Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 27 de março de 2012

PT, PSB e PDT chamam brindeiro às falas.Lula quer as duas CPIs. E o PT ?

Blogueiros sujos, ansiosos e não ansiosos, receberam informação preciosa: o Nunca Dantes avisou ao PT que quer as duas CPIs – a do Demóstenes/Cachoeira e a da Privataria.

As duas.

Nessa ordem, ou em qualquer ordem.

As duas têm as assinaturas necessárias, obtidas pelo delegado Protógenes.

As duas estão nas mãos do Presidente da Câmara, Marco Maia.

Por que não as instala ?

Será que o PT assinou os pedidos de CPI e depois arrepiou carreira ?

Cândido Vacarezza, quando era líder do Governo, disse que, como líder do Governo, não poderia assinar.

Foi para o lugar dele o Arlindo Chinaglia, aliado de Maia.

Que, até agora, não saiu de cima do muro.

O líder do PT era Paulo Teixeira.

Para o lugar dele foi o Jilmar Tatto, também do PT de São Paulo …

E o Jilmar Tatto prefere ver Satanáz nu a pedir a CPI da Privataria.

Por que será, amigo navegante ?

Que caroço tem debaixo do angu da CPI da Privataria, para assustar tanto o PT de São Paulo ?

Esse caroço tem nome ?

Agora, a questão atinge outra dimensão: o Lula quer.

As duas.


Paulo Henrique Amorim


    Publicado em 27/03/2012

 

Partidos pedem esclarecimentos a Gurgel sobre caso Demóstenes


GABRIELA GUERREIRO

DE BRASÍLIA



PT, PDT e PSB protocolaram nesta terça-feira (27) no Ministério Público Federal um pedido de esclarecimentos ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel, sobre a demora nas investigações da suposta relação de deputados e senadores com o empresário Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira –entre eles o senador Demóstenes Torres (DEM-GO).

A petição encaminhada ao procurador é assinada por senadores dos três partidos. Nela, os parlamentares pedem que Gurgel preste esclarecimentos sobre as medidas já tomadas pela Procuradoria-Geral da República no caso.

O líder do PT no Senado, Walter Pinheiro (BA), disse que tentou reunir-se com o procurador –mas não foi recebido por Gurgel, por isso apenas mandou protocolar o pedido.

“Nós ligamos para fazer um encontro, ele disse que está com a agenda cheia até o final da tarde. Eu não faço questão de encontrar o procurador. O maior descaso dele é não responder o que pedimos há oito dias, que são as informações sobre o caso”, afirmou Pinheiro.

No documento, os senadores criticam a lentidão da PGR nas investigações –que desde 2009 tramitam no órgão. “Instamos Vossa Excelência a que, com as cautelas de estilo, preste os devidos esclarecimentos sobre os expedientes já adotados, as providências em curso e os próximos procedimentos, em face de fatos que precisam ser cabalmente elucidados a respeito do envolvimento de agentes públicos, notadamente parlamentares, com atividades ilegais no segmento de jogos no Estado de Goiás”, diz o documento.

Segundo Pinheiro, a petição é uma “cobrança” a Gurgel para exercer sua função de investigar a Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, que desvendou o esquema comandado por Cachoeira. “Vamos cobrar respostas à nossa petição nas próximas 48 horas. Se não tivermos retorno, estudamos ingressar com representação contra o procurador”, afirmou o líder petista.

CORREGEDOR

O corregedor do Senado, Vital do Rêgo (PMDB-PB), também encaminhou hoje à PGR ofício com o pedido para ter acesso aos documentos das investigações. O corregedor disse que vai analisar o caso Demóstenes depois que receber as informações do procurador.

(…)



Clique aqui para ler “CPI para brindeiro Gurgel”.

E aqui para ler “Lula quer a CPI do Demóstenes e da Privataria”.

