Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bolsa blog sujo

Entenda a decadência do PIG


Posted by eduguim on 23/08/10 • Categorized as Opinião do blog
Nos mais de 1300 dias decorridos desde a segunda posse de Lula na Presidência, cada um deles foi dedicado pela mídia (Globo, Folha, Veja, Estadão e ramificações) à destruição da imagem de seu governo, com uma sucessão de campanhas acusatórias nos veículos de comunicação supra mencionados, compreendidos por televisões, rádios, jornais, revistas e portais de internet.

Uma busca no Google das palavras “Dilma, governo Lula, dossiê, FHC”, por exemplo, redunda em 603 mil resultados. Essas palavras remetem ao pseudo dossiê que o PT teria feito sobre os gastos de FHC com despesas da família presidencial durante o governo tucano.

O leitor pode escolher qualquer um dos muitos escândalos forjados e alardeados pela mídia desde que Lula chegou à Presidência e usar palavras-chaves do assunto para buscar no Google que encontrará centenas de milhares de matérias da grande mídia, todas elas dando de barato que Lula, Dilma ou o PT eram realmente culpados.

Como se não fosse suficiente, neste ano passaram até a falsificar pesquisas eleitorais para tentar eleger José Serra, que, desde que disputou a eleição presidencial de 2002 com Lula, converteu-se em um novo Fernando Henrique Cardoso, o político que, antes de Serra, foi o que teve mais meios de comunicação a seu serviço desde que decidiu disputar a Presidência da República em 1994.

O governo FHC foi uma época de escuridão da democracia brasileira. Ao poder do Estado, somou-se o Quarto Poder, o poder discricionário de uma imprensa que criava crises ininterruptas para os adversários do PSDB, estivesse o partido no governo ou na oposição.

Esse fenômeno foi desencadeado pela anomalia que, em pleno século XXI, mantém o Brasil como o sétimo país mais desigual em um mundo com cerca de duas centenas de Estados soberanos. É o fenômeno pelo qual uma elite de ascendência indo-européia se tornou dona de pelo menos 30% do PIB. Uma elite que não congrega mais do que cinco mil famílias, conforme detectou o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada, o Ipea.

Esse poder de uma elite étnica e geográfica ganhou nova roupagem a partir de meados do século XX graças ao fenômeno da comunicação de massas, que, diante da inevitabilidade da democracia, permitiu àquelas elites direcionarem o voto popular.

Esse processo de utilização da imprensa como arma da aristocracia dominante para eleger governos submissos chegou ao ápice em 1964, com um golpe militar forjado nas páginas dos mesmos Globos, Folhas, Vejas e Estadões já mencionados. Golpistas e imprensa atuaram em absoluta consonância para destituir um governo legitimamente eleito e implantarem uma ditadura de vinte anos no Brasil.

No pós-redemocratização, a partir de 1989, com a primeira eleição legítima para presidente da República em mais de duas décadas, o poder midiático novamente continuou elegendo seus candidatos até 1998, quando o candidato de plantão da elite indo-européia, Fernando Henrique Cardoso, praticou um dos maiores estelionatos eleitorais da história, que, inclusive, quatro anos depois sepultou o poder daquela elite de eleger governos nacionais.

FHC elegeu-se em 1998 prometendo manter o dólar valendo cerca de R$ 1,20 e pregando que, se Lula vencesse, desvalorizaria uma moeda que já não valia mais nada em meio a um processo de destruição econômica do país, o qual o mesmo FHC endividaria até o pescoço com o FMI, o Clube de Paris e o governo americano no ano seguinte.

A mídia supra descrita passou 1998 inteiro referendando o discurso tucano e fustigando a oposição petista. Inventaram mais um escândalo para Lula, referente a propina que teria recebido na forma de um automóvel Ômega, e pregando que sua eleição traria de volta uma inflação que já voltava sozinha por conta da débâcle econômica do país.

Ao fim do segundo governo tucano, a população assistiu, bestificada, a uma mídia que se calava enquanto o país, além da crise econômica, mergulhava em um racionamento de energia draconiano que multiplicou várias vezes as contas de luz e fez indústrias irem à beira da falência por falta de energia para produzir.

