Saiu no G1:
‘Não sou a favor da CPMF como era porque destinação foi desviada’, disse. Debate sobre imposto da saúde voltou por conta de emenda no Congresso.
A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta quinta-feira (1º), em entrevista para emissoras de rádio de Minas Gerais, que o Brasil vai precisar de mais investimentos na área de saúde. A presidente não comentou a possibilidade de criação de um novo imposto para financiar o setor. Na última quarta, o líder do governo na Câmara, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), disse que Dilma ainda não tem posição definida sobre a proposta de criação de um novo imposto, mas apontou isso como uma alternativa.
Nesta semana, a presidente afirmou que, caso o Congresso aprove mais gastos para a saúde, precisa dizer de onde sairá o dinheiro. Segundo ela, isso seria um “presente de grego”.
A discussão sobre a criação de um novo imposto para financiar a saúde foi retomada por conta da Emenda 29, que fixa percentuais que devem ser investidos pela União, estados e municípios. O Congresso deve votar o tema no dia 28 de setembro.
Dilma Rousseff afirmou que “tem procurado reduzir impostos”, que é contra a antiga CPMF por conta da forma com que os recursos eram utilizados, mas disse que é “demagogia” dizer que a saúde pode melhorar sem novos investimentos.
Ao ser perguntada sobre um eventual novo imposto para financiar a saúde, nos moldes da extinta CPMF, o imposto do cheque criado para destinar recursos para a saúde, a presidente respondeu:
“Eu acho errado a CPMF porque destinaram para a saúde? Não. Por que o povo tem bronca da CPMF? Porque o dinheiro não foi para a saúde, foi um erro. A saúde não vai melhorar se não fizermos investimentos, e tem que dizer de onde sai. Para o Brasil virar país desenvolvido, temos que dizer a verdade para o povo. Eu acho que a saúde precisa de mais dinheiro”, disse.
“Não sou a favor da CPMF como era porque a destinação foi desviada. Mas que o Brasil precisa, entre esse fato e dizer que não precisa, está errado. Vai precisar sim”, completou Dilma.
A presidente afirmou, porém, que tem reduzido impostos em seu governo e citou ações como o Supersimples.
“Eu sou uma pessoa que tem procurado reduzir impostos (…). A redução de impostos faz o Brasil crescer. Agora, o Brasil tem um sistema de saúde que é universal, gratuito e tem que ser de qualidade, que é o que nós queremos. Nenhum país do mundo resolveu essa equação sem investir muito em saúde. Quem falar que resolve sem dinheiro é demagogo, mente para o povo. A nossa saúde, ela gasta dinheiro e você vai necessitar cada vez mais recursos para colocar na saúde.”
(…)
A restrição que a Presidenta faz à CPMF é a mesma de seu idealizador, o Dr. Adib Jatene.
(Entre outras obras, o Dr. Jatene lançou o trabalho pioneiro de combate à Aids, que o Padim Pade Cerra dizia que era seu.)Ou seja, que o dinheiro da CPMF acabava desviado para outros fins.
A Presidenta também diz que não passa de demagogia dizer que não faz falta dinheiro à Saúde.
A CPMF dos ricos vem aí.
Vem aí um imposto para a Saúde a ser pago pelos ricos que, no Brasil, pagam menos que nos EUA, mesmo depois da furiosa redução de impostos para ricos que o Presidente Bush promoveu e ajudou a quebrar os EUA.
Fernando Brito, no Tijolaço , preparou terreno para obrigar os ricos a botar mais remédio na boca das crianças.
Paulo Henrique Amorim
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