Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Cuba responde à Dra. Ramona, dois anos antes. E a Dra. Ramona vai servir cafezinho a médico que não atende povão




medbrasileira
Em novembro de 2011, foi postado no Youtube o vídeo de resposta do governo cubano à deserção de médicos ligados às suas missões humanitárias por todo mundo.
Quase dois anos  antes, portanto, da implantação do nosso “Mais Médicos”.
O vídeo mostra, direitinho, o passo a passo do caminho escolhido pela Dra. Ramona Rodriguez, inclusive as alegações de trabalho escravo.
Não houve surpresa nenhuma e o vídeo poderia ter sido assistido por qualquer um pela internet, inclusive pela “surpreendida” Dra. Ramona.
E quantifica no número de médicos atraídos dos programas de assistência internacional para os Estados Unidos: menos de 2%.
Pessoalmente, acho que qualquer um tem o direito de ir para onde quiser.
E acho também que, se quer que um curso univesitário caríssimo, como é o de medicina (que custa entre R$ 300 mil e R$ 500 mil), seja propriedade particular, deve pagar por isso.
Eu tenho 37 anos de trabalho e não tenho como pagar isso para um filho estudar medicina. Uma pessoa da família, depois de tentar medicina por dois anos – porque a concorrência para as universidade públicas é tão dura que passar ou ficar na beira é loteria, não conhecimentos – fez enfermagem numa universidade federal porque os pais, microempresários, não podiam pagar R$ 5 mil de mensalidade.
Se é dado pelo Estado, tem de ser retribuído em benefício social.
Ou pago, como financiamento.
Se fosse um brasileiro, mesmo com 50% de bolsa do Pro-Uni, se quisesse financiar um curso de Medicina de R$ 270 mil de valor total, o estudante pagaria, entre 2021 e 2040, 258 prestações de R$ 843.
Isso porque os juros são subsidiados, de 3,4% ao ano, bem menores que a inflação.
Se é para sermos da liberdade e da propriedade particular do capitalismo sem restrições, pode ir pagando a mensalidade …
Mas devemos dar os parabéns à Dra. Ramona. Ela vai ser contratada para funções administrativas na Associação Médica Brasileira, para ajudar a combater o Programa Mais Médicos. Enquanto isso, o povo de Pacajás que fique doente sem médico.  Os médicos brasileiros e a médica Ramona Rodriguez estão se lixando para eles.

GILMAR É O ÚNICO CERTO NO TJ DA BAHIA ? Para os R$ 662 mil do Genoino, o MP ! Para os R$ 10 milhões do Gilmar, um tapinha nas costas ?

Com as duas notícias do Luis Nassif – o Tribunal de Justiça da Bahia fez, sem licitação, uma “doação” ao Gilmar Dantas (*); e “Gilmar levou o Big Ben de Propriá ao evento suspeito” -, pode-se dizer que o Corregedor do Conselho Nacional de Justiça, Francisco Falcão derreteu o Tribunal de Justiça do Estado da Bahia.

Defenestrou o presidente e a vice em nome da Moral e dos Bons Costumes e divulgou espetacularmente essa notícia aos quatro cantos da terra.

A pergunta que não quer calar é: será que o contrato sem licitação no valor R$ 10 milhões com o IDP de Gilmar foi a única coisa correta no TJ baiano?

Será?

Corretíssima ?

Será que os olhos implacáveis do Corregedor Falcão não encontrarão irregularidade nesses R$ 10 milhões injetados no cofre do IDP de Gilmar SEM licitação?

Será que o Falcão poderá sempre exibir um parecer que ateste a regularidade de contratos milionários sem licitação?

Será que o Falcão passará o facão na Lei das Licitações (8.666),  “per saltum” para o IDP?

E com que autoridade ele, daqui para a frente, poderá exigir que outros tribunais pautem-se pela Moral e os Bons Costumes ?

E quem, é, no momento, o presidente do Conselho ?

O Presidente do Supremo, Joaquim Barbosa – assista a “ah, se o Barbosa fosse o Barbosa”.

Não consta que o Presidente Barbosa seja amigo pessoal do casal Gilmar Mendes.

E, portanto, motivos de índole afetiva, de caráter pessoal não justificariam considerar legal um contrato sem licitação da ninharia de R$ 10 milhões.

R$ 10 milhões !

E olha que o Gilmar Dantas (*) exige a intervenção – com a colaboração espontânea do Ataulfo Merval (**)  de Paiva – do Ministério Público – prontamente aceita pelo republicano Dr Janot – nas doações de R$ 667 mil do Genoino.

