Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 12 de agosto de 2015

ESTUDANTE É ATACADA APÓS DISCURSO EM CERIMÔNIA DO MAIS MÉDICOS

segunda-feira, 18 de maio de 2015

Além de mesquinho, endinheirado que agrediu Padilha é incompetente

padilha capa
Atualizado às 07h37 hs. de 18 de maio de 2015
Não posso deixar de escrever sobre o episódio lamentável que envolveu o ex-ministro da Saúde e atual secretário de Relações Governamentais do prefeito Fernando Haddad, Alexandre Padilha, com quem estabeleci uma relação amistosa ainda quando era ministro.
A esta altura, todos sabem ao que me refiro e ao que não me referi antes porque este Blog ficou meio parado por cerca de uma semana devido a problemas de saúde de minha filha caçula e dos ataques virtuais que este Blog sofreu.
Até onde pude apurar, foi a colunista do jornal O Estado de São Paulo Sonia Racy quem difundiu com força um fato que já circulava nas redes sociais na tarde do dia 15. O texto foi publicado em seu “blog” no portal do Estadão.
SONIA RACY
15/05/2015, 4:47
Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde de Dilma e atual secretário de Relações Governamentais de Haddad, foi hostilizado enquanto almoçava, hoje, no restaurante Varanda Grill, nos Jardins. Batendo uma faca em um copo de vidro, o advogado Danilo Amaral, que foi presidente da Bra Transportes Aéreos, chamou atenção do salão inteiro para a presença de Padilha.
“Queria saudar, aqui, hoje, dizer a vocês que temos a presença do ex-ministro da Saúde Alexandre Padilha, que nos brindou com o programa Mais Médicos, da presidente Dilma Rousseff, responsável pelo gasto de um bilhão de reais que nós, otários, pagamos até hoje.” Foi aplaudido. O petista até tentou rebater, mas foi ofuscado pelos aplausos.
Assista ao vídeo:


