Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 7 de março de 2012

"DEMÓSTENES: O IMPORTANTE É A CAUSA"

*O Brasil menos desigual dos últimos 50 anos: pesquisa da FGV mostra que a renda dos 50% mais pobres cresceu 68% na última década** a dos  10% mais ricos cresceu apenas 10%.* PAC 2  investiu R$ 204,4 bi em 2011: 21% do total de R$ 950 bi  em obras programadas até 2014** COPOM decide hoje nova taxa de juros** PIB desanimador pode trazer corte maior na Selic* 'O PIB  e a volta do Estado-Nação' (LEIA MAIS AQUI)

 Mais um torquemada da moralidade pública tem sua natureza inflamável exposta às labaredas da santa inquisição que tantas vezes ajudou a atiçar. Pré-cozido nas chamas purificadoras do incinerador de reputações ao qual costuma servir, o senador Demóstenes Torres (Demo-GO), teria trocado, conforme registros da PF,  298 ligações telefônicas com o contraventor Carlinhos Cachoeira, preso pela operação Monte Cassino. A  amizade é antiga.  Remete a 1999, quando o presidente dos Demos era secretário de segurança de Goiás, no governo Marconi Perillo, outro camarada do peito  do influente Cachoeira. Coincidentemente, o contraventor foi o pivô de uma negociação de propina filmada por ele, em 2004,  que resultou na demissão do assessor da Casa Civil, Waldomiro Diniz. O episódio desencadearia  uma espiral de ataques ao governo que a coalizão demotucana --sendo Demóstenes uma de suas vozes mais inflamadas-  pretendia culminar com o impeachment de Lula, em 2005. (LEIA MAIS AQUI)

 

Senador ético e o bicheiro da Operação Monte Carlo

“Pensei que ele tivesse abandonado o crime”

Não é piada. Foi isso o que disse o senador Demóstenes Torres (DEM/GO), um dos principais moralistas do Congresso, sobre suas relações com Carlinhos Cachoeira, o mais destacado mafioso brasileiro; o bicheiro dava até presentinhos ao senador

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O senador Demóstenes Torres (DEM-GO), tem declarado a imprensa que, o bicheiro Carlinhos Cachoeira é seu amigo, mas não conhecia o lado contraventor do amigo
Gostaria que meus queridos leitores respondessem:
Como ex-secretário de segurança e promotor público, ele pode afirmar que não conhecia outro lado do Cachoeira?

A imprensa blinda tucano

A Operação Monte Carlo também mostrou que o governador tucano  Marconi Perillo, entregou a segurança pública do seu estado a um dos maiores contraventores do País.A imprensa, está em silêncio!

