Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 20 de maio de 2013

TERRORISMO ELEITORAL VOLTA COM FORÇA PARA 2014


POR QUE A EUROPA FOI PARA O SACO. CULPA DA URUBÓLOGA ! “Austeridade”, “juros altos” … isso é papo de credor.



Neste fim de semana, o ansioso blogueiro teve o raro prazer de ler de Paul Krugman no ensaio “como a defesa da austeridade econômica foi para o saco (tradução não literal)”, na última edição da The New York Review of Books.

As setas inflamadas de Krugman apontaram para o peito de Kenneth Rogoff, que foi do FMI e do Banco Central americano, e se tornou o máximo-guru da teoria neolibelês (*).

Os Estados Unidos e o PiG (**) brasileiro levam o Rogoff muito a sério.

E a Europa também, a ponto de seu último trabalho, “Crescimento em tempo de dívida”, ser citado pelos fundamentalistas dos juros nos bancos centrais e instituições monetárias, depois que a Grécia quebrou.

Krugman mostra que, depois da crise de 2008, os Estado Unidos e a Europa até que tentaram algum keynesianismo, alguma intervenção: fazer o Estado gastar para criar demanda.

Krugman explica de forma trivial a necessidade de uma intervenção estatal em tempo de crise, com o princípio da interdependência: o seu gasto é a minha renda; o meu gasto é a sua renda.

Se nós dois tentarmos pagar a dívida com a redução dos gastos, a renda dos dois vai cair.

E essa redução da renda pode aumentar a nossa dívida, além de produzir desemprego em massa.

Contra essa obviedade desconcertante, Rogoff e Carmen Reinhardt demonstraram de forma categórica que a Histórica não perdoou a economia que tivesse uma dívida correspondente a 90% do PIB.

Passou dos 90% – como tinha sido o caso da Grécia -, a economia ia pro brejo !

(A do Brasil está perto de 50% do PIB.)

Essa “descoberta” assustadora ajudou a reverter as políticas econômicas suavemente expansionistas nos Estados Unidos e da Europa.

Dívidas, jamais !

E passaram todos a cortar os gastos de forma radical: Grécia, Espanha, Portugal … uma carnificina atrás da outra.

E o desemprego se tornou em massa: 25 milhões na Europa !

60% dos jovens espanhóis !

Até que Thomas Herndon, estudante de graduação  da Universidade de  Massachusetts, Amherst refez os cálculos do Rogoff e descobriu um erro primário: o jenial neolibelês (*) errou a “planilha Excel”.

Um pecado ginasiano !

A teoria dos 90% desabou sob o peso da arrogância.

Krugman demonstra que não há relação entre mais dívida e menos crescimento.

É papo neolibelês sem fundamento histórico.

Aí, vem a tese de Krugman para explicar por que a tese furada do Rogoff foi aceita tão rápido quanto radicalmente.

Porque há uma lógica que os brasileiros conhecem de cor e salteado.

Cortar investimentos e privatizar.

Assim, os Governos fazem caixa e pagam os bancos.

De quebra, juros altos.

Para engordar os bancos.

É uma política para os credores.

E os devedores que se lixem.

Na fila do desemprego.

Enquanto não acabam com o seguro-desemprego.

Em tempo: no Brasil, os fundamentalistas dos juros têm à frente a Urubóloga, que, como se sabe, foi o melhor pensador neolibelês que o Brasil conseguiu produzir. Não chega a ser um Rogoff, mas tenta.

Em tempo 2: como lembra o Bessinha, o Pinochet e o Videla foram pioneiros do neolibelismo (*) – e outros crimes – na América Latrina.


Paulo Henrique Amorim


(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Como o Estadão fez sumir sua chantagem contra Aécio.


Em fevereiro de 2010, uma guerra fratricida foi desencadeada no PSDB. O segundo mandato de Lula chegava ao fim e ele não podia ser candidato à própria sucessão. Os tucanos e a mídia sua aliada estavam céticos quanto às possibilidades do “poste” que achavam que Dilma era e, assim, acreditavam que, fosse quem fosse o candidato deles, seria eleito.
Dois pré-candidatos disputavam a indicação do PSDB para a “barbada” eleitoral que a direita brasileira acreditava que se avizinhava – derrotar uma mulher sem o carisma de Lula e que jamais disputara uma eleição na vida. José Serra e Aécio Neves, então, digladiavam-se pela primazia de enfrentar Dilma.
A imprensa atucanada de São Paulo e do Rio de Janeiro (leia-se Folha de São Paulo, O Estado de São Paulo e O Globo) estava muito irritada com Aécio. Apesar de esses veículos e o PSDB acreditarem que Dilma, então praticamente estagnada nas pesquisas, seria mera sparring de dois políticos profissionais como Aécio e Serra, preferia o segundo.
No caso da imprensa paulista, até por Serra ser paulista também – sem falar na maior identificação ideológica com ele –, essa “imprensa” fustigou o PSDB por meses até que Aécio fosse preterido.
Serra estava melhor nas pesquisas e esses veículos, que há mais de uma década demonstram que não entendem a política brasileira, não acreditavam que alguém pudesse começar uma campanha eleitoral com percentuais de intenção de voto tão baixos quanto Dilma e o próprio Aécio tinham e chegar a vencer a eleição.
Nesse jogo, o jornal O Estado de São Paulo fez o movimento mais ousado: chantageou Aécio com um texto literalmente criminoso, escrito por seu ex-editorialista e ex-colunista Mauro Chaves, que faleceria um ano depois.
No auge dessa disputa entre Serra e Aécio, o Estadão publicou artigo de Chaves contendo uma chantagem contra o então governador de Minas Gerais, conhecido por sua vida de “playboy” e sobre quem circulam, há anos, boatos sobre ser usuário de cocaína.
O título do artigo que Chaves escreveu e que foi publicado pelo Estadão em 28 de fevereiro de 2010 já dispensaria o resto do texto: “Pó pará, governador”. Confira, abaixo, a íntegra do artigo.