A revelação de Racy sobre a atividade profissional pretérita do agressor Danilo Amaral permite saber quem é esse homem e por que agiu como agiu.
A colunista do Estadão não revelou tudo sobre o agressor de Padilha e sobre sua atitude lamentável. Não revelou, por exemplo, que a empresa que ele geriu, a BRA Transportes Aéreos, é uma empresa falida. E distorceu a reação dos presentes ao restaurante Varanda Grill, dizendo que a reação de Padilha ao dizer que o programa Mais Médicos atende 63 milhões de pessoas teria sido “ofuscada pelos aplausos”.
Tratemos, primeiro, da empresa da qual Amaral foi presidente.
A BRA Transportes Aéreos, ou Brasil Rodo Aéreo, é uma empresa em recuperação juridicial – ou, como diziam antigamente, em “concordata”. Foi fundada em 1999 pelos irmãos Humberto Folegatti e Walter Folegatti e se dedicava, inicialmente, a voos charter.
Em 2005, obteve a certificado para realização de voos regulares, quando passou a atuar sob o conceito “baixo custo”, ou seja, transportar clientes como gado por não servir um lanchinho a bordo.
A partir de 2005, a BRA passou a operar voos regulares. No final do ano passado, foi tomada por bancos e agiotas estrangeiros agrupados no Brazil Air Partners, sediado nas Ilhas Cayman, que tem entre seus representantes a Gávea Investimentos, de Armínio Fraga, ex-presidente do Banco Central no governo de FHC e sócio do megaespeculador George Soros.
A Brazil Partners Ltd é formada pelo Bank of America, Darby, BBVA, Development Capital, Goldman Sachs, HBK Investments e Millennium Global Investments. Na época, o dito fundo adquiriu 20 % do capital da BRA por R$ 180 milhões com a promessa de novos investimentos, que não ocorreram.
Devido à precarização da gestão, a empresa começou a passar por dificuldades financeiras e operacionais, comprometendo a manutenção das aeronaves e o serviço de bordo.
Antes da suspensão de suas operações, voava para mais de 30 destinos, com frota composta de aviões Boeing 737 e Boeing 767. Na feira da aviação de 2007 realizada em Le Bourget, França, a companhia havia anunciado a compra de 40 jatos Embraer 195, e seria a primeira companhia brasileira a operar o modelo da fabricante, mas nunca concretizou nada.
Devido a dificuldades financeiras, no dia 6 de novembro de 2007, a partir das 12 horas, a BRA suspendeu suas operações, demitindo todos os seus 1100 funcionários. Pôs todos no olho da rua sumariamente, o que combina muito bem com o perfil mesquinho de seus gestores, como se viu recentemente.
Em novembro 2008, entrou com pedido de “recuperação judicial”. Em 2009, o vice-presidente Danilo Amaral assumiu a presidência da empresa por alguns meses, mas foi “saído” do cargo rapidamente por razões mais do que óbvias.
Sobre o relato de Sonia Racy, além de ter omitido todas as informações acima, omitiu outras igualmente relevantes para que as pessoas entendessem o que ocorreu no restaurante Varanda Grill na tarde de 15 de maio.
Em seu perfil no Facebook, o ex-ministro e secretário de governo Alexandre Padilha deu a informação correta sobre a reação do público ao ato bestial do tal Danilo Amaral.
“(…) Embora tenha buscado chamar a atenção do salão, talvez imaginando que seria solenemente aplaudido, [Danilo Amaral] foi absolutamente ignorado pelas dezenas de pessoas durante o seu ato de agressão. Apenas seu colega de mesa o aplaudiu. Após sua retirada, os garçons, as pessoas de outras mesas e o proprietário do estabelecimento prestaram solidariedade a mim (…)”.
A colunista do Estadão, como se vê, contou a história pela metade. Seu post deixou entender que os clientes do restaurante apoiaram a agressão de Amaral, mas o relato do agredido mostra coisa muito diferente.
Conheço o restaurante em que Padilha foi agredido. Um casal gasta cerca de 500 reais em um almoço com vinho e sobremesa. Nada contra alguém gastar seu dinheiro em um estabelecimento como esse, se tiver. Porém, o que choca é uma pessoa que dispõe de tantos recursos ser tão mesquinha a ponto de se revoltar por uma fração ínfima do dinheiro de seus impostos ser gasta com o social.
padilha 1
Não pesquisei se é real esse custo que Amaral atribuiu ao programa Mais Médicos, mas digamos que seja mesmo “um bilhão” de reais. Se fizermos a divisão de 1 bilhão de reais por 200 milhões de brasileiros, o rateio será de 5 reais para cada um. Digamos que apenas 50 milhões de brasileiros pagassem impostos, o custo subiria a 20 reais por cabeça.
Um ricaço que gasta tanto dinheiro em um almoço sente-se “otário” porque o governo gasta uns trocados de seus impostos para que pessoas que nunca se consultaram com um médico na vida possam passar a ser atendidas.
E o que é pior: Danilo Amaral é burro. Sim, porque o programa Mais Médicos baseia-se no conceito de medicina preventiva. O que significa isso? Que os médicos que faltavam em tantas regiões pobres do país irão diminuir a pressão sobre o sistema público de saúde tratando as pessoas antes que elas adoeçam e gerem custos para o rico dinheirinho desse… sujeito.
Danilo Amaral representa muito bem o setor da sociedade que bate panelas cravejadas de brilhantes contra o governo Dilma e o PT e que se recusa a contribuir com uns tostões para mitigar a descomunal dívida social deste país. Representa e ignorância dessa gente, que não imagina o que acontecerá se essa dívida não começar a ser resgatada.
Esse homem deveria estudar a Revolução Francesa. Talvez lhe abrisse os olhos e lhe inoculasse responsabilidade social, pois empresário que não a tem tampouco tem capacidade para gerir alguma coisa, como mostra a trajetória de Amaral.
PADILHA COMENTA
Na manhã desta segunda-feira, 18 de maio, o amigo Alexandre Patilha postou comentário aqui no Blog, logo abaixo, complementando informações e reclamando por não ter sido convidado para o churrascão. Peço desculpas por ter me esquecido de que ele também lê está página. A falha não se repetirá. Leia, abaixo, o comentário do ex-ministro.
Querido Eduardo,
sou eu mesmo que te escreve.Em primeiro lugar, para ajudar a esclarecer parte dos seus leitores: estava naquele restaurante, onde nunca entrará antes, porque lá almoçam regularmente amigos de escola cuja amizade cultivo há mais de 30anos.
Sim, eles são, na sua quase totalidade, não-petistas. Divergem das minhas opiniões, mas somos grandes amigos. Fui lá porque eles vão lá.
E mais um informe: nossa conta final foi de R$185,0/pessoa, o que considero caro também (não tomamos bebida alcoólica na ocasião, estavam dirigindo).
Como eu deixei claro na minha resposta no meu perfil pessoal do Facebook https://twitter.com/padilhando/status/599557412660649984, tenho, sim, amigos que fazem parte da elite econômica paulistana, como tenho amigos médicos que também fazem parte da mesma elite, afinal me formei pela USP e Unicamp, mas o clima de ódio e intolerância cultivado por alguns nunca nos contaminou. Nem deixaremos que nos contamine.
Não me elitizei, pelo contrário, mesmo sendo de uma origem social que me fez frequentar o mesmo banco de escola e faculdade da nossa elite econômica paulistana, optei por lutar pela redução da desigualdade regional e social no pais.
Desde a minha adolescência, na minha militância política, fiz mais amigos e mais almoços no Itaim Paulista do que no Itaim bibi.
Segundo, parabéns pela matéria ! É impressionante como você, mesmo atuando em um meio eletrônico, motivo pelo qual muitos justificam matérias sem apuração , sempre traz um “jornalismo denso, que busca apurar os fatos”, hoje desprezado. Parabens!!!
E da próxima vez me convida para esse churras aí… kkkkk”
*
CHURRASCÃO DA CIDADANIA
Eis, na foto e nos vídeos abaixo, uma prévia do que foi o churrascão com leitores paulistas desta página. 267 pessoas assinaram o “livro de presença”, fora as que não assinaram


