Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 18 de março de 2015

As doações “limpas” e as doações “sujas” dependem de quem recebe? Autor: Fernando Brito

santoedem


No Jornal Nacional de ontem, duas “delações”.

Na primeira, Paulo Roberto Costa diz que as doações legais de empreiteiras às campanhas eleitorais eram “balela” apenas encobriam o pagamento de propina.

Na segunda, um ex-executivo da Engevix diz que deu, na forma de doações legais, propinas ao PT.

Muito bem, acreditemos que os dois falam a verdade, nada mais que a verdade.

Perguntinha básica que se impõe a investigadores corretos, sejam policiais, promotores ou jornalistas: se as doações legais eram propinas – palavras de Paulo Roberto Costa – , as doações para outros partidos eram o que?

Amor?

Os milhões da OAS, da Odebrecht, da Serveng-Civilsan e da Queiroz Galvão doados ao PSDB, foram doados por espírito cívico?

Fui buscar apenas um exemplo nas eleições de 2010, que está acessível a todos: as doações da empreiteira Camargo Correia: Estão lá Aécio Neves, Antonio Anastasia, o presidente do Instituto Teotônio Vilela, do PSDB, Luiz Paulo Vellozo Lucas, Demóstenes Torres, Paulo Skaf, o governador do Paraná Beto Richa, também tucano e Eduardo Cunha, tanto quanto deram a candidatos petistas.

Fora os milhões que deram ao PSDB (Comitê Presidencial e Direção Nacional) e que foram repassados à campanha de José Serra e ou outros milhões que deram à de Geraldo Alckmin para o Governo do Estado. Até o PV, então Partido de Marina Silva, ganhou seu “milhãozinho”.

Todos receberam doações das mesmas empreiteiras, todas de valor significativo.

Mas umas foram propina, as outras “participação legítima da empresa no processo eleitoral”, o que é a situação hipócrita que se sustenta com o engavetamento promovido pelo Ministro Gilmar Mendes da decisão do TSE que proíbe dinheiro de empresas nas campanhas.

A delação premiada do Dr. Sérgio Moro produz uma meia-verdade obtida a partir ao encarceramento de empresários por meses.

Que aceitam dizer que deram a um como propina e silenciam – aliás, nem são perguntados – se aos outros que deram foi por amor.

Qualquer investigador perguntaria porque deram a outros partidos

Aqui, não.

Aqui a moralidade da mídia, bem como a apuração de seus jornalistas, é seletiva.

Viomundo: Amaury pode revelar duto dos tucanos ! Fundo suspeito de NauFraga talvez não fosse exatamente uma filantropia.

NauFraga e Aecioporto são recebidos por anfitrião que apresenta empresários a políticos e vice versa

O Conversa Afiada reproduz o Viomundo:

Amaury Ribeiro Jr.:Investigação sobre fundo de Armínio Fraga nos EUA pode revelar duto dos tucanos; banqueiro nega



por Amaury Ribeiro Jr., no R7

Um fundo de investimento nas Ilhas Cayman, paraíso fiscal no Caribe, administrado pelo ex-presidente do Banco Central, Armínio Fraga, está sob investigação nos Estados Unidos.

O fundo, intitulado Armínio Fraga Neto-Fundação Gávea, é suspeito de distribuir para a Suíça e outros paraísos fiscais dinheiro sem origem comprovada.

As autoridades  norte-americanas chegaram ao fundo após investigar a lista dos clientes de todo mundo que mantinham contas no HSBC da Suíça.

O tucano e seu fundo, isento de impostos no Brasil por ser uma organização filantrópica, deixaram rastros bem detalhados na lista do HSBC.

De acordo com uma fonte do FBI (a Polícia Federal dos EUA) ligada a operações de lavagem de dinheiro, em 2004 o fundo nas Ilhas Cayman enviou U$ 4,4 milhões para outra conta da mesma fundação no HSBC da Suíça.

