Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 1 de setembro de 2011

Agora, é a vez da Síria


30/8/2011, M. K. Bhadrakumar, Voltaire.nethttp://www.voltairenet.org/It-is-going-to-be-Syria-s-turn

Se a semelhança entre os cenários da devastadora mudança de regime no Iraque e na Líbia significa alguma coisa, o futuro da soberania de Bashar al-Assad na Síria pode estar por um fio. O xis da questão – lembro eu – é que mudar o regime na Síria é providência absolutamente central para todos os objetivos dos EUA no Oriente Médio. As coisas estão de tal modo interligadas, que vários objetivos estratégicos podem ser obtidos numa só cajadada, dentre os quais, e importante, diminuir muito a influência de Rússia e China na região. Não é oportunidade que Washington deixe passar.

A imagens que chegavam de Trípoli ontem eram fantasmas estranhamente semelhantes a outros, já vistos. Buzinas soando, Kalashnikovs disparadas para o ar, jovens e crianças andando sem rumo pelas ruas de casas e prédios em ruínas, fotógrafos e cinegrafistas ocidentais vorazmente recolhendo fragmentos de frases em inglês de pé quebrado, da boca de qualquer personagem local disposto a divulgar os imorredouros ideais da Revolução Francesa de 1789 e da Magna Carta. Outro espaço, outro tempo, as imagens eram as mesmas, mas não se consegue localizá-las exatamente. Poderiam ser fiapo de lembrança, que se esgueira dos porões da mente, ou esquecido ou expulso da consciência? Agora, dia seguinte, já não há dúvida: os canais de televisão reprisaram cenas de Bagdá em 2003.

A narrativa que chegava de Trípoli é extraordinariamente semelhante a que recebemos de Bagdá: um ditador brutal e megalômano, que parecia onipotente, é derrubado pelo povo, e uma onda de euforia varre uma terra exaurida. Com as celebrações, o benefactor-cum-liberator ocidental avança para o centro do palco, assumindo seu posto no ‘lado certo da história’. No século 19, teria dito – no Quênia ou na Índia – que carregava sobre os ombros “a carga que cabe ao homem branco”. Hoje, diz que traz avanços ocidentais a quem clama por eles.

Mas é só questão de tempo, antes que a narrativa esvaia-se, e realidades aterrorizantes se imponham. No Iraque, vimos como uma nação que há apenas 20 anos começava a avançar rumo a padrões de desenvolvimento da OECD foi empurrada de volta à miséria e à anarquia.

Golpe de estado

A oposição democrática líbia é mito fabricado pelos países ocidentais e por governos árabes ‘pró-Ocidente’. Há fissuras profundas dentro da oposição líbia, e facções de todos os tipos, de liberais genuínos a islamistas e ao mais claro lumpenproletariat. E há as divisões entre tribos. As disputas internas entre as várias facções parecem receita para outra rodada de guerra civil, enquanto facções que não têm nem legitimidade nem autoridade disputam o poder.

A dimensão dessas fissuras apareceu muito clara, mês passado, quando o comandante-em-chefe Abdul Fattah Younes foi arrancado do front sob falso pretexto, afastado de seus guarda-costas e brutalmente torturado e morto pelos ‘rebeldes’ militantes de uma facção islamista.

A imprensa ocidental começou a discutir abertamente o papel da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), que arquitetou a intervenção e novamente interveio para desequilibrar o poder bélico contra Muammar Gaddafi. A ‘revolução’ mais parece golpe de estado instigado por Grã-Bretanha e França. Mesmo assim, a aliança ocidental precisou de terríveis longos seis meses para levar seus ‘rapazes’ até Trípoli. Gaddafi ainda os mantém ocupados, depois de sua saída em grande estilo. A espantosa verdade é que cabe a Gaddafi decidir quanto parar de lutar, apesar de ter homens e equipamento para prolongar por bom tempo o atual desafio.

O que Gaddafi decida fazer nas próximas horas terá grande influência sobre o acontecerá depois. Se haverá pesado derramamento de sangue, provavelmente haverá vingança dos vitoriosos sobre os vencidos.

Em termos políticos, a queda iminente de Gaddafi não implica vitória da oposição. Sem o apoio tático da OTAN, a oposição teria sido derrotada. A grande questão, portanto, é que papel terá a OTAN, na Líbia, no futuro. E há também a questão de se, agora, a OTAN dirigirá suas atenções à Síria.

A OTAN cerca (e ocupa) o mundo árabe

Cumprida com sucesso a missão de derrubar o governo Gaddafi na Líbia, seria de esperar que OTAN deixasse o teatro líbio. A Resolução n. 1.973 da ONU foi violentada. Mas que ninguém espere a retirada da OTAN. O leitmotif da intervenção ocidental na Líbia foi o petróleo líbio.

Movimento recente de Gaddafi, de aproximar-se dos BRICs (Brasil, Rússia, Índia e China) e trazê-los para o setor líbio de petróleo, obviamente ameaçou os interesses ocidentais.

A retórica pró-democracia que emana de Londres e Paris sempre soou como toada oca. A intervenção da OTAN na Líbia extrapolou os limites da legislação internacional e da Carta das Nações Unidas. A OTAN está hoje na ridícula posição de ter de extrair a legitimidade necessária para permanecer na Líbia, dos mesmos sinistros elementos que subiram ao palco como forças ‘democráticas’, mas não têm apoio popular – sob o pretexto de que ainda há trabalho a fazer.

Há, sim, ainda, trabalho a fazer. Pode ser, outra vez, do começo ao fim, o Iraque e o Afeganistão. Mais cedo do que se supõe, aparecerá resistência contra a ocupação estrangeira. As tribos líbias têm fama na história e no folclore da resistência. Por outro lado, um grande paradoxo da geopolítica é que quanto mais se aprofunde a anarquia, mas a ocupação encontra pretexto ideal. A história da Líbia não será diferente da de Iraque e Afeganistão.