churrascão foto






sexta-feira, 15 de maio de 2015

ALEXANDRE PADILHA É HOSTILIZADO EM RESTAURANTE EM SP

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A reação ao médico que xingou mineiros e nordestinos

A reação ao médico que xingou mineiros e nordestinos

publicado em 11 de novembro de 2014 às 12:51
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segunda-feira, 10 de novembro de 2014

Não dá pra ficar calado!!!

por Hudson Vilas Boas, que como o médico é de Poços de Caldas, no Dissolvendo no Ar

“Um dia vieram e levaram meu vizinho que era judeu. Como não sou judeu, não me incomodei. No dia seguinte, vieram e levaram meu outro vizinho, que era comunista. Como não sou comunista, não me incomodei.”. Mas “no quarto dia vieram e me levaram. Já não havia ninguém para reclamar”.
(Martin Niemoler)

Ao ler a famosa frase do pastor luterano nascido na Alemanha e testemunha dos horrores da Segunda Guerra Mundial, simplesmente não dá para ficarmos calados diante da onda de ódio, preconceito e intolerância que toma conta de alguns setores ditos “politizados” do Brasil.

Escolhermos nos calar nesse instante, significa pecarmos por omissão diante do monstro que aos poucos vai sendo fomentado por uma elite que se recusa a repartir até migalhas, quanto mais construir uma sociedade minimamente civilizada e que faça jus, ao menos, de ser chamada de democrática.

Estou lendo com muita atenção a obra recém lançada do filósofo francês Jacques Rancière“Ódio à
Democracia” e é incrível perceber o quanto a conquista de direitos por minorias – entendamos por minoria os oprimidos política, cultural e economicamente – traz consigo a intolerância daqueles que antes detinham determinados privilégios.

Temos vivido isso nessas primeiras semanas pós eleições. Na verdade uma certa onda de intolerância e preconceito já nos ronda bem antes da campanha desse ano. Quem não se lembra da frase recheada de preconceitos jactada por Jorge Bornhausen em 2005?

Naquela oportunidade o então senador pelo PFL de Santa Catarina expôs o sentimento de muitos dos seus confrades ao se referir ao PT, seus membros e simpatizante como “raça” – “Vamos acabar com essa raça. Vamos nos ver livres dessa raça por pelo menos 30 anos”.

No entanto, após promulgado o resultado da última eleição presidencial em que sagrou-se vencedora a presidenta candidata a reeleição, todo e qualquer pudor foi prontamente deixado de lado e foram retirados do armário esqueletos de intolerância, ódio e preconceito.