A partir dali, a mídia perdeu o poder de conduzir o eleitorado como gado. Passou 2002 inteiro repercutindo o discurso do medo de José Serra, com George Soros dizendo que era “Serra ou o caos” e tudo mais, mas o povo deu uma descomunal banana para Globos, Folhas, Vejas, Estadões e penduricalhos e elegeu o primeiro presidente oriundo do operariado.

Ocorre que esse poder aristocrático formado pela promiscuidade entre a elite indo-européia, a imprensa e o Estado acabou sofrendo uma sangria de recursos muito grande a partir da eleição de Lula. FHC doou aos grupos de comunicação já mencionados parte da roubalheira da privataria tucana nas comunicações e lhes entregava verbas públicas à farta. Lula pôs um freio no escândalo.

De 500 veículos de comunicação que dividiam toda a descomunal verba de publicidade oficial até 2002, hoje essas verbas são distribuídas a mais de cinco mil veículos – e acho que esse número pode estar defasado. Diante disso, a mídia que descrevi desencadeou uma guerra contra o governo Lula e, depois, contra a sua candidata a sucedê-lo.

Também porque a mídia precisa ter o que vender aos políticos de direita – se não tiver poder para influir nos processos eleitorais, não terá como barganhar para que o governo de São Paulo, por exemplo, compre milhares de assinaturas de uma Folha ou de um Estadão ou os livros escolares de geografia com mapas contendo dois Paraguais como os que a Veja editou e vendeu a Serra nos últimos anos, durante o seu mandato de governador.

Pela terceira vez no século XXI, Globos, Folhas, Vejas e Estadões vão perdendo uma eleição presidencial junto com um seu candidato tucano. Aliás, a preocupação com essa enorme derrota já está produzindo efeito. Com exceção da Globo, que continua tentando eleger Serra, os outros parecem estar desembarcando de sua candidatura como se nunca a tivessem integrado.

Getúlio e Lula: o mesmo combate


23/08/2010





Há pouco mais de meio século – em 1954 -, em um dia 24 de agosto, morria Getúlio Vargas, o mais importante personagem da história brasileira no século passado. Ele havia sido antecedido na presidência do país por Washington Luis (como FHC, carioca recrutado pela elite paulista), que se notabilizou pela afirmação de que “A questão social é questão de polícia”, que erigiu como brasão de seu governo, produto da aliança “café com leite”, das elites paulista e mineira (essa que FHC queria reviver).

Getúlio liderou o processo popular mais importante do século passado no Brasil, dando inicio à construção do Estado nacional, rompendo com o Estado das oligarquias regionais primário-exportadoras, e começando a imprimir um caráter popular e nacional ao Estado brasileiro.

Um país que tinha tido escravidão até pouco mais de 4 décadas – o ultimo a terminar com a escravidão nas Américas - , que significava que o trabalho era atividade reservada a “raças inferiores”, passava a ter um presidente que interpelava os brasileiros no seu discurso com “Trabalhadores do Brasil”. Fundou o Ministério do Trabalho, deu inicio à Previdência Social, fazendo com que a questão social passasse de “questão de policiai”, a responsabilidade do Estado.

Começou a aparelhar o Estado para ser instrumento fundamental na indução do crescimento econômico que, junto às políticas de industrialização substitutiva de importações, deu inicio ao mais longo ciclo de expansão da história do Brasil. Promoveu a expansão da classe operária, criou as carreiras públicas no Estado, impulsionou a construção de um projeto nacional, de uma ideologia da soberania nacional, organizou um bloco de forças que levou a cabo o processo de industrialização, de urbanização, de modernização do Brasil.

Getúlio pagou com sua vida a audácia da fundação da Petrobrás, no seu segundo mandato. Foi vítima dos tucanos da época, com o corvo mor Carlos Lacerda como golpista de plantão. Tal como agora, detestavam tudo o que tivesse que ver com o povo, com nação, com Estado. Resistiram à campanha “O petróleo é nosso”, como entreguistas e representantes do império norteamericano aqui. A direita nunca perdoou Getúlio.

Os corvos daquela época – tal como os de hoje – desapareceram na poeira do tempo. Seu continuador, FHC, afirmou que ia “virar a página do getulismo”, porque sabia que o neoliberalismo seria incompatível com o Estado herdado do Getúlio. Fracassou seu governo e o projeto de Estado mínimo dos tucanos.

