Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 23 de outubro de 2012

LENTE DA VERDADE #1: Como seria a propaganda do Serra no "mundo real"



No primeiro episódio da "Lente da Verdade", você vai ter a chance de ver como seria a propaganda do José Serra, reunindo alguns dos seus "grandes feitos" na vida pública, mas sem os filtros eleitoreiros...


“QUEM REAGIR, MORRE”, MODIFICOU FRASE DO GOVERNADOR GERALDO ALCKMIN, EXEMPLIFICANDO COM O ASSASSINATO, HÁ POUCOS DIAS, DE DOIS COMPANHEIROS LIGADOS AO NÚCLEO FORMADO PELOS GRUPOS RACIONAIS MC’S, NEGREDO E ROSANA BRONK’S.

Saiu no blog da Maria Frô:

MANO BROWN FALA DO EXTERMÍNIO DA JUVENTUDE NEGRA PELA PM EM SP: ELES NOS MATAM POR PARECER SER”

No encontro dos artistas de periferia com o candidato Fernando Haddad denúncias gravíssimas do genocídio da juventude negra nas periferias de São Paulo.

Fernando Haddad responde com propostas de ação global com intervenções sociais de várias áreas, com ações intersetoriais.

Leci Brandão. Mano Brown e Ice Blue, dos Racionais MC’s. Netinho de Paula. Arismar do Espírito Santo. Leandro Lehart. Helião. Kamau. Fernando Anitelli, d’O Teatro Mágico. Grupo Negredo. Emicida e seu irmão caçula, Evandro Fióti. Ana Cañas. Daniel Ganjaman. André Frateschi & Miranda Kassin. Bruno Morais. Andreia Dias. Rashid. Todos juntos e reunidos num recinto só: samba, rap, pagode, pop, MPB, rock independente. A música do novo Brasil encontrou-se na noite de terça-feira, 16 de outubro, com Fernando Haddad (PT).

Mano Brown demorou a se manifestar, mas foi preciso. Disse que não estava aqui para falar de cultura, mas de extermínio. Usou o termo para qualificar a atitude das polícias sob direção tucana diante das juventudes negras, rappers, funkeiras, periféricas etc. “Quem reagir, morre”, modificou frase do governador Geraldo Alckmin, exemplificando com o assassinato, há poucos dias, de dois companheiros ligados ao núcleo formado pelos grupos Racionais MC’s, Negredo e Rosana Bronk’s. “O pano de fundo é a guerra contra o crime organizado, mas eles (o poder público paulista) estão matando por parecer ser”, afirmou.

Veja o depoimento acima. E leia mais sobre o encontro na reportagem de Pedro Alexandre Sanches

PRIVATARIA: ZÉ E GURGEL, VAMOS TRABALHAR ?


HADDAD 61 X ZEZINHO 39. 

TRÉQUIM DA 3ª-FEIRA

Campanha do Haddad empurra Cerra para a rejeição.

Quem sabe o delegado Zampronha não descobre de onde vinha o dinheiro do Marcos Valério? E como o Cerra e o FHC dominavam o fato da Privataria?



Como se sabe, o Supremo se prepara para devolver a legitimidade às Operações Satiagraha – o Supremo não há de soltar um impoluto banqueiro pela terceira vez – e Castelo de Areia.

Em seguida, o Supremo vai julgar o mensalão tucano de Minas, onde o impoluto banqueiro reaparece, como  anunciaram os ministros Lewandowski e Barbosa.

Atrás do Marcos Valério há sempre impolutos banqueiros.

Mas, falta dar curso às denúncias do livro “Priavataria Tucana”, que descreve com documentos oficiais o funcionamento do clã Cerra.

O Edu enviou centenas de exemplares do livro ao brindeiro Gurgel.

E, até agora, ele … nada.

Nem um “muito obrigado”.

O brindeiro Gurgel deveria dar mais atenção ao Edu, logo ele, acusado de prevaricação.
E tem o incomparável Ministro da Justiça.

Desde Nabuco de Araujo, o Estadista do Império, naquela cadeira não se sentava Ministro da Justiça tão brilhante e operoso.

O amigo navegante deve observar que, em dois anos de Ministério, ele ocupou  espaco ilimitado na cena Política e nas Letras Jurídicas.

É um talento.

Merece figurar numa das Cartas de Inglaterra, do Eça !

