Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
Chico Anysio diz (a sério) em rádio que Dilma não pode entrar em 11 países por Luiz Carlos Azenha
Por Luiz Carlos Azenha
Há algumas semanas recebi do leitor Fábio uma denúncia: uma nova mensagem estava sendo disseminada por correio eletrônico “informando” que a candidata Dilma Rousseff estava impedida de entrar nos Estados Unidos, por ter condenação naquele país. A condenação estaria relacionada ao sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, durante o regime militar, do qual Dilma não participou.
Reproduzi o texto da mensagem, aqui.
Agora o leitor Helcid me mandou o link de uma entrevista com o humorista Chico Anysio que foi ao ar no programa Cultura Geral, de Carolina Braga, na rádio Guarani FM, de Belo Horizonte, no dia 12 de junho último.
O programa está reproduzido aqui.
Para quem quiser ouvir aqui mesmo, reproduzo a segunda parte da entrevista dele no arquivo que você abre abaixo:
No bloco 4 do programa, aos 6′30″, Chico diz:
“Eu fico meio grilado porque a candidata Dilma, assim como o candidato Gabeira, estão proibidos de entrar nos Estados Unidos e em mais 11 países. Se botar o pé em Miami vai presa e não sei como que um presidente do Brasil pode conviver com essa proibição de entrar em 11 países, América e mais 11 países importantes tipo Alemanha, Inglaterra, França, Itália. Não sei como é que isso será resolvido”.
A radialista diz: “Mas isso são águas passadas”.
“Não… não, americano não perdoa não, ela participou do sequestro do embaixador americano, americano não perdoa, não”, completou o humorista.
Aparentemente, ele falava a sério.
Será que ele foi destinatário do e-mail que recebi?
O curioso é que no e-mail não consta lista de países em que Dilma Rousseff estaria proibida de desembarcar, mas Chico Anysio ofereceu sua própria lista (Alemanha, Inglaterra, França, Itália).
Curiosamente, três dias depois que a entrevista foi ao ar a candidata do PT desembarcou… em Paris.
Há algumas semanas recebi do leitor Fábio uma denúncia: uma nova mensagem estava sendo disseminada por correio eletrônico “informando” que a candidata Dilma Rousseff estava impedida de entrar nos Estados Unidos, por ter condenação naquele país. A condenação estaria relacionada ao sequestro do embaixador dos Estados Unidos no Brasil, Charles Burke Elbrick, durante o regime militar, do qual Dilma não participou.
Reproduzi o texto da mensagem, aqui.
Agora o leitor Helcid me mandou o link de uma entrevista com o humorista Chico Anysio que foi ao ar no programa Cultura Geral, de Carolina Braga, na rádio Guarani FM, de Belo Horizonte, no dia 12 de junho último.
O programa está reproduzido aqui.
Para quem quiser ouvir aqui mesmo, reproduzo a segunda parte da entrevista dele no arquivo que você abre abaixo:
No bloco 4 do programa, aos 6′30″, Chico diz:
“Eu fico meio grilado porque a candidata Dilma, assim como o candidato Gabeira, estão proibidos de entrar nos Estados Unidos e em mais 11 países. Se botar o pé em Miami vai presa e não sei como que um presidente do Brasil pode conviver com essa proibição de entrar em 11 países, América e mais 11 países importantes tipo Alemanha, Inglaterra, França, Itália. Não sei como é que isso será resolvido”.
A radialista diz: “Mas isso são águas passadas”.
“Não… não, americano não perdoa não, ela participou do sequestro do embaixador americano, americano não perdoa, não”, completou o humorista.
Aparentemente, ele falava a sério.
Será que ele foi destinatário do e-mail que recebi?
O curioso é que no e-mail não consta lista de países em que Dilma Rousseff estaria proibida de desembarcar, mas Chico Anysio ofereceu sua própria lista (Alemanha, Inglaterra, França, Itália).
Curiosamente, três dias depois que a entrevista foi ao ar a candidata do PT desembarcou… em Paris.
SERRA CRITICA FALTA SINTONIA NA AREA ECONOMICA DO GOVERNO. SERRA ENTENDE DE FALTA DE SINTONIA
Do Carta Maior.
É totalmente esquisito um candidato à Presidência da República ter uma aliança com um partido e ser rompido com o presidente desse partido. Em se tratando de Serra, isso é possível porque isso é Serra. "Nada que vem de Serra é esquisito, além dele mesmo", costumava brincar o ex-presidente FH.Mesmo rompido, Serra, nesta campanha, já falou duas vezes por telefone com Rodrigo Maia. Mas para brigar. A mais recente aconteceu na quarta-feira da semana passada, quando o candidato exigiu que Rodrigo Maia desmentisse uma declaração publicada na coluna "Painel", da "Folha de S. Paulo", na qual o presidente do DEM afirma que o maltratado Gabeira prometeu dar "banana" para o Serra e não para ele. A íntegra do diálogo, com impublicáveis trocas de gentilezas, foi passada ao GLOBO por puro acaso e por uma pessoa mais distante da campanha do que Fernando Henrique Cardoso.[...] Serra: - Sua declaração foi infeliz. Aliás, não é nem declaração, é provocação. Você tem que desmentir o "Painel" da "Folha". Rodrigo: - Eu não. Eu falei apenas uma verdade. Você prometeu coisas para o Gabeira e não cumpriu. Serra: - Então, no mínimo, o que você tem que fazer é ligar para o Gabeira.Rodrigo: - Mas isso é o que não farei de jeito nenhum. Serra: - Então fique com Lula'.
(Carta Maior, com informações Jorge Moreno, Globo; 10-08)
É totalmente esquisito um candidato à Presidência da República ter uma aliança com um partido e ser rompido com o presidente desse partido. Em se tratando de Serra, isso é possível porque isso é Serra. "Nada que vem de Serra é esquisito, além dele mesmo", costumava brincar o ex-presidente FH.Mesmo rompido, Serra, nesta campanha, já falou duas vezes por telefone com Rodrigo Maia. Mas para brigar. A mais recente aconteceu na quarta-feira da semana passada, quando o candidato exigiu que Rodrigo Maia desmentisse uma declaração publicada na coluna "Painel", da "Folha de S. Paulo", na qual o presidente do DEM afirma que o maltratado Gabeira prometeu dar "banana" para o Serra e não para ele. A íntegra do diálogo, com impublicáveis trocas de gentilezas, foi passada ao GLOBO por puro acaso e por uma pessoa mais distante da campanha do que Fernando Henrique Cardoso.[...] Serra: - Sua declaração foi infeliz. Aliás, não é nem declaração, é provocação. Você tem que desmentir o "Painel" da "Folha". Rodrigo: - Eu não. Eu falei apenas uma verdade. Você prometeu coisas para o Gabeira e não cumpriu. Serra: - Então, no mínimo, o que você tem que fazer é ligar para o Gabeira.Rodrigo: - Mas isso é o que não farei de jeito nenhum. Serra: - Então fique com Lula'.
(Carta Maior, com informações Jorge Moreno, Globo; 10-08)
Dilma engole casal vinte do jn
Blog Conversa Afiada
Publicado em 09/08/2010 Compartilhe
Na bancada do jn faltou a Regina Duarte
William Bonner estreou as pseudo-sabatinas do jornal nacional com Dilma Roussef.
A primeira pergunta dá o tom do preconceito elitista do PiG(*).