A Direita asquerosa que nunca aprende: mais uma de Prates (2008)



Ontem foi iniciada uma ampla campanha contra o racismo na infância, veja aqui.
É uma campanha belíssima, para além da poesia e do cuidado ao tratar esta doença social, ela nos chama a atenção para dados concretos: os números que produzem a exclusão.
O racismo no Brasil tem cor e endereço: a maioria da população pobre, sem acesso aos serviços básicos e aos direitos constitucionais que deveriam ser garantida a ela, é negra. O racismo produz a miséria que retroalimenta o preconceito e a discriminação.
Quando vemos saídos da favela ‘do coração do mal’ como diz o secretário de segurança do Rio de Janeiro, de modo perigoso, pois generaliza para milhares de pessoas o estigma do crime, jovens com cuecas aparecendo, mulheres descabeladas e mal vestidas (pois raramente topamos com um loiros de olhos azuis, estes estão no asfalto e tem seus direitos garantidos quando cometem os mesmo crimes, vamos associando à miséria e a cor negra ao crime.
Quando ativistas do combate ao racismo lutam por estabelecimento de cotas considerando recortes raciais e de gênero nas políticas públicas, eles sabem que se elas forem implementadas sem visar o grupo mais vunerável elas dificilmente alcançarão tais grupos.
Há cerca de 10 anos, logo após a assinatura da Declaração de Durban quando o Brasil tornou-se signatário dela, ainda sob governo FHC, o Estado brasileiro assumiu o compromisso de implementar ações afirmativas. Na época, a polêmica de cotas raciais ganhou amplo espaço na mídia para todo o coro contrário expor seu mais amplo desejo de manter o Brasil numa realidade de apartheid racial e econômico.
No discurso de combate às cotas a direita raivosa defendia que o problema do Brasil não era racial e sim de classe, e que as cotas deveriam ser por recorte de econômico.
Pois bem, em julho de 2008 o Senado aprovou o projeto de autoria da Ideli Salvatti, PT/SC (começando a desvendar o ódio de Prates) que seguiu para a Câmara que aprovou em novembro de 2008 cota de 50% para alunos de escolas públicas nas Universidades Federais; que voltou para o Senado e que pelo visto continuou em discussão pois em abril de 2010 o Conae aprovou (mas sem força de lei). Agradeço ao leitor/a que me informe se o projeto foi finalmente rediscutido e aprovado.
Durante a tramitação entre Senado e Câmera deste projeto, adivinhem o que a direita raivosa passou a argumentar? É discriminação! É anti-constitucional! O povo paga imposto! Advinhem qual é o conceito de povo e cidadão no discurso desta direita babona?
Bóra acompanhar o exercício do caso patológico mais exemplar deste discurso, feito há dois anos:
Agora, vejam o resultado dos esforços na implementação de políticas inclusivas como esta e de outras como o PROUNI aqui. Será que agora vocês entendem a fúria que esta direita raivosa tem contra o ENEM?
By: Maria Frô

ESTE POST É UM TANTO ANTIGO. MAS O QUE MAIS IMPRESSIONA, É A REAÇÃO POSTADA NO YUOTUBE, DE ALGUNS ADÉPTOS DO IMBECIL QUE ARROTA NO VÍDEO ACIMA.