O fascismo deixou de ser apenas flertado por parte de nossa “elite” e foi assumido sem nenhum rubor. Os militares chamados de volta e o Brasil, do dia para a noite, se converteu numa república bolivariana, comunista, soviética…

Nesse contexto pobres, negros, mulheres, militantes dos mais diversos movimentos sociais, sindicalistas, homossexuais, defensores dos direitos humanos, mas sobretudo nordestinos (esses nos últimos dias ganharam a companhia de cariocas e mineiros) passaram a ser tratados como escória da humanidade e sujeitos incapazes de participar de forma plena da sociedade, tendo que ser constante e permanentemente tutelados.

Todo esse “povo” que faz parte da sociedade brasileira, na visão elitista forma um grupo de preguiçosos, indolentes, inaptos, idiotas que se vendem em troca dos parcos benefícios oriundos dos programas sociais financiados pelos exorbitantes impostos pagos por quem realmente trabalha, mas é massacrado diuturnamente pela presença do Estado aparelhado pela camorra que dele se apropriou há 12 anos.

Portanto, nada mais justificável do que, por exemplo, chamar nordestinos de antas, mineiros de burros e ao mesmo tempo clamar para que uma intervenção militar livre o Brasil desse governo corrupto bolivariano, comunista, soviético…

É essa visão preconceituosa, divorciada de qualquer nexo com a realidade, difusora do discurso do ódio, da intolerância e do autoritarismo que somos obrigados a combater se quisermos de fato avançar na construção de uma sociedade mais justa, mais igual, mais democrática.

Se quisermos de fato sairmos do atual estágio de democracia meramente formal para alcançarmos aquilo C. B. Macpherson chama de democracia substancial. Democracia substancial é justamente aquela cujos poderes transpassam a esfera das instituições estatais e torna a sociedade civil organizada sua co-protagonista.

Infelizmente não conseguiremos chegar a tanto enquanto parte de nossa sociedade preferir viver na Idade das Trevas ao invés do século XXI.

Ontem eu estava lendo um artigo dedicado a contar um pouco da história do Partido Operário Social Democrata da Suécia e seus ininterruptos e incríveis 40 anos no poder.

Não dá pra comparar Suécia com Brasil e menos ainda o sistema parlamentarista dos escandinavos com nosso presidencialismo torto. Mas o que achei interessante é que em muitos momentos houve na Suécia um consenso entre governo e oposição em torno de temas que mudariam a face da sociedade sueca.

Como pensar em algo assim no Brasil quando o partido que perde uma eleição sequer reconhece sua derrota? Pior, acaba com isso incitando (diretamente ou não) o clima de nós contra eles, de Brasil dividido por conta do mapa eleitoral.

Pena, ainda estamos anos-luz de sermos uma sociedade minimamente civilizada. Ainda falta muito para termos uma sociedade na qual haja uma defesa intransigente das liberdades individuais e radical dos direitos coletivos.

Leia também:

O caso de racismo envolvendo a USP de Ribeirão Preto

sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Médicos que pediram “castração química” de petistas atacam de novo



Após o lançamento do programa Mais Médicos e a consequente chegada de médicos cubanos ao Brasil, a classe médica brasileira vem promovendo um show de horrores. Há menos de um mês, o portal IG fez uma denúncia estarrecedora:

Grupo com quase 100 mil que se dizem médicos ou estudantes de medicina defende ‘castrações químicas’ a eleitores do PT

A denúncia do IG espalhou-se como fogo e por certo fez ver a boa parte dos formadores de opinião o movimento nazista que se aglutinou em torno da candidatura Aécio Neves. Para entendimento dos fatos que serão narrados mais adiante, vale rever trecho daquela matéria.


Sobre a comunidade do Facebook “Dignidade Médica”, que propôs “holocausto” e “castrações químicas” contra eleitores do PT, sobretudo nordestinos, para que “não se reproduzam” tem como uma das organizadoras a senhora Patricia Sicchar, que se declara médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus em perfil da rede social.
Confira, abaixo, trecho de outra matéria do IG sob o título “Médica de grupo anti-PT minimiza holocausto a nordestinos: ‘é revolução do agir’”.