Tentar desqualificar Dilma do ponto de vista intelectual e político faz parte da ideologia pigo-tucana supor que os trabalhistas são despreparados e o Serra e o FHC uma combinação de Albert Einstein com Winston Churchill.
O Bonner tentou também vestir Dilma a marca do “temperamento difícil”.
Trata-se de uma observação que se baseia em elementos factuais indiscutíveis:
O que é difícil e onde ela demonstrou que tem um temperamento difícil?
O que diria William Bonner do temperamento dócil, suave, simpático, leal do candidato da PiGlobo, José Serra.
Aliás, prevalece a dúvida, quem terá sido o Espírito Santo de orelha das perguntas do casal vinte: José Serra ou Ali Kamel?
Observe-se a generosidade conjugal de Fátima Bernardes que salvou o marido quando Dilma lhe disse: você deveria me perguntar onde o que o PT acertou.
Bonner perdeu o prumo.
Quem mandou não ter bagagem para entrevistar a futura presidente do Brasil?
Aí, Fátima entregou a bandeja à Dilma e perguntou sobre saneamento básico e Dilma falou do pavão-pavãozinho alemão-Rocinha e calou a boca desses pálidos representantes de um PiG moribundo.
Quem mandou não chamar a Regina Duarte para a bancada ?
Quem mandou não chamar a Miriam Leitão ?
Quem mandou não chamar o Jabour ?
Para enfrentar a Dilma a Globo tem analistas isentos e equilibrados de outro calibre.
Este ordinário blogueiro aguarda ansioso as perguntas do casal vinte ao José Serra.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Publicado em 09/08/2010 Compartilhe
Na bancada do jn faltou a Regina Duarte
William Bonner estreou as pseudo-sabatinas do jornal nacional com Dilma Roussef.
A primeira pergunta dá o tom do preconceito elitista do PiG(*).
Tentar desqualificar Dilma do ponto de vista intelectual e político faz parte da ideologia pigo-tucana supor que os trabalhistas são despreparados e o Serra e o FHC uma combinação de Albert Einstein com Winston Churchill.
O Bonner tentou também vestir Dilma a marca do “temperamento difícil”.
Trata-se de uma observação que se baseia em elementos factuais indiscutíveis:
O que é difícil e onde ela demonstrou que tem um temperamento difícil?
O que diria William Bonner do temperamento dócil, suave, simpático, leal do candidato da PiGlobo, José Serra.
Aliás, prevalece a dúvida, quem terá sido o Espírito Santo de orelha das perguntas do casal vinte: José Serra ou Ali Kamel?
Observe-se a generosidade conjugal de Fátima Bernardes que salvou o marido quando Dilma lhe disse: você deveria me perguntar onde o que o PT acertou.
Bonner perdeu o prumo.
Quem mandou não ter bagagem para entrevistar a futura presidente do Brasil?
Aí, Fátima entregou a bandeja à Dilma e perguntou sobre saneamento básico e Dilma falou do pavão-pavãozinho alemão-Rocinha e calou a boca desses pálidos representantes de um PiG moribundo.
Quem mandou não chamar a Regina Duarte para a bancada ?
Quem mandou não chamar a Miriam Leitão ?
Quem mandou não chamar o Jabour ?
Para enfrentar a Dilma a Globo tem analistas isentos e equilibrados de outro calibre.
Este ordinário blogueiro aguarda ansioso as perguntas do casal vinte ao José Serra.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
Nivaldo Santana: o PSDB e o "custo São Paulo" das privatizações - Portal Vermelho
Nivaldo Santana: o PSDB e o "custo São Paulo" das privatizações
Uma questão central no debate político da atualidade é o desenvolvimento. O país precisa crescer para gerar empregos e renda, melhorar a vida das pessoas e enfrentar os estruturais déficits sociais e regionais.
Por Nivaldo Santana*
Aqui no estado de São Paulo, a oposição aos tucanos precisa demonstrar, com dados irrefetutáveis, que a política de privatizações, além de alienar patrimônio público na bacia das almas, se transformou em um sério obstáculo para o desenvolvimento paulista.
O custo São Paulo pesa no bolso do cidadão comum, inibe os investimentos e torna menos competitivos diversos segmentos da economia. Em 2009, por exemplo, quem passou pelas rodovias pedagiadas do estado bancou R$ 4,5 bilhões de tarifas — valor superior ao orçamento de alguns estados brasileiros. É uma verdadeira caixa-preta os critérios adotados para se chegar a esses valores abusivos.
Um outro exemplo alarmante, conforme publicado na revista CartaCapital de 23 de setembro de 2009 (nº 564), mostra que a revisão dos contratos dos serviços de gás canalizado privatizado provocou um rombo nas contas dos consumidores particulares (famílias e empresas).
Na reportagem citada, empresários que são grandes consumidores de gás afirmam que uma maracutaia no critério de revisão quinquenal provocou um aumento abusivo das tarifas, gerando, em consequência, uma elevação exagerada da rentabilidade da empresa.
A chiadeira tem suas razões. O custo do gás na produção de vidro, por exemplo, corresponde a 25% do custo total. A complicada fórmula matemática para definir os reajustes, segundo critérios adotados no mundo todo, deveria levar em consideração a base de ativo, a taxa de retorno (custo médio ponderado do capital), os investimentos e os custos de operação.
Para elevar artificialmente as tarifas, a Comgás privatizada, hoje nas mãos da British Gas, infla o valor dos investimentos, subestima o consumo e em vez de usar a base de ativos (que no caso da Comgás seria de R$ 750 milhões), opta pelo chamado valor econômico mínimo (VEM) – (valor de R$ 1,4 bilhões).
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) alega que a adoção do valor econômico mínimo (VEM) como base da remuneração líquida da Comgas é uma condição contratual estabelecidade em 1999, data da outorga dos serviços.
Não é o que pensam entidades empresariais, que estão inclusive questionando esses critérios de revisão tarifária. Embora esses números sejam de difícil compreensão para quem não é do ramo, dirigentes da Fiesp e da Associação Brasileira da Indústria de Vidros (Abividros), grandes consumidores de gás, informam à CartaCapital que essa nova modalidade de cálculo encarece o gás em cerca de 50%. Essa brincadeira toda irriga os cofres da Comgás com um aditivo de R$ 200 milhões por ano.
Como o preço é o dobro do praticado internacionalmente, algumas empresas preferem operar fora do país. A Votorantim instalou uma nova fábrica de alumínios em Trinidad e Tobago e a Alcoa se bandeou de mala e cuia para o Paraguai.
Esse é um tema que os candidatos ao governo de São Paulo poderiam explorar, até por que Geraldo Alckmin, candidato a perpetuar o reinado tucano no estado, foi um dos coordenadores do programa de privatização paulista.
* Nivaldo Santana foi deputado estadual (PCdoB-SP) de 1995 a 2007 e é presidente em exercício da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Uma questão central no debate político da atualidade é o desenvolvimento. O país precisa crescer para gerar empregos e renda, melhorar a vida das pessoas e enfrentar os estruturais déficits sociais e regionais.
Por Nivaldo Santana*
Aqui no estado de São Paulo, a oposição aos tucanos precisa demonstrar, com dados irrefetutáveis, que a política de privatizações, além de alienar patrimônio público na bacia das almas, se transformou em um sério obstáculo para o desenvolvimento paulista.
