


*DEBATE: o passo seguinte do desenvolvimento brasileiro : leia a análise semanal de Amir Khair; nesta pág** 'Mais e Melhor': pesquisa em 39 países realizada pela Pew Research Center reserva aos brasileiros um recorde: 88% tem certeza que sua situação econômica estará melhor ainda em 2014**59% acham bom o quadro econômico nacional e 79% acreditam que ele ficará melhor ainda em 2014; o otimismo neste caso só é inferior aos dos chineses ('Valor')


BOLSA FAMÍLIA: QUEM SABE FAZ A HORA

Uma dimensão negligenciada  do boato sobre a extinção do Bolsa Família foi a mobilização instantânea de 900 mil pessoas, detentoras do benefício em 13 estados. As suspeitas quanto à origem da mentira produziram vapor. Mas o potencial político da mobilização de dezenas de milhares  de brasileiros tocados pela ameaça a um direito adquirido, persistiu  na sombra. Não deveria. Essa foi a primeira ‘manifestação conjunta', não eleitoral, de um universo considerado uma esfinge política à direita e à esquerda. Se foi um ensaio de coisa pior , certamente a octanagem da amostra está sendo analisada com cuidado por quem de direito. Ainda que as investigações desqualifiquem tal suspeita, o governo não deveria menosprezar a preciosa  informação que lhe chegou por vias tortas. Criado há dez anos sob o guarda-chuva da política brasileira de segurança alimentar, apelidada de Fome Zero, o Bolsa Família tem poder inflamável 14 vezes superior à escala das ‘mobilizações' provocadas pela boataria. As mulheres detém a titularidade de 94% dos cartões de acesso aos saques. Gerem um benefício que contempla uma população equivalente a 25% do país. Quem são? O que pensam? Que papel  essas brasileiras podem ter na construção de um Estado social que ordene o desenvolvimento do país? Se a escala atingida pelo  Bolsa Família deu razão ao modelo instituído há dez anos, hoje a ausência de um fórum participativo específico para  as 14 milhões de famílias inseridas no programa soa como uma aberração democrática. Que não seja lembrado no futuro como uma negligência histórica.(LEIA MAIS AQUI)



AÉCIO PEDE TESTE DE DNA DO BOLSA FAMÍLIA NO RATINHO



Marcos Bezerra/Futura Press/Folh: OSASCO,SP,23.05.2013:A�CIO NEVES/PROGRAMA DO RATINHO - O senador e presidente do PSDB, A�cio Neves (e), participa do Programa do Ratinho (d), na sede do SBT em Osasco na Grande S�o Paulo, na noite desta quinta-feira (23). . (Foto: Marcos Bezerra/Futura Pr
"O Ratinho tem como uma das marcas do seu programa checar o DNA. Se encontrássemos uma fórmula de achar o DNA dos programas sociais, estaria lá, FHC, PSDB. O DNA do Bolsa Família é do PSDB. O Bolsa Família é a unificação do Bolsa-Alimentação, do Bolsa-Escola, do Vale-Gás, criados no ano de 2001 no governo do presidente Fernando Henrique", disse o pré-candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, que participou do Programa do Ratinho