A intervenção ocidental na Líbia introduz novos padrões na geopolítica do Oriente Médio e África. Levou a OTAN até o leste do Mediterrâneo e para dentro da África. É parte essencial da estratégia dos EUA pós-Guerra Fria, para converter a aliança transatlântica em organização global com capacidade para atuar nos ‘pontos quentes’ globais, com ou sem autorização da ONU. Não há dúvida alguma de que, no ‘novo Oriente Médio’, a OTAN terá papel de pivô.

É o que já se ouve, com ecos de horripilar, na fala do vice-primeiro ministro britânico Nick Clegg, à primeira vista, sobre a Líbia: “Quero deixar bem claro que a Grã-Bretanha não dará as costas aos milhões de cidadãos dos estados árabes que tentam abrir suas sociedades em busca de vida melhor.” Mas... e se estivesse falando da Síria? Com certeza absoluta, Clegg não estava oferecendo serviços de ‘abertura’ aos cidadãos árabes das sociedades de Arábia Saudita, Bahrain ou Iêmen, para dar às tribos que lá vivem condições de vida europeia moderna.

Com a operação líbia aproximando-se do término, todos os olhos voltam-se para a Síria. O Wall Street Journal especula: “O sucesso dos líbios afeta a rebelião potencialmente mais importante na Síria (...) Já há sinais de que a Líbia inspira os rebeldes que tentam depor [Bashar al] Assad.”
[1] Mas acrescenta o detalhe, sem o qual a ideia propagandística não estaria devidamente proposta: “Há diferenças cruciais entre Líbia e Síria, e será difícil replicar em Damasco o modelo da revolução líbia.”

Apostas altas na Síria

Sim, mas a mente ocidental é famosa pela capacidade de inovação. Não há dúvidas de que a Síria está no coração do Oriente Médio e conflitos que irrompam ali quase com certeza engolfarão toda a região – inclusive Israel e, possivelmente, também o Irã e a Turquia.

Por outro lado, os movimentos coordenados do ocidente nas últimas semanas ampliando sanções contra a Síria, são muito semelhantes ao que se viram no prelúdio da intervenção na Líbia. Estão em andamento esforços sustentados para criar uma oposição síria unificada. Semana passada, encontro na Turquia – o terceiro em sequência – finalmente elegeu um ‘conselho’ que ostensivamente representaria a voz do povo sírio. Evidentemente, está em construção, cuidadosamente, um ponto focal, que, em momento conveniente, poderá ser cooptado como do interventor ocidental democrático que representaria a Síria. O apoio da Liga Árabe, para funções de folha de parreira, também está disponível. Os regimes árabes ‘pró-ocidente’ – autocracias – reapareceram à frente da campanha ocidental, como portadores do estandarte da representatividade na Síria.

Pode-se argumentar que a parte mais difícil seria obter mandado da ONU para intervenção ocidental na Síria. Mas a experiência líbia mostra que sempre é possível conseguir um álibi. Para isso, pode-se confiar na Turquia: quando há envolvimento da Turquia, é possível invocar o Estatuto 5 da OTAN.

O xis da questão é que é imperativo derrubar o governo da Síria, para que a estratégia dos EUA no Oriente Médio possa avançar, e Washington não aceitará obstáculos que algum dos BRICS crie, porque o que está em jogo é importante demais. Estão em jogo a expulsão, de Damasco, da liderança do Hamás; o rompimento do eixo sírios-iranianos; o isolamento do Irã, com o correspondente estímulo para derrubar o governo iraniano; enfraquecer e degradar o Hezbollah no Líbano; e reconquistar a dominação estratégica de Israel sobre todo o mundo árabe.

Claro que, na raiz disso tudo, está o controle sobre o petróleo, o qual, como disse George Kennan há 60 anos “é recurso nosso, não deles [dos árabes]”, considerado crucial para manter qualquer esperança de prosperidade sustentada do mundo ocidental. E ria de quem disser que governos ocidentais e seus cidadãos empobrecidos já não teriam apetite para guerras.

Finalmente, tudo isso implica, em termos geopolíticos, a reversão de qualquer influência que russos e chineses tenham obtido no Oriente Médio.

Já está em operação uma sutil propaganda ocidental que pinta Rússia e China como obstáculos à derrubada de governos na região –, porque estariam ‘do lado errado da história’. É esperta virada ideológica na muito bem-sucedida jogada-padrão da Guerra Fria, que jogou o comunismo contra o Islã.

A linguagem corporal nas capitais ocidentais não deixa dúvidas: de modo algum os EUA deixarão escapar a oportunidade que veem hoje, para eles, na Síria.



[1] 23/8/2011, Wall Street Journal, “Lybia and the Arab Spring”, em http://online.wsj.com/article/SB10001424053111903461304576524701611118090.html

A reação de Gabrielli à Veja. Matéria da Veja é asquerosa, fruto de péssimo jornalismo

 luisnassif

Por Marco Antonio L.
Prezado Nassif,
Não vamos deixar esquecer, isso precisa ser lembrado e cutucado até algo acontecer !!!
 
Do Vi O MundoPresidente da Petrobras:
Sérgio Gabrielli: O texto da Veja é mentiroso e cheio de ilações sem base em fatos
por Conceição Lemes
João Sergio Gabrielli de Azevedo é  presidente da Petrobras, desde 2005.