O custo São Paulo pesa no bolso do cidadão comum, inibe os investimentos e torna menos competitivos diversos segmentos da economia. Em 2009, por exemplo, quem passou pelas rodovias pedagiadas do estado bancou R$ 4,5 bilhões de tarifas — valor superior ao orçamento de alguns estados brasileiros. É uma verdadeira caixa-preta os critérios adotados para se chegar a esses valores abusivos.
Um outro exemplo alarmante, conforme publicado na revista CartaCapital de 23 de setembro de 2009 (nº 564), mostra que a revisão dos contratos dos serviços de gás canalizado privatizado provocou um rombo nas contas dos consumidores particulares (famílias e empresas).
Na reportagem citada, empresários que são grandes consumidores de gás afirmam que uma maracutaia no critério de revisão quinquenal provocou um aumento abusivo das tarifas, gerando, em consequência, uma elevação exagerada da rentabilidade da empresa.
A chiadeira tem suas razões. O custo do gás na produção de vidro, por exemplo, corresponde a 25% do custo total. A complicada fórmula matemática para definir os reajustes, segundo critérios adotados no mundo todo, deveria levar em consideração a base de ativo, a taxa de retorno (custo médio ponderado do capital), os investimentos e os custos de operação.
Para elevar artificialmente as tarifas, a Comgás privatizada, hoje nas mãos da British Gas, infla o valor dos investimentos, subestima o consumo e em vez de usar a base de ativos (que no caso da Comgás seria de R$ 750 milhões), opta pelo chamado valor econômico mínimo (VEM) – (valor de R$ 1,4 bilhões).
A Agência Reguladora de Saneamento e Energia do Estado de São Paulo (Arsesp) alega que a adoção do valor econômico mínimo (VEM) como base da remuneração líquida da Comgas é uma condição contratual estabelecidade em 1999, data da outorga dos serviços.
Não é o que pensam entidades empresariais, que estão inclusive questionando esses critérios de revisão tarifária. Embora esses números sejam de difícil compreensão para quem não é do ramo, dirigentes da Fiesp e da Associação Brasileira da Indústria de Vidros (Abividros), grandes consumidores de gás, informam à CartaCapital que essa nova modalidade de cálculo encarece o gás em cerca de 50%. Essa brincadeira toda irriga os cofres da Comgás com um aditivo de R$ 200 milhões por ano.
Como o preço é o dobro do praticado internacionalmente, algumas empresas preferem operar fora do país. A Votorantim instalou uma nova fábrica de alumínios em Trinidad e Tobago e a Alcoa se bandeou de mala e cuia para o Paraguai.
Esse é um tema que os candidatos ao governo de São Paulo poderiam explorar, até por que Geraldo Alckmin, candidato a perpetuar o reinado tucano no estado, foi um dos coordenadores do programa de privatização paulista.
* Nivaldo Santana foi deputado estadual (PCdoB-SP) de 1995 a 2007 e é presidente em exercício da CTB (Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil)
Entidade de apoio a excepcionais repudia declaração de Serra em debate - Portal Vermelho
Entidade de apoio a excepcionais repudia declaração de Serra em debate
Saiu pela cultara a "denúncia" que o tucano José Serra fez durante o debate da Tv Bandeirantes sobre o suposto abandono das Apae's (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) pelo governo federal. A Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down publicou uma nota nesta segunda-feira (9) repudiando as declarações feitas pelo candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, criticando a política do governo federal para as pessoas com deficiências no debate da Band, no dia 5 de agosto.
Ao questionar a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no primeiro bloco do debate, Serra afirmou que o governo federal teria perseguido as associações civis que atendem pessoas portadoras de deficiência e que teria tentado impedir que as Apae's funcionassem como escolas.
"Manifestamos a nossa indignação e repudiamos as declarações do senhor José Serra, no debate realizado no dia 5 de agosto de 2010, por contrariar todos os avanços duramente conquistados por entidades, pessoas com deficiência e familiares, ao questionar e instigar contra o direito à educação inclusiva garantido por Lei", diz a nota da federação.
A entidade declara ainda que o governo "vem agindo em conformidade com as legislações e disponibilizando recursos para a equiparação de direitos e igualdade de condições" para educação especial.
O comando da campanha de Serra esperava que a "denúncia" sobre as Apae's fosse gerar uma repercussão negativa para o governo Lula nos noticiários dos dias seguintes ao debate. Mas a estratégia parece não ter tido efeito contrário e o noticiário predominante sobre o assunto até o momento é desfavorável ao próprio "acusador" José Serra, já que ficou demonstrado que o candidato tucano fez uma denúncia sem base nos fatos e distorcida.
Pai de menina especial repudia Serra
Em mensagem enviada ao blog do jornalista Luis Nassif, um leitor de nome Carlos França, que se identificou como pai de uma menina portadora da Síndrome de Down, também repudiou as declarações de Serra:
Sendo pai de uma menina especial, portadora da Síndrome de Down, senti asco e nojo do candidato Serra no debate. Esse candidato tentou explorar dúvidas de pais e amigos (quase toda a população) de pessoas especiais de como seria a melhor forma de educar esses cidadãos. A política de inclusão, do governo Lula, das pessoas especiais nas escolas públicas é correta: todos os brasileiros tem o direito à educação fornecida pelo estado. Às APAES não cabe a educação formal mas complementar.
Esse candidato, que espero que suma da vida pública, apenas lançou dúvidas, divulgou preconceitos e maledicências contra a inclusão de pessoas especiais na sociedade. Se antes eu apenas o desprezava, agora eu o combaterei. O meu mais veemente repúdio a esse candidato e à utilização eleitoreira, superficial, de um tema que merece um debate sério. (Por Carlos França)
Ministério da Educação prova que tucano mentiu
Na sexta-feira após o debate, o Ministério da Educação divulgou uma nota em seu site esclarecendo os repasses às associações civis e a política do governo para as pessoas portadoras de deficiência. Veja abaixo:
Governo Lula às entidades e instituições destinou R$ 293 milhões em 2010
O repasse de recursos destinados a melhorar as condições das instituições especializadas em alunos com deficiência aumentou nos últimos anos. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou a contar em dobro as matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um na escola regular e outro em instituições de atendimento educacional especializado.
Isso significa que as instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos - como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) - que oferecem atendimento educacional especializado para alunos matriculados nas classes comuns do ensino regular também recebem recursos do Fundeb. O antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) não destinava verba para essas instituições.
Este ano, o valor total repassado por meio do Fundeb ao atendimento educacional especializado em instituições privadas será de R$ 293.241.435,86. Em 2009, foram encaminhados R$ 282.271.920,02. O número de matrículas atuais nessas unidades conveniadas é de 126.895.
Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envia recursos às instituições filantrópicas para merenda, livro e aqueles originários do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nos últimos três anos, foram repassados R$ 53.641.014,94, destinados a essas ações.
Hoje, a rede pública contempla 454.927 matrículas de estudantes com deficiência. Mais alunos da educação especial estão em classes comuns do ensino regular em relação a 2003, quando havia 145.141 matrículas. Dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2009 já apontam 387.031 estudantes incluídos.
O crescimento na quantidade de estudantes com deficiência que estudam em classes regulares é resultado da política do Ministério da Educação a favor da inclusão. Apoio técnico e financeiro do MEC permite ações como a adequação de prédios escolares para a acessibilidade, a formação continuada de professores da educação especial e a implantação de salas de recursos multifuncionais. Estas salas foram implantadas em 24.301 escolas públicas, de 2005 a 2010, em 83% dos municípios e 41% das escolas com matrícula de alunos que são público alvo da educação especial.
