Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

segunda-feira, 19 de dezembro de 2011

Por que a mídia não diz quem são os blogueiros ‘chapas-brancas’?



Todos os dias, algum jornalista empregado em algum tentáculo das Organizações Globo, na Folha de São Paulo, no Estadão ou na revista Veja, entre outros, recita um bordão que já virou mantra, de que blogueiros que denunciam o partidarismo político da mídia são pagos pelo governo federal  ou pelo PT para dizerem o que dizem.
Deixemos de lado o mérito da questão sobre esse partidarismo da grande mídia, que, com seu silêncio gutural e ensurdecedor sobre o livro-bomba A Privataria Tucana, extirpou as últimas dúvidas que havia sobre o que os tais blogueiros “chapas-brancas” denunciam sem parar, que os veículos citados não passam de um partido político dissimulado.
Blogueiros como este, porém, têm a coragem de dar nome aos bois. Pelo menos aos quatro grandes “bois” cujos nomes vão acima. Em contrapartida, os empregados desses jornais, revistas, televisões, rádios e portais de internet não dizem a quem se referem quando aludem a “blogueiros chapas-brancas”.
Agora que a mídia não pode mais ignorar o livro do jornalista Amaury Ribeiro porque já está sendo comentado até no exterior enquanto se aproxima da marca de cem mil cópias vendidas no Brasil, ela pôs seus colunistas para tentarem desacreditar não a obra, mas o seu autor, valendo-se do que se convencionou chamar de argumento ad hominem, ou seja, do tipo que procura desqualificar o autor de uma ideia por não ter o que dizer contra ela.
Hoje foi a vez do “imortal” Merval Pereira, empregado da família Marinho, dona da Globo, falar do livro que toda a grande imprensa, até três ou quatro dias atrás, insistia em ignorar apesar de então já figurar nas listas dos livros mais vendidos que esses mesmos meios de comunicação supracitados divulgam.
O texto de Merval foi reproduzido por outro funcionário da Globo, o jornalista Ricardo Noblat, em seu blog. E é lá que se pode constatar como funciona essa pretensa máquina de desinformação e de censura do contraditório que é o grupo empresarial da família Marinho.
O texto de Merval publicado neste domingo é uma arenga construída para desacreditar o livro-bomba que denuncia supostos esquemas do “darling” das famílias midiáticas, o tucano José Serra. Em seu primeiro parágrafo, diz a enormidade que reproduzo abaixo:
O livro “Privataria tucana”, da Geração Editorial, de autoria de Amaury Ribeiro Jr, é um sucesso de propaganda política do chamado marketing viral, utilizando-se dos novos meios de comunicação e dos blogueiros chapa-branca [sic] para criar um clima de mistério em torno de suas denúncias supostamente bombásticas, baseadas em “documentos, muitos documentos”, como definiu um desses blogueiros em uma entrevista com o autor do livro (…)
O que salta aos olhos do parágrafo inicial de um texto que, pela lógica do autor, é chapa-branca até a alma por ter sido escrito a favor do grupo político que governa os Estados mais ricos do país – entre eles, o Estado de São Paulo – é que, à diferença de mim, ele não dá nomes.
Essa prática é recorrente entre seus pares. Reinaldo Azevedo e Augusto Nunes, por exemplo, são alguns dos muitos jornalistas que se dedicam toda hora a acusar blogueiros de serem pagos pelo governo federal ou pelo Partido dos Trabalhadores para dizerem o que dizem.
Quero, então, fazer um desafio público a esses jornalistas e aos patrões deles. Abro todos os meus sigilos para que possam buscar o menor indício de que o que dizem é verdade.  Não negarei uma só informação que requisitem.
Podem vir à minha casa ver como vivo, tiro extratos de minhas contas bancárias, mostro a eles minhas declarações de imposto de renda, enfim, dou a essa gente acesso irrestrito à minha vida com o compromisso de que, se não surgir um mísero centavo de dinheiro público, digam publicamente que ao menos este blogueiro não recebe nada para dizer o que diz.
As acusações que essa gente faz são injustas e, a meu ver, criminosas. Se você é blogueiro, simpatiza com o governo Dilma ou com o PT e diz isso em seu blog, automaticamente está tachado de “chapa-branca”, acusado de vender a sua consciência e a sua pena por dinheiro.
Em minha opinião, portanto, os blogueiros que têm opiniões como as minhas deveriam se unir e questionar esses jornalistas, pois todos são atingidos pelas acusações genéricas que fazem.
São acusações a centenas, talvez milhares de pessoas como eu que, além de não ganharem dinheiro com o que escrevem, ainda gastam para fazê-lo, pois, como não têm receita em seus blogs, tiram do bolso os custos de manter uma página de política na internet, o que os obriga a gastar com hospedagem virtual, com contatos telefônicos, com deslocamentos físicos etc.
Penso que a mídia está obrigada a dar nome aos bois ou a parar de fazer acusações genéricas. Não que essas acusações colem. Basta ver o que vem acontecendo nas últimas eleições ou até em pesquisas de opinião para entender que a sociedade não dá mais crédito a essa mídia, mas ela não têm direito de fazer o que faz.
Exorto a jornalistas como Merval Pereira, pois, a criarem coragem de dizer a quem se referem e em que se baseiam para fazer a acusação que fazem. Repito: da forma como acusam, qualquer um que tenha um blog que critique o engajamento político da grande mídia fica sob suspeita de ter se vendido intelectualmente.
Por enquanto, peço que façam isso voluntariamente. Mas posso garantir que cada vez mais blogueiros estão perdendo a paciência com essas acusações. Cedo ou tarde serei ouvido e uma atitude conjunta será tomada no sentido de resguardar a honra de tantos atingidos por essas acusações covardes e mentirosas.