A figura de Getúlio permanece como referência central do povo brasileiro e se revigora com o governo Lula. Com a consolidação da Petrobrás, com a retomada do papel do Estado indutor do desenvolvimento econômico, da afirmação dos direitos sociais dos trabalhadores e da massa da população.

São Paulo, que promoveu uma tentativa de derrubada do Getúlio em 1932 – movimento caracterizado por Lula como uma tentativa de golpe -, promove Washington Luis e o 9 de Julho (de 1932), com nomes de avenidas, estradas e ruas, mas não tem nenhum espaço público importante com o nome do Getúlio. Não por acaso São Paulo representa hoje o ultimo grande bastião da direita, das forças e do pensamento conservador, no Brasil.

Getúlio foi um divisor de águas na história brasileira, como hoje é Lula. Diga-me o que pensa de Getúlio e de Lula e eu te direi quem você é politicamente. O dia 24 de agosto encontra o Brasil reencontrado com o Estado nacional, democrático e popular, com a soberania na política externa, com o regaste do mundo do trabalho, com mais uma derrota da direita. O fio condutor da história brasileira passa pelos caminhos abertos e trilhados por Getúlio e por Lula.


Postado por Emir Sader às 04:08

O Dia em que Lula se Despediu



*por FERNANDO RIZZOLO

Toda manhã, como se isso já fosse rotina, ele voltava para casa com uma sacola contendo alguns produtos embrulhados num papel-jornal. Caminhava daquele seu jeito de menino pobre, meio se esforçando para andar com o peso daquele saco, pisando firme na estrada de terra de mais ou menos dois quilômetros, a distância entre sua casa e a venda. De olhar franzino, pernas finas, rosto moreno e cabelo mal cortado, ele fazia aquele trajeto todos os dias.

De vez em quando passava um caminhão pela estrada empoeirada, e lá já não se via mais ele, até a poeira assentar. Mateusinho era seu nome, e assim ele era conhecido em Potuverá, um bairro da periferia de Itapecerica da Serra, município da região metropolitana de São Paulo. Era filho de dona Eunice, desempregada, costureira, mãe solteira, que vivia do Bolsa-Família, o que, segundo ela, “ajudava a criar Mateusinho”. Vez ou outra eu levava algumas roupas à sua casa para ajustar, fazer barra, reforçar os botões, essas coisas que costureiras de bairro costumam fazer. Sua casa era humilde, de móveis pobres, e havia uma mesa simples, com toalha de plástico, que cheirava a café feito na hora. Num canto da sala, perto da TV, havia uma imagem do presidente Lula, dessas que se recortam em revistas.

Ainda me lembro da última vez em que lá estive. Mateusinho estava se preparando para ir à escola, e num gesto amistoso, ainda segurando minhas roupas nas mãos, a serem entregues a dona Eunice para o devido reparo, eu disse a ele: “Tudo bem, Mateusinho? Te vejo sempre pela manhã, na estrada, a caminho da venda”. Num gesto tímido de criança, ele me olhou e balançou a cabeça, como se dissesse “sim”. Com olhar de mãe orgulhosa, rindo, dona Eunice completou minha frase e disse a Mateusinho: “Diz bom-dia pro moço”. Então, desajeitado, ele sorriu e disse “Bom dia”, com voz baixinha.

Quando já estava de saída, eu disse a dona Eunice: “A senhora gosta do Lula, não é? Vi a foto dele lá perto da TV”. Tão logo concluí a pergunta, percebi que Mateusinho olhou para mim e num sorriso se antecipou e disse: “Ela gosta do Lula e eu também”. Dona Eunice balançou a cabeça, como quem agradecesse ao presidente, e completou: “Adoramos o Lula”. Foi naquele momento que percebi que aquela fotografia, meio perdida ao lado da TV, para aquela família simples, pobre e sem recursos, significava mais que uma foto – Lula ali era um pai, um pai que naquela casa nunca existira. Dei-me conta também de que o trajeto diário de Mateusinho entre sua casa e a venda, como se cumprisse uma oração, era a possibilidade daquela família pobre, através do Bolsa-Família, de comprar uma manteiga, um pão e um leite que alimentavam mãe e filho e davam o mínimo de dignidade e segurança àquela união familiar destroçada pelo destino, como tantas por este Brasil.