Saiu pela cultara a "denúncia" que o tucano José Serra fez durante o debate da Tv Bandeirantes sobre o suposto abandono das Apae's (Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais) pelo governo federal. A Federação Brasileira de Associações de Síndrome de Down publicou uma nota nesta segunda-feira (9) repudiando as declarações feitas pelo candidato do PSDB à Presidência da República, José Serra, criticando a política do governo federal para as pessoas com deficiências no debate da Band, no dia 5 de agosto.
Ao questionar a candidata do PT à Presidência, Dilma Rousseff, no primeiro bloco do debate, Serra afirmou que o governo federal teria perseguido as associações civis que atendem pessoas portadoras de deficiência e que teria tentado impedir que as Apae's funcionassem como escolas.
"Manifestamos a nossa indignação e repudiamos as declarações do senhor José Serra, no debate realizado no dia 5 de agosto de 2010, por contrariar todos os avanços duramente conquistados por entidades, pessoas com deficiência e familiares, ao questionar e instigar contra o direito à educação inclusiva garantido por Lei", diz a nota da federação.
A entidade declara ainda que o governo "vem agindo em conformidade com as legislações e disponibilizando recursos para a equiparação de direitos e igualdade de condições" para educação especial.
O comando da campanha de Serra esperava que a "denúncia" sobre as Apae's fosse gerar uma repercussão negativa para o governo Lula nos noticiários dos dias seguintes ao debate. Mas a estratégia parece não ter tido efeito contrário e o noticiário predominante sobre o assunto até o momento é desfavorável ao próprio "acusador" José Serra, já que ficou demonstrado que o candidato tucano fez uma denúncia sem base nos fatos e distorcida.
Pai de menina especial repudia Serra
Em mensagem enviada ao blog do jornalista Luis Nassif, um leitor de nome Carlos França, que se identificou como pai de uma menina portadora da Síndrome de Down, também repudiou as declarações de Serra:
Sendo pai de uma menina especial, portadora da Síndrome de Down, senti asco e nojo do candidato Serra no debate. Esse candidato tentou explorar dúvidas de pais e amigos (quase toda a população) de pessoas especiais de como seria a melhor forma de educar esses cidadãos. A política de inclusão, do governo Lula, das pessoas especiais nas escolas públicas é correta: todos os brasileiros tem o direito à educação fornecida pelo estado. Às APAES não cabe a educação formal mas complementar.
Esse candidato, que espero que suma da vida pública, apenas lançou dúvidas, divulgou preconceitos e maledicências contra a inclusão de pessoas especiais na sociedade. Se antes eu apenas o desprezava, agora eu o combaterei. O meu mais veemente repúdio a esse candidato e à utilização eleitoreira, superficial, de um tema que merece um debate sério. (Por Carlos França)
Ministério da Educação prova que tucano mentiu
Na sexta-feira após o debate, o Ministério da Educação divulgou uma nota em seu site esclarecendo os repasses às associações civis e a política do governo para as pessoas portadoras de deficiência. Veja abaixo:
Governo Lula às entidades e instituições destinou R$ 293 milhões em 2010
O repasse de recursos destinados a melhorar as condições das instituições especializadas em alunos com deficiência aumentou nos últimos anos. O Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) passou a contar em dobro as matrículas das pessoas com deficiência que estudam em dois turnos, sendo um na escola regular e outro em instituições de atendimento educacional especializado.
Isso significa que as instituições públicas ou privadas sem fins lucrativos - como as Associações de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apaes) - que oferecem atendimento educacional especializado para alunos matriculados nas classes comuns do ensino regular também recebem recursos do Fundeb. O antigo Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental (Fundef) não destinava verba para essas instituições.
Este ano, o valor total repassado por meio do Fundeb ao atendimento educacional especializado em instituições privadas será de R$ 293.241.435,86. Em 2009, foram encaminhados R$ 282.271.920,02. O número de matrículas atuais nessas unidades conveniadas é de 126.895.
Além disso, o Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE) envia recursos às instituições filantrópicas para merenda, livro e aqueles originários do Programa Dinheiro Direto na Escola (PDDE). Nos últimos três anos, foram repassados R$ 53.641.014,94, destinados a essas ações.
Hoje, a rede pública contempla 454.927 matrículas de estudantes com deficiência. Mais alunos da educação especial estão em classes comuns do ensino regular em relação a 2003, quando havia 145.141 matrículas. Dados do Censo Escolar da Educação Básica de 2009 já apontam 387.031 estudantes incluídos.
O crescimento na quantidade de estudantes com deficiência que estudam em classes regulares é resultado da política do Ministério da Educação a favor da inclusão. Apoio técnico e financeiro do MEC permite ações como a adequação de prédios escolares para a acessibilidade, a formação continuada de professores da educação especial e a implantação de salas de recursos multifuncionais. Estas salas foram implantadas em 24.301 escolas públicas, de 2005 a 2010, em 83% dos municípios e 41% das escolas com matrícula de alunos que são público alvo da educação especial.
Blogg do Amoral Nato: SERRA X MAIA
SERRA X MAIA
É totalmente esquisito um candidato à Presidência da República ter uma aliança com um partido e ser rompido com o presidente desse partido.
Em se tratando de Serra, isso é possível porque isso é Serra.
"Nada que vem de Serra é esquisito, além dele mesmo", costumava brincar o ex-presidente FH.
Mesmo rompido, Serra, nesta campanha, já falou duas vezes por telefone com Rodrigo Maia.
Mas para brigar.
A mais recente aconteceu na quarta-feira da semana passada, quando o candidato exigiu que Rodrigo Maia desmentisse uma declaração publicada na coluna "Painel", da "Folha de S. Paulo", na qual o presidente do DEM afirma que o maltratado Gabeira prometeu dar "banana" para o Serra e não para ele.
A íntegra do diálogo, com impublicáveis trocas de gentilezas, foi passada ao GLOBO por puro acaso e por uma pessoa mais distante da campanha do que Fernando Henrique Cardoso.[...]
Serra:
- Sua declaração foi infeliz. Aliás, não é nem declaração, é provocação. Você tem que desmentir o "Painel" da "Folha".
Rodrigo:
- Eu não. Eu falei apenas uma verdade. Você prometeu coisas para o Gabeira e não cumpriu.
Serra:
- Então, no mínimo, o que você tem que fazer é ligar para o Gabeira.
Rodrigo:
- Mas isso é o que não farei de jeito nenhum.
Serra: - Então fique com Lula'.
(Jorge Bastos Moreno; Globo; 09-08)
É totalmente esquisito um candidato à Presidência da República ter uma aliança com um partido e ser rompido com o presidente desse partido.
Em se tratando de Serra, isso é possível porque isso é Serra.
"Nada que vem de Serra é esquisito, além dele mesmo", costumava brincar o ex-presidente FH.
Mesmo rompido, Serra, nesta campanha, já falou duas vezes por telefone com Rodrigo Maia.
Mas para brigar.
A mais recente aconteceu na quarta-feira da semana passada, quando o candidato exigiu que Rodrigo Maia desmentisse uma declaração publicada na coluna "Painel", da "Folha de S. Paulo", na qual o presidente do DEM afirma que o maltratado Gabeira prometeu dar "banana" para o Serra e não para ele.
A íntegra do diálogo, com impublicáveis trocas de gentilezas, foi passada ao GLOBO por puro acaso e por uma pessoa mais distante da campanha do que Fernando Henrique Cardoso.[...]