Professor titular licenciado da Universidade Federal da Bahia (UFBA), é formado em Economia pela mesma instituição, onde foi pró-reitor de Pesquisa e Pós-Graduação, diretor da Faculdade de Ciências Econômicas e coordenador do Mestrado em Economia. Tem o título de PhD em Economia pela Universidade de Boston (EUA). Entre 2000 e 2001, foi pesquisador visitante na London School of Economics and Political Science, em Londres.
Gabrielli é um dos vários personagens da “denúncia” da Veja do último final de semana, que tem o ex-ministro José Dirceu como figura central. Como os demais citados teve “direito” a uma das fotos tiradas de algum ponto próximo ao apartamento em que o ex-ministro José Dirceu se hospeda no Hotel Naoum, em Brasília.

No corpo da “matéria”, Veja afirma:

Por e-mail, via assessoria de imprensa, Sérgio Gabrielli respondeu às minhas perguntas.
Viomundo – Há quanto tempo o senhor é filiado ao PT?

Sérgio Gabrielli – Desde a sua fundação.
Viomundo – E amigo de José Dirceu?

Sérgio Gabrielli -- Há cerca de 30 anos, tempo que regula com a idade do Partido dos Trabalhadores.
Viomundo – Na “matéria” é dito que o senhor teria ido ao Hotel Naoum se encontrar com José Dirceu  para tentar se fortalecer para continuar à frente da Petrobras, já que que Palocci queria tirá-lo do comando. Ao mesmo tempo, diz que  José Dirceu é consultor de empresas no setor de petróleo e gás e que ele precisaria estar informado para fazer mais dinheiro. O que o senhor teria a dizer sobre isso?

Sergio Gabrielli – A matéria da Veja chega a ser asquerosa, fruto de péssimo jornalismo. O texto é mentiroso e cheio de ilações sem base em fatos. A partir de fotos de pessoas entrando e saindo de um hotel, a revista faz ilações absurdas sobre o que teria sido discutido e conversado nesses encontros. Trata-se, como disse, de péssimo jornalismo.
Viomundo — O que o levou a se encontrar com José Dirceu no Naoum?

Sérgio Gabrielli — Como disse, somos amigos há 30 anos e não comentarei o que converso com meus amigos.

Senador tucano paga mico e foge do Senado

 

Foi desastrosa a participação do senador Álvaro Dias (PSDB-PR) na audiência pública do Senado Federal, realizada nesta terça-feira, 31, para ouvir o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, sobre o Plano Nacional de Banda Larga.
Disposto a confrontar Bernardo sobre o uso do avião “King Air” de propriedade da Sanches Tripoloni, empreiteira que executa o Contorno Norte de Maringá (PR), Álvaro Dias perguntou se no dia 10 de fevereiro de 2011 o ministro teria usado a aeronave para ir a Feira Agropecuária de Cascavel.
— Não, senador Álvaro, não estive na Feira de Cascavel neste ano, até me convidaram, lamentei muito não ter condições de ir — disse Bernardo, acrescentando que esteve lá no ano anterior. — É isso, 2010, tentou emendar Álvaro Dias, mas Bernardo o interrompeu de novo:
— Em 2010, senador, eu estive lá em um avião da FAB, Força Aérea Brasileira, disse o ministro.
Visivelmente desapontado, o tucano afirmou que considera seu “direito fazer ilações, em seu papel de Oposição. O ministro retrucou: reconhece o papel da Oposição, mas não acha correto que se faça ilações para atacar a honra alheia.
"As pessoas tem de se ater aos fatos, falar a verdade”, disse Bernardo. Ele bateu duro naqueles que plantam notas anônimas nos jornais, valendo-se do chamado "off". Álvaro Dias apressou-se a dizer que não era o autor das notas passadas aos jornalistas, mesmo sem ter sido acusado disso.
O que mais surpreendeu os presentes, contudo, foi o fato de o tucano retirar-se antes de ouvir mais uma resposta do ministro à uma questão que ele havia formulado. Em gesto de má educação, o senador levantou-se e deixou a reunião sem sequer se despedir do ministro.
O “mico” sobre o uso do avião foi o segundo momento de constrangimento do senador. Antes, Bernardo havia mostrado cópia da emenda da bancada paranaense solicitando ao Poder Executivo a realização do Contorno da Rodovia de Maringá. O primeiro signatário da emenda, ou seja, o autor da proposta, é o senador Álvaro Dias.
Antes que a emenda, de 2007, fosse do conhecimento público, o senador tentava atribuir interesse na empreitada apenas a Bernardo para fazer ilações sobre sua honra. Bernardo era ministro do Planejamento quando os recursos orçamentários foram liberados e a rodovia foi incluída no PAC. Acontece que isso só ocorreu porque toda a bancada do Paraná pressionou o governo.
Álvaro Dias saiu desmoralizado da audiência. Bernardo o silenciou com a verdade. E a mídia que serviu de mensageira das falsas notícias? Será que os jornalistas que publicaram inverdades em “off” não deveriam perguntar a si mesmos se as baixas vendas de jornais não estarão relacionadas a essa persistente subserviência aos que usam o anonimato para sabotar os fatos? Afinal, das duas, uma: ou se está a serviço dos velhacos ou ao serviço dos leitores.

Miro Borges: Congresso convoca Otavinho, da Folha


Extraído do blog do Miro Borges:

Do blog Desculpe a Nossa Falha:

Foi aprovado por unanimidade na Comissão de Legislação Participativa a realização de Audiência Pública na Câmara dos Deputados sobre a censura da Folha contra o blog Falha de S.Paulo. Nenhum deputado federal se manifestou contra a iniciativa. O requerimento do deputado federal Paulo Pimenta (PT-RS) prevê convites para representantes da Falha e da Folha falarem.