Quantas vezes os impasses com que a Pátria se defrontou foram resolvidos com o brilho da Inteligência e a fulminante Operosidade do insígne Ministro ?

A Pátria lhe deve muito, desde já!

A ele e a Thomas Jefferson, segundo a judiciosa avaliação daquele Ministro do Supremo que gosta do número 13.

O Ministro da Justiça, como se sabe, merece o carinhoso tratamento de Zé, entre os amigos do Daniel Dantas .
Suspeita-se que ele também seja candidato a uma cadeira vitalícia no Supremo.

Mas, antes disso, o Zé – se ele permite a intimidade – poderia mandar a Polícia Federal investigar as denúncias contidas no livro do Amaury.

Quer dizer que o “maior assalto aos cofres públicos” – depois do perpetrado pelo Genoino,  é claro – vai passar assim, em branco?

Que o Ministério de Justiça vai fazer como o PiG (*), que não leu o Privataria ?

Ou o brindeiro Gurgel, que ainda não mandou buscar na portaria os exemplares que o Edu enviou ?

Ou a Polícia do Ministro Zé esta mais preocupada com os Reais na cueca do petista de Parintins ?

Um desses  “escândalos ” que chocam o Ministro (Collor de) Mello, o que não se chocou com o Golpe de 64, a ponto de considerá-lo um mal necessário . 

O Ministro da Justica poderia valer-se, agora,  da calmaria e da sensação de alívio que a condenação do Dirceu provocou na Pátria.

Como se sabe, a condenação do Dirceu significa que a corrupção acabou.

O sonho do PRP, da UDN, e do PSDB-Malafaia se realizou.

O Supremo acabou com “essa raça”.

Nao há mais o que temer.

A Nação respira aliviada e orgulhosa !

O Ministro da Justiça pode, perfeitamente, enviar um exemplar do livro do Amaury ao delegado Zampronha.

Quem sabe o delegado não descobre de onde vinha o dinheiro do Marcos Valério ?

E como o FHC e o Padim Pade Cerra dominavam o fato na Privataria.

Ou a candidatura ao Supremo inibe a sede de Justiça do nosso Nabuco de Araujo ?

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O QUE MAIS AS TOGAS PODEM FAZER POR SERRA?


*O horror:  Serra critica Haddad por defender concurso público e supervisão pública na estrutura de saúde municipal, incluindo unidades terceirizadas** Dirceu faz um alerta aos democratas do país.(Leia nesta pág.)

  O tucano José Serra esgotou seu repertório antes de terminar a campanha.  Seu maior problema nestes poucos dias que restam da disputa em SP  é responder à pergunta: o que mais dizer ao eleitor  que não o ouviu até agora?  A percepção mais grave  é de que sua narrativa perdeu significado no próprio PSDB.  Pior: a imensa rejeição que atrai tornou-o um estorvo ambulante para o futuro do partido. FHC e Sergio Guerra vazam desapontamento com a condução das coisas em SP. Serra depende exclusivamente do que mais os integrantes do STF possam fazer por ele. Poderão ir além do inexcedível espetáculo político-eleitoral  propiciado na sessão desta 2ª feira? (leia o relato de Najla Passos e Vinicius Mansur, nesta pág).O tucano está distribuindo milhões de adesivos com o slogan ' Diga não ao mensalão', em parceria com o desfecho desfrutável do julgamento esta semana. Por sua própria escolha e pela solidão no PSDB, seu futuro político está entregue às togas, mais do que o dos petistas que  demoniza. Não é inusitado na história que o algoz tenha o destino concebido às suas vítimas. (LEIA MAIS AQUI)



 