Serra:
- Sua declaração foi infeliz. Aliás, não é nem declaração, é provocação. Você tem que desmentir o "Painel" da "Folha".
Rodrigo:
- Eu não. Eu falei apenas uma verdade. Você prometeu coisas para o Gabeira e não cumpriu.
Serra:
- Então, no mínimo, o que você tem que fazer é ligar para o Gabeira.
Rodrigo:
- Mas isso é o que não farei de jeito nenhum.
Serra: - Então fique com Lula'.
(Jorge Bastos Moreno; Globo; 09-08)
Blogg do Amoral Nato: "retórica do medo"
09/08/10"retórica do medo"
A GEOPOLÍTICA DO CREPÚSCULO
“A política externa multilateralista do governo Lula, por afirmar interesses nacionais, amplia áreas de atrito com grandes potências. Por isso mesmo é alvo da "retórica do medo", por parte dos que advogam o retorno do alinhamento incondicional com os Estados Unidos, Europa e Japão.
Gilson Caroni Filho
Fala-se que a política externa de um país é a expressão de sua política interna, da dinâmica de forças sociais que expressam um projeto de inserção no cenário mundial. Se for assim, como devem ser vistas as críticas de setores neoliberais que, em sintonia com a retórica de britânicos e estadunidenses, classificam-na como desastrosa, “sem uma avaliação adequada de nossas possibilidades e reais interesses"? A questão é importante, pois revela que, em uma eventual vitória da oposição na eleição de outubro, o Brasil sofrerá um processo de continuidade nessa área. Um lamentável retorno a teses e conceitos de uma geopolítica de vice-reinado.
As declarações de ex-chanceleres do governo FHC denunciam, com toda a clareza possível, a natureza e orientação da subalternidade planejada. Seríamos reduzidos a uma máquina de segurança mercadológica dos produtos exportáveis, relegando a meras cerimônias aspectos substantivos que, nos últimos oito anos, passaram a refletir um país democrático e maduro.
A integração regional soberana daria lugar ao antigo alinhamento com o capitalismo central, recolocando o país no segundo plano do jogo internacional das nações. As diretrizes e os meios de ação desse retrocesso são esboçados no discurso de José Serra e na linha editorial das corporações midiáticas que lhe dão sustentação.
O objetivo é continuar silenciando inspirações e práticas brilhantes que têm origem no pensamento altivo de Araujo Castro e San Thiago Dantas, entre outros. O Itamaraty, como lugar ideal de formulação e execução de políticas soberanas não é compatível com o ideário mercantil dos velhos sedimentos estamentais.
Convém lembrar a história do Brasil, em particular, sua independência. A ruptura dos laços com a metrópole portuguesa, sob o bafejo do capital inglês, não redundou na criação de um Estado nacional de corte burguês. Antes, permitiu que uma oligarquia fundiária e escravocrata articulasse um tipo de dominação senhorial que impôs à emergente sociedade brasileira uma superestrutura política, liquidada apenas no século XX.
A estratégia das nossas elites, desde então, operou no sentido de frustrar a democratização social, realizando a exclusão do povo da cena pública. A construção do Estado Nacional, entre nós, realizou-se sistematicamente com o controle e a manipulação, pelo alto, da intervenção popular. Mesmo as mais notáveis inflexões no processo de constituição e desenvolvimento desse Estado não conseguiram reverter essa tendência. Aliás, todas as vezes em que a ameaça de reversão se fez sentir, como em 1964, as classes dominantes não hesitaram em recorrer à violência.
É por tudo isso que o discurso da direita deve merecer uma atenção especial. Mais do que nunca é preciso motivar a reflexão e a análise de todos. A integridade e a soberania nacional só se fundem em um Estado que expresse os interesses da maioria dos seus cidadãos. Ainda recente e inconclusa, a superação das mais sérias patologias de nossa formação histórica tem sido pedagógica. Aprendemos, em pouco tempo, que a independência de um país só pode se fundamentar na legitimidade do seu regime político e na participação social dos setores organizados.
A política externa multilateralista do governo Lula, por afirmar interesses nacionais, amplia áreas de atrito com grandes potências. Por isso mesmo é alvo da "retórica do medo", por parte dos que advogam o retorno do alinhamento incondicional com os Estados Unidos, Europa e Japão.
Como os caminhos da política externa são indissociáveis dos rumos das opções internas, ficam claras as marcas constitutivas das frações de classe que apóia a candidatura de José Serra: subalternidade nas relações internacionais e retomada, no âmbito interno, de políticas excludentes. Nas frestas de velhos pactos coloniais, o retrocesso sempre se apresenta como crepúsculo e destino.”
FONTE: escrito por Gilson Caroni Filho, professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil. Publicado no site “Carta Maior”.
Postado por RIZOMA BEATRICE
http://grupobeatrice.blogspot.com/2010/08/retorica-do-medo.html
http://democraciapolitica.blogspot.com/2010/08/geopolitica-do-crepusculo.html
A GEOPOLÍTICA DO CREPÚSCULO
“A política externa multilateralista do governo Lula, por afirmar interesses nacionais, amplia áreas de atrito com grandes potências. Por isso mesmo é alvo da "retórica do medo", por parte dos que advogam o retorno do alinhamento incondicional com os Estados Unidos, Europa e Japão.
Gilson Caroni Filho
Fala-se que a política externa de um país é a expressão de sua política interna, da dinâmica de forças sociais que expressam um projeto de inserção no cenário mundial. Se for assim, como devem ser vistas as críticas de setores neoliberais que, em sintonia com a retórica de britânicos e estadunidenses, classificam-na como desastrosa, “sem uma avaliação adequada de nossas possibilidades e reais interesses"? A questão é importante, pois revela que, em uma eventual vitória da oposição na eleição de outubro, o Brasil sofrerá um processo de continuidade nessa área. Um lamentável retorno a teses e conceitos de uma geopolítica de vice-reinado.
As declarações de ex-chanceleres do governo FHC denunciam, com toda a clareza possível, a natureza e orientação da subalternidade planejada. Seríamos reduzidos a uma máquina de segurança mercadológica dos produtos exportáveis, relegando a meras cerimônias aspectos substantivos que, nos últimos oito anos, passaram a refletir um país democrático e maduro.
A integração regional soberana daria lugar ao antigo alinhamento com o capitalismo central, recolocando o país no segundo plano do jogo internacional das nações. As diretrizes e os meios de ação desse retrocesso são esboçados no discurso de José Serra e na linha editorial das corporações midiáticas que lhe dão sustentação.
O objetivo é continuar silenciando inspirações e práticas brilhantes que têm origem no pensamento altivo de Araujo Castro e San Thiago Dantas, entre outros. O Itamaraty, como lugar ideal de formulação e execução de políticas soberanas não é compatível com o ideário mercantil dos velhos sedimentos estamentais.
Convém lembrar a história do Brasil, em particular, sua independência. A ruptura dos laços com a metrópole portuguesa, sob o bafejo do capital inglês, não redundou na criação de um Estado nacional de corte burguês. Antes, permitiu que uma oligarquia fundiária e escravocrata articulasse um tipo de dominação senhorial que impôs à emergente sociedade brasileira uma superestrutura política, liquidada apenas no século XX.