Já no portão, despedindo-me, comentei: “Logo o presidente Lula vai nos deixar, não é? Vai acabar seu mandato”. E complementando ainda fiz uma observação: “Acho que o dia em que a gente acordar e souber que o Brasil não mais terá o Lula a gente vai sentir, não é?”. Foi quando os olhos de dona Eunice marejaram, e de mãos dadas com o seu Mateusinho ambos me olharam com cara de quem queria chorar. Naquelas mãos dadas entre mãe e filho, vi mais que tristeza nos olhos dos dois – vi receio, saudade e gratidão de gente que nunca teve nada por um presidente que serviu de pai e supriu a lacuna da miséria e da desesperança, com inúmeros projetos de inclusão social. Ao abrir o portão, dona Eunice me olhou e, apertando mais ainda a mãozinha de Mateusinho e a minha, me disse, com os olhos cheios de lágrimas: “Não quero nem pensar nesse dia, doutor. Pra mim vai ser igual à despedida de um pai. Vou me acabar de chorar, espero que a Dilma seja nossa presidenta, a escolhida por ele”.

Fernando Rizzolo é Advogado e editor do Blog do Rizzolo – www.blogdorizzolo.com.br

Dilma e Lula com trabalhadores em São Bernardo do Campo

CORPO-A-CORPO





CENAS PEDAGÓGICAS DE CAMPANHA

6 horas da manhã desta segunda feira, 23-08; porta de fábrica da Mercedes-Benz, em São Bernardo do Campo, SP. Lula e Dilma fazem panfletagem num corpo-a- corpo com seis mil trabalhadores que se espremem para abraçar e falar com os dois. Manhã de 6º feira, 20-08, Curitiba, PR; Monica Serra e Fernanda Rica, respectivamente, esposas do presidencíavel tucano e do candidato do PSDB ao governo do Estado, dizem o que o tucanato pensa sobre o Bolsa Família, num café com representantes de bairros da cidade: ‘As pessoas não querem mais trabalhar, não querem assinar carteira e estão ensinando isso para os filhos". Depois, alertadas talvez que não estavam falando a madames de Higienópolis, o bairro rico de SP, tentaram remendar o discurso contra o Bolsa Família: '...o programa será mantido, mas por um período, até que as pessoas tenham promoção social’. Domingo,dia 22-08, Vila Nova Cachoeirinha, SP: ‘Serra chega para fazer campanha. Quatro cabos eleitorais começam a gritar ‘Serra, Serra’, na tentativa de animar cerca de 50 pessoas.Ninguém acompanhou o coro’ (Carta Maior,com informações, Estadão, Valor e Folha; 23-08)

Vídeo: todo mundo gosta do Lula

Polícia do Rio não deixa



Publicado em 23/08/2010 Compartilhe | Imprima | Vote (+5)
Na foto, Marcola se prepara para distribuir tômbolas



A manchete do Globo do domingo entregou o prato feito ao Serra:

“Cerco a traficante acaba com tiros e reféns em hotel de luxo – sessenta bandidos enfrentam PMS e levam pânico a São Conrado”.

Em nenhum ponto da primeira página o Globo resume o que, de fato, aconteceu.

Uma viatura da PM do Rio interceptou um “ônibus” que vinha do Vidigal em direção à Rocinha.

Com a resistência, houve troca de tiros.

Os narcotraficantes desceram em direção ao bairro nobre de São Conrado, onde ficam a Rocinha e o Hotel Intercontinental, o “de luxo”.

O que houve, então ?

A Polícia do Rio deu um show de eficiência.

Prendeu todos os criminosos.

Libertou os reféns do Hotel.

Matou uma traficante.

E nenhum policial saiu ferido.

E por que houve tudo isso ?

Porque a polícia do Rio resolveu retomar o controle das favelas do tráfico.

Na Rocinha já houve intervenção governamental, com uma passarela do Niemeyer – clique aqui para ver no Conversa Afiada.

E investimentos em reurbanização.

Breve ali será instalada uma UPP.

Quando a política de instalação de UPPs se aproxima dos morros das áreas nobres da cidade, confrontos como esse passam a ocorrer.