O racismo a serviço do império euroamericano

Mauro Santayanna
Podemos talvez encontrar a origem do racismo, a partir do equívoco bíblico, de que Deus fez o homem à sua imagem e semelhança. Levando a idéia ao pé da letra, nasceu a paranóia da intolerância ao outro. A imagem negra de Deus é a de seus deuses africanos, a imagem judaica de Deus é a de um patriarca hebreu, na figura de Jeová. Os muçulmanos não deram face a Alá, nem veneram qualquer imagem de Maomé, mas isso não os fez mais santos. Desde a morte de Maomé, seus descendentes e discípulos se separaram em seitas quase inconciliáveis, que se combatem, todas elas reclamando o legado espiritual do Profeta. Os muçulmanos, como se sabe, reconhecem Cristo como um dos profetas.
Os protestantes da Reforma também prescindiram de imagens sagradas, o que, sem embargo, não os impediu de exercer intolerância e violência contra os católicos, com sua inquisição – em tudo semelhante à de seus adversários.
Essa idéia que associa as diferenças étnicas e teológicas à filiação divina, tem sido a mais perversa assassina da História. Os povos, ao eleger a face de seu Deus, fazem dele cúmplice e protetor de crimes terríveis, como os de genocídio. O Deus de Israel, ao longo da Bíblia, ajuda seu povo, como Senhor dos Exércitos, a “passar pelo fio da espada” os inimigos, com suas mulheres e seus filhos. Quando Cortés chegou ao México, incitou os seus soldados ao invocar a Deus e a São Tiago, com a arenga célebre: “adelante, soldados, por Dios y San Tiago”.
Quando falta aos racistas um deus particular, eles, em sua paranóia, se convertem em seus próprios deuses. Criam seus mitos, como os alemães, na insânia de se considerarem os mestres e senhores do mundo. Dessa armadilha da loucura só escaparam os primitivos cristãos, mas por pouco tempo, até Constantino. A Igreja, a partir de então, se associou aos interesses dos grandes do mundo, e fez uma leitura oportunista dos Evangelhos.
A partir do movimento europeu de contenção dos invasores muçulmanos e do fanatismo das cruzadas, a cruz, símbolo do sacrifício e da universalidade do homem, se converteu em estandarte da intolerância. Nos tempos modernos, o símbolo se fechou – com a angulação dos braços, no retorno à cruz gamada dos arianos – em sinal definitivo e radical da bestialidade do racismo germânico sob Hitler.
Os fatos dos últimos dias e horas são dramática advertência da intolerância, e devem ser vistos em suas contradições dialéticas. O jovem francês que mata crianças judias e soldados franceses de origem muçulmana, como ele mesmo, é o resultado dessa diabólica cultura do ódio de nosso tempo aos que diferem de nós, na face e nas crenças. É um tropeço da razão considerar todos os muçulmanos terroristas da Al-Qaeda, como classificar todos os judeus como sionistas e todos alemães como nazistas. Ser muçulmano é professar a fé no Islã – e há muçulmanos de direita, de esquerda ou de centro.
Merah, se foi ele mesmo o assassino, matou cidadãos do moderno Estado de Israel, como eram as vítimas da escola de Toulouse, mas também muçulmanos do Norte da África, como ele mesmo. Os fatos são ainda nebulosos, e os franceses de bom senso ainda duvidam das versões oficiais, como constatou Teh Guardian em matéria sobre o assunto.
Em El Cajon, nas proximidades de San Diego, na Califórnia – uma comunidade em que 40% de seus habitantes é constituída de imigrantes do Iraque, uma senhora iraquiana, que morava nos Estados Unidos há 19 anos, foi brutalmente assassinada, com o recado de que, sendo terrorista, depois de morta deveria voltar para o seu país. O marido, também iraquiano, é, por ironia da circunstância, empregado de uma firma que assessora o Pentágono na preparação psicológica dos militares que servem no Oriente Médio. E também nos Estados Unidos, na Flórida, um vigilante de origem hispânica (embora com o sobrenome significativo de Zimmermann, bem germânico) matou, há um mês, um jovem de 17 anos, Travyon Martin, provocando a revolta e os protestos da comunidade negra.
Em Israel, o governo continua espoliando os palestinos de suas terras e casas e instalando novos assentamentos para uso exclusivo dos judeus. O governo de Telavive não reconheceu a admoestação da ONU de que isso viola os direitos humanos essenciais. Os Estados Unidos votaram contra a advertência internacional a Israel. Como se vê os direitos humanos só são lembrados, quando servem para dissimular os reais interesses de Washington e de seus aliados e dar pretexto à agressão a países produtores de petróleo e de outras riquezas, como ocorreu com o Iraque, a Líbia e o Afeganistão.
Os episódios de intolerância se multiplicam em todos os países do mundo – e mesmo entre nós. No Distrito Federal, segundo revelações da polícia, um grupo de neonazistas mantinha célula terrorista há cerca de trinta anos, associada a outros extremistas de todo o país. Na madrugada de 28 de fevereiro deste ano, em Curitiba, vinte jovens neonazistas assassinaram um rapaz de 16 anos, a socos, pontapés e facadas. O principal executor, um estudante de direito, foi escolhido para cumprir ritual de entrada no grupo, como prova de coragem. A coragem de matar um menino desarmado. Também em Curitiba e em Brasília foram presos dois racistas, que usavam a internet para expor as suas idéias fascistas e incitar a violência contra ativistas femininas, homossexuais, negros e nordestinos.
Enquanto não aceitarmos a face morena de Jesus, como a mais próxima da face do Deus – criada para dar transcendência ao mistério da vida – o deus que continuará a dominar a nossa alma será Tanatos, o senhor da morte.