Chaves era um homem bastante erudito. Seu texto era escorreito. Por que usar um título como esse? Por que não “Pode parar, governador”? Ora, porque estava mandado um recado de que os boatos sobre Aécio ser usuário de “pó” (cocaína) viriam à tona caso insistisse em criar dificuldades à candidatura Serra.
O artigo causou grande alvoroço e, pouco depois, Serra foi sagrado candidato para a “barbada” que a mídia ligada ao PSDB e o próprio partido acreditavam que seria a disputa contra o “poste de Lula”.
Faltara, entretanto, combinar com os “russos”, ou seja, com o povo.
Voltemos ao presente. Escrevendo um post sobre os ataques de Aécio ao PT durante a convenção do PSDB do último sábado, na qual o hoje senador por Minas Gerais foi eleito presidente do partido, abordei o artigo chantagista em questão.
Pretendia colocar o link para ele no texto. Fazendo a busca no portal do Estadão para localizá-lo, encontro esse link. Contudo, quando tento acessá-lo não consigo – conduz a uma página em branco.
Veja o link:
Cito no post, então, o fenômeno. Digo que, “estranhamente”, o link do Estadão para sua matéria conduz a lugar nenhum.
Eis que o leitor Reinaldo Luciano, intrigado como eu, usa seus conhecimentos e mostra que ninguém consegue esconder nada na internet.
O excelente trabalho de Reinaldo desvendou o mistério. Leia, abaixo, o comentário que ele colocou no post anterior, onde explica como o Estadão conseguiu fazer sumir a chantagem que fez Aécio desistir de ser o candidato do PSDB à Presidência da República em 2010 em favor de Serra.
—–
Reinaldo Luciano
twitter.com/rei_lux
Comentário enviado em 20/05/2013 as 11:16
A respeito da matéria que não abre no Estadão, verifiquei a página e realmente não abria.
Usei o http://archive.org/web/web.php e localizei a dita página, que foi armazenada em cache 28 vezes desde que foi publicada.
Este é o link original, onde a matéria não abre:
E este é o link recuperado:
Ao analisar o cache, notei que, em 26/08/2010, a matéria teve uma linha alterada ou acrescentada, como pode ser vista aqui:
O fato é que, após essa mudança (quando Serra já era candidato e Aécio não representava mais problema), a página sumiu…
Fiz um print screen da página e postei no twitter
E, para ser ainda mais chato com o Estadão, fiz um videozinho de minhas andanças pelo cache. Veja, abaixo.

FHC FOI O QUE SOBROU NO BAÚ DO PSDB Quem foi vender o controle da Petrobrás na Bolsa de Nova York ?


Saiu na Folha (*):

AÉCIO ASSUME PRESIDÊNCIA DO PSDB E DIZ QUE SIGLA ERROU AO ESCONDER FHC


Senador defende privatizações e afirma que disputa com o PT ‘não será fácil’. “Somos o partido das privatizações que tão bem fizeram ao Brasil”.

Ressaltou, contudo, que o partido nunca quis privatizar a Petrobras -tema que deu dor de cabeça em 2006.


O candidato do PSDB à presidência da Repúbiica – se o Padim Pade Cerra deixar – não tem uma ideia nova.
Nem o PSDB.
É o partido da Privataria, que, agora, finge que não quis vender a Petrobrax.
E que partido foi à Bolsa de Nova York entregar o controle da Petrobrax ?
Quem prometeu entregar o pré-sal à Chevron, segundo o WikiLeaks ?
E o próprio Aécio Never, ao se lançar candidato, a primeira coisa que disse foi que ia abrir a Petrobrás.
Não se esqueça, amigo navegante, mataram Vargas por causa da Petrobrás.
A Petrobras é a ideia fixa da Big House.
FHC foi uma expressão frustrada desse desejo.
Aécio pretende reencarná-lo.
Se o Padim deixar.



Em tempo: o ansioso blogueiro prefere o PSDB unido !


Paulo Henrique Amorim

(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.