Da Falha, Pimenta vai convidar os irmãos-criadores do blog (Mário e Lino Ito Bocchini) e, da parte do jornal serão chamados para explicar publicamente no Congresso Nacional a censura Otavio Frias Filho (vulgo Otavinho, dono do jornal), Sérgio Dávila (editor-executivo), Taís Gasparian (advogada-censora da Folha) e Vinícius Mota (secretário de Redação).

“Vamos também convidar a OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), a FENAJ (Federação Nacional dos Jornalistas) e outras entidades para participarem dessa audiência”, discursou Pimenta agora há pouco. “É grave, além da censura o jornal pede dinheiro aos irmãos”, completou.

O deputado Edivaldo Holanda Jr. (PTC-MA), que presidia a sessão, parabenizou o deputado pela iniciativa, e sugeriu: “Vamos convocar a CNJ [Conselho Nacional de Justiça] para participar também, já que esse é um assunto que está nos tribunais”.

O deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) também discursou na aprovação. “Esse processo de censura revela a intolerância da Folha e como eles dizem defender a liberdade de expressão mas, quando chega na hora deles, não resistem ao desejo de censurar. E olha que o humor, a paródia, até tornam a política até mais suportável”.

Nos próximos dias será marcada a data da audiência, que vai acontecer no Congresso Nacional. E, claro, fica a dúvida: quase um ano após cometer um ato inédito de censura no Brasil – que pode abrir uma jurisprudência terrível para toda a internet brasileira –, será que a Folha pela primeira vez terá coragem de colocar uma pessoa para defender sua posição abertamente?

De nossa parte estaremos lá, como sempre mostrando a cara, defendendo a mesma posição que defendemos desde o primeiro dia, e prontos pra debater seja com dono do jornal ou com quem for.

Corte da Selic estimula forte alta da Bovespa; volume já soma R$ 5 bi((BC corta juro e ação de banco sobe.Bye-bye Neolibelês))



Martinho Lutero no iFHC condena indulgências aos neolibelês

Saiu no Valor:

Por Beatriz Cutait

SÃO PAULO – O corte inesperado da taxa Selic de 0,50 ponto percentual ontem, de 12,50% para 12,00% ao ano, atua como driver para a forte valorização da bolsa brasileira nesta quinta-feira. Neste início de setembro, o Ibovespa caminha para sua quinta alta consecutiva e retoma níveis de fechamento não vistos há um mês.

Diante do impulso ao crescimento econômico brasileiro e às melhores condições para os financiamentos, ações de empresas de consumo, construção e bancos lideram os ganhos do mercado acionário nesta jornada.

Papéis de companhias atreladas às commodities também sobem, porém com ganhos menores. Já as ações mais defensivas, como do setor elétrico, estão entre as poucas quedas do Ibovespa.

Por volta das 13h20, o índice subia 3,05%, aos 58.220 pontos, com giro financeiro de R$ 5 bilhões. O expressivo volume está sendo impulsionado pelas tradicionais ações da Vale e da Petrobras, e também por bancos, como Itaú Unibanco e Bradesco.



É hoje que a Urubóloga (e seus descendes na Globo) corta os pulsos.
Os juros caem e as ações do Bradesco e do Unibanco sobem.
Falta um Lutero para rasgar a Teologia da Urubóloga !

Paulo Henrique Amorim

Dilma defende verba para saúde, mas se diz contra CPMF ‘como era’


Dr. Jatene e Dilma: ricos, preparem o bolso !

Saiu no G1:


‘Não sou a favor da CPMF como era porque destinação foi desviada’, disse. Debate sobre imposto da saúde voltou por conta de emenda no Congresso.


A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (1º), em entrevista para emissoras de rádio de Minas Gerais, que o Brasil vai precisar de mais investimentos na área de saúde. A presidente não comentou a possibilidade de criação de um novo imposto para financiar o setor. Na última quarta, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que Dilma ainda não tem posição definida sobre a proposta de criação de um novo imposto, mas apontou isso como uma alternativa.


Nesta semana, a presidente afirmou que, caso o Congresso aprove mais gastos para a saúde, precisa dizer de onde sairá o dinheiro. Segundo ela, isso seria um “presente de grego”.


A discussão sobre a criação de um novo imposto para financiar a saúde foi retomada por conta da Emenda 29, que fixa percentuais que devem ser investidos pela União, estados e municípios. O Congresso deve votar o tema no dia 28 de setembro.


Dilma Rousseff afirmou que “tem procurado reduzir impostos”, que é contra a antiga CPMF por conta da forma com que os recursos eram utilizados, mas disse que é “demagogia” dizer que a saúde pode melhorar sem novos investimentos.


Ao ser perguntada sobre um eventual novo imposto para financiar a saúde, nos moldes da extinta CPMF, o imposto do cheque criado para destinar recursos para a saúde, a presidente respondeu:


“Eu acho errado a CPMF porque destinaram para a saúde? Não. Por que o povo tem bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a saúde, foi um erro. A saúde não vai melhorar se não fizermos investimentos, e tem que dizer de onde sai. Para o Brasil virar país desenvolvido, temos que dizer a verdade para o povo. Eu acho que a saúde precisa de mais dinheiro”, disse.


“Não sou a favor da CPMF como era porque a destinação foi desviada. Mas que o Brasil precisa, entre esse fato e dizer que não precisa, está errado. Vai precisar sim”, completou Dilma.


A presidente afirmou, porém, que tem reduzido impostos em seu governo e citou ações como o Supersimples.


“Eu sou uma pessoa que tem procurado reduzir impostos (…). A redução de impostos faz o Brasil crescer. Agora, o Brasil tem um sistema de saúde que é universal, gratuito e tem que ser de qualidade, que é o que nós queremos. Nenhum país do mundo resolveu essa equação sem investir muito em saúde. Quem falar que resolve sem dinheiro é demagogo, mente para o povo. A nossa saúde, ela gasta dinheiro e você vai necessitar cada vez mais recursos para colocar na saúde.”


