Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 14 de março de 2014

Jaciara Itaim Petrobras: a bola da vez do financismo

A desproporção entre o desfecho da AP 470 e o alarido criado pela coalizão conservadora evidencia o que estava em causa de fato: um crime de caixa 2 eleitoral, condenável, mas inerente ao sistema político que o mesmo conservadorismo rejeita reformar

 Quando a mídia fará a autocrítica do linchamento imposto a Gushiken, que se comprovou inocente depois de morto? 

 EUA perdeu o mando de jogo na AL, mas exige que a Unasul adote a agenda intervencionista derrotada na OEA.


O financismo nunca estará contente nem de acordo com a performance da Petrobrás. A não ser, é claro, que ela seja submetida a um processo de privatização.


É realmente impressionante a capacidade desenvolvida pelo financismo para promover a articulação e a defesa de seus próprios negócios em nossas terras. A pauta implementada diariamente pelos principais órgãos de comunicação continua sendo aquela que melhor expõe os interesses dos grandes operadores do sistema financeiro. Esqueçam as regras que eram ensinadas nas boas escolas de jornalismo, a respeito da recomendação de se ouvir mais de uma parte envolvida nas questões polêmicas ou de checar sempre a veracidade das informações oferecidas por fontes envolvidas. Afinal, esses são apenas alguns dos requisitos básicos para se desenvolver uma imprensa livre, democrática, formadora de opinião e crítica.

Os assuntos podem variar da política fiscal à política cambial, passando por temas mais específicos como inflação, superávit primário ou reforma agrária. Não importa qual a problemática que esteja sendo abordada no momento, mas a tônica será sempre o fornecimento da visão unilateral dos que compõem “la crème de la crème” de nosso PIB. É o caso, por exemplo, das principais chamadas das editorias de economia nas semanas que antecedem as reuniões do COPOM. Sobram opiniões e análises dos chamados “especialistas” a respeito da necessidade inadiável de se promover o aumento da SELIC, a taxa de juros básica da economia. Os meios de comunicação criam falsas verdades e constroem supostas unanimidades a partir da dificuldade que a maior parte da população tem em compreender fenômenos complexos e obscuros, como esses que acontecem na rotina cotidiana do mundo dos negócios.

Os casos mais típicos são as informações repassadas durante os telejornais noturnos, com a profundidade de análise típica do boletim meteorológico, que geralmente aparece na telinha logo na seqüência, um pouquinho antes da novela. São frases do estilo: “a Bolsa de Valores operou em alta de x% ao longo do dia”, “o dólar fechou em baixa de y%, com a cotação de venda a tanto e a de compra a outro tanto”, “a onça do ouro no mercado de Londres encerrou o pregão cotada a tantas libras” e por aí vai. Sempre me indago a respeito de como tais informações repercutem na forma como os telespectadores vão se organizar para enfrentar as agruras da vida dura no dia seguinte.

Não nos iludamos, pois a banca está permanentemente em luta por alguma causa de seu próprio umbigo. Pode ser apenas uma estratégia defensiva, para evitar maiores estragos em momentos de dificuldade. Ou então, na situação oposta, estão os casos de uma postura mais ofensiva para impor algum projeto ou opinião ao conjunto da sociedade ou por meio de “lobby” junto ao poder público. Durante a fase áurea do neoliberalismo, tais forças pintaram e bordaram por todo mundo.
 
Aqui nas terras tupiniquins, foram exitosas na consolidação do mito das vantagens inequívocas da privatização das empresas estatais e das vicissitudes proporcionadas pela liberalização completa de nossa economia ao resto do mundo.
 
Avançaram como retroescavadeiras sobre a estrutura do Estado brasileiro, desmontando décadas de esforço empreendido pela construção de um projeto efetivamente nacional de desenvolvimento. Os péssimos resultados para a maioria da população estão aí para quem quiser ver.

