Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 27 de setembro de 2010

Quer dizer que o jenio ia virar nos debates …



    Publicado em 27/09/2010
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Na foto, o que o Serra pensava que era
O jenio é mais preparado.

O jenio se expressa melhor.

O jenio tem biografia.

O jenio fez os genéricos, acabou com AIDS, inventou a penicilina, fez o mutirão da próstata, acabou com a peste negra, é engenheiro, economista, editorialista da Folha, especialista em cálculo de porcentagem, o mais consistente, construiu a torre Eiffel, professor da Unicamp, instalou o bondinho do Pão de Açúcar, autor dos livros do David Ricardo, social-democrata, salvou as APAES, desalagou o Jardim Romano – o jenio é um gênio.

Como em 2002, ele ia para o debate da Record, o decisivo, para destroçar a Dilma.

Ia ser impiedoso, fulminante, contundente, feroz, incontrastável  – um Russel Crowe do “Gladiador” combinado com Winston Churchill.

Aí, começou o debate.

Primeiro, a fotografia.

Como diz o Zé Simão, mais importante que a entrevista é a foto.

E o jenio está um caco.

Exausto.

As olheiras se aproximam das gengivas.

Está mais cansado que professor de escola pública de São Paulo.

Este ordinário blogueiro desconfia que ele começa a ter um problema de audição.

No dia 4, ele deveria dar um pulo num Otorrino.

Ele parece o Nixon daquele debate com o Kennedy.

Deus lhe beijou na testa, e concedeu a oportunidade de abrir o debate com a primeira pergunta.

Pelos cálculos (sempre falhos) deste ordinário blogueiro, àquela altura o IBOPE deveria estar na casa dos 15 pontos.

Pau a pau com o Fantástico.

O Serra ia falar para uma audiência gigantesca.

Um público capaz de levá-lo, com sua precisão de raio laser, ao primeiro lugar no Datafalha.

Era bater o pênalti aos 45 minutos do segundo tempo, com o goleiro adversário manco, prostrado ao chão num canto da trave.

Era só correr para o abraço.

A jenialidade se encontrava com a Fortuna.

Aí, o jenio começa.

“Plinio” – ele, jenial, ia interpelar o não-candidato.

Ia fazer escada nas costas do Plínio e subir a rampa do Planalto de costas, tal a oportunidade que se abria à sua frente.

Deus é paulista !

Aí, veio a pergunta jenial: sobre o Irã.

Lá em Marechal, onde este ordinário blogueiro estudou as primeiras letras, o Irã, careca, de pernas tortas, joga um bolão no time dos “casados”.

O Irã.

Agora a Dilma não valia um fósforo queimado.

O Irã que ameaça a Mooca, com uma bomba atômica muti-fásica, pluri-letal. 

Quem mandou ousar competir com o jenio ?

O Irã !

Como a Dilma não tinha pensado nisso ?

E o Irã, Plínio ?

Aí, o Plínio virou o Russel Crowe.

Deixa de ser hipócrita, Serra.

Quer dizer que o Irã não pode ter bomba atômica, mas os Estados Unidos e Israel podem.

Te manca, Serra.

E o Serra foi reduzido à condição de …

O Serra virou … o Serra.

Isso foi aos 5’ do primeiro tempo.

Daí em diante, as olheiras desabavam, a cada bloco.

O jenio perdeu o caminho de casa.

Não dizia mais coisa com coisa.

Até a Bláblárina Silva ousou desmoralizá-lo.

Quando chove, cai uma tempestade, dizem os americanos.

A tempestade foi uma posição que o jenio adotava e fazia com que a iluminação aplicasse uns traços verticais escuros, abaixo das olheiras.

A fotografia é tudo …

No ponto mais alto da audiência, quando o jenio ia destruir a Dilma, ele confirmou o que o grande amigo Fernando Henrique Cardoso preferiu dizer em inglês: bye-bye Serra forever.

Quem nasceu para José Serra não chega a Carlos Lacerda.

O futuro do Brasil está nas mãos do Ali Kamel.

Paulo Henrique Amorim

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Plínio e a ‘Operação 2º Turno’ da mídia tucana- Por Eduardo Guimarães- blog Cidadania


Não se pode acusar a mídia tucana de falta de oportunismo. A boa vontade da Globo ao convidar um candidato que prega limite de mil hectares a propriedades rurais para o debate que fará entre os candidatos a presidente, chega a ser surreal.

Na blogosfera tucana, tem até post reclamando de pesquisas que não incluíram o psolista. Não se surpreendam se ele, ao lado de Marina Silva, virar o novo “darling” estepe do PIG.

E por que? O título do post explica: é óbvio que o PIG pensa que se Plínio crescer nas pesquisas, roubará alguns pontinhos de Dilma.

Será mesmo? Vejam o meu caso e o de tantos outros que se encantaram com a jovialidade oportunista e estratégica de Plínio durante o debate da Band. Não votaria nele nem que tivesse chance de vencer.

Sua visão do que seja governar está completamente desconectada das possibilidades de um país no estágio de desenvolvimento do nosso. Como reduzir o agronegócio a propriedades de mil hectares sem provocar uma guerra civil ou um golpe militar?

É claro, portanto, que a Globo nem se converteu à reforma agrária nem foi tomada de pendores democráticos de querer dar espaço a idéias eternamente proscritas neste país. É que Plínio só servirá para tirar de Dilma aquele voto de ultra-esquerda que não sabe para onde ir, entre Serra, Dilma e Marina.

Trocando em miúdos: a mídia acha que o primeiro turno terminará tão “apertado” que os pontinhos percentuais que Plínio conquistar, somados aos de Marina levarão a eleição para o segundo turno.

No entanto, penso que essa aposta da mídia em Plínio de Arruda Sampaio é furada. Ele não contará muito no universo de milhões de votos que Dilma está conquistando a cada semana. E ainda dirá algumas grandes verdades ao país, entre um devaneio e outro.