Como se vê, uma das médicas organizadoras do tal “holocausto” médico contra nordestinos eleitores do PT é servidora da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus, sob responsabilidade do prefeito tucano Arthur Virgílio Neto (PSDB-AM), líder do PSDB no Senado de 2003 a 2010.
Agora, os médicos manuenses voltam à ribalta com um movimento que pretendem espalhar pelo país. Chegou ao Blog uma denúncia séria contra médicos daquela capital. E o pior: a denúncia sugere que abuso desses médicos contaria com a conivência dos hospitais em que trabalham.
O denunciante enviou ao Blog link de perfil no Facebook de um médico manuense chamado Lano Macedo, que se diz funcionário do Hospital Beneficente Português do Amazonas, que já se envolveu em polêmicas como desrespeitar a “Lei do acompanhante no parto”, conforme denúncia do médico psiquiatra Rogélio Casado.



O tal médico Lano Macedo lidera um movimento de médicos manauenses no Facebook que propõe que a classe médica – e, consequentemente, os hospitais onde aqueles médicos trabalham – boicotem os laboratórios que doaram recursos à campanha da presidente Dilma Rousseff


A confissão dos médicos de que irão deixar de recomendar fabricantes de medicamentos sob razões político-partidárias e ideológicas é um escândalo. E se aquele laboratório tiver medicamento mais conveniente para os pacientes, seja em termos de preço, qualidade ou outro?
Após o episódio “holocausto e castração química”, produzido a partir de organização de médicos de Manaus como o tal Lano Macedo, o Conselho Federal de Medicina (CFM) emitiu nota condenando os autores daquela barbaridade.

Resta saber o que o CFM tem a dizer sobre essa atitude de médicos de Manaus. E, aliás, deveria investigar – talvez até com participação do Ministério Público – se médicos de outras regiões também estão adotando uma conduta profissional inadequada não só por se misturar com os interesses político-partidários deles, mas por prejudicar seus pacientes.
Por fim, resta saber, também, que atitude o prefeito tucano Arthur Virgílio tomou contra a servidora pública  Patricia Sicchar, que se declarou médica da Secretaria Municipal de Saúde de Manaus e organizou o movimento propondo “castração química” de eleitores do PT.

sábado, 18 de outubro de 2014

PML: O FASCISMO NOS ESPREITA NA RETA FINAL

Na quinta-feira, quando Dilma teve uma queda de pressão no SBT, um médico gaúcho usou o twitter para mandar essa “#%&!##”chamar um “médico cubano.”
(Dois dias antes, ao sair do carro no estacionamento da TV Band, para o debate anterior, a presidente foi recebida pelos gritos de um assessor parlamentar adversário. Ouviram-se coisas como “vaca”, “vai para casa…”)
No Rio, o cronista Gustavo Duvivier passou a receber diversos tipos de ameaça depois que publicou um texto onde deixou clara sua preferência por Dilma.
Agressores avançaram sobre o escritor Enio Gonçalves Filho, blogueiro com momentos de boa inspiração — e que é cadeirante — quando ele se dirigia ao Churrasco dos Desinformados, na Praça Roosevelt. Enio se dirigia a um protesto para responder ao comentário de Fernando Henrique Cardoso sobre a vantagem de Dilma nos estados do Nordeste (“O PT está fincado nos menos informados, que coincidem de ser os mais pobres. Não é porque são pobres que apoiam o PT. É porque são menos informados,” disse FHC).
No meio do caminho, três sujeitos avantajados tentaram obrigar Enio a tirar sua camisa vermelha — ele é petista — e chacoalhavam sua cadeira de rodas.
Uma comunidade de quase 100 mil usuários numa rede social, que se declaram profissionais da classe médica brasileira, se tornou palco de uma guerra dentro da  corrida presidencial. Com o título de “Dignidade Médica”, as postagens do grupo pregam “castrações químicas” contra nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, como recepcionistas de consultório e enfermeiras, e propõe um “holocausto” contra  os eleitores de Dilma.