A estratégia das nossas elites, desde então, operou no sentido de frustrar a democratização social, realizando a exclusão do povo da cena pública. A construção do Estado Nacional, entre nós, realizou-se sistematicamente com o controle e a manipulação, pelo alto, da intervenção popular. Mesmo as mais notáveis inflexões no processo de constituição e desenvolvimento desse Estado não conseguiram reverter essa tendência. Aliás, todas as vezes em que a ameaça de reversão se fez sentir, como em 1964, as classes dominantes não hesitaram em recorrer à violência.
É por tudo isso que o discurso da direita deve merecer uma atenção especial. Mais do que nunca é preciso motivar a reflexão e a análise de todos. A integridade e a soberania nacional só se fundem em um Estado que expresse os interesses da maioria dos seus cidadãos. Ainda recente e inconclusa, a superação das mais sérias patologias de nossa formação histórica tem sido pedagógica. Aprendemos, em pouco tempo, que a independência de um país só pode se fundamentar na legitimidade do seu regime político e na participação social dos setores organizados.
A política externa multilateralista do governo Lula, por afirmar interesses nacionais, amplia áreas de atrito com grandes potências. Por isso mesmo é alvo da "retórica do medo", por parte dos que advogam o retorno do alinhamento incondicional com os Estados Unidos, Europa e Japão.
Como os caminhos da política externa são indissociáveis dos rumos das opções internas, ficam claras as marcas constitutivas das frações de classe que apóia a candidatura de José Serra: subalternidade nas relações internacionais e retomada, no âmbito interno, de políticas excludentes. Nas frestas de velhos pactos coloniais, o retrocesso sempre se apresenta como crepúsculo e destino.”
FONTE: escrito por Gilson Caroni Filho, professor de Sociologia das Faculdades Integradas Hélio Alonso (Facha), no Rio de Janeiro, colunista da Carta Maior e colaborador do Jornal do Brasil. Publicado no site “Carta Maior”.
Postado por RIZOMA BEATRICE
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O escândalo Lula
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Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mario Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.
Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.
Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.
Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.
Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.
Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.
Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.
Postado por Emir Sader às 14:35
Quem olhasse para o Brasil através da imprensa, não conseguiria entender a popularidade do Lula. Foi o que constatou o ex-presidente português Mario Soares, que a essa dicotomia soma a projeção internacional extraordinária do Lula e do Brasil no governo atual e não conseguia entender como a imprensa brasileira não reflete, nem essa imagem internacional, nem o formidável e inédito apoio interno do Lula.
Acontece que Lula não se subordinou ao que as elites tradicionais acreditavam reservar para ele: que fosse eternamente um opositor denuncista, sem capacidade de agregar, de fazer alianças, se construir uma força hegemônica no país. Ficaria ali, isolado, rejeitado, até mesmo como prova da existência de uma oposição – incapaz de deixar de sê-lo.
Quando Lula contornou isso, constituiu um arco de alianças majoritário e triunfou, lhe reservavam o fracasso: ataque especulativo, fuga de capitais, onda de reivindicações, descontrole inflacionário, que levasse a população a suplicar pela volta dos tucanos-pefelistas, enterrando definitivamente a esquerda no Brasil por vinte anos.
Lula contornou esse problema. Aí o medo era de que permanecesse muito tempo, se consolidasse. Reservaram-lhe então o papel de “presidente corrupto”, vitima de campanhas orquestradas pela mídia privada – como em 1964 -, a partir de movimentos como o “Cansei”. Ou o derrubariam por impeachment ou supunham que ele pudesse capitular, não se candidatando de novo, ou que fosse, sangrado pela oposição, ser derrotado nas eleições de 2006. Tinham lhe reservado o destino do presidente solitário no poder, isolado do povo, rejeitado pelos “formadores de opinião”, vitima de mais um desses movimentos que escolhem cores para exibir repudio a governos antidemocráticos e antipopulares.
Lula superou esses obstáculos, conquistou popularidade que nenhum governante tinha conseguido, o povo o apóia. Mas nenhum espaço da mídia expressa esse sentimento popular – o mais difundido no país. O povo não ouve discursos do Lula na televisão, nem no rádio, nem os pode ler nos jornais. Lula não pode falar ao povo, sem a intermediação da mídia privada, que escolhe o que deseja fazer chegar à população. Nunca publica um discurso integral do presidente da republica mais popular que o Brasil já teve. Ao contrário, se opõem frenética e sistematicamente a ele, conquistando e expressando os 3% da população que o rejeita, contra os 82% que o apóiam.
Talvez nada reflita melhor a distância e a contraposição entre os dois países que convivem, um ao lado do outro. Revela como, apesar da moderação do seu governo, sua imagem, sua trajetória, o que ele representa para o povo brasileiro, é algo inassimilável para as elites tradicionais. Essa mesma elite que tinha uma imensa e variada equipe de apologetas de Collor e de FHC, não tolera o fracasso deles e o sucesso nacional e internacional, político e de massas, de um imigrante nordestino, que perdeu um dedo na máquina, como torneiro mecânico, dirigente sindical e um Partido dos Trabalhadores, que não aceitou a capitulação ou a derrota.
Lula é o melhor fenômeno para entender o que é o Brasil hoje, em todas as posições da estrutura social, em todas as dimensões da nossa história. Quase se pode dizer: diga-me o que você acha do Lula e eu te direi quem és.
Postado por Emir Sader às 14:35
Plínio e a ‘Operação 2º Turno’ da mídia tucana- Por Eduardo Guimarães- blog Cidadania
Não se pode acusar a mídia tucana de falta de oportunismo. A boa vontade da Globo ao convidar um candidato que prega limite de mil hectares a propriedades rurais para o debate que fará entre os candidatos a presidente, chega a ser surreal.
Na blogosfera tucana, tem até post reclamando de pesquisas que não incluíram o psolista. Não se surpreendam se ele, ao lado de Marina Silva, virar o novo “darling” estepe do PIG.
E por que? O título do post explica: é óbvio que o PIG pensa que se Plínio crescer nas pesquisas, roubará alguns pontinhos de Dilma.
Será mesmo? Vejam o meu caso e o de tantos outros que se encantaram com a jovialidade oportunista e estratégica de Plínio durante o debate da Band. Não votaria nele nem que tivesse chance de vencer.
Sua visão do que seja governar está completamente desconectada das possibilidades de um país no estágio de desenvolvimento do nosso. Como reduzir o agronegócio a propriedades de mil hectares sem provocar uma guerra civil ou um golpe militar?
É claro, portanto, que a Globo nem se converteu à reforma agrária nem foi tomada de pendores democráticos de querer dar espaço a idéias eternamente proscritas neste país. É que Plínio só servirá para tirar de Dilma aquele voto de ultra-esquerda que não sabe para onde ir, entre Serra, Dilma e Marina.
Trocando em miúdos: a mídia acha que o primeiro turno terminará tão “apertado” que os pontinhos percentuais que Plínio conquistar, somados aos de Marina levarão a eleição para o segundo turno.
No entanto, penso que essa aposta da mídia em Plínio de Arruda Sampaio é furada. Ele não contará muito no universo de milhões de votos que Dilma está conquistando a cada semana. E ainda dirá algumas grandes verdades ao país, entre um devaneio e outro.
Lula no mundo
Enquanto a nossa imprensa ironiza Lula....
No portal Terra, com Efe, "Colômbia diz que Lula foi essencial" e "Colômbia diz que intervenção de Lula foi fundamental".
No editorial "Brasil: liderança e soberania", o mexicano "La Jornada" fechou a semana saudando as ações e declarações recentes de Lula sobre América Latina, inclusive o conflito Colômbia-Venezuela. "O Brasil desempenha hoje um papel lúcido e construtivo na solução de tensões, dentro e fora do continente."