Tijoolaço pauta a Folha: investigue a filha do Cerra !


O Tijolaço do destemido Fernando Brito publicou dois posts muito interessantes sobre o Otavinho.

Clique aqui para ver “Privataria”, o filme, onde Mein Fuhrer cita o Otavinho.

(Enquanto isso, na seção Ilustrada (?) ele continua de plantão na porta do Sírio, para dar a notícia final …)

Esse Otavinho …, não é Brito ?

Apertem os cintos: o livro sumiu!


Os leitores viram, o Tijolaço reproduziu no dia 12, o Nassif no dia 15, quinta feira: “A privataria tucana” era o primeiro na lista dos livros mais vendidos na Livraria da Folha e ambos reproduzimos a imagem.

"Privataria", em dois dias, sumiu da lista dos mais vendidos na Folha


Porque, oh, que surpresa,  o livro desapareceu! Das prateleiras, onde é difícil encontrar um que seja para levar na hora?


Não, não, da lista dos mais vendidos, onde era o primeiro, na quinta-feira.


Não caiu para segundo, não caiu para terceiro: apenas sumiu. Entrou na lista o livro do FHC!


Em outras livrarias, como a FNAC, o livro, “devido ao grande sucesso”, só está sendo vendido por reserva.

...embora continue "bombando" na FNAC: só vendem por encomenda


A coisa na Folha é tão feia que nem mesmo nas duas  subpáginas “Literatura e biografias > Gêneros literários > Livro-reportagem” , o livro de Amaury


Ribeiro Jr. está listado, e é essa a classificação que tem, porque na busca por título você ainda o encontra no site.


Pelo visto, por enquanto.


Depois da “ditabranda”, é o primeiro caso de “Index Librorium Prohibitorium”.


Uma pauta da Folha para a Folha

Como hoje a ombusdman da Folha, ao elogiar a atitude do jornal – vários dias depois – de registrar o lançamento de “A Privataria Tucana” que teria, segundo ela, esgotado os seus “alegados 15 mil exemplares” (alegados, embora seja o primeiro colocado em vendas na própria Livraria da Folha) e diz que a redação está esperando “fatos novos” para publicar algo mais que o mero registro que fez, tomo a liberdade de dar uma “mãozinha” à reportagem da Folha, desinteressada e gratuitamente.


Que tal começarmos pelo fato de que a Folha publicou, no dia 30 de janeiro de 2001, um levantamento dos deputados e autoridades que tinham cheques sem fundos anotados no Cadastro de Emitentes de Cheques Sem Fundos, o CCF, do Banco Central, que é protegido por sigilo e inúmeras exigências de comprovação de identidade para ser consultado.


