Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 12 de julho de 2012

Chalita chama Cerra de higienista: dane-se o pobre




Chalita fala de dentro do estômago dos tucanos de São Paulo. Tão cheirosos …, higiênicos …


Saiu na Folha:

Chalita chama gestão de Serra e Kassab de ‘higienista’

O candidato do PMDB à Prefeitura de São Paulo, Gabriel Chalita, criticou nesta quinta-feira (12) o programa de governo do adversário José Serra (PSDB) e chamou as gestões do tucano e do prefeito Gilberto Kassab de “higienista”.

Em entrevista durante a inauguração do comitê central de sua campanha, no vale do Anhangabaú (centro), o peemedebista comentou o fato de vários programas de governo terem propostas semelhantes e de o texto entregue por Serra à Justiça Eleitoral pregar continuidade da atual administração.

“Nós temos um conceito que eles não têm”, disse Chalita, citando o próprio programa. “Começamos a trabalhar essa ideia do ‘Eu vejo você’ [saudação africana que ele tem usado como mote de campanha], de que nenhuma pessoa pode ser invisível, do acolhimento, que não é a marca da gestão Kassab/Serra. A marca da gestão Serra/Kassab é higienista.”





“Higienismo” e “Eugenia” são conceitos unidos pelo mesmo preconceito: uns são superiores aos outros e os inferiores devem ficar lá – na região inferior.
Para sempre.
Para não “sujar” os superiores.
Na sua expressão radical isso deu na política eugenista do Nazismo.
Na sua expressão branda, da elite paulista, deu no tratamento dispensado aos pobres que vivem nas ruas, nas políticas públicas para as regiões onde moram os pobres.
Na insegurançca que mata oito de uma só vez em Osasco.
O que interessa … Osasco ?
Por que acabar com o alagamento no Jardim Romano, se lá só mora nordestino que nao tem título de eleitor em São Paulo ?
A educação pública poderia ser melhor ?
É culpa dos ” migrantes”, como disse o Cerra ao Chico Pinheiro, naquela inesquecível entrevista.
O que interessa … transporte público, se eu tenho carro, helicóptero ?
E para que alimentar os sem teto ?
Que comam brioche.
Eles não votam nos tucanos mesmo !
Chalita conhece a alma do Cerra.
Chalita sabe o que o Cerra fez contra ele, quando decidiu sair do PSDB, por causa do Cerra.
O Cerra e os Brucutus do Cerra foram implacáveis.
Ao chegar ao Governo do Estado, Cerra desmanchou tudo o que Alckmin e Chalita tinham feito na Educação.
Imagine o que ele não faria com o Bolsa Familia do Lula ?
A única obra de cimento e tijolo do Prefeito Cerra, o Breve, foi construir uma rampa inclinada, sob um viaduto na Avenida Paulista, para que os pobres não importunassem os que trabalham nos escritórios refrigerados ali em cima.
Chalita fala de dentro do estômago dos tucanos de São Paulo.
Tão cheirosos …, higiênicos …
Paulo Henrique Amorim

Estados Unidos, Venezuela e Paraguai


A política externa norte-americana na América do Sul sofreu as consequências totalmente inesperadas da pressa dos neogolpistas paraguaios em assumir o poder, com tamanha voracidade que não podiam aguardar até abril de 2013, quando serão realizadas as eleições, e agora articula todos os seus aliados para fazer reverter a decisão de ingresso da Venezuela. A questão do Paraguai é a questão da Venezuela, da disputa por influência econômica e política na América do Sul. O artigo é de Samuel Pinheiro Guimarães.

1. Não há como entender as peripécias da política sul-americana sem levar em conta a política dos Estados Unidos para a América do Sul. Os Estados Unidos ainda são o principal ator político na América do Sul e pela descrição de seus objetivos devemos começar.

2. Na América do Sul, o objetivo estratégico central dos Estados Unidos, que apesar do seu enfraquecimento continuam sendo a maior potência política, militar, econômica e cultural do mundo, é incorporar todos os países da região à sua economia. Esta incorporação econômica leva, necessariamente, a um alinhamento político dos países mais fracos com os Estados Unidos nas negociações e nas crises internacionais.

3. O instrumento tático norte-americano para atingir este objetivo consiste em promover a adoção legal pelos países da América do Sul de normas de liberalização a mais ampla do comércio, das finanças e investimentos, dos serviços e de “proteção” à propriedade intelectual através da negociação de acordos em nível regional e bilateral.