(…)


A restrição que a Presidenta faz à CPMF é a mesma de seu idealizador, o Dr. Adib Jatene.
(Entre outras obras, o Dr. Jatene lançou o trabalho pioneiro de combate à Aids, que o Padim Pade Cerra dizia que era seu.)
Ou seja, que o dinheiro da CPMF acabava desviado para outros fins.
A Presidenta também diz que não passa de demagogia dizer que não faz falta dinheiro à Saúde.
A CPMF dos ricos vem aí.
Vem aí um imposto para a Saúde a ser pago pelos ricos que, no Brasil, pagam menos que nos EUA, mesmo depois da furiosa redução de impostos para ricos que o Presidente Bush promoveu e ajudou a quebrar os EUA.
Fernando Brito, no Tijolaço , preparou terreno para obrigar os ricos a botar mais remédio na boca das crianças.

Paulo Henrique Amorim

Dilma cobrará PT em Congresso, mas vive 'lua-de-mel' com petistas



Presidenta vai abrir IV Congresso Nacional do PT com discurso em defesa da unidade do partido e da responsabilidade dele no apoio ao governo em momento de incertezas globais. Depois de um início atribulado nas relações com o governo, líderes petistas na Câmara e no Senado reconhecem evolução e estão prontos para responder positivamente ao chamado de Dilma.

BRASÍLIA – A presidenta Dilma Rousseff vai participar da abertura do IV Congresso Nacional do PT, nesta sexta-feira (02/09), com a intenção de cobrar do partido que tenha responsabilidade na defesa do governo, especialmente neste momento de incertezas econômicas globais. E, depois de um início de mandato tumultuado nas relações com aliados, o apelo deverá ser atendido no documento final do Congresso.

“A presidenta vai falar muito da responsabilidade do partido nesse momento delicado mas de grandes oportunidades e que o PT tem de se assumir a responsabilidade como força hegmônica do governo”, disse à Carta Maior a ministra-chefe das Relações Institucionais, Ideli Salvatti.

Para a ministra, não pode haver mais dúvidas de que Dilma é e se sente petista. Nos primeiros meses de mandato, surgiram algumas desconfianças dentro do PT sobre o tipo de relação que a presidenta vinha estabelecendo, mais distante do que fazia o antecessor, Luiz Inácio Lula da Silva.

O poder do então chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, como articulador político alimentava a inquietação. Além de não terem acesso a Dilma, os petistas (e os partidos em geral) não conseguiam falar com Palocci, que represava nomeações e a liberação de emendas parlamentares. A situação, agora, é outra.

“A relação com o governo melhorou bastante. Hoje, temos ligação direta com o Palácio e articulação permanente com os ministros do PT”, diz o líder do partido no Senado, Humberto Costa (PE). “O Congresso vai reafirmar nossa unidade e nosso apoio ao governo, que já existem hoje.”

Entre os deputados federais, o clima de satisfação é o mesmo, segundo o líder da bancada, Paulo Teixeira (SP). “O Congresso do PT dará apoio integral às políticas do governo Dilma”, afirma.

De acordo com Ideli, o que ocorreu, nos últimos tempos, foi a “institucionalização” da relação de Dilma com o PT, uma novidade. “O Lula era da cozinha do PT, tinha mais convivência com o partido do que a Dilma. Hoje, a presidenta tem uma relação institucional com o PT que o Lula não tinha”.

'Brasil é exemplo e tem governo progressista bem visto'



Líder estudantil chilena participa em Brasília de marcha brasileira por mais dinheiro na educação. Ameaçada de morte em seu país, ela diz se sentir mais segura no Brasil do que no Chile. “Há união de lutas de todo povo latino-americano", diz Camila Vallejo à Carta Maior, antes de voltar a seu país para encontrar o presidente Sebastian Piñera.

BRASÍLIA – A estudante de geografia Camilla Vallejo desembarcou no Brasil, vinda do Chile, na madrugada de terça (30/08) para quarta-feira (31/08), deixando para trás, mesmo que só por poucas horas, ameaças de morte que nem seus olhos verdes e o ar angelical foram capazes de desestimular.

Principal líder de manifestações que, nos últimos dias, levaram centenas de milhares de estudantes às ruas de Santiago, a presidente da Federação de Estudantes da Universidade do Chile (FECh) anda tranquila pela Esplanada dos Ministérios. Exceto pelo calor e o sol inclemente, dos quais tenta se proteger com um boné vermelho do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST).

Na manhã de quarta, ela participa de – e ajuda a atrair atenção para - uma mobilização de jovens brasileiros que exige mais verba à educação. “Me sinto muito mais segura aqui do que no Chile, não há repressão policial”, diz Camila à Carta Maior, em frente ao Congresso Nacional, onde um carro de som anima, com palavras de ordem e músicas, milhares de estudantes brasileiros.

“Há uma união das lutas de todo povo latino-americano. Há uma causa comum e demandas muitas vezes parecidas, principalmente no tema econômico”, afirma Camila, ao explicar a presença no ato, uma espécie de retribuição à ida a Santiago, dias atrás, de seu equivalente brasileiro, Daniel Iliescu, presidente da União Nacional dos Estudantes (UNE).

“O que você acha do Brasil e do governo brasileiro?”, pergunta a reportagem, em espanhol precário.

“O Brasil é um bom exemplo para o Chile, tem um governo progressista muito bem visto”.

“E da presidenta Dilma?”

“Sou militante comunista e conheço o passado militante dela, vejo ela com simpatia.”

“Qual o saldo das manifestações no Chile até agora?”

“Logramos despertar a consciência política, o assunto passou a ser discutido dentro das casas, como não se fazia há décadas.”