Para o Genoino, o MP implacável, também conhecido como o “DOI-CODI da Democracia”.

Para o Gilmar, R$ 10 milhões “na faixa”, como se diz na Bahia.

Será que foi assim que ele pagou os R$ 8 milhões ao sócio ?

Fará o PT uma representação na Corregedoria do CNJ contra o IDP do Gilmar?

Por falar nisso: o PT elegeu algum senador ?

SUGESTÃO DE PITACO DO DIA: “Mais fácil um elefante bater as orelhas e voar que o corregedor Falcão exigir licitação para a Escolinha do Professor Gilmar”

Assinado, Danton


Em tempo: 
como é que a antecessora do Falcão, a Desembargadora Eliana Calmon dizia mesmo, hein ? 


Paulo Henrique Amorim


(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para vercomo outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva (**) preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. OLuiz Fucks que o diga.

(**) Ataulfo de Paiva foi o mais medíocre – até certa altura – dos membros da Academia. A tal ponto que seu sucessor, o romancista José Lins do Rego quebrou a tradição e espinafrou o antecessor, no discurso de posse. Daí, Merval merecer aqui o epíteto honroso de “Ataulfo Merval de Paiva”, por seus notórios méritos jornalísticos,  estilísticos, e acadêmicos, em suma. Registre-se, em sua homenagem, que os filhos de Roberto Marinho perceberam isso e não o fizeram diretor de redação nem do Globo nem da TV Globo. Ofereceram-lhe à Academia.E ao Mino Carta, já que Merval é, provavelmente, o personagem principal de seu romance “O Brasil”.

O repúdio à jornalista que usou concessão pública para pregar a barbárie; Sindicato diz que âncora violou código de ética



Nota de repúdio do Sindicato e da Comissão de Ética contra declarações da jornalista Rachel Sheherazade

O Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Município do Rio de Janeiro e a Comissão de Ética desta entidade se manifestam radicalmente contra a grave violação de direitos humanos e ao Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros representada pelas declarações da âncora Rachel Sheherazade durante o Jornal do SBT.
O desrespeito aos direitos humanos tem sido prática recorrente da jornalista, mas destacamos a violência simbólica dos recentes comentários por ela proferidos no programa de 04/02/2014 (http://www.youtube.com/watch?v=nXraKo7hG9Y).


Vídeo sugerido por Manuela Azenha

Sheherazade violou os direitos humanos, o Estatuto da Criança e do Adolescente e fez apologia à violência quando afirmou achar que “num país que sofre de violência endêmica, a atitude dos vingadores é até compreensível” — Ela se referia ao grupo de rapazes que, em 31/01/2014, prendeu um adolescente acusado de furto e, após acorrentá-lo a um poste, espancou-o, filmou-o e divulgou as imagens na internet.
O Sindicato e a Comissão de Ética do Rio de Janeiro solicitam à Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) que investigue e identifique as responsabilidades neste e em outros casos de violação dos direitos humanos e do Código de Ética dos Jornalistas Brasileiros, que ocorrem de forma rotineira em programas de radiodifusão no nosso país. É preciso lembrar que os canais de rádio e TV não são propriedade privada, mas concessões públicas que não podem funcionar à revelia das leis e da Declaração Universal dos Direitos Humanos.
Eis os pontos do Código de Ética referentes aos Direitos Humanos:
Art. 6º É dever do jornalista:
I – opor-se ao arbítrio, ao autoritarismo e à opressão, bem como defender os princípios
expressos na Declaração Universal dos Direitos Humanos;
XI – defender os direitos do cidadão, contribuindo para a promoção das garantias
individuais e coletivas, em especial as das crianças, adolescentes, mulheres, idosos,
negros e minorias;
XIV – combater a prática de perseguição ou discriminação por motivos sociais,
econômicos, políticos, religiosos, de gênero, raciais, de orientação sexual, condição física
ou mental, ou de qualquer outra natureza.
Art. 7º O jornalista não pode:
V – usar o jornalismo para incitar a violência, a intolerância, o arbítrio e o crime;
Também atuando no sentido pedagógico que acreditamos que deva ser uma das principais intervenções do sindicato e da Comissão de Ética, realizaremos um debate sobre o tema em nosso auditório com o objetivo de refletir sobre o papel do jornalista como defensor dos direitos humanos e da democratização da comunicação.

PS do Viomundo: Notem que, no You Tube, o comentário recebe apoio de 690 internautas, contra o repúdio de 650. Ou seja, a barbárie avança via redes sociais!