A maioria dos estudiosos costuma ligar a emergência do ódio político, sentimento que está na base dos movimentos fascistas, a situações de crise econômica, quando a maioria das pessoas não enxerga uma saída para suas vidas nem para suas famílias. Embora a economia brasileira tenha crescido pouco em 2014, ninguém definiria a situação do Brasil como catastrófica.
Ao contrário do que ocorria na Europa dos anos 20 e 30, que viu nascer os regimes de Benito Mussolini e Adolf Hitler, o Brasil não se encontra numa situação de superinflação nem de desemprego selvagem. A média dos últimos quatro anos de inflação é a segunda mais baixa da história do IBGE — numa linha que vai até 1940.
O desemprego é o menor da história e continua caindo. Nada menos que 123 000 novos postos de trabalho foram criados em setembro 2014. É inegável que ao longo dos anos ocorreram avanços na distribuição de renda, no combate a desigualdade, na ampliação dos direitos das maiores que passavam excluídas pela historia.
A intolerância de 2014 tem origem política e tem sido estimulada pelos adversários do PT e Dilma. Procura-se questionar a legitimidade de suas decisões e rebaixar moralmente os eleitores os apóiam.
Em 2006, quando Lula foi reeleito, um ano e meio depois das denúncias de Roberto Jefferson, o Estado de S. Paulo publicou uma reportagem tentando sustentar que “a aceitação da corrupção na política está mais presente entre os eleitores de baixa renda.”
Ao fazer pesquisas que associavam valores morais aos anos de educação formal de um cidadão, o estudo A Cabeça do Brasileiro sugeria que a baixa escolaridade — condição da maioria da população — tornava a parcela menos educada da população mais vulnerável ao “jeitinho” e outras práticas condenáveis.
Procurando entender a origem do fascismo nas primeiras décadas do século passado, Hanna Arendt deixou lições que podem ser úteis para o Brasil de 2014.
Hanna Arendt usava uma expressão interessantíssima — “amargura egocêntrica” — para definir a psicologia social dessas pessoas que integravam movimentos de vocação fascista. Ela escreveu: “a consciência da desimportância e da dispensabilidade deixava de ser a expressão da frustração individual e se tornava um fenômeno de massa.”
É sempre interessante recordar um levantamento feito em 2011 pelo instituto Data Popular. Entrevistando 18 000 cidadãos na parte superior da pirâmide de renda, o DataPopular descobriu que:
55,3% concordam que deveria haver produtos para ricos e pobres
48,4% concordam que a qualidade dos serviços piorou com o maior acesso da população
62,8% concordam que estão incomodados com o aumento das filas
49,7% concordam que preferem frequentar ambientes com pessoas do seu nível social
16,5% concordam que pessoas mal vestidas deveriam ser barradas em alguns lugares
26,4 % concordam que o metrô aumenta a circulação de pessoas indesejáveis na região em que moram
17,1% concordam que todos os estabelecimentos deveriam ter elevadores separados.
A intolerância e o ódio cresceram no Brasil com uma consequência inevitável de um movimento destinado à criminalização da política e dos políticos — em particular do Partido dos Trabalhadores, nascido para ser “aquela parede protetora” das classes assalariados e dos mais pobres, para usar uma expressão de Hanna Arendt. Pela destruição das barreiras de classe, que permitem distinguir um partido de outro, os interesses de uns e de outros, firmou-se o conceito de que nossos homens públicos são autoridades sem escrúpulo e bandidos de alta periculosidade, sem distinção, descartáveis e equivalentes, “não apenas perniciosas, mas também obtusas e desonestas, ” como escreveu a mestra.
As atitudes agressivas e tentativas de humilhação nasceram durante o julgamento da AP 470, no qual se assistiu a um espetáculo seletivo de longa duração. Enquanto os acusados ligados ao PT e ao governo Lula eram julgados em ambiente de carnaval cívico-televisivo, num espetáculo transmitido e estimulado por programas de TV, os acusados do PSDB, envolvidos nos mesmos esquemas, dirigidos pelas mesmas pessoas — e até com mais tempo de atividade — foram despachados para tribunais longe da TV, a uma distancia de qualquer pressão por celeridade. Sequer foram julgados — embora a denúncia seja anterior.
Há outros componentes no Brasil de 2014. A referencia sempre odiosa aos médicos cubanos que respondem pelo atendimento de brasileiros que nossos doutores verde-amarelos não têm a menor disposição de atender, revela o casamento do preconceito com um anticomunismo primitivo, herança viva da ditadura de 1964. Permite ao fascismo recuperar o universo Ame-o ou Deixe-o, assumir-se como aliado da ditadura sem dizer isso de forma explícita.
O progresso social dos últimos anos ajudou a criar ressentimento de camadas de cima que se vêem ameaçadas — — em seu prestígio, mais do que por outra coisa – em função do progresso dos mais pobres, essa multidão despossuída que na última década conseguiu retirar uma fatia um pouco mais larga do bolo da riqueza do país.
Em 2010, a vitória de Dilma Rousseff foi saudada em São Paulo por um grito no twitter: “Faça um favor a SP: mate um nordestino afogado!”, escreveu uma estudante de Direito. Três anos mais tarde, ela foi condenada um ano e cinco meses de prisão, mas teve a pena transformada em prestação de serviços comunitários.
“O que perturba os espíritos lógicos é a indiscutível atração que esses movimentos exercem sobre a elite “, escreveu Hanna Arendt.
Richard Sennet, um dos principais estudiosos das sociedades contemporâneas, definiu o ressentimento como a convicção de que determinadas reformas em nome do povo “traduzem-se em conspirações que privam as pessoas comuns de seu direito e seu respeito.” Os benefícios oferecidos aos mais pobres resultam em insegurança e insatisfação por parte dos cidadãos que estão acima das políticas sociais dirigidas às camadas inferiores, explica Sennet, para quem essas pessoas tem o sentimento de que o governo “não conhece grande coisa de seus problemas, apesar de falar em seu nome.”
Mas quais seriam estes problemas? Hanna Arendt falou em “amargura egocêntrica.”
Na decada de 1950, poucas medidas de Getúlio Vargas despertaram o ódio de seus adversários como a decisão de aumentar o salário mínimo em 100%. Pouco importava que esse número se baseasse na inflação do período anterior, de inflação altíssima. A questão é que, com um salário desses, um operário da construção civil poderia ganhar o mesmo que um militar de baixa patente e outros funcionários públicos — e isso era inaceitável num país onde o trabalho de um pedreiro era visto como a herança da escravidão.
O fim da história nós sabemos.

