*CNI/IBOPE: apoio ao governo Dilma cresce, reduz dependência do PT em relação ao Nordeste e arregimenta novas bases na classe média em todo o país** bolsas européias acumulam perda de 20% no 3º trimestre**vendas do comércio caem na Alemanha em agosto** renda dos norte-americanos tem a 1ª queda em dois anos**greve dos bancários vira bola de neve e se espalha com rapidez que surpreende banqueiros** categoria quer reajuste de 12,8%; banqueiros oferecem 8%,embora seus lucros tenham crescido 28% em 2010**Susan Saradon, Mike Moore e Noan Chomsky já deram apoio aos ‘indignados' norte-americanos que ocupam Wall Street há cerca de 12 dias (LEIA o Especial deste fim de semana)
Governo amplia protecionismo à indústria e vincula crédito do Pronaf à aquisição de máquinas e equipamentos agrícolas com pelo menos 60% de conteúdo nacional. Medida identica,com requisito de 65% de nacionalização, foi tomada em relaçao ao setor automobilísco. Nessa mesma direção, a Presidenta Dilma anunciou um pacote de incentivos à indústria da defesa (leia matéria nesta pág). Trata-se de usar o poder de compra do Estado para fomentar e manter o nível do investimento na crise. Exigência de conteúdo nacional norteará também o acesso a incentivos fiscais na produção de computadores, tablets, televisores etc Ações refletem a convicção de que é preciso fortalecer o mercado interno ante a perspectiva de longa contração na economia internacional. Ilustra esse diagnóstico o drástico recuo nas cotações das commodities, que em setembro registraram as maiores quedas desde a crise de 2008. Outro sintoma: o efeito irrelevante da ampliação (acanhada para o tamanho da crise) do Fundo Europeu de resgate financeiro que teve o apoio alemão esta semana. No dia seguinte as Bolsas despencaram. O mundo escorrega para a recessão. Mas o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu a campo, na 5ª feira, segundo o jornal Valor Econômico, para qualificar como ' precipitado' o corte nas taxas de juros no Brasil. Reconheça-se no tucano o mérito da coerência. Em crises mundiais anteriores, na sua gestão, a resposta sempre foi doutrinariamente ortodoxa e pró-cíclica: aumento dos juros, arrocho no salário mínimo, redução do crédito, cortes brutais no gasto público, perda de receita fiscal e salto no endividamento público. Com alguns efeitos colaterais, a saber: quebra do Estado, perda de reservas, colapso da infraestrutura, desemprego e fuga de capitais. A avaliação veio nas urnas em 2002, 2006 e 2010.
(Carta Maior; 6º feira,30/09/ 2011)