Carta Maior: As mudanças no BC da Argentina


Argentina quer redirecionar BC para fomentar desenvolvimento

Projeto para reformar Banco Central da Argentina, anunciado pela presidenta Cristina Fernández de Kirchner diante do Congresso, pretende terminar com o modelo neoliberal no sistema bancário instalado pela ditadura de 1976 e aperfeiçoado pelo menemismo durante os anos noventa. Projeto propõe um Banco Central que intervenha no desenvolvimento econômico com equidade, estabilidade financeira e crédito produtivo. A presidenta argentina defendeu que os BCs devem acrescentar à sua tradicional responsabilidade em política monetária um papel de “forte intervenção na economia”.
06.03.2012
Francisco Luque – De Buenos Aires, na Carta Maior
Buenos Aires – O projeto para reformar a Carta Orgânica do Banco Central da República Argentina (BCRA), anunciado pela presidenta Cristina Fernández de Kirchner diante do Congresso, na quinta-feira passada, é um dos anúncios mais relevantes em matéria econômica tendentes a terminar com o modelo neoliberal no sistema bancário instalado pela ditadura de 1976 e aperfeiçoado pelo menemismo durante os anos noventa. Um projeto que tem como objetivo enterrar as idéias da lei de convertibilidade impostas em 1992, propondo um Banco Central que intervenha no desenvolvimento econômico com equidade, estabilidade financeira e crédito produtivo.
Em seu discurso no Congresso Nacional, a Presidenta frisou que os bancos centrais deviam acrescentar à sua tradicional responsabilidade em política monetária um papel de “forte intervenção na economia”.
“Em 1992 se suprimiram todas suas funções de orientação do crédito, imobilizando o Estado neste papel, e esse poder foi parar nas entidades financeiras, nos bancos e, por isso, aconteceu o que aconteceu na Argentina e no mundo inteiro. O resultado disso se chamou Consenso de Washington”.
De concreto, se for aprovado, o Banco Central terá como meta preservar o valor da moeda, além de somar à estabilidade financeira e ao desenvolvimento econômico com equidade social. Poderá regular e orientar o crédito outorgado aos bancos, estabelecendo as condições em termos de prazos, taxas de juros, comissões e cargos. Com isto, o BCRA recuperará seu papel histórico na promoção do crédito produtivo. Também enterrará formalmente o manual ortodoxo “Metas de Inflação”, que diminui a autonomia da política cambial e expõe a economia à instabilidade dos mercados financeiros.
A presidenta explicou que a iniciativa aponta registrar no marco normativo o atual funcionamento da política macroeconômica. Junto com a ampliação dos objetivos do banco eliminam-se os resíduos da convertibilidade. Para isto, se modificará a obrigação de manter uma relação direta entre a base monetária –dinheiro e depósitos na economia – e a quantidade de reservas. O um-por-um será substituído por uma nova forma de determinar o nível de reservas ótimas. O projeto dispõe que, quando o estoque de divisas supere este ponto, o excedente poderá ser destinado ao pagamento de vencimentos da dívida externa. Não obstante, embora o projeto estipule que só se poderá utilizar para pagar a dívida, o fato de que o BCRA possa cobrir boa parte do vencimento da dívida, implica uma economia significativa e abre uma porta para aplicar em diversos fins como, por exemplo, a reestatização da indústria nacional, privatizada nos anos noventa.
Um dos pontos para fortalecer o papel do BCRA no novo paradigma econômico é a ampliação de seu mandato com o objetivo de perseguir objetivos múltiplos. Estas mudanças recuperarão metas existentes no organismo desde sua criação, em 1935, com governos de diferentes orientações políticas, como o pleno emprego, o crescimento econômico e o desenvolvimento. Esta busca do desenvolvimento econômico com equidade social contempla um amplo espectro de objetivos, como a criação de emprego, o crescimento econômico, a distribuição de renda e também a questão do meio ambiente.
“A atual Carta Orgânica do Banco Central está dissociada do modelo produtivo que persegue metas de inflação sem atender a economia real. A nova normativa deixa em letra escrita que a autoridade monetária passará a ter como objetivo principal a estabilidade monetária, a estabilidade financeira e o desenvolvimento econômico com equidade social”, afirmou a presidenta do BCRA, Mercedes do Pont, ao jornal Página/12.
Segundo os especialistas, o Banco Central argentino continuará tendo como objetivo defender o valor da moeda, mas agrega outras metas que já foram aplicadas explicitamente por outros países depois dos nocivos efeitos da crise financeira, e evitando o exemplo do Banco Central Europeu, uma entidade considerada excessivamente ortodoxa, demasiado preocupada com a inflação, que inclusive chegou a subir a taxa de juros na Europa quando estava à beira da recessão.
Outro aspecto interessante é o impulso ao crédito. Na Argentina, o crédito representa somente 14% do PIB, um dos percentuais mais baixos em nível regional, e estão concentrados nos setores que mais rentabilidade oferece aos bancos: o consumo e o comércio exterior. A proposta outorga um papel ativo na promoção do crédito produtivo de longo prazo. Para isso, poderá regular as condições dos empréstimos, estender prazos, fixar tetos para as taxas de juros, orientar o destino a qualquer setor produtivo ou região, limitar as comissões e os cargos. “Não existem exemplos no mundo de recuperação econômica exitosa onde o crédito ao investimento de longo prazo não tenha exercido um papel transcendental no processo de desenvolvimento”, sustentam as autoridades econômicas do país.
Neste aspecto, a ministra da Indústria, Débora Giorgi, assegurou que esta reforma permite orientar o sistema financeiro para investimentos produtivos. “O capital dos bancos deve ser dirigido para financiar a economia real, para aprofundar a reindustrialização e a geração de mais postos de trabalho”, sustentou a autoridade.
Este projeto impulsiona também mudanças para prevenir o abuso na relação entre o sistema financeiro e seus clientes. A nova norma incorpora às funções do BCRA a necessidade de limitar a concentração do sistema financeiro e evitar o abuso de posições dominantes. Assim, a autoridade monetária colaborará ativamente com as Comissões Nacionais de Defesa do Consumidor e Defesa da Competição. Também amplia a incompatibilidade para qualquer negócio financeiro e quem chegue à diretoria do Banco Central deverá renunciar a outras atividades do setor. A iniciativa também estimula o papel de supervisionar do organismo, assim como auditar todo o sistema bancário e as fusões e aquisições entre entidades.
“A ruptura com o legado dos anos 90 implica restituir ao Banco Central seu papel histórico na promoção do crédito produtivo acompanhando as políticas formuladas pelo governo. Será uma das funções estratégicas para garantir a estabilidade monetária, sustentar o crescimento econômico e caminhar para o desenvolvimento e o pleno emprego. É o mesmo que se definia na norma de 1992 e que postula em sua carta orgânica a Reserva Federal, banco central norte americano, referência para desorientados pelos alertas de espanto de porta-vozes de banqueiros e ex-presidentes do BCRA, sempre tão próximos dos interesses do mundo das finanças”, ironizou o editoralista Alfredo Zaiat, do Página/12.
Tradução: Libório Junior
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Crescimento e juros baixos, os pecados