4. Este é um objetivo estratégico histórico e permanente. Uma de suas primeiras manifestações ocorreu em 1889 na I Conferência Internacional Americana, que se realizou em Washington, quando os EUA, já então a primeira potência industrial do mundo, propuseram a negociação de um acordo de livre comércio nas Américas e a adoção, por todos os países da região, de uma mesma moeda, o dólar.

5. Outros momentos desta estratégia foram o acordo de livre comércio EUA-Canadá; o NAFTA (Área de Livre Comércio da América do Norte, incluindo além do Canadá, o México); a proposta de criação de uma Área de Livre Comércio das Américas - ALCA e, finalmente, os acordos bilaterais com o Chile, Peru, Colômbia e com os países da América Central.

6. Neste contexto hemisférico, o principal objetivo norte-americano é incorporar o Brasil e a Argentina, que são as duas principais economias industriais da América do Sul, a este grande “conjunto” de áreas de livre comércio bilaterais, onde as regras relativas ao movimento de capitais, aos investimentos estrangeiros, aos serviços, às compras governamentais, à propriedade intelectual, à defesa comercial, às relações entre investidores estrangeiros e Estados seriam não somente as mesmas como permitiriam a plena liberdade de ação para as megaempresas multinacionais e reduziria ao mínimo a capacidade dos Estados nacionais para promover o desenvolvimento, ainda que capitalista, de suas sociedades e de proteger e desenvolver suas empresas (e capitais nacionais) e sua força de trabalho.

7. A existência do Mercosul, cuja premissa é a preferência em seus mercados às empresas (nacionais ou estrangeiras) instaladas nos territórios da Argentina, do Brasil, do Paraguai e do Uruguai em relação às empresas que se encontram fora desse território e que procura se expandir na tentativa de construir uma área econômica comum, é incompatível com objetivo norte-americano de liberalização geral do comércio de bens, de serviços, de capitais etc que beneficia as suas megaempresas, naturalmente muitíssimo mais poderosas do que as empresas sul-americanas.

8. De outro lado, um objetivo (político e econômico) vital para os Estados Unidos é assegurar o suprimento de energia para sua economia, pois importam 11 milhões de barris diários de petróleo sendo que 20% provêm do Golfo Pérsico, área de extraordinária instabilidade, turbulência e conflito.

9. As empresas americanas foram responsáveis pelo desenvolvimento do setor petrolífero na Venezuela a partir da década de 1920. De um lado, a Venezuela tradicionalmente fornecia petróleo aos Estados Unidos e, de outro lado, importava os equipamentos para a indústria de petróleo e os bens de consumo para sua população, inclusive alimentos.

10. Com a eleição de Hugo Chávez, em 1998, suas decisões de reorientar a política externa (econômica e política) da Venezuela em direção à América do Sul (i.e. principal, mas não exclusivamente ao Brasil), assim como de construir a infraestrutura e diversificar a economia agrícola e industrial do país viriam a romper a profunda dependência da Venezuela em relação aos Estados Unidos.

11. Esta decisão venezuelana, que atingiu frontalmente o objetivo estratégico da política exterior americana de garantir o acesso a fontes de energia, próximas e seguras, se tornou ainda mais importante no momento em que a Venezuela passou a ser o maior país do mundo em reservas de petróleo e em que a situação do Oriente Próximo é cada vez mais volátil.

12. Desde então desencadeou-se uma campanha mundial e regional de mídia contra o Presidente Chávez e a Venezuela, procurando demonizá-lo e caracterizá-lo como ditador, autoritário, inimigo da liberdade de imprensa, populista, demagogo etc. A Venezuela, segundo a mídia, não seria uma democracia e para isto criaram uma “teoria” segundo a qual ainda que um presidente tenha sido eleito democraticamente, ele, ao não “governar democraticamente”, seria um ditador e, portanto, poderia ser derrubado. Aliás, o golpe já havia sido tentado em 2002 e os primeiros lideres a reconhecer o “governo” que emergiu desse golpe na Venezuela foram George Walker Bush e José María Aznar.

13. À medida que o Presidente Chávez começou a diversificar suas exportações de petróleo, notadamente para a China, substituiu a Rússia no suprimento energético de Cuba e passou a apoiar governos progressistas eleitos democraticamente, como os da Bolívia e do Equador, empenhados em enfrentar as oligarquias da riqueza e do poder, os ataques redobraram orquestrados em toda a mídia da região (e do mundo).