No período que se seguiu à crise financeira internacional de 2008, os representantes das finanças perceberam a enrascada em que estavam metidos pelos cinco continentes. Por aqui, baixaram o tom e se contentaram em não perder muito do espaço que haviam conquistado. A velha e conhecida estratégia de esperar a poeira baixar e depois retomar o comando da nave, como estão fazendo ao longo do período mais recente. A agenda do desenvolvimentismo, que havia recuperado uma pequena esperança de sobrefôlego entre 2009 e 2010, voltou a ser esmagada pelas forças daquilo que eu chamo de “neo-conservadorismo liberal”. A rendição às forças de mercado voltou a ser a marca do discurso de nossos principais dirigentes no governo federal. Assim, a agenda da política econômica tornou a ser ditada, outra vez de forma explícita, pelos interesses do grande capital.

Basta conferir as principais medidas anunciadas pelo governo durante as últimas semanas. Os esforços desenvolvidos a todo custo para garantir o superávit primário, com cortes orçamentários em despesas sociais e de investimentos estratégicos, assegurando recursos para pagamento de juros e serviços da dívida pública. Ou as reuniões de ministros com a nata do grande empresariado, para acalmá-los a respeito daquilo que seriam as verdadeiras intenções do governo. Ou a visita tranquilizadora de Dilma aos banqueiros em Davos, na reunião anual do Fórum Econômico Mundial. Ou ainda as sucessivas decisões de promover aumento na taxa SELIC. Enfim, a lista é enorme.

Ora, frente a essa postura intimidada e amedrontada do núcleo duro do governo diante do capital, o inimigo avança com tudo o que pode e exige sempre mais. A ameaça e a chantagem convertem-se em elementos perenes na vida política. E eis que - pasmem! - ocorre o inusitado. O governo cede em tudo o que lhe é solicitado, oferece mais e mais benesses ao empresariado, promove mais e mais concessões ao setor privado. E, apesar de tudo isso, os investimentos tão necessários não se manifestam. A nossa economia rateia e não consegue crescer nem perto da média do crescimento mundial.

No presente momento, a bola da vez do financismo é a Petrobrás. Na verdade, eles nunca se perdoaram por terem perdido a oportunidade de transformá-la em PetrobraX, como pretendia fazer Fernando Henrique, para privatizá-la como foi feito com a Vale do Rio Doce, com as empresas de telefonia, com o ramo da eletricidade e tantas outras. E uma das mais eficientes estratégias para repavimentar o caminho da privatização é desacreditar a empresa, “quebrá-la” financeiramente nos jogos especulativos na Bolsa e criar um ambiente desfavorável à mesma nos meios de comunicação. Afinal, diz a cantilena liberal, tudo isso ocorre em razão de sua natureza pública. Se a empresa fosse privada, o quadro seria outro, tudo estaria às mil maravilhas.

A Petrobrás tem sido bombardeada de forma intensa por todos os lados. É claro que há indícios de sérios problemas de gestão ao longo dos últimos anos. Além disso, ela sofre também as consequências de ser a principal empresa estatal do governo federal e uma das maiores petroleiras do mundo. Sempre que o tema de reajuste de preços dos combustíveis volta à baila, ela é utilizada para conter a alta de seus produtos, em razão de seus efeitos sobre a inflação. A Petrobrás arca com esse tipo de perda. Mas também nos momentos de baixa de preços do petróleo no mercado internacional, por exemplo, ela ganha, pois jamais os preços internos baixaram por essa razão.

Além disso, as decisões de investimento de nossa petrolífera repercutem de forma expressiva sobre o nível da atividade econômica de todo o País. Ela alavanca o ramo das plataformas de petróleo, os fornecedores de máquinas e equipamentos, as empresas de serviços e logística, os estaleiros construtores de navios, entre tantos outros setores. Em razão das descobertas de novas fontes de petróleo - antes e depois do Pré Sal - as necessidades de novos investimentos são imensas. Não apenas a Petrobrás deseja investir para crescer, mas a sociedade brasileira conta muito com tal desempenho.

Nos quadros complexos do capitalismo contemporâneo, as grandes empresas são obrigadas a lançar mão de operações de endividamento para conseguir realizar seus investimentos. E isso vale tanto para as empresas estatais como para os conglomerados privados. Ora, tudo indica que a sociedade brasileira considera as oportunidades do Pré Sal como sendo essenciais para assegurar um futuro melhor para as gerações que estão por vir. Para viabilizar tal projeto, faz-se necessário um volume enorme de investimento. A Petrobrás precisa alavancar recursos para explorar os campos sob as profundezas do oceano.