As manchetes dos jornais de hoje produzem uma estranha simbiose entre o óbvio e o absurdo.
“PIB fraco impulsiona queda de juros”, proclama a Folha, no mesmo diapasão dos grandes jornais.
E diz que isso “aumenta a pressão” para que o Banco central promova um corte maior nas taxas de juros, a fim de garantir uma recuperação da velocidade de expansão da economia.
Ora, que o Banco Central se preocupe – não circunstancial, mas permanentemente – com a expansão da economia é o óbvio ululante. Não o BC brasileiro, mas qualquer autoridade monetária, em qualquer país do mundo.
Europa e Estados Unidos, a primeira com injeções maciças de dinheiro no sistema bancário e e segundo com as duas etapas do gigantesco “quantitative easing”, uma troca de papéis do Tesouro americano que  produz o mesmo efeito, não fazem o mesmo todo santo dia?
E olhe que, ao contrário de cá, lá não há sinais expressivos de queda da inflação. A inflação na Zona do Euro, cuja meta é ficar abaixo de 2%, está em 2,7%, depois de ter batido os 3% ano passado. Nos EUA, onde o Federal Reserve finalmente resolveu-se a formalizar a meta de inflação, para os mesmos 2% máximos aceitáveis, a alta de preços supera os 2,9%.
Portanto, embora a missão dos bancos centrais, como autoridades monetárias, seja a de serem os guardiões das moedas nacionais – ou supranacionais, como o Euro – , não os descola jamais da ideia de induzir o crescimento da atividade econômica, sempre que, é claro, sua velocidade não esteja provocando situações de excessiva pressão inflacionária.
Logo, uma aceleração da economia dentro e patamares sólidos de expansão é obejtivo natural dos BCs e  leva àquela que, teoricamente, é aquela chamada “taxa neutra de juros”, ou seja, os juros mínimos par, compensada a inflação, induzir o crescimento econômico. Taxa que,enquanto aqui ainda é das maiores do mundo, em casos como o europeu e o norrteamericano é, até, negativa, pela necessidade de ativarem suas economias.
É curiosa essa visão que afirma que isso “pressiona” o Banco  Central a para uma taxa de juros menor.
Veja que interessante o uso o verbo “pressionar” para o fato de o Banco Central pagar juros menores.
Imagine o caro leitor  que alguém lhe “pressione” a pagar menos juros, em lugar de mais juros…
É o paradoxo do jornalismo econômico brasileiro: tudo que não é “a favor” do mercado, tudo que não corresponda à lógica da acumulação financeira, tudo que guarde compromisso com o interesse social em matéria econômica, desde a manutenção dos preços dos combustíveis à redução dos juros que sufocam o Estado brasileiro é visto como “pecado”.
E o fundamentalismo de mercado condena sem piedade quem o pratica.

Brasil pode passar França e ser quinta economia em 2012

A economia brasileira se tornou a sexta maior do mundo no ano passado, deixando para trás a britânica, e deverá alcançar a quinta posição ainda em 2012, ultrapassando a francesa, informa reportagem de Érica Fraga, publicada na desta quarta-feira no jornal Folha do Estado.
Os prognósticos, da consultoria britânica EIU (Economist Intelligence Unit), indicam que o país avança no ranking de maiores economias a um ritmo rápido.
"Esses desenvolvimentos pareceriam improváveis há cinco anos, mas refletem como as economias avançadas foram atingidas pela crise e como a brasileira tem se expandido, impulsionada pelas exportações de commodities", diz Robert Wood, economista sênior da EIU.
No Um brasileiro

Por que a Veja é a mais cara do mundo?