14. Isto apesar de não haver dúvida sobre a legitimidade democrática do Presidente Chávez que, desde 1998, disputou doze eleições, que foram todas consideradas livres e legítimas por observadores internacionais, inclusive o Centro Carter, a ONU e a OEA.

15. Em 2001, a Venezuela apresentou, pela primeira vez, sua candidatura ao Mercosul. Em 2006, após o término das negociações técnicas, o Protocolo de adesão da Venezuela foi assinado pelos Presidentes Chávez, Lula, Kirchner, Tabaré e Nicanor Duarte, do Paraguai, membro do Partido Colorado. Começou então o processo de aprovação do ingresso da Venezuela pelos Congressos dos quatro países, sob cerrada campanha da imprensa conservadora, agora preocupada com o “futuro” do Mercosul que, sob a influência de Chávez, poderia, segundo ela, “prejudicar” as negociações internacionais do bloco etc. Aquela mesma imprensa que rotineiramente criticava o Mercosul e que advogava a celebração de acordos de livre comércio com os Estados Unidos, com a União Européia etc, se possível até de forma bilateral, e que considerava a existência do Mercosul um entrave à plena inserção dos países do bloco na economia mundial, passou a se preocupar com a “sobrevivência” do bloco.

16. Aprovado pelos Congressos da Argentina, do Brasil, do Uruguai e da Venezuela, o ingresso da Venezuela passou a depender da aprovação do Senado paraguaio, dominado pelos partidos conservadores representantes das oligarquias rurais e do “comércio informal”, que passou a exercer um poder de veto, influenciado em parte pela sua oposição permanente ao Presidente Fernando Lugo, contra quem tentou 23 processos de “impeachment” desde a sua posse em 2008.

17. O ingresso da Venezuela no Mercosul teria quatro consequências: dificultar a “remoção” do Presidente Chávez através de um golpe de Estado; impedir a eventual reincorporação da Venezuela e de seu enorme potencial econômico e energético à economia americana; fortalecer o Mercosul e torná-lo ainda mais atraente à adesão dos demais países da América do Sul; dificultar o projeto americano permanente de criação de uma área de livre comércio na América Latina, agora pela eventual “fusão” dos acordos bilaterais de comércio, de que o acordo da Aliança do Pacifico é um exemplo.

18. Assim, a recusa do Senado paraguaio em aprovar o ingresso da Venezuela no Mercosul tornou-se questão estratégica fundamental para a política norte americana na América do Sul.

19. Os líderes políticos do Partido Colorado, que esteve no poder no Paraguai durante sessenta anos, até a eleição de Lugo, e os do Partido Liberal, que participava do governo Lugo, certamente avaliaram que as sanções contra o Paraguai em decorrência do impedimento de Lugo, seriam principalmente políticas, e não econômicas, limitando-se a não poder o Paraguai participar de reuniões de Presidentes e de Ministros do bloco.

Feita esta avaliação, desfecharam o golpe. Primeiro, o Partido Liberal deixou o governo e aliou-se aos Colorados e à União Nacional dos Cidadãos Éticos - UNACE e aprovaram, a toque de caixa, em uma sessão, uma resolução que consagrou um rito super-sumário de “impeachment”.

Assim, ignoraram o Artigo 17 da Constituição paraguaia que determina que “no processo penal, ou em qualquer outro do qual possa derivar pena ou sanção, toda pessoa tem direito a dispor das cópias, meios e prazos indispensáveis para apresentação de sua defesa, e a poder oferecer, praticar, controlar e impugnar provas”, e o artigo 16 que afirma que o direito de defesa das pessoas é inviolável.

20. Em 2003, o processo de impedimento contra o Presidente Macchi, que não foi aprovado, levou cerca de 3 meses enquanto o processo contra Fernando Lugo foi iniciado e encerrado em cerca de 36 horas. O pedido de revisão de constitucionalidade apresentado pelo Presidente Lugo junto à Corte Suprema de Justiça do Paraguai sequer foi examinado, tendo sido rejeitado in limine.

21. O processo de impedimento do Presidente Fernando Lugo foi considerado golpe por todos os Estados da América do Sul e de acordo com o Compromisso Democrático do Mercosul o Paraguai foi suspenso da Unasur e do Mercosul, sem que os neogolpistas manifestassem qualquer consideração pelas gestões dos Chanceleres da UNASUR, que receberam, aliás, com arrogância.