Desoneração pró-indústria representa renúncia fiscal de R$ 850 mi


Ministro Guido Mantega (Fazenda) anuncia extensão da redução de impostos para linha branca e inclui móveis e luminárias no pacote. Objetivo é aquecer a economia até que crescimento atinja 5% no segundo semestre. O desafio é grande. O IBC-Br de janeiro, prévia do Produto Interno Bruto (PIB) divulgada pelo Banco Central, registrou queda de 0,13% ante dezembro.

São Paulo – O ministro Guido Mantega (Fazenda) anunciou nesta segunda-feira (26) a prorrogação, por mais três meses, da redução das alíquotas do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) incidentes sobre refrigeradores, congeladores, máquinas de lavar e secar de uso doméstico, e fogões de cozinha, itens da chamada linha branca.

A desoneração, que terminaria no dia 31 de março, foi agora estendida para 30 de junho. Durante esse mesmo período, o governo também reduzirá as alíquotas do imposto para móveis, laminados PET para revestimentos, papel de parede, luminárias e lustres. O decreto ainda será publicado no Diário Oficial. No total, a renúncia fiscal é estimada em R$ 850 milhões.

Com essas medidas, o governo pretende reaquecer gradualmente a economia, de modo a obter um crescimento de 5% do PIB nos índices anualizados do segundo semestre. Em entrevista coletiva concedida em São Paulo, Mantega disse que os setores beneficiados pela desoneração terão de manter o nível de emprego.

“Não deve haver nenhuma dispensa de trabalhadores e até deverá haver novas contratações. Os preços têm que diminuir e as vendas tem que aumentar nesses setores”, afirmou o ministro.

Segundo estimativa do Ministério da Fazenda, a desoneração que atingiu a linha branca representou renúncia fiscal de R$ 361 milhões até agora. Com a extensão do prazo, serão mais R$ 271 milhões. A redução de impostos para móveis e laminados PET significa economia de R$ 198 milhões para a indústria, e no caso de papel de parede, luminárias e lustres, outros R$ 20 milhões.

Essas desonerações, que no total alcançam R$ 850 milhões, somam-se a outras, realizadas também em dezembro para diversos setores. Na época, o governo reduziu tributos para produtos da construção civil; desonerou PIS/Confins de massas; reduziu o IOF para pessoa física; eliminou tributo para aplicação de estrangeiros nas debêntures de infra-estrutura; e barateou o IOF sobre aplicações de estrangeiros em renda variável na Bolsa de Valores.

Apesar de todas essas medidas, os indicadores da atividade econômica ainda desanimam. Considerado uma prévia do comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), o IBC-Br de janeiro, divulgado também na segunda-feira pelo Banco Central, registrou queda de 0,13% ante dezembro, na série com ajuste sazonal. Um alento é que, na comparação com janeiro de 2011, o IBC-Br apresentou expansão de 1,44%, na série sem ajuste sazonal.