A chinesa Xinhua despachou que "Lula promete trabalhar por países em desenvolvimento após deixar governo". Lula disse durante visita a Caracas, "a cooperação Sul-Sul vai manter o desenvolvimento e assegurar que os povos de nossos países tenham as mesmas oportunidades" dos desenvolvidos.
Dilma
Sob o título "Portos, taxas e a sombra de Lula", o "Financial Times" de Jonathan Wheatley postou que, em suma, "nem Dilma nem Serra terão roubado muitos votos um do outro" com o debate. "Porém, para os indecisos, Dilma provavelmente obteve uma liderança marginal sobre Serra." Lamentou que o evento não tocou em "questões-chave" como a independência do Banco Central e o papel das empresas estatais.
Debate
O iG postou já na sexta que Plínio de Arruda Sampaio "recebeu telefonema da Globo pela manhã, e a emissora confirmou sua participação no debate do dia 1º de outubro".Do coleguinha Nelson de Sá
No portal Terra, com Efe, "Colômbia diz que Lula foi essencial" e "Colômbia diz que intervenção de Lula foi fundamental".
No editorial "Brasil: liderança e soberania", o mexicano "La Jornada" fechou a semana saudando as ações e declarações recentes de Lula sobre América Latina, inclusive o conflito Colômbia-Venezuela. "O Brasil desempenha hoje um papel lúcido e construtivo na solução de tensões, dentro e fora do continente."
A chinesa Xinhua despachou que "Lula promete trabalhar por países em desenvolvimento após deixar governo". Lula disse durante visita a Caracas, "a cooperação Sul-Sul vai manter o desenvolvimento e assegurar que os povos de nossos países tenham as mesmas oportunidades" dos desenvolvidos.
Dilma
Sob o título "Portos, taxas e a sombra de Lula", o "Financial Times" de Jonathan Wheatley postou que, em suma, "nem Dilma nem Serra terão roubado muitos votos um do outro" com o debate. "Porém, para os indecisos, Dilma provavelmente obteve uma liderança marginal sobre Serra." Lamentou que o evento não tocou em "questões-chave" como a independência do Banco Central e o papel das empresas estatais.
Debate
O iG postou já na sexta que Plínio de Arruda Sampaio "recebeu telefonema da Globo pela manhã, e a emissora confirmou sua participação no debate do dia 1º de outubro".Do coleguinha Nelson de Sá
A lincença do Ministro Barbosa. Mais uma do PIG
Por tudo o que o Ministro do Supremo, Joaquim Barbosa representa, especialmente depois de peitar o também Ministro Gilmar Mendes, a imprensa esperava ansiosa para o dia da vingança.
Pelo fato de estar em licença médica, o estadinho caiu matando porque o Ministro compareceu a uma festa de aniversário em um bar da capital nacional.
Coisa que qualquer um faz. A reportagem patética do estadinho não menciona se o Ministro encheu a cara, fez bagunça ou sequer se ele bebeu alguma coisa alcoólica. Mas pelo fato de ter ido contra o que prega código de ética brasileiro da fascinoragem, pelo fato de votar pela coerência (coisa que nossa imprensa odeia) em seus decididos no Supremo, Barbosa será espancado até sua morte pública.
Sua imagem estará no lixo, porque esteve uma vez em um bar e depois em um aniversário.
Apenas frisando, a "reportagem" não menciona se ele vai sempre, se ele bebe até cair ou dá vexame. Mas estando em licença médica porque não pode ficar muito tempo sentado em razão de seus problemas de coluna, o Ministro precisa estar confinado em sua casa, longe da hipocrisia da elite brasileira.
Elite da qual, Barbosa faz parte, claro. Mas ele é negro, ele enfrenta o que a imprensa brasileira apóia.
Qualquer cidadão brasileiro, em licença médica que não o impedisse de ficar duas ou três horas em pé, iria no aniversário de um amigo. Mas barbosa não pode.
Então a imagem de Barbosa precisa levar pancadas.
A prova da má-fé da mídia brasileira, a prova de que isso é feito apenas para desgastar, vem mesmo sem querer (afinal, sabemos todos, jornalistas nem sempre usam o cérebro - quando o tem). A notícia sobre as "farras de Baco" de Barbosa se enquadram no carderno de POLÍTICA do estadinho.
Mas o Ministro é político? Essa é uma notícia política?
A mídia sabe que desgastando o Ministro, um LADO da política brasileira também sairia desgastado. Enquanto isso, o "outro" lado da política (defendido por Gilmar Mendes), sai fortalecido. De qual lado da política está Barbosa e de qual está Mendes?
Quem nomeou barbosa ao Supremo e quem nomeou Mendes?
Pra bom entendedor, meia palavra basta.
Pelo fato de estar em licença médica, o estadinho caiu matando porque o Ministro compareceu a uma festa de aniversário em um bar da capital nacional.
Coisa que qualquer um faz. A reportagem patética do estadinho não menciona se o Ministro encheu a cara, fez bagunça ou sequer se ele bebeu alguma coisa alcoólica. Mas pelo fato de ter ido contra o que prega código de ética brasileiro da fascinoragem, pelo fato de votar pela coerência (coisa que nossa imprensa odeia) em seus decididos no Supremo, Barbosa será espancado até sua morte pública.
Sua imagem estará no lixo, porque esteve uma vez em um bar e depois em um aniversário.
Apenas frisando, a "reportagem" não menciona se ele vai sempre, se ele bebe até cair ou dá vexame. Mas estando em licença médica porque não pode ficar muito tempo sentado em razão de seus problemas de coluna, o Ministro precisa estar confinado em sua casa, longe da hipocrisia da elite brasileira.
Elite da qual, Barbosa faz parte, claro. Mas ele é negro, ele enfrenta o que a imprensa brasileira apóia.
Qualquer cidadão brasileiro, em licença médica que não o impedisse de ficar duas ou três horas em pé, iria no aniversário de um amigo. Mas barbosa não pode.
Então a imagem de Barbosa precisa levar pancadas.
A prova da má-fé da mídia brasileira, a prova de que isso é feito apenas para desgastar, vem mesmo sem querer (afinal, sabemos todos, jornalistas nem sempre usam o cérebro - quando o tem). A notícia sobre as "farras de Baco" de Barbosa se enquadram no carderno de POLÍTICA do estadinho.
Mas o Ministro é político? Essa é uma notícia política?
A mídia sabe que desgastando o Ministro, um LADO da política brasileira também sairia desgastado. Enquanto isso, o "outro" lado da política (defendido por Gilmar Mendes), sai fortalecido. De qual lado da política está Barbosa e de qual está Mendes?
Quem nomeou barbosa ao Supremo e quem nomeou Mendes?
Pra bom entendedor, meia palavra basta.
ELEIÇÕES - É importante divulgar essa exigência do TSE.
Será que os partidos que apoiam a Dilma não estão preocupados com a exigência de dois documentos na hora da votação? O Montenegro deu entrevista dizendo que a Dilma poderá ser atingida com tal exigência.
carlos dória
Do blog Óleo do Diabo.
Exigência de dois documentos para votar é golpe contra os pobres
Que palhaçada, héin!!! Acabei de tomar um susto porque não sabia onde tinha colocado meu título de eleitor. Há vários pleitos que voto somente com minha identidade e estava achando muito bom. O Tribunal Superior Eleitoral está cometendo mais uma grande irresponsabilidade ao impor, quase em cima do pleito, e sem a devida propaganda, a exigência de dois documentos, o título do eleitor e a carteira de identidade, na hora da votação.