22. Em consequência da suspensão paraguaia, foi possível e legal para os governos da Argentina, do Brasil e do Uruguai aprovarem o ingresso da Venezuela no Mercosul a partir de 31 de julho próximo. Acontecimento que nem os neogolpistas nem seus admiradores mais fervorosos - EUA, Espanha, Vaticano, Alemanha, os primeiros a reconhecer o governo ilegal de Franco - parecem ter previsto.

23. Diante desta evolução inesperada, toda a imprensa conservadora dos três países, e a do Paraguai, e os líderes e partidos conservadores da região, partiram em socorro dos neogolpistas com toda sorte de argumentos, proclamando a ilegalidade da suspensão do Paraguai (e, portanto, afirmando a legalidade do golpe) e a inclusão da Venezuela, já que a suspensão do Paraguai teria sido ilegal.

24. Agora, o Paraguai procura obter uma decisão do Tribunal Permanente de Revisão do Mercosul sobre a legalidade de sua suspensão do Mercosul enquanto, no Brasil, o líder do PSDB anuncia que recorrerá à justiça brasileira sobre a legalidade da suspensão do Paraguai e do ingresso da Venezuela.

25. A política externa norte-americana na América do Sul sofreu as consequências totalmente inesperadas da pressa dos neogolpistas paraguaios em assumir o poder, com tamanha voracidade que não podiam aguardar até abril de 2013, quando serão realizadas as eleições, e agora articula todos os seus aliados para fazer reverter a decisão de ingresso da Venezuela.

26. Na realidade, a questão do Paraguai é a questão da Venezuela, da disputa por influência econômica e política na América do Sul e de seu futuro como região soberana e desenvolvida.

O SENADO nega que tenha previsto o fim da CPMI." Ou a CPMI da Midia extrema direita Golpista"

Cerra na CPI:
cadê o Puccini ?

Será que o “jornalismo investigativo” do PiG, agora desfalcado do Carlinhos Cachoeira, investigaria o paradeiro de Puccini ?


Saiu na capa do Valor (o PiG (*) chic):

“Depois de Demóstenes, o fim da CPI”


Trata-se de “jornalismo com percepção extra-sensorial”.

Sem citar um único dos 81 senadores, o Valor (o PiG (*) chic) decreta que o Senado considera sua missão cumprida, com a cassação de Demóstenes.

Lamentavelmente, isso não será possível.

Fernando Cavendish, o Pagot e o Paulo Preto estão para depor e prestar esclarecimentos indispensáveis sobre as atividades da Delta na marginal (sic) dos rios de São Paulo, com a interveniência de Paulo Preto.

Clique aqui para ler “Cerra na CPI: Por que o jn “desconvocou”o Paulo Preto”, uma interessante análise de Tirésias, o Profeta.

O ansioso blogueiro se concentrará na denúncia de Pagot à revista IstoÉ sobre a participação de Cerra na distribuição de recursos obtidos no Ministério dos Transportes.

O ansioso blogueiro recomenda aos mervais pigais que ajudem a achar Heraldo Puccini Neto, diretor da Delta para o Sul/Sudeste, e que, inexplicavelmente, se encontra foragido.

Por onde andará Puccini Neto ?

Em Miami, com o Mr Teixeira, did you accept the bribe ?

Aquele que a Record denunciou como beneficiário de uma gentileza da Globo ?

Ou com o Delegado Bruno, aquele da patranha que os tucanos montaram para criar os aloprados e desviar a atenção da ambulâncias super-faturadas ?

Cadê o Puccini Neto ?, amigo navegante ?

Será que o “jornalismo investigativo” do PiG, agora desfalcado do Carlinhos Cachoeira, investigaria o paradeiro de Puccini ?

O Conversa Afiada se invoca a primazia de ter avisado que ainda “ouviríamos muito falar do Leréia”.

Agora, é obrigado a sentenciar: enquanto o PiG (*) não achar o Puccini Neto essa CPI não vai fechar.

Em tempo: e, se depender do Senador Fernando Collor, não fecha enquanto o Robert(o) Civita e o Policarpo não derem o ar de sua graça.

Clique aqui para ler
“Operação Vegas achou o Policarpo de corpo inteiro”.