Apesar dessa equação aparentemente óbvia para qualquer profissional de economia, os “especialistas” passaram a criticar o elevado endividamento da empresa. Ela foi buscar recursos no mercado financeiro internacional e obteve um importante êxito. Há poucos dias, lançou bônus no valor de US$ 8,5 bilhões e encontrou uma demanda interessada bem superior, por volta de US$ 22 bi. Havia uma forte aposta especulativa de que a ameaça de rebaixamento da cotação do risco Brasil pela consultoria Standard & Poor’s melasse a iniciativa da Petrobrás.
 
Mas ocorreu o oposto. Ao que tudo indica, a leitura é de uma maior relevância de avaliação do potencial futuro do Pré Sal em comparação com os problemas atuais enfrentados por nossa empresa de petróleo.

Tanto que a estratégia dos grandes operadores do mercado mobiliário foi forçar a derrubada do preço negociado das ações da Petrobrás nas bolsas de valores, tentando caracterizar a operação de adesão ao plano de investimentos exitoso como sendo um fracasso. O discurso volta-se novamente para os supostos elevados índices de endividamento da empresa. Ocorre que a Petrobrás só pode crescer e investir lançando mão desse tipo recurso. Cria-se o círculo vicioso. Se não investir, será acusada de incompetência, de ter perdido a oportunidade única do Pré Sal. Ao investir, também é acusada de promover mais endividamento e colocar as finanças do grupo em risco.

Em suma, o financismo nunca estará contente nem de acordo com a “performance” da Petrobrás. A não ser, é claro, que ela seja submetida a um processo de privatização. Esse deve ser o objetivo último da atual campanha de desgaste da imagem da empresa. Aproveitando carona na disputa política entre o fisiologismo de setores do PMDB e o Palácio do Planalto, a Câmara dos Deputados aprovou a convocação da Presidente Graça Foster. Em tese, não haveria nada de anormal nesse tipo de prestação de contas de dirigentes de uma empresa pública aos representantes eleitos pelo povo. Faz parte das regras do jogo democrático e republicano. Mas nesse país chamado Brasil tudo adquire cores dramáticas na esfera da “política politiqueira”. A colocação da empresa na berlinda cai como uma luva na estratégia que busca sua desmoralização política e negocial. Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.


(*) Economista e militante por um mundo mais justo em termos sociais e econômicos.

“Prévia” do PIB, IBC-Br tem maior alta desde dezembro de 2009 e surpreende “urubus”

ibcjan
O Banco Central divulgou, agora há pouco, o seu Índice de Atividade Econômica, o IBC-Br, considerado um indicador da variação do Produto Interno Bruto Brasileiro.
Subiu 1,26% em relação a dezembro, quando foi bem fraco.
O mais importante, porém, é que o valor atingido é o  um dos melhores dos últimos dois anos, na série livre das influências sazonais.
Foi quase o dobro da expectativa do mercado financeiro, em pesquisa da Reuters, na qual “a mediana de 26 projeções apontava alta de 0,70 por cento”.
Claro que um resultado apenas não projeta tendência, salvo na nossa imprensa catastrofista, que prevê o fim do mundo em cada indicador negativo da economia e coloca um “mas” depois de cada número positivo.
Mas é expressivo o suficiente para afirmar que não há uma retração sistemática da atividade da economia.
Ao contrário do que previam os urubus, o Brasil está mais perto de uma aceleração da economia do que da estagnação que eles prevêem todo santo dia.