Leia também:

Punhos sem renda


Da perplexidade ao ataque, passaram-se poucos dias até o impoluto Gilmar Mendes puxar a coleira da matilha que passou a farejar sem trégua.


por: Saul Leblon 

Arquivo













O deputado André Vargas (PT-PR) não foi orientado por um script publicitário a erguer o braço e cerrar o punho na presença da toga que se esponja no desfrutável papel midiático de algoz do PT.

Genoíno, que o antecedeu na afirmação simbólica de identidade e protesto, ou Dirceu, que assim também se confraternizou com os militantes solidários que o aguardavam na entrada da Papuda, tampouco  obedeceram aos alertas  de ‘luzes, câmera, ação!’

Milhares de petistas e não-petistas anônimos que fizeram chegar doações a Genoíno e Delúbio –e aqueles que repetirão a solidariedade a Dirceu e  João Paulo, por certo não podem ser confundidos com coadjuvantes de uma  eleitoral.

O significado desses sinais de vitalidade enviados do metabolismo profundo não apenas do PT, da esquerda em geral,  já foram sublinhados pela argúcia de vários analistas da blogosfera.

O que eles evidenciam deixou inconformados colunistas e togas engajados em anos de desqualificação diuturna do partido, de seu legado e  valores.

Depois de tanto sangrar, o esquartejado ainda teima –e respira?

Da perplexidade ao ataque, passaram-se poucos dias até o impoluto doutor duplo habeas corpus, Gilmar Mendes,  puxar a coleira da matilha que passou a farejar operosa e incansavelmente: em algum ponto há de se achar  uma cubana das doações.

O fato é que  eles não contavam com a sobrevida da solidariedade no espinhaço ferido  da esquerda. Tudo isso já foi dito e bem dito.

Faltou dizer  que parte expressiva desta esquerda também se surpreendeu.

Surpreendeu-se  ela com o efeito demolidor de algo esquecido na prática minuciosamente monitorada pela conveniência  do exercício do poder: a espontaneidade de André Vargas.

Sem falar da solidariedade sem hesitação a Genoíno e Delúbio  –que por certo inclui doações expressivas de instituições e personalidades, a exemplo do cheque de R$ 10 mil enviado pelo ex-ministro Nelson Jobim.

Mas nada que diminua a vitalidade do que verdadeiramente incomoda e sacode: milhares de doadores anônimos não esperaram uma peça publicitária para sair em defesa de quem personifica referências inegociáveis de sua visão de vida, de mundo e de Brasil.

A criatividade inexcedível do protesto espontâneo e o efeito demonstração incomparável da prontidão solidária hibernavam na memória algo entorpecida do PT.

Há mais de uma década desafiado a ser partido de massa e governo --  a bordo das sabidas contradições que a dupla jornada encerra, o partido impôs-se, compreensivelmente, o gesso da previsibilidade e as algemas do risco zero.

Ademais dos comedimentos  da responsabilidade  de ser governo, o próprio êxito dessa trajetória  -- reiterado nas urnas—instituiu um protocolo de autopreservação: ele delega ao pensamento publicitário a última palavra (não raro a primeira também) sobre o que o partido deve falar, quando e como fazê-lo.

Cabe a pergunta: que publicitário petista orientaria um dirigente a cerrar o punho, de braço erguido, diante da toga colérica, a essa altura do jogo? E quantos bancariam uma campanha massiva de doações aos incômodos condenados do chamado ‘mensalão’?

‘E pur si muove...’

A eficácia do improvável deveria inspirar arguições no pragmatismo que planeja a campanha presidencial deste ano.

Todo cuidado é pouco  –estão aí as togas, o jornalismo isento, os mercados sedentos, os netos oportunistas e os verdes convertidos no altar do tripé.

‘Não vai ter Copa’ é o mínimo que eles ambicionam.

Mas estão aí também a democracia e o desenvolvimento brasileiro perfilados  num horizonte de encruzilhadas imunes à receita de mais do mesmo em nova embalagem e sabores reciclados.

Aquilo que cabe em um script competente, mas exatamente por isso encilhado em baixos teores de ousadia e residual  espaço à mobilização, talvez seja suficiente para vencer o conservadorismo nas urnas de outubro.

Mas o será para liderar a transição do novo pacto de desenvolvimento necessário à construção da democracia social brasileira?

A ver.