Até que os morros sejam controlados pelo Estado, através da Polícia.

É uma estratégia copiada da Colômbia, a mais eficaz para combater o tráfico.

O que fez a Globo ?

Omitiu o sucesso da operação policial, porque a Globo é ideologicamente contra a ação pacificadora da policia nos morros.

O Globo e a Globo são eternas viúvas do Carlos Lacerda, o pai das remoções: jogar a favela no Fim do Mundo.

Alem disso, o Rio e a cidade do Rio são governados por políticos da base de apoio ao Lula e à Dilma.

O candidato que defendia uma neo-Soweto para as favelas – “quem está fora não entra, quem está dentro não sai” – o ex-Gabeira, dividido entre Marina e Serra, partiu-se ao meio e não passa dos 20%.

O jenio rapidamente aproveitou-se do “caos da Globo” e atacou a segurança do Rio para defender um Ministério da Segurança.

Em São Paulo, como se sabe, ninguém consome cocaína.

Em São Paulo não há tráfico.

O narcotraficante Abadia considerou a delegacia de combate ao tráfico de São Paulo a mais eficiente do mundo.

Em São Paulo, o PCC é uma entidade recreativa de ex-presidiários, que distribui tômbolas no natal.

A Cracolândia, como diz o nome, é um centro de treinamento de jovens esportistas.

O jenio tenta se apoiar em qualquer coisa.

Se joga com qualquer paraquedas.

Esse, por acaso, não abriu.

Paulo Henrique Amorim

34 anos sem JK

Juscelino Kubitschek de Oliveira (Diamantina, 12 de setembro de 1902 — Resende, 22 de agosto de 1976) foi um médico, militar e político brasileiro.
Conhecido como JK, foi prefeito de Belo Horizonte (1940-1945), governador de Minas Gerais (1951-1955), e presidente do Brasil entre 1956 e 1961. Foi o primeiro presidente do Brasil a nascer no século XX e foi o último político mineiro eleito para a presidência da república pelo voto direto.
Casado com Sarah Kubitschek, com quem adotou as filhas Márcia Kubitschek e Maria Estela Kubitschek, foi o responsável pela construção de uma nova capital federal, Brasília, executando assim o antigo projeto, já previsto em três constituições brasileiras, da mudança da capital para promover o desenvolvimento do interior do Brasil e a integração do país.
Durante todo o seu mandato como presidente da república, (1956-1961), o Brasil viveu um período de notável desenvolvimento econômico e relativa estabilidade política. Com um estilo de governo inovador na política brasileira, Juscelino construiu em torno de si uma aura de simpatia e confiança entre os brasileiros.
Juscelino Kubitschek é, ainda hoje, um dos políticos mais admirados do cenário político do Brasil, aparecendo junto com Getúlio Vargas, nas pesquisas de opinião pública como os dois presidentes preferidos pelos brasileiros.
No ano de 2001, Juscelino Kubitschek de Oliveira foi eleito o "Brasileiro do Século" em uma eleição que foi publicada pela revista Isto é.
A UDN tentou impugnar o resultado da eleição, sob a alegação de que Juscelino não obteve vitória por maioria absoluta dos votos. A posse de Juscelino e do vice-presidente eleito João Goulart só foi garantida com um levante militar liderado pelo ministro da Guerra, general Henrique Teixeira Lott, que, em 11 de novembro de 1955, depôs o então presidente interino da República Carlos Luz. Suspeitava-se que Carlos Luz, da UDN, não daria posse ao presidente eleito Juscelino. Assumiu a presidência, após o golpe de 11 de novembro, o presidente do Senado Federal, Nereu Ramos, do partido de JK, o PSD. Nereu Ramos concluiu o mandato de Getúlio Vargas que fora eleito para governar de 1951 a 1956. O Brasil permaneceu em estado de sítio até a posse de JK em 31 de janeiro de 1956.
Curiosidade:
O monumento à JK, em Brasília, foto acima, foi concebido pelo arquiteto Oscar Niemeyer, em plena época da ditadura militar brasileira. Os militares, entretanto, não se deram conta que Niemeyer - comunista convicto - projetara o monumento para que, em determinada hora do dia, conforme a posição do Sol, a sombra projetada pelo monumento no solo, invocasse o símbolo comunista da foice e martelo.