Marcha à ré da Família com Deus em nome do Passado

Leonardo Sakamoto

Recebi cartas dos leitores (mentira, foi e-mail – mas já pensou que legal se todos os comentários do blog, inbox do Face, DMs do Twitter e demais correios eletrônicos chegassem por cartinha? Eu ia mergulhar nelas feito o Bozo quando sorteava aqueles LPs cujas capas eram produzidas no Playcenter) pedindo um post sobre grupos que estariam organizando uma nova Marcha da Família com Deus pela Liberdade para o sábado (22).
O objetivo desse pessoal seria marcar os 50 anos daquela excrescência que antecedeu ao golpe militar de 1964. Em defesa da fé, da família e da pátria.
Agregam valor ao camarote colocando uma série de reivindicações que eles, equivocamente, chamam de “conservadoras''. Pois uma coisa é o pensamento conservador, que merece ser respeitado e, na minha opinião, questionado – quando for o caso – nas arenas de discussões. A outra é gente que acha que a Constituição é papel higiênico e as instituições democráticas – que levamos décadas para reconstruir – são um grande vaso sanitário de onde só exala fedor.
Reivindicações que incluem uma “intervenção militar constitucional'' (haha), o bloqueio da transformação do país em uma “ditadura homossexual'' (hahahaha) e uma ação para evitar a “implantação do comunismo'' pelo partido que está no poder (kkkkkkkkkk). Gente, em que país eles vivem?
Eu olhei, olhei e pensei que era uma piada. Ainda espero que seja um grande hoax.
Portanto, gostaria de analisar não o chamamento para a marcha em si e mais a reação dos que estão apoiando essas ideias.
Antes de tudo, um comentário sincero: como a democracia é linda…
Ainda vou escrever com mais calma sobre esse assunto, mas sabe o que mais assusta? A falta de conhecimento histórico. Qualquer análise de conjuntura e de contexto histórico, não só brasileiro mas de todo o mundo, mostra que 1964 e 2014 são dois momentos diferentes, com acúmulos políticos e participação popular diferentes também.
É claro que há insatisfações naquela época como agora, e de todos os lados. Insatisfação contra o mau funcionamento das instituições (corrupção, enfim), mas também insatisfação de alguns contra a conquista de direitos por determinadas parcelas da sociedade que, sistematicamente, foram deixadas à margem (direito a não passar fome, por exemplo).
Mas o país é diferente, poucos são os que querem engatar a marcha à ré. As pessoas repetem comparações ruins (“no passado, tinha mais segurança e menos corrupção'') até terem contato com os números e a realidade. Isso sem contar que a imprensa, hoje, é muito mais livre para divulgar os casos de malfeitos – coisas que era impossível durante a Gloriosa. Ou seja, as possibilidades de quebra institucional não são as mesmas.
Li um panfleto que dizia que o PT está rompendo com o capital, criando problemas para bancos. Gente do céu… Se assim fosse eu ia para a rua cantar debaixo da chuva. O fato é que esse milagre não vai acontecer nem que a vaca tussa. Nunca o sistema financeiro nacional e internacional ganhou tanto dinheiro quanto agora. Boa parte do PT nem mais é de esquerda, que dirá comunista ou “revolucionário''.
Enfim, não é para ninguém entrar em parafuso. Uma nova “intervenção'' ou qualquer eufemismo que possa ser dado a um golpe cívico-militar são despropositados.
Uma das maiores consequências das manifestações de junho de ano passado foi trazer pessoas para ocuparem espaços públicos e darem suas opiniões. Ruas,praças e avenidas não são apenas rotas de passagem de pedestres e automóveis, mas é onde se faz política e se exerce a cidadania.
Eu adoraria que todo mundo que posta contra a democracia fosse defender suas posições de cara limpa, mas infelizmente isso não vai acontecer. As marchas, se ocorrerem, vão juntar menos gente do que manifestações do ano passado.
Pois é importante que a extrema direita mostre sua cara e diga quem é. Você não está cansado de ser xingado por anônimos na internet? Não tem curiosidade de saber quem eles são? Pois bem, essa é a hora. Que venham e defendam seus argumentos com fatos e não misticismos.
Talvez, dessa forma, possamos ir para o debate construtivo ao invés da troca de ofensas.

Alckmin começa o racionamento de água PPP em São Paulo: periferia, pobre e petista