A Barbie da direita é seletiva: peguem leve com o Justin e dêem um pau no neguinho. Assista

bieber
Raquel Sheherazade, apresentadora do SBT transformada em Barbie da direita e musa dos recalcados, não é uma moça tão inflexível assim, afinal.
Ela tem compreensão e coração generoso, capaz de perdoar.
Seletivamente, é claro.
Está no Youtube uma colagem chocante.
Primeiro, os comentários da  Barbie do SBT sobre as traquinagens e transgressões que acabaram levando o “astro” (astro?) Justin Bieber a ser detido por participar de um “pega” de rua, drogado e embriagado. Dias depois, já solto, foi acusado pela polícia de Montreal, no Canadá – país de 0nde é cidadão – de agredir um motorista com golpes na cabeça.
Pura compreensão: “atire a primeira pedra quem nunca foi um rebelde sem causa, quem nunca questionou seus valores, quem nunca se perdeu de si mesmo ou procurou se encontrar. Os médicos dizem que é normal, é a síndrome da adolescência, para anônimos e famosos, como Justin, é fase de  turbulência, hormônios em ebulição, conflitos, agressividade, é a busca da própria identidade. Peguem leve com Justin, o menino está só crescendo.
Justin Bieber, como se sabe, faz 2o anos daqui a menos de um mês.
A seguir, porém, você assiste como Sheherazade diz que se deve agir com um rapazote negro, pobre, de 15 anos, supostamente metido em delitos, espancado por “justiceiros” e acorrentado a um poste pelo pescoço, no Rio.
Pau nele, diz a moça!
Outro Barbie, o Klaus, que ganhou o apelido de “Carniceiro de Lyon” , também pensava nessa solução para aqueles “judeus usurários…”
Não, claro que a nossa Barbie não é anti-semita.
Sua impiedosa verve, ainda que lida num teleprompter, é seletiva em outro tom, mas na mesma pauta: a da ordem.
Quem sabe ela não faz um outro texto destes mandando descer a lenha também nos camelôs, estes desordeiros que não pagam impostos e atrapalham as pessoas de bem que andam pelas ruas?
Estes párias da sociedade, como um dia foi o patrão dela, Sílvio Santos, judeu e camelô.
Que agora a paga regiamente para apregoar na TV sangue e linchamento.
Para o negrinho, claro.
Para o Bieber, devemos pegar leve.
É apenas um menino, embora cinco anos mais velho que o que é negro e merece a chibata acorrentado no poste.