Os dados apurados apontam que a conta beneficiada era uma conta de compensação. Conhecida como conta-ônibus, esse tipo de conta só serve para transportar dinheiro de um paraíso fiscal para outro.

É uma conta, por exemplo, onde não se pode fazer nenhum tipo de investimento.

Os documentos levantados pelas autoridades norte-americanas mostram ainda que antes de cair no HSBC o dinheiro foi transferido para outra conta-ônibus do ex-ministro no Credit Bank da Suiça.

No mundo da lavagem de dinheiro há uma premissa: quanto mais rodar em conta-ônibus, mais limpo fica o dinheiro até chegar ao seu destino final.

As investigações apontam que após ser lavado na Suíça o dinheiro voltou limpo para a conta de Fraga no America Bank de Nova York.

A papelada comprova ainda que, para se livrar da tributação de impostos, Armínio declarou à Receita que a Fundação Gávea era filantrópica, ou seja, isenta de tributos.

Mas, num lapso de memória, enviou o dinheiro para o Caribe por meio de sua conta pessoal no HSBC. Os investigadores pediram a quebra de sigilo do fundo.

Ou seja, serão revelados os nomes dos tucanos e de outros brasileiros que usaram esse duto para enviar dinheiro ao Exterior.

Vale lembrar que, na condição de ministro no governo Fernando Henrique Cardoso, Fraga foi o principal articulador para que não fosse quebrado, por exemplo, o sigilo em torno dos nomes de correntistas que operavam no Fundo Opportunity, do banqueiro Daniel Dantas.

Agora, Fraga não tem mais o controle da situação. Uma faxina em seu fundo no Caribe é um passo para se chegar ao verdadeiro Dossiê Cayman.

Experiente no mercado, Fraga tentou dar um aspecto legal à operação ao declarar à Receita Federal o Fundo no Brasil. Seus problemas estão nos EUA, onde o ex-ministro tem cidadania.

É lá que ocorreu a maior parte das operações e, por isso, Fraga e os outros correntistas do fundo terão de responder por seus atos na Justiça.
PS do Viomundo:

Ao R7, que publicou a informação acima, Fraga disse que a investigação nos EUA é “100% ficção”, mas admitiu que o fundo existiu.

— Investi nesse fundo há sete ou oito anos, mas tudo dentro da legalidade. Todas as minhas contas, de minha família e da Gávea Investimentos são declaradas perante as autoridades competentes, brasileiras e americanas. Não houve esta transferência mencionada, houve sim um investimento regular e documentado. Não temos notícia de qualquer investigação sobre o tema.



Em tempo: o anfitrião de gravata verde exibia a mesma gravata verde quando foi jantado, com farofa pelo Eduardo Cunha no Roda Morta.


Três mil metros sob o mar no Nordeste. Recorde da Petrobras que querem jogar fora

aguas


A Petrobras revelou hoje a quebra do recorde nacional de perfuração em águas profundas: 2.990 metros.

Três quilômetros abaixo do mais, tão fundo do que é alta a montanha mais alta do Brasil, o Monte Roraima.

É na Bacia Sergipe-Alagoas, onde os poços são todos muito profundos, mas rendem um óleo levíssimo – com baixo teor de enxofre – na faixa de 41 graus API, contra uma média nacional que anda na faixa de 24-25 graus API,

Se o petróleo é o ouro negro, este petróleo é o ouro “24 quilates”.

É exportação “na veia”, porque nem é possível de ser refinado em quantidade no parque nacional de refinarias, projetado para óleos mais pesados.

O início de produção previsto é 2018, se não atrapalharem.

A Petrobras produz em um dia dez vezes mais do que Baruscos, Costas e Youssefs roubaram dela.

Vamos destruir isso e levar a Petrobras a bancarrota porque a empresa não pode captar recursos para investir nisso?

Só um imbecil pode querer entregar este tesouro, e outro muito maior que é o pré-sal.

Um imbecil ou um ladrão.

Do pior tipo, tão abjeto quando os “santificados” ladrões da Petrobras, todos eles já abençoados com o perdão do Dr. Moro.