Despojos da Batalha do Mensalão

Pensaram que era uma guerra, mas, ao buscarem despojos entre os escombros, descobriram que a luta sangrenta, que de fato venceram, não passou de uma batalha. Guerras, como se sabe, dão tudo aos exércitos vencedores. Batalhas não. Só servem para tomar posições ao inimigo, mas não premiam com o objetivo final da guerra.
Sim, venceram uma grande batalha. Invadiram a fortaleza inimiga, fincaram bandeira e aprisionaram generais – literalmente. Agora, arrastam-nos pelas ruas do espectro eletromagnético. Maltrapilhos, feridos, acorrentados, José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares e João Paulo Cunha são exibidos como troféus pelas hordas midiáticas.
Mervais, Noblats, Azevedos, Cantanhêdes, Malafaias, Serras e que tais conduzem, meditabundos, o cortejo de flagelação que exibe para a cidadela capturada os líderes subjugados. Mas, de dentro da gaiola em que os prisioneiros são mantidos, um gesto: Dirceu, mais uma vez, levanta e exibe os grilhões. E sua voz, desafiadora, ainda se faz ouvir.
Sim, eles ainda controlam super soldados do STF capazes de produzir estrondos com o menear de um dedo. Todavia, agora se dão conta de que o inimigo ainda controla os macro movimentos do oceano eleitoral, que, em breve, derramará um vagalhão democrático que a tudo engolfará.
Os despojos dessa Batalha sanguinolenta, pois, não passaram de Dirceu e Genoino, em última análise. Só que eles já haviam sido capturados antes. E em condições muito mais adversas.
Aquela guerra que foi tirar o Brasil da ditadura que os mesmos de hoje implantaram ontem, no entanto, eles perderam. O regime ditatorial que dizem ter sido “mal necessário” – como se algum mal pudesse sê-lo –, caiu.  E aqueles verdugos operosos, altivos e arrogantes são hoje apenas uma sombra do que foram outrora.
Hoje, não passam de velhotes – ou velhacos – tímidos, frágeis, que já vão sendo encurralados pela (Comissão da) Verdade, pelo eco de seus crimes.
Após uma década, sonharam que era chegada a hora de dividirem, aos tabefes, os despojos almejados. Não aconteceu. Venceram, sim, a Batalha do Mensalão e, covardes, tripudiam sobre os capturados. Mas estes permanecem de cabeças e grilhões erguidos para lembrá-los de que vencer uma batalha não é vencer a guerra, que continua.
*
Abaixo, a nota de José Dirceu sobre a própria condenação
“NUNCA FIZ PARTE NEM CHEFIEI QUADRILHA
Mais uma vez, a decisão da maioria dos ministros do Supremo Tribunal Federal em me condenar, agora por formação de quadrilha, mostra total desconsideração às provas contidas nos autos e que atestam minha inocência. Nunca fiz parte nem chefiei quadrilha.
Assim como ocorreu há duas semanas, repete-se a condenação com base em indícios, uma vez que apenas o corréu Roberto Jefferson sustenta a acusação contra mim em juízo. Todas as suspeitas lançadas à época da CPI dos Correios foram rebatidas de maneira robusta pela defesa, que fez registrar no processo centenas de depoimentos que desmentem as ilações de Jefferson.
Como mostra minha defesa, as reuniões na Casa Civil com representantes de bancos e empresários são compatíveis com a função de ministro e em momento algum, como atestam os testemunhos, foram o fórum para discutir empréstimos. Todos os depoimentos confirmam a legalidade dos encontros e também são uníssonos em comprovar que, até fevereiro de 2004, eu acumulava a função de ministro da articulação política. Portanto, por dever do ofício, me reunia com as lideranças parlamentares e partidárias para discutir exclusivamente temas de importância do governo tanto na Câmara quanto no Senado, além da relação com os estados e municípios.
Sem provas, o que o Ministério Público fez e a maioria do Supremo acatou foi recorrer às atribuições do cargo para me acusar e me condenar como mentor do esquema financeiro. Fui condenado por ser ministro.
Fica provado ainda que nunca tive qualquer relação com o senhor Marcos Valério. As quebras de meus sigilos fiscal, bancário e telefônico apontam que não há qualquer relação com o publicitário. 
Teorias e decisões que se curvam à sede por condenações, sem garantir a presunção da inocência ou a análise mais rigorosa das provas produzidas pela defesa, violam o Estado Democrático de Direito.
O que está em jogo são as liberdades e garantias individuais. Temo que as premissas usadas neste julgamento, criando uma nova jurisprudência na Suprema Corte brasileira, sirvam de norte para a condenação de outros réus inocentes país afora. A minha geração, que lutou pela democracia e foi vítima dos tribunais de exceção, especialmente após o Ato Institucional número 5, sabe o valor da luta travada para se erguer os pilares da nossa atual democracia. Condenar sem provas não cabe em uma democracia soberana.
Vou continuar minha luta para provar minha inocência, mas sobretudo para assegurar que garantias tão valiosas ao Estado Democrático de Direito não se percam em nosso país. Os autos falam por si mesmo. Qualquer consulta às suas milhares de páginas, hoje ou amanhã, irá comprovar a inocência que me foi negada neste julgamento.
José Dirceu
22 de outubro de 2012″