Esse tipo de mudança onera o eleitor, sobretudo o mais pobre, que estava muito satisfeito de poder votar somente com sua identidade ou carteira de trabalho.
O presidente do Ibope, Carlos Montenegro, deu entrevista ao Merval Pereira dizendo que isso pode prejudicar muito Dilma Rousseff, por tirar votos dos mais pobres. Merval e Montenegro, naturalmente, nem se preocuparam com o óbvio: a medida não prejudica Dilma, prejudica os pobres. Além do mais, Montenegro, achando-se muito inteligente e cínico, disse outra estupidez inominável, porque os pobres também votam em Serra. Se os tucanos desistiram dos votos dos pobres, então eles já penduraram as chuteiras.
Esta medida é uma sabotagem à democracia.
Nos últimos anos, o TSE tem se comportado de forma absurdamente irresponsável, mudando regras para lá e para cá, como se a democracia brasileira fosse um ioiô.
A lei que obriga a levar dois documentos consta da minirreforma de 2009, ou seja, é recente demais para valer para as eleições deste ano. Deveria valer somente para 2012 ou 2014, para que o Estado tenha tempo de fazer a necessária publicidade. Antes disso, representará um armadilha eleitoral com cheiro de golpe.
Esperemos que os partidos se manifestem. Quero ver os tucanos terem o cinismo de defender uma lei que pode prejudicar o direito de milhões de brasileiros de exercerem o soberano direito do voto.
Não vejo nenhuma racionalidade em exigir dois documentos. Mas se fosse realmente necessária, teria que ser feito uma campanha na televisão com, no mínimo, dois anos de antecedência, com participação da sociedade civil, imprensa, OAB, canais de TV, Ana Maria Braga, Silvio Santos, novela das oito, todo mundo explicando sobre a mudança. E o poder público deveria dar gratuitamente um dos documentos para os mais pobres.
Acesse oleododiabo.blogspot.com
carlos dória
Do blog Óleo do Diabo.
Exigência de dois documentos para votar é golpe contra os pobres
Que palhaçada, héin!!! Acabei de tomar um susto porque não sabia onde tinha colocado meu título de eleitor. Há vários pleitos que voto somente com minha identidade e estava achando muito bom. O Tribunal Superior Eleitoral está cometendo mais uma grande irresponsabilidade ao impor, quase em cima do pleito, e sem a devida propaganda, a exigência de dois documentos, o título do eleitor e a carteira de identidade, na hora da votação.
Esse tipo de mudança onera o eleitor, sobretudo o mais pobre, que estava muito satisfeito de poder votar somente com sua identidade ou carteira de trabalho.
O presidente do Ibope, Carlos Montenegro, deu entrevista ao Merval Pereira dizendo que isso pode prejudicar muito Dilma Rousseff, por tirar votos dos mais pobres. Merval e Montenegro, naturalmente, nem se preocuparam com o óbvio: a medida não prejudica Dilma, prejudica os pobres. Além do mais, Montenegro, achando-se muito inteligente e cínico, disse outra estupidez inominável, porque os pobres também votam em Serra. Se os tucanos desistiram dos votos dos pobres, então eles já penduraram as chuteiras.
Esta medida é uma sabotagem à democracia.
Nos últimos anos, o TSE tem se comportado de forma absurdamente irresponsável, mudando regras para lá e para cá, como se a democracia brasileira fosse um ioiô.
A lei que obriga a levar dois documentos consta da minirreforma de 2009, ou seja, é recente demais para valer para as eleições deste ano. Deveria valer somente para 2012 ou 2014, para que o Estado tenha tempo de fazer a necessária publicidade. Antes disso, representará um armadilha eleitoral com cheiro de golpe.
Esperemos que os partidos se manifestem. Quero ver os tucanos terem o cinismo de defender uma lei que pode prejudicar o direito de milhões de brasileiros de exercerem o soberano direito do voto.
Não vejo nenhuma racionalidade em exigir dois documentos. Mas se fosse realmente necessária, teria que ser feito uma campanha na televisão com, no mínimo, dois anos de antecedência, com participação da sociedade civil, imprensa, OAB, canais de TV, Ana Maria Braga, Silvio Santos, novela das oito, todo mundo explicando sobre a mudança. E o poder público deveria dar gratuitamente um dos documentos para os mais pobres.
Acesse oleododiabo.blogspot.com
Blogg do Amoral Nato: Tapyoca'pa'yntupy'o'ku
Tapyoca'pa'yntupy'o'ku
O novo lance de Daniel Dantas
Enviado por luisnassif
Não se pense que a retomada da dobradinha Veja-Folha, em torno do suposto dossiê dos fundos de pensão, tenha motivação política.
Mas uma vez toma-se a política como álibi para objetivos mais pragmáticos.
A tapioca de transformar um email anônimo em dossiê fez parte do jogo eleitoral. Agora, não. Na semana passada, a Justiça norte-americana autorizou o desbloqueio das contas de Dantas. Ele tentará, agora, os mesmos subterfúgios que empregou nos processos italianos. Planta notícias aqui - especialmente através da dobradinha Veja-Folha. Depois, utiliza as matérias para tentar reforçar sua posição nos processos externos.
Fez isso inúmeras vezes ao longo da grande disputa com os fundos de pensão.
O tal dossiê que a Veja diz que a Previ teria montado em 2002, nada mais é do que o levantamento dos privilégios que o Opportunity teve nos acordos espúrios com fundos de pensão, no final dos anos 90. E que resultaram no maior escândalo corporativo da história econômica recente do país.
Agora, Veja-Folha pretende inverter o jogo, para permitir a ele - juntando as reportagens ao processo - aparecer como vítima.
Não param de dar tiros no resto de credibilidade de que dispõem.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-novo-lance-de-daniel-dantas
O novo lance de Daniel Dantas
Enviado por luisnassif
Não se pense que a retomada da dobradinha Veja-Folha, em torno do suposto dossiê dos fundos de pensão, tenha motivação política.
Mas uma vez toma-se a política como álibi para objetivos mais pragmáticos.
A tapioca de transformar um email anônimo em dossiê fez parte do jogo eleitoral. Agora, não. Na semana passada, a Justiça norte-americana autorizou o desbloqueio das contas de Dantas. Ele tentará, agora, os mesmos subterfúgios que empregou nos processos italianos. Planta notícias aqui - especialmente através da dobradinha Veja-Folha. Depois, utiliza as matérias para tentar reforçar sua posição nos processos externos.
Fez isso inúmeras vezes ao longo da grande disputa com os fundos de pensão.
O tal dossiê que a Veja diz que a Previ teria montado em 2002, nada mais é do que o levantamento dos privilégios que o Opportunity teve nos acordos espúrios com fundos de pensão, no final dos anos 90. E que resultaram no maior escândalo corporativo da história econômica recente do país.
Agora, Veja-Folha pretende inverter o jogo, para permitir a ele - juntando as reportagens ao processo - aparecer como vítima.
Não param de dar tiros no resto de credibilidade de que dispõem.
http://www.advivo.com.br/blog/luisnassif/o-novo-lance-de-daniel-dantas
Os gênios do atraso
Para quem não conhece o programa de governo do Sr José Serra, de continuidade ao FHC que arruinou o país em passado recente.Uma amostra para reflexão.
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