Horas depois, com mais calma, Camila dará um depoimento mais completo, em audiência pública da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados. Presidida por uma ex-líder estudantil, Manuela Dávila (PCdoB-RS), a comissão realiza a audência em solidariedade aos chilenos.

“A legislação chilena regulamenta o direito de manifestação pacífica nas ruas, sem necessidade de autorização prévia, e mesmo assim a polícia, completamente militarizada, tem combatido os estudantes e trabalhadores com violência, usando gás lacrimogêneo, que, no nosso país, é considerado arma de guerra”, conta Camila.

“Já são quatro vítimas fatais desde o início dos protestos e pelo menos 500 pessoas presas de forma ilegal. Temos relatos também que indicam a prática de tortura, inclusive com choque elétrico e abuso sexual de menores.”

A criminalização dos movimentos sociais, tratados como os causadores da violência que assola o país, também incomoda a militante. “Todo o movimento organizado chileno sofre com a violência psicológica provocada pelo discurso político do governo, que nos acusa de sermos culpados pelas mortes e ferimentos dos nossos próprios companheiros”, relata.

Para Camila, a rápida adesão do Chile ao neoliberalismo, na ditadura Pinochet (1973-1990), liquidou com o sistema de proteção social do país e colocou em risco o acesso dos cidadãos a direitos considerados fundamentais nas sociedades democráticas. “Hoje, no Chile, a educação é tratada como um bem de consumo qualquer, e não como um direito social”, diz.

“A situação dos estudantes brasileiros é melhor do que a dos chilenos porque eles conseguiram uma interlocução real com a sociedade e com o governo. E, com isso, obtiveram conquistas, mesmo que pequenas. No Chile, só agora conseguimos construir uma pauta conjunta com a sociedade. Nosso modelo educacional está falido, obsoleto e isso incomoda a maioria das famílias chilenas. Só uma parcela muito pequena da população tem acesso à educação gratuita”, afirma a estudante de geografia.

Segundo ela, das cerca de 3,5 milhões de matrículas na educação básica, metade está atrelada ao sistema de subvenção estatal, por meio de créditos educacionais. “Só as famílias muito pobres têm direito à educação pública. A classe média, que é a maioria, recebe bolsas do governo.  Com isso, o governo investe o pouco dinheiro que destina à área no setor privado. E há, aí, um claro conflito de interesses, porque muitos políticos são também os proprietários do sistema privado de educação”, esclarece.

A estudante afirma que a situação é ainda pior nos demais níveis. No ensino médio, as instituições privadas abarcam metade dos alunos. No superior, o índice chega a 80%. “Apenas 20% dos estudantes universitários estão nas instituições públicas, mas mesmo assim têm que pagar pelo ensino. Não existe mais educação superior gratuita no Chile. E os custos são altíssimos. Um curso em uma instituição pública chega a custar US$ 5 mil por mês”, afirma Camila.

Para garantir que uma pequena parte das famílias de classe média e baixa tenha acesso à educação, o governo oferece subvenção, por meio de um complicado sistema de crédito, que os alunos têm que pagar posteriormente. Os juros são altos e inviabilizam a quitação para recém-formados que disputam a tapas uma vaga no mercado de trabalho do país: estudantes das universidades públicas pagam 2% de juros ao ano e, das particulares, 5,8%. “Com esse sistema, os alunos pagam de três a quatro vezes o preço do curso”

Para ela, o problema principal, entretanto, é a concepção de educação que prevalece no atual governo. “As instituições públicas têm que se autofinanciar e, para isso, não apenas cobram mensalidades, como entram no jogo de oferecer o ensino que o mercado quer. Não há uma formação humanística, crítica, que estimule a prática democrática, mas apenas uma formação tecnicista, mercadológica. Por isso, necessitamos de reformas profundas, e não apenas de mais recursos para a área”.

Na noite de quarta (31/08), Camila encerra a visita ao Brasil. Tem de voltar logo ao Chile, para um encontro com o presidente Sebastian Piñera.

*Matéria alterada para correção de informação. Em função do atraso na reunião da UNE com a presidenta, Camila não participou do encontro, por estar em audiência pública na Câmara.


Fotos: Uma das principais líderes do movimento estudantil chileno,Camila Vallejo, participa da Marcha dos Estudantes, organizada pela União Nacional dos Estudantes (UNE), em Brasília (Foto: Wilson Dias - ABr)

Como aguentamos não fazer nada?