guarulhos
Era inevitável, como a gente dizia já na segunda-feira.
E pela periferia, o primeiro dos três P.
As cidades escolhidas foram São Caetano do Sul -que é uma cidade de pequeno porte,  quase um bairro paulistano, com 150 mil habitantes e 15 km² de área apenas, onde o consumo já havia caído para abaixo para a cota adequada – e a gigante Guarulhos, segunda cidade mais populosa de São Paulo e  a 1a3ª mais populosa do Brasil, a maior entre as não-capitais.
E o segundo “P” do racionamento: uma cidade pobre, a 145a. no IDH paulista.
Mas, antes do terceiro “P”, um “detalhe” curioso. A Sabesp diz que vai “cortar” a água de São Caetano do Sul, mas a cidade já baixou seu consumo para um nível menor do que a nova quantidade de água. Portanto, não há corte algum. Também não foi explicado porque o mesmo procedimento não foi – e vai ser – estendido a outras cidades que usam água do Cantareira via Sabesp.
O terceiro “P” é que a prefeitura de Guarulhos, daquele tamanhão, é dirigida já há um bom tempo pelo PT.
Como é pobre, é claro que é muito difícil reduzir fortemente o consumo de água, que já é pouco, por conta do preço e complicado, porque nas favelas não há hidrometro e, portanto, não aianta prometer desconto de acordo com o consumo medido.
E muito menos conseguir isso por conscientização, com o Governo do Estado e a imprensa escondendo a gravidade da situação.
Há dois dias, o governador mentiu dizendo que não faltaria água nem para a cidade de São Paulo, nem para os municípios atendidos pelo Cantareira.
Se a água é de todos, o seu racionamento tem de ser para todos: assim ele será menor, mais eficiente e menos injusto.
Porque nos bairros pobres atendidos pelo Cantareira e em Osasco já está em curso um racionamento não-assumido, com o fornecimento de água intermitente.
Já outros bairros, de classe média,  foram transferidos do cantareira para outro sistema, o Alto Tietê (que  também vai entrar em nível crítico, mas ainda demora).
E a imprensa paulista, seus jornalões, comendo mosca seca e sonegando do noticiário a gravidade da crise e a responsabilidade dos governos Serra e Alckmin.
Água pouca, tucanão primeiro.

Aécio ficou doidão? Ação judicial secreta para censurar Google e Facebook? Pó pará…

censura
Incrível.
Mas é a Folha que traz a noticia.
Aécio Neves quer proibir, nos sites de busca e nas redes sociais, links, perfis, páginas, tudo o que eventualmente faça menção a ligações entre ele e o “uso de entorpecentes” e à ação em que foi acusado de não aplicar o mínimo constitucional na Saúde durante sua gestão como governador de Minas Gerais.
Está movendo, sob sigilo, duas ações judiciais em São Paulo contra aos sites de busca e o Facebook.
Resumindo: quer impor a censura prévia na rede.
Na primeira ação, já perdida em primeira instância, Aécio quer suprimir menções a um eventual “desvio de verbas”, pelo fato de o Ministério Público tê-lo acusado de “maquiar”  as contas estaduais contabilizando recursos aplicados em  saneamento básico para completar aparcela constitucional obrigatória para a Saúde.
Na segunda, iniciada em dezembro passado, diz a Folha, “o tucano pede providências contra “comunidades e perfis” em redes sociais que “atribuem ao político a condição de usuário de entorpecentes”.
Como o processo, a pedido dos advogados de Aécio, corre em segredo de Justiça, não é possível saber se ele também pede providências contra o Estadão, que publicou artigo de amigo de José Serra, Mauro Chaves,  com o famoso “Pó pará, governador”. Até então os hábitos privados de Aécio, verdadeiros ou não, ficavam no âmbito de sua vida pessoal.
Da mesma forma que foi no Uol, através da coluna de Juca Kfouri, que se sou de seu currículo como estapeador de mulheres.
Os advogados do Google disseram, na ação,  que Aécio “parece sensível’ demais às críticas sobre sua atuação”.
É aquele famoso ditado: “quem foi mordido por cobra até de minhoca tem medo”.
Claro que Aécio vai perder, porque estamos numa democracia e ele tem todo o direito de processar os autores do que considera – e pelo volume de menções na rede, o povo não – mentiroso e ofensivo.
Aécio, além de autoritário, é burro.
Primeiro, porque permite imaginar o que faria como presidente da República em matéria de liberdades, se não bastasse saber o que fez da  liberdade de imprensa em Minas Gerais.
Segundo, porque agora qualquer um pode dizer, sem medo de processo, que ele é Aécio Neves, aquele que quer proibir, na Justiça, que digam que ele é usuário de…
Desculpem, mas só dizendo: Pó pará, senador…