Recentemente escrevi um texto falando do equivocado modelo de negócios que estaria sendo utilizado pelas publicações no Brasil para suas edições nos tablets.
A Veja atualmente cobra US$ 4,99 por cada revista no Ipad, a Isto é e a Época cobram US$ 3,99 e a Carta Capital ainda distribui gratuitamente e não definiu o valor da cobrança, que deve iniciar ainda este mês.
Mas eis que esta semana olho a capa da Veja, que vem com o seguinte título: Por que o Brasil tem o iPhone mais caro do mundo?
A matéria, honesta em seu conteúdo, reclama dos altos custos de colocação no mercado brasileiro, especialmente dos impostos. Fala também da tentativa da Apple de empurrar o modelo mais modesto, o iPhone 4 de 8 GB, pelo preço semelhante ao modelo superior, o 4S. No exterior os modelos anteriores recebem um grande incentivo de preço para atingir consumidores com menor poder de compra.
Antes da publicação da revista, o Blog do Iphone já havia citado este fato, sugerindo que ninguém comprasse este modelo, especialmente pela falta de respeito com o consumidor.
Mas até aí nada demais. É apenas uma falha de mercado que tende a ser corrigida com o tempo.
E já que a Veja fez a pergunta, complemento: Por que a Veja é a revista semanal mais cara do mundo no iPad?
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A The Economist, melhor revista publicada atualmente, custa US$ 24,99 por 6 meses, a The New Yorker fica por US$ 6,99 a assinatura mensal e a Newsweek custa apenas US$ 19,99 por um ano de assinatura.
A Veja, assim como as outras revistas, tentam a todo custo empurrar a edição de papel, em um gesto desesperado de frear o inevitável crescimento das publicações digitais. Essa tentativa equivocada se assemelha à luta boquirrota de gravadoras de CDs, que ainda não conseguiram se adequar ao novo modelo de negócios.
No caso da Veja, talvez devesse olhar para dentro de seu modelo de negócios e fazer uma autocrítica antes de reclamar da esperteza alheia.
Pierre Lucena
No Acerto de Contas

Veja diz que cartola da Fifa que insultou o Brasil foi “preciso”


Durante evento da Fifa na Inglaterra na última sexta-feira, o secretário-geral da entidade, Jérôme Valcke, criticou supostos atrasos do Brasil nos preparativos da Copa e insultou o país dizendo que merecia um “chute no traseiro”.
As reações brasileiras não tardaram. O ministro dos Esportes, Aldo Rebelo, convocou a imprensa para anunciar que o governo brasileiro não aceita mais Valcke como o interlocutor da Fifa no âmbito da organização do Mundial de 2014.
Valcke tem se notabilizado por afrontar o Brasil com a mesma lenga-lenga da grande imprensa brasileira de que o país passará por um vexame na Copa e, ano passado, chegou a se meter na política brasileira.
Durante o cai-não-cai do ex-ministro Orlando Silva, Valcke chegou a dizer, em entrevista coletiva em que falava pela Fifa, que já não considerava mais o então ministro como interlocutor da entidade que integra.
Na segunda-feira, provavelmente assustado com a repercussão e com o pedido oficial de desculpas emitido pela Fifa, seu secretário-geral emitiu justificativa de que teria havido falha na tradução de sua declaração.
A história de Valcke é a de que, em francês, a expressão “se donner un coup de pied aux fesses” significa apenas “acelerar o ritmo”.
Ontem, a desculpa de Valcke foi contestada por jornalistas internacionais. O repórter inglês Rob Harris, da agência “AP”, que esteve na coletiva do secretário-geral da Fifa em que este insultou o Brasil, disse que a conversa dele com a imprensa foi todinha em inglês. Martyn Ziegler, chefe de reportagem da “Press Association Sport”, também confirmou que a entrevista do dirigente não foi em francês.

Os jornalistas estrangeiros testemunharam que Valcke disse, textualmente, que o país merecia um “kick up in the backside”, expressão que pode ser traduzida como um “chute no traseiro”.
A reação brasileira, porém, não se limitou às declarações oficiais de autoridades. Pelo Twitter, milhares de pessoas promoveram um “tuitaço” usando a hashtag #ForaValcke, que, rapidamente, chegou aos trending topics.
O que surpreendeu foi matéria do site da revista Veja que foi na contra-mão da indignação nacional com o insulto do cartola da Fifa ao Brasil. Abaixo, reprodução de trecho da matéria que afirma que o agressor teria sido “preciso em sua observação”.

O ministro do Esporte, Aldo Rebelo, porém, descarta maiores problemas e chega a brincar com a preocupação da Veja e do cartola da Fifa afirmando que seu “único receio” é com o desempenho da seleção brasileira dentro de campo durante a Copa.