Duas coisas com as quais não me conformo: escrever sem trema e ter que assistir a este país ser esbofeteado por verdadeiras quadrilhas que, com dinheiro do povo doado pela ditadura militar, auferiram meios de manipular a vontade eleitoral dos brasileiros e as próprias instituições, para tanto se valendo de farsas como a que a revista Veja publicou em sua última edição.
Sinto-me um parvo tendo que me limitar a espernear neste blog. A cada nova farsa político-partidária das quatro famílias que controlam a mídia, percebo que só fazem isso porque ninguém toma atitudes além da de protestar na internet. Fico pensando se essa passividade dos que entendemos o que elas pretendem (reverter o processo de redistribuição de renda em curso no Brasil) não permitirá que tenham êxito.
A conduta da Veja é uma bofetada na sociedade brasileira. Uma farsa tão escandalosa como a que tentou tirar da cartola um escândalo baseado apenas em opiniões de uma empresa não deve ser avaliada pelo alvo, o ex-ministro José Dirceu, mas pelo que representa: uma corporação fabricar uma “realidade” a seu bel prazer e ao arrepio da lei.
Vejam bem: a questão não é Dirceu ou não Dirceu, mas o ato praticado contra ele. Até porque, não prejudicou só ao ex-ministro. Os hóspedes do hotel Naoum e até os proprietários do estabelecimento foram expostos aos métodos da Veja. Cada um de nós poderia estar entre essas pessoas.
Não sei como agüentamos não fazer nada além de cobrar de políticos covardes que tomem uma atitude e proponham leis para a comunicação que existem em todos os países civilizados mesmo sabendo que nada farão porque se borram de medo do poder que a ditadura militar concedeu a essas famílias midiáticas.
Sabem o que irá decorrer desse caso envolvendo a Veja e José Dirceu? Nada. O processo irá se arrastar na Justiça por anos a fio e o governo continuará fugindo da obrigação de dotar o país de uma legislação que impeça que um dono de um império de comunicação viole os direitos das pessoas, agindo como se tivesse mais direitos do que o resto da coletividade.
Não dá para aceitar mais que esse tipo de coisa continue acontecendo em um país que pretende se tornar uma potência social, econômica, cultural e até tecnológica. Enfim, um player global e uma terra de justiça e igualdade.
A covardia vai se consolidando como uma característica deste povo. Sempre estamos empurrando a terceiros as nossas responsabilidades. É muito bonito bradar contra aquilo que está errado, mas é patético fazer isso exclusivamente sentado diante de um computador.
E para quem, como este blogueiro, sabe como nossos vizinhos latino-americanos são corajosos e determinados, a situação é ainda mais intolerável.
Estou analisando caminhos para uma reação. Pode não dar certo, pois certamente será necessário que bastante gente se engaje e é justamente aí que a porca torce o rabo. Mas há que tentar. Sempre, mesmo correndo o risco de fracassar. Há que falar e escrever muito, sim, mas é imperativo tentar agir concretamente. Isso é exercício da cidadania.
Não podemos aceitar passivamente que essa gente, além de tudo, também se organize em movimentos para defender nas ruas os crimes das famílias midiáticas. Além de ter todos os grandes meios de comunicação, a direita midiática agora está se organizando para fazer sem causa o que deixamos de fazer tendo a melhor das causas.

Professor de Princeton diz que Obama é negro de alma branca



  

Prof. West, quando o negro ainda não tinha branca a alma

Obama é o mascote negro dos oligarcas.

Um fantoche dos grandes empresários.

À sua escolha :
http://www.youtube.com/watch?v=a-K4rUeNAGE&feature=related

O professor Cornel West é infatigável defensor da causa dos negros americanos.

Está longe de ser mascote, fantoche ou negro de alma branca, aquele tipo que, negro, não milita ou combate a favor dos negros.

Daqueles negros que são contra as cotas raciais nas universidades.

Como o juiz negro da Suprema Corte americana, Clarence Thomas, cuja mulher dirige movimentos associados ao Tea Party.

Quando era professor de Harvard, West escreveu um importante livro em parceria com o colega Mangabeira Unger (em Harvard, levam Mangabeira a sério; no Brasil, ele não fez por merecer o tratamento).

O livro é uma agenda progressista para os Estados Unidos.

(Mangabeira tem a mania de governar o mundo – e o Brasil. Ele é autor do famoso “Manga-Bacha”, em parceria, com quem, hoje, se inclina para o movimento religioso neolibelê: Edmar Bacha.)

West teve a ousadia de enfrentar o todo-poderoso reitor de Harvard, Larry Summers.

Summers tinha sido Ministro da Fazenda do Governo Clinton e ajudou a desmontar – com o jenio Alan Greenspan – o sistema de regulação dos bancos.

Depois, Summers foi assessorar Obama e deu no que deu.

Summers é um dos protagonistas do filme “Inside Job” (Trabalho por Dentro), que trata os patifes de Wall Street pelo que são: patifes.

Nesta quinta-feira, saiu na Folha (*), pág. 2:

KENNETH MAXWELL

Raça e Obama

O presidente Obama recebeu, recentemente, críticas muito severas do professor Cornel West, da Universidade Princeton. Professor de religião e estudos afro-americanos, ele apoiou Obama em sua campanha presidencial e discursou em defesa de sua candidatura no Apollo Theater, no Harlem, em Nova York.

Mas, em abril, alegou que Obama se havia transformado em “um mascote negro dos oligarcas de Wall Street e um títere negro dos plutocratas corporativos, e agora se tornou comandante da máquina de matança norte-americana, e se orgulha disso”.

West, conhecido filósofo, ativista e palestrante negro, decerto não representa a opinião da maioria dos negros norte-americanos.

Mas West é uma voz significativa entre os negros. Ele diz que Obama, o primeiro presidente negro do país, tem “medo dos negros livres” e “predileção por brancos e judeus”.

Mas ele está certo sobre uma coisa. A eleição de Obama não tornou a vida mais fácil para a maioria dos negros nos EUA. Os de classe média continuam singularmente otimistas quanto ao futuro, mas 40% das crianças negras do país vivem na pobreza.

Ainda que os negros representem 12,9% da população, só 1,9% da cobertura noticiosa os têm por foco …


Este post é uma singela homenagem a Ali Kamel, que escreveu o livro “Não somos racistas” para condenar as cotas raciaias.
Presta também singela homenagem a um repórter da Globo que processa este ansioso blogueiro e conta com a ajuda – na qualidade de “isenta” testemunha – do ex-Supremo Presidente Supremo do Supremo, Gilmar Dantas (**).
O acima não-citado faz uma pirueta para processar o ansioso blogueiro por “racismo”.
Já o ex-Supremo Presidente Supremo não surpreende.
Tem o hábito de tentar censurar a imprensa pela via judicial.
E perder.
Já perdeu para este ansioso blogueiro.
E para o Leandro Fortes e a Carta Capital.
Ele só ganha – todas – no PiG (***).
O acima não-citado repórter será – mesmo com a isenta testemunha – devidamente derrotado, no momento em que a Justiça se pronunciar.

em tempo: amigo navegante: passa pela cabeça de alguém que o Obama ocupe o aparelho da Justiça e processe West por “racismo” ? Mal comparando …

Clique aqui para ler as 37 ações contra este ansioso blogueiro e apreciar a edificante galeria do “Diz-me quem te processa e dir-te-ei quem és”.