Para ajudar o pessoal da Folha, reproduzo, além do link, a imagem da matéria.


Para ajudar a Folha, que não deve ter conseguido  um dos alegados 15 mil exemplares do livro do Amaury Ribeiro, informo que, por  esta quebra de sigilo, Verônica Allende Serra está processada na 3ª Vara Criminal de São Paulo, por um suposto convênio (?) com o Banco do Brasil, que lhe teria transferido os dados de 60 milhões de correntistas. Já naquele dia o jornal tinha ciência e escreveu que essa divulgação era irregular. Ter o cadastro, também.


É informação, não sei se perceberam, das mais relevantes. Eu, por exemplo, como correntista do BB há quase 20 anos, gostaria de saber se consto lá. Você, leitor ou leitora, correntista de qualquer banco à ocasião, também, porque o CCF era operado pelo Banco do Brasil. Porque, mesmo correndo o processo em sigilo de justiça – para não ampliar o estrago da violação de sigilo bancário, parece-me que cada correntista à época tem o direito de ter acesso aos dados, para saber se sua intimidade foi violada e mover a competente ação de dano moral.


Nem foi informado aos leitores que a Decidir.com tinha como diretora a sra. Verônica Allende Serra,  que tinha se tornado dirigente da empresa apenas 20 dias depois de ela ter sido criada, dia 8 de fevereiro de 2000, por um grande advogado na área de fusões e aquisições, o Dr. José Roberto de Camargo Opice, com o modestíssimo capital de R$ 100 e o nome de BelleVille. E que ela, cuja chegada coincidiu com a elevação do capital para R$ 5 milhões,  se retira da empresa apenas um mês depois deste vazamento, não sem antes ter promovido a mudança de objeto da empresa para concessão de crédito a Oscip (ONGs)…


Muito menos foi publicado pela que a Decidir.Com virou Decidir Brasil  Limitada, com capital de R$ 10 milhões, 99,99% pertencentes à Decidir.Com  Iinternational Limited, a empresa onde, como mostram os documentos do livro de Amaury Ribeiro Júnior. Verônica Serra e sua xará Verônica Dantas Rodemburgo eram sócias.


O competente corpo de repórteres da Folha também será capaz de descobrir que a Decidir Brasil  Limitada foi incorporada pela Equifax Brasil, controlada por uma grande multinacional, a Equifax, de Atlanta, Geórgia , Estados Unidos.


E que a Equifax passou a ser controlada pela Boavista Serviços SA,  um empresa formada pela Associação Comercial de São Paulo – que indica seus conselheiros, entre eles o ex-secretário de José Serra e vice de Geraldo Alckmin, Guilherme Afif Domingues. Portanto, a cadeia, se me perdoam a expressão, de responsabilidades empresariais da Decidir.Com   irradia-se aos proprietários das empresas que sucessivamente a absorveram.


A Boavista é  operada pela TMG, um fundo de investimentos que, até 2009, tinha como controlador a homônima TMG Capital Partners.


Que fica…ah, sim, no Vanterpool Plaza, 2° andar, Wickhans Cay I, Road Town, na famosa Tortola, nas Ilhas Virgens Britânicas.


Se a redação da Folha, como disse à ombudsman, está trabalhando duro para obter fatos novos, fica aí a dica, que tomou só uma manhã. Ainda dá tempo de recuperar a falha – sem trocadilho – da matéria de 2001, telefonando para D. Verônica Serra e perguntado como a empresa conseguiu os dados do Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundo do Banco Central e qual foi o curto-circuito que  os colocou na internet, expostos à curiosidade pública, inclusive dos repórteres da própria Folha.


PS. De novo, nada do que foi dito aqui é senão o que está escrito nos arquivos da Junta Comercial de São Paulo. É só se cadastrar em  www.jucesponline.sp.gov.br e fazer a pesquisa.

Sensacional ! “Privataria”- o filme

O Conversa Afiada recebeu um presente de Natal do amigo Cloaca, um blog sujíssimo:

Caríssimo Paulo Henrique,

A Privataria Tucana já chegou ao cinema. Confira aqui no Cloaca News.

Grande abraço do

Sr. Cloaca

Nem o PiG salva Mein Fuhrer