Em tempo 2: ainda sobre o jornalismo com percepção extra-sensorial do Valor ( o PiG chic), vale a pena ler a retumbante entrevista do Nassif com o SENADO:


Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O FILME DOS NOSSOS DIAS

*Um Demóstenes a menos na linhagem dos savonarolas**mas o estoque de reposição ainda tem peças do calibre de um Álvaro Dias, a hipocrisia pronta a apoiar o primeiro golpe paraguaio que surgir pela frente.  
A Espanha sangra. Como um touro ajoelhado na arena, suas ventas pulsam de cansaço e dor. Quinze dias após anunciar o maior  arrocho orçamentário em tempos de democracia, o governo direitista do PP voltou à carga nesta 4ª feira para admitir que já não é governo, já não decide, tampouco tem o que dizer aos cidadãos, exceto que 'não há escolha: o teto anterior de sacrifício não foi suficiente, será preciso uma nova volta nas turquesas que comprimem as ventas  da Nação.Foi o que balbucionou o premiê Mariano Rajoy ontem, antes de assumir o papel de porta-recados  do Eurogrupo. A direita entregou a soberania do país em troca de 30 bilhões de euros, ajuda carimbada para salvar os bancos da 4ª maior economia da UE e líder no pódium  do desemprego (LEIA MAIS AQUI).
(Carta Maior; 5ª feira/12/07/2012)
 
 
Mineiros se tornam emblema de luta contra cortes na Espanha
 
 
 
 
 

GLOBO SUBORNOU TEIXEIRA E HAVELANGE

a GROBO pagou...

RECORD DENUNCIA:
GLOBO SUBORNOUTEIXEIRA E HAVELANGE



O jornal nacional é muito delicado, gentil.



Reportagem de Rodrigo Viana no Jornal da Record – http://noticias.r7.com/jornal-da-record/videos/edicao/?idmedia=4ffe09c792bb0c5e99d487a8 – sobre a revelação de um grosso esquema de suborno de Ricardo Teixeira e João Havelange na Suíça formula uma grave denúncia.

O jornalista suíço Jean-François Tanda diz claramente: Globo pagou ISL ( a empresa que tinha a exclusividade para a transmissão da Copa para o Brasil) e a ISL pagou Teixeira e Havelange.

Rodrigo mostra que o dinheiro da ISL teria chegado ao bolso de Teixeira (“did you accept the bribe , Mr Teixeira? “) pouco antes de Teixeira aumentar seu vasto patrimônio: com a compra, por exemplo, de uma fazendola em Barra do Piraí, no Rio.

A denúncia veiculada pela Record deveria acionar o dorminhoco brindeiro Gurgel para dar sequência à denúncia feita por Marcos Pereira, presidente do PRB, o partido que foi à Justiça para saber como Teixeira ficou tão rico.

Quem sabe, depois de responder à representação do professor Comparato, o brindeiro Gurgel – acusado de prevaricação por Fernando Collor -, resolve evitar uma nova acusacao de prevaricação ?

Em tempo: o jornal nacional blindou a dupla Havelange/did you accept the bribe. Não mostrou nem o rostinho rechonchudo deles. O jornal nacional é muito delicado, gentil.