Paulo Henrique Amorim
*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como um eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews  e da CBN se refere a Ele.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

BC de Tombini desconcerta os neolibelês (*). Quem mandou derrubar os juros ?

Na primeira página, o Valor anuncia a hecatombe universal.

Tombini cortou 0,5 ponto percentual da Selic porque há um “inquestionável” (sim, agora se usa adjetivo em “reportagem” de Economia …) desaquecimento da economia doméstica.

Além da “forte (sic) deterioração da situação externa”.

Na primeira página da Folha (**) lê-se que o Banco Central agiu “sob pressão” (sic).

Qual ?

A irrelevância do PiG (***) ?

Contam amigos navegantes que, nesta quarta-feira, à noitinha, na rádio que troca a notícia, a CBN, a Urubóloga e um âncora gastaram 96 minutos da santa paciência do ouvinte com uma análise profunda sobre o que o Tombini ia fazer.

Erraram tudo.

Por que não esperaram a decisão que vinha a seguir ?

Não !

Eles sabem mais …

Na Folha (**), ainda, na segunda página, se sabe que não há explicação possível para o gesto irresponsável do Tombini:
ele cedeu à pressão (vai ver que essa é a “pressão” …) política (só pode ser da Presidenta).

Quando o Henrique Meirelles, que foi presidente mundial do BankBoston e, ocasionalmente do Banco Central, aumentou os juros, no auge da crise do banco Lehmann, em 2008, ninguém disse que ele agiu “sob pressão” dos pares – os banqueiros.
Clique aqui para ler “A Presidenta avisou: corta que os juros caem”, onde há referência a uma “traição” do Meirelles descrita pelo Delfim.

O que Tombini deixou claro, primeiro, é que não fez nem pretende fazer carreira em banco privado.

Segundo, que, de fato, o esforço que o Governo Dilma faz para cortar gastos vai dar certo.

E, terceiro, que “o jornalismo de Economia no Brasil não é uma coisa nem outra”.

A frase é do Delfim, mas ele nega peremptoriamente.


Paulo Henrique Amorim

(*) “Neolibelê” é uma singela homenagem deste ansioso blogueiro aos neoliberais brasileiros. Ao mesmo tempo, um reconhecimento sincero ao papel que a “Libelu” trotskista desempenhou na formação de quadros conservadores (e golpistas) de inigualável tenacidade. A Urubóloga Miriam Leitão é o maior expoente brasileiro da Teologia Neolibelê.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(***) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

RENTISMO CRITICA CORTE NO JURO QUE DEVORA $ 114,5 BI DO ORÇAMENTO DE 2012



Orçamento federal para 2012 prevê um total de investimentos públicos de R$165,3 bilhões. Os gastos com o juro da dívida pública vão consumir  R$ 114,5 bilhões ( isso apenas para o superávit primário, sem considerar amortizações e rolagem). O demonizado salário mínimo de R$ 619,00 previsto para 2012, um reajuste de 13%, em nome do qual se acena com o fantasma do descontrole das contas públicas, custará  à União menos que 12% ( R$ 13,3 bi) do total de recursos devorados pelos rentistas. Com uma diferença importante: beneficiará 19 milhões de aposentados e pensionistas que robustecem o mercado interno de massa num horizonte de recidiva da recessão mundial. Apesar da equação favorável a banda rentista e seu tambor midiático criticaram a decisão acertada do Banco Central, que ontem cortou em meio ponto a taxa básica de juro do país, trazendo-a para a 12%.O BC  ao contrário da ortodoxia cega deve ter lido o artigo de Martin Wolf, economista neoliberal e respeitado analista do Financial Times, que avaliou assim o quadro da crise mundial em sua coluna de 30-09: "  ...a tomada de consciência de que nem os EUA nem a região do euro podem criar condições para uma rápida recuperação do crescimento - ou pior, da paralisante divergência sobre quais seriam essas condições - é assustadora (...). Os riscos de um círculo vicioso, saindo dos fundamentos econômicos ruins aos erros de política, passando pelo pânico e depois voltando aos maus fundamentos, são grandes, no caso de mais retração econômica no futuro (...) Outra reversão da economia agora certamente seria um desastre. A chave, certamente, é não lidar com uma situação tão perigosa como esta dentro dos limites do pensamento convencional".
  
**índice de suicídios na Grécia cresceu 40% desde o início do 'ajuste' econômico determinado pelos bancos e pela comissão da UE** governo de direita em Portugal persegue déficit  zero e promete aos mercados dois anos de queda média de 2% do PIB, com desemprego, privatizações e desmonte da legislação trabalhista ** país foi 'salvo' pelos credores com pacote de 75 bilhões de euros **greve do professorado espanhol se alastra por todas as províncias do país**arrocho fiscal demite 3 mil professores precários da rede pública de Madrid** professores da rede estadual  de MG completam três meses em greve por um piso salarial que não canibalize as gratificações já conquistadas ** estudantes marcham em Brasília por 10% do PIB para a educação**  extinção da CPMF em 2007 deixou a saúde pública com um rombo de R$ 30 bilhões** PT defende nova taxa para garantir recursos ao SUS** Camilla Vallejo, líder estudantil chilena,explica à Carta Maior, a privatização do sistema educacional em seu país; leia nesta pág 
(Carta Maior; 5º feira, 01/09/ 2011