Fotos: Arquivo

Diminuir a corrupção na política é moleza, mas ninguém quer


Mais uma vez, o país assiste a um escândalo de corrupção desalentador porque insinua que em toda parte do espectro político há gente com o rabo preso. Políticos adversários se defendem mutuamente de acusações de corrupção. Corporativismo? Pode ser. Mas por que é tão difícil o Congresso aprovar uma CPI da Privataria ou essa, agora, do Senador Cachoeira?
Porque há atores de todos os partidos mais importantes envolvidos, o que não pode ser tomado como culpa das agremiações mas denota um apodrecimento do nosso sistema político. Quando escroques como um Carlinhos Cachoeira ou um Marcos Valério transitam do PSDB ao PT com toda a desenvoltura que se viu da década passada para cá, algo está muito podre.
De onde vem tudo isso? Simples: do financiamento privado de campanhas eleitorais. É aí que interesses privados conseguem se fazer representar. É aí que as grandes corporações conseguem ferrar o consumidor. É aí que uma igreja picareta consegue se transformar em uma das bancadas mais fortes do Congresso.
Por que um banco dá dezenas de milhões de reais a campanhas eleitorais? Patriotismo? Como verdadeiras organizações criminosas conseguem fundar partidos políticos e influírem e negociarem leis ou impedirem investigações incômodas?
Como os políticos precisam de dinheiro para se eleger, de quantidades astronômicas dele, grupos que têm sobrando aquilo de que precisam financiam-nos e, assim, sempre terão, no mínimo, que ser ouvidos, apesar de, frequentemente, só representarem meia dúzia de empresários.
Demóstenes Torres e José Roberto Arruda, por exemplo – e não me venham falar de políticos que não têm contra si uma fração daquilo que há contra esses dois. Como chegariam aonde chegaram sem que escroques os financiassem?
É óbvio que a proibição expressa de dinheiro privado em campanhas eleitorais e o estabelecimento de um teto para financiamento delas – que, sem dúvida, seria respeitado porque candidatos adversários fiscalizariam um ao outro –, seria a solução. Todavia, os detentores de enorme poderio financeiro deixariam de manipular o Estado brasileiro.
É por isso que nenhum grupo de mídia põe discussão como essa em pauta, assim como todos impedem a discussão de uma legislação para a comunicação que existe em todos os países mais desenvolvidos.
Imagine, leitor, se os planos de saúde ou as empresas de telefonia conseguiriam abusar da sociedade como abusam se não colocassem suas bancadas no Legislativo para bloquearem medidas de proteção ao consumidor que não aprovar é um escândalo, mas que não são aprovadas porque esses grupos de interesse têm milícias de parlamentares para defendê-los.
Imagine, leitor, uma campanha em que os candidatos de todos os partidos disputassem em estrito pé de igualdade, sem que os mais ricos atraíssem público com trios elétricos e outras baboseiras financiadas por grupos de interesse que obviamente quererão ressarcimento do eleito.
É por isso que, nos países mais desenvolvidos – quase todos da Europa, mas também da Ásia –, o financiamento é público. Nem misto pode ser. Precisa ser estritamente público.
Todavia, os grupos de interesse, usando a mídia, conseguem fazer valer o mesmo estratagema que os americanos criaram, de tachar o financiamento público como doação do cidadão ao político, a qualquer político, falácia que esconde que quando não é o dinheiro público que financia as campanhas é o grande capital privado que vence a eleição.
Tem muito classe média, por aí, que acha que o seu lado é o lado do grande capital. Esse tonto já deve ter sido estafado pelo seu plano de saúde ou pela sua operadora de telefonia. E muito mais.
Então, meu caro companheiro leitor, o fato é que a corrupção na política poderia ser drasticamente reduzida, do dia para a noite, mas é a minoria da minoria da classe política que aceita sequer discutir o assunto. E, assim mesmo, boa parte desse grupo prega sistema misto (financiamentos público e privado misturados), o que não muda nada.
Enquanto o atual sistema de financiamento da democracia perdurar, estaremos condenados a ficar nos escandalizando o tempo todo com a ousadia que a promiscuidade entre o capital privado e o sistema eleitoral gera. A corrupção política é uma opção que fez esta sociedade.