Paulo Henrique Amorim

Inquérito no Paraguai desmente acusação contra Venezuela


A mídia mundial foi tomada, de ponta a ponta, pela acusação da ministra da defesa do Paraguai, María Liz García, de que o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, teria se reunido secretamente com chefes militares paraguaios para fomentar um levante das forças armadas do país contra a deposição relâmpago do ex-presidente Fernando Lugo.
A acusação gerou uma investigação pela procuradora do Paraguai Estella Marys Cano, que chamou às falas os militares que se reuniram com o diplomata Venezuelano e, depois se soube – mas só pela blogosfera –, com os dos outros países da missão da Unasul que foi àquele país ponderar com o congresso sobre a destituição açodada do presidente constitucional.
A procuradora Marys Cano divulgou o resultado das investigações. Disse que o chanceler venezuelano, Nicolás Maduro, não instou militares do país a se sublevar contra a queda de Lugo no dia do impeachment. Segundo Cano, que ouviu os militares, Maduro fez uma “advertência” a respeito das sanções a que o Paraguai poderia ser submetido.
Além disso, a investigação da procuradoria paraguaia também descartou como “prova” um vídeo editado pela ministra da defesa paraguaia que mostra Maduro e militares paraguaios entrando em uma sala do palácio presidencial no dia da queda de Fernando Lugo – a procuradora confirma que o vídeo, na íntegra, mostra que foi uma reunião muito mais ampla.
Como sempre, a mídia dá grande destaque a acusações contra seus desafetos e publica uma notinha de pé de página, escondida, quando aquelas acusações se mostram falsas.
Pior, porém, é a falsificação de notícias.
Uma comissão da OEA composta por EUA, Canadá, México, Honduras e Haiti emitiu um relatório preliminar que referenda a deposição de Lugo. Isso não significa que a OEA vá aprovar esse relatório, até porque foi feito por emissários oriundos de países que desde a primeira hora aceitaram o golpe paraguaio, mas a mídia deu grande destaque a essa notícia, que ganhou as primeiras páginas dos jornais.
O que as matérias malandras sobre o relatório preliminar da OEA não esclareceram é que a maioria dos países que integram o organismo é contrária ao processo que derrubou o presidente constitucional do Paraguai e, portanto, são reduzidas as chances de esse relatório se tornar posição oficial.
Nos últimos anos, democracias combalidas como a do Paraguai ou a de Honduras transformaram-se em laboratórios para um novo tipo de violação da vontade eleitoral dos povos da região. Está em curso uma batalha surda para, de um lado, impor um preço alto a aventuras golpistas nas Américas e, de outro, brindar golpes com impunidade.
A única possibilidade de burlar a censura e as manipulações midiáticas é usando a internet. Que cada internauta que souber da verdade se multiplique e espalhe as versões corretas dos fatos, pois o golpismo terceiro-mundista, de inspiração ianque, trabalha a todo vapor para vender rupturas institucionais como processos legais.

A democracia conta com você, leitor. Espalhe essas notícias.

Banksters - " Ou seja, Banqueiros Gangsters "