Crise energética deste ano é inventada como a do ano passado

Se o Brasil tivesse memória e a mídia oposicionista tivesse vergonha na cara não estaríamos vendo esse escarcéu por conta da mera interrupção episódica ocorrida nesta semana em uma linha de transmissão, o que obrigou o Operador Nacional do Sistema elétrico a desligar a luz no Sul, no Sudeste e no Centro Oeste por algumas horas a fim de efetuar reparos.
Lamentavelmente, nem os brasileiros têm memória nem a mídia tem vergonha na cara, de modo que, confiando na amnésia coletiva, tenta empurrar outra crise energética fictícia pela goela nacional.
Todo começo de ano, desde que o PT chegou ao poder, é a mesma coisa: a mídia tenta confundir a sociedade em relação à questão energética, como se hoje o Brasil estivesse na mesma situação em que estava entre 2001 e 2002, ao fim do governo Fernando Henrique Cardoso, quando amargou 11 meses de duro racionamento de energia por conta, exclusivamente, de falta de investimentos do governo federal.
Por que esse fenômeno midiático ocorre a cada começo de ano? Porque é período de consumo mais elevado, o que torna o sistema energético mais sujeito a “estresses”, até por conta de os reservatórios das hidrelétricas baixarem mais nesta época do ano. Assim, a mídia usa o termo apagão tentando convencer a sociedade de que a situação de hoje é igual à do governo FHC.
Ano passado, porém, foi o auge das tentativas anuais da mídia de convencer os brasileiros de que racionamento como o da era tucana estaria para ocorrer no curtíssimo prazo. Globo, Folha de São Paulo, Estadão e Veja apostaram alto no que seria uma desgraça nacional, caso sobreviesse. Chegaram a anunciar “reunião de emergência” que teria sido marcada por Dilma Rousseff para discutir o que fazer diante da catástrofe que espreitava.
A invenção midiática sobre “racionamento”, porém, começou a desmoronar por conta de reportagem produzida pela colunista da Folha Eliane Cantanhêde sobre a tal reunião de emergência. Acabou parecendo que a matéria foi inventada porque o Ministério das Minas e Energia enviou carta ao jornal que desmontava a história
Abaixo, a manifestação do Ministério, a resposta da colunista que fez a matéria em questão e a correção que o jornal publicou sobre a “barriga” de sua jornalista.
—–
Folha de São Paulo
11 de janeiro de 2013
Energia
No dia 7/1, a Folha publicou a seguinte manchete de capa: “Escassez de luz faz Dilma convocar o setor elétrico”, com o subtítulo “Reunião de emergência discutirá propostas para evitar riscos de racionamento”. O texto remetia para reportagem em “Mercado” sob o título “Racionamento de luz acende sinal amarelo”.
Tratava-se de uma desinformação. Na mesma data da publicação, preocupado com a repercussão da reportagem, principalmente nas Bolsas, o ministro Edison Lobão, em telefonema à autora da reportagem, a jornalista Eliane Cantanhêde, esclareceu que a reunião em referência não fora convocada pela presidenta da República, nem tinha caráter de emergência. Tratava-se, conforme relatou, de reunião ordinária do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE), marcada desde o ano passado.
Além desses esclarecimentos não terem sido prestados na reportagem sobre o assunto publicada em 8/1 (“Lobão confirma reunião, mas descarta riscos”, “Mercado”), a jornalista, na coluna “Aos 45 do segundo tempo” (“Opinião”, ontem), põe em dúvida a veracidade das informações do Ministério de Minas e Energia. Para que não reste dúvida sobre o assunto, consta na ata da 122ª Reunião do CMSE, realizada em 13/12/2012, precisamente no item 12, a decisão de realizar no dia 9/1/2013 a referida reunião ordinária.
Antonio Carlos Lima, da Assessoria de Comunicação Social do Ministério de Minas e Energia (Brasília, DF)
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RESPOSTA DA JORNALISTA ELIANE CANTANHÊDE – De fato, a reunião foi marcada em dezembro, mas, diante dos níveis preocupantes dos reservatórios, ganhou caráter emergencial – evidenciado pela intensa movimentação do governo. A Folha contemplou no dia 8/1 a versão do ministro de que não havia risco de racionamento.
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Seção “Erramos”
MERCADO (7.JAN, PÁG. B1) A reunião do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico havia sido marcada em 13 de dezembro de 2012, e não neste ano, conforme informou a reportagem “Racionamento de luz acende sinal amarelo”, de Eliane Cantanhêde.
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Só rindo, não?
Enfim, a partir dali, o assunto começou a morrer rapidamente na mídia e, como se sabe hoje, não só não houve racionamento ou qualquer outro problema no setor energético como o governo promoveu uma forte redução no valor das contas de luz. A mídia, então, abandonou o caso, mas só até o próximo começo de ano, ou seja, até agora, quando o alarmismo energético anual volta a dar as caras.
Tudo, porém, não passa de uma grande, de uma enorme, de uma descomunal bobagem porque hoje o Brasil tem uma situação energética muitíssimo diferente da que tinha até 2002.
A situação é muito melhor porque, como o então presidente da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), Maurício Tolmasquim, informou em entrevista coletiva à imprensa no ano passado, “De 2001 a 2012 a capacidade instalada de geração de energia cresceu 75% no Brasil”, tendo havido um “Aumento de 150% na capacidade instalada de termelétricas, excluindo usinas a biomassa e nuclear”.
E, como se não bastasse, o presidente da EPE (criada no governo Lula para planejar a oferta de energia no país) informou que “Cerca de 85% dessa expansão ocorreram nos últimos dez anos”, ou seja, nos governos Lula e Dilma.
À época, o presidente da EPE ainda esclareceu que, de 2001/2002 para cá, triplicou a capacidade de geração de energia do Nordeste. Segundo ele, “O Nordeste ficou menos vulnerável porque pode contar com as outras regiões porque houve melhora na rede de transmissão de energia” ao longo da última década.
Sempre segundo o presidente da EPE, “Antes de 2001 implantavam-se, em média no Brasil, 1 mil quilômetros de linhas por ano e nos últimos dez anos a média tem sido de 4,3 mil quilômetros de linhas de transmissão implantadas por ano”.
Como se não bastasse – e ao contrário do que ocorria no governo FHC –, há hoje um grande volume de obras de construção de usinas hidrelétricas, com destaque para Belo Monte, que se não fossem as jogadas políticas de certa oposição já teria sido concluída e, assim, inviabilizado as invenções de crises energéticas da mídia oposicionista.
Mas com ou sem Belo Monte, após tudo que foi feito na última década o país não corre mais risco de apagão, racionamento, seja o que for. Até porque, as usinas em construção começarão a funcionar. O que aconteceu nesta semana, então, foi só blecaute, normal em qualquer país, pois derivado de acidente.  O resto é politicagem eleitoral.

BANDEIRA DE MELLO: ATO DE GILMAR É "ESCANDALOSO"