Jornal do Brasil republica matéria da revista The Economist na íntegra

"Como não temos maiores poderes para conhecer o futuro do que outras pessoas, cometemos diversos enganos (quem não cometeu enganos nesses últimos cinco anos?), mas  nossos enganos foram erros de apreciação e não de princípios.” Assim refletiu J. P. Morgan Junior em 1933, no meio de uma crise financeira. Os banqueiros de hoje não podem ter esse conforto com base em seu comportamento.  As tentativas de atrelar a LIBOR (a London inter-bank offered rate: a taxa interbancária oferecida em Londres), uma taxa de juros referencial, não só mostram uma cultura de desonestidade casual – elas também abrem caminho para processos judiciais e maior regulamentação ao redor do mundo. Pode muito bem ser a “hora do cigarro” nas finanças globais.
Os perigos disso são óbvios. A fúria popular e as ações coletivas nem sempre são bons pontos de partida para novas normas. Entretanto, apesar dos riscos de os banqueiros se atracarem, uma limpeza é de bom alvitre, porque a credibilidade do ramo bancário foi atacada e, sem confiança, nem os negócios nem os clientes dos bancos poderão prosperar.
Atualmente, o escândalo invade um país e cerca um banco. O Barclays foi multado em US$450 m pelos reguladores americanos e britânicos, por suas tentativas de manipular a LIBOR. A primeira tentativa do banco de fugir da tempestade falhou miseravelmente. Bob Diamond, principal executivo do Barclay pediu demissão esta semana. O governo britânico ordenou uma revisão parlamentar dos seus bancos. A reputação da City de Londres (o centro financeiro de Londres), onde a LIBOR é estipulada, mediante cotejo de estimativas de seus próprios custos dos empréstimos num painel de bancos, foi mais atingida.
Mas essa estória vai além da Grã-Bretanha. O Barclays é o primeiro banco focalizado porque ofereceu-se para colaborar plenamente com os reguladores. Não será o último. As investigações sobre a estipulação da LIBOR e de outras taxas também estão em andamento na América, no Canadá e nos Estados Unidos. Entre elas, essas sondagens abrangem muitos dos maiores nomes das finanças: tais como Citigroup, JPMorgan Chase, UBS, Deutsche Bank e HSBC. Funcionários, desde Nova York até Tóquio, estão envolvidos.
O banco e o Banco
As provas que surgiram da investigação do Barclays revelam dois tipos de mau comportamento. O primeiro destinava-se à manipulação da LIBOR, em favorecimento dos lucros dos negociantes. Os negociantes do Barclays movimentaram seus próprios balcões do mercado financeiro para adulterar as submissões à LIBOR (e à EURIBOR (uma taxa de juros baseada no euro, criada em Bruxelas). Também conspiravam com seus pares em outros bancos, apresentando e recebendo solicitações para transferir seus respectivos clientes. Quadro similar de ampla conspiração emerge de documentos referentes à investigação canadense. Essa parte do escândalo da LIBOR assemelha-se mais a um cartel do que a uma negociação marota.
Isso pode acabar custando muito dinheiro aos bancos. A LIBOR é utilizada para calcular instrumentos financeiros estimados em US$800 trilhões, que afetam o preço de tudo, de simples hipotecas a derivativos com taxa de juros. Se tentativas para manipular a LIBOR foram bem sucedidas – e os reguladores acham que o Barclays conseguiu, ocasionalmente – isso constituiria a maior fraude de valores mobiliários da história, afetando investidores e mutuários em todo o mundo. Isso abre a porta para litígios, não só por parte de clientes diretos dos bancos envolvidos, mas também por parte de qualquer um que tenha interesse financeiro na LIBOR. Os processos já começaram.
O segundo tipo de montagem com a LIBOR, que teve início em 2007, no início do problema do crédito, também pode levar a litígios mas é mais complicado eticamente, porque havia um tipo de “bem público” envolvido. Durante a crise, uma grande submissão à LIBOR foi vista como um sinal de fraqueza financeira. O Barclays baixou suas submissões para que pudesse retornar para o grupo de bancos do painel. Apresentou provas que podem ser interpretadas como uma concordância implícita do Bank of England (e dos mandarins de Whitehall) em que agisse assim. O banco central nega isso, mas, naquela ocasião, os governos estavam, com razão, desesperados para aumentar a confiança nos bancos e manter o crédito fluindo. Suspeita-se que pelo menos alguns bancos estavam apresentando estimativas baixas da LIBOR, com a tácita permissão de seus reguladores.
Quando a confiança acaba
A estória passará agora para os tribunais cíveis em todo o mundo: o que pode ser um longo processo. De um ponto de vista baseado no interesse público, duas tarefas nos defrontam. A primeira seria descobrir exatamente o que ocorreu e punir os envolvidos. Se o único motivo foi cobiça, as pessoas diretamente envolvidas na fraude devem ir para a cadeia. Se a taxa foi diminuída para manter o banco flutuando, e os reguladores foram envolvidos, tanto os banqueiros quanto os seus reguladores devem explicar porque arriscaram a reputação da City (o centro financeiro de Londres) a esse ponto. Na Grã-Bretanha, um inquérito independente faz sentido – quanto mais rápido melhor, o que recomenda mais o tipo parlamentar, que o governo deseja impor, do que a variedade judicial que a oposição exige.
A segunda tarefa é mudar a forma como as finanças são regidas – assim como a cultura bancária. Afinal, este não é o primeiro escândalo da fixação de preço: já houve vários em Wall Street. Uma caça às bruxas seria desastrosa, mas a cultura flui a partir da estrutura. Os argumentos a favor de separar os bancos de varejo dos bancos de investimento, com base na “moral”, são fracos, mas os bancos individuais poderiam atuar melhor: descontando multas das bonificações, por exemplo. Algumas normas também poderiam ser modificadas. A LIBOR é determinada sob a égide não de uma taxa reguladora, mas sim de uma entidade comercial, a British Bankers’ Association (a Associação dos Banqueiros Britânicos). Isso funcionaria nos tempos antigos quando “o erguer das sobrancelhas do governador” era suficiente para manter os banqueiros na linha. Hoje em dia a City é o maior centro financeiro internacional.
No futuro, a LIBOR e suas equivalentes, como a EURIBOR, devem ser estipuladas com base nos custos reais e não nos custos estimados dos empréstimos. Isso nem sempre é possível: quando os mercados não têm liquidez ou têm baixa movimentação, números hipotéticos podem ser necessários para produzir um ponto de referência. Mais bancos serão necessários para formar o painel de mutuantes que se apresentam, o que torna o procedimento mais difícil. Os dados devem ser cruzados para checagem, sempre que possível, indagando dos bancos quanto cobrariam pelo empréstimo, assim como quanto o empréstimo lhes custará. E o processo deve ser monitorado de perto por um regulador externo.
“O banqueiro deve sempre conduzir-se de modo a justificar a confiança que os seus clientes têm nele,” disse J. P. Morgan Junior. Essa confiança foi perdida: precisa ser reconquistada.

Tradução: Rosa Maria Ripper