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

Anfitrião de Dilma, SBT tira sarro e se engaja por Aécio


:  twitter
"Gente boa, foi muita emoção por hoje. Peraí que vou tomar meu remédio de pressão que a briga foi boa! beijos e boa noite!!!", publicou a jornalista Rachel Sheherazade, apresentadora do telejornal do SBT, em sua conta no Twitter, depois que Dilma sofreu uma queda de pressão ao final do debate; em outro tweet, ela também postou: "calma, gente! não se preocupem. o Brasil tem SUS, tem a melhor saúde pública, e tem ainda Mais Médicos. não faltará assistência à presidente"; para uma empresa que é uma concessão pública e foi anfitriã da presidente, agressão revela, no mínimo, falta de educação; para quem esperava isenção do jornalismo da casa de Silvio Santos, socorrida pelo governo Lula no caso Panamericano, Sheherazade revelou total engajamento 

247 - Apresentadora do terceiro maior telejornal do País, no SBT, a jornalista Rachel Sheherazade não fala apenas por si, quando se manifesta no Twitter. De certa forma, representa também a casa que a emprega – especialmente no dia em que o grupo de Silvio Santos foi anfitrião de um debate que recebeu a presidente da República, Dilma Rousseff, e seu adversário, o senador Aécio Neves.

Nesse contexto, Sheherazade e o SBT foram extremamente deselegantes ao comentar a queda de pressão sofrida por Dilma, logo após o debate. Em dois tweets, a apresentadora ironizou o incidente. "Calma, gente! não se preocupem. o Brasil tem SUS, tem a melhor saúde pública, e tem ainda Mais Médicos. não faltará assistência à presidente", postou. Em seguida, repetiu a dose. "Gente boa, foi muita emoção por hoje. Peraí que vou tomar meu remédio de pressão que a briga foi boa! beijos e boa noite!!!".

Não custa lembrar que a lei eleitoral exige isenção das emissoras de TV – aliás, Dilma foi impedida de fazer seu comentário final porque teria gasto seu tempo, no momento em que se sentiu mal. Mas como esperar equilíbrio de uma emissora, cuja apresentadora principal tira sarro da presidente e se engaja por seu opositor? Em outros tweets, ele se posicionou claramente em favor de Aécio (leia aqui).

Também não custa lembrar que o SBT, além de concessão pública, pertence ao empresário Silvio Santos, que foi socorrido pelo governo Lula na quebra do banco Panamericano. Ontem, no entanto, o grupo rasgou de vez sua fantasia.

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

Médicos no Facebook pregam 'holocausto' com eleitores de Dilma




   Nova política: a Rede de Marina está rachada e dificulta a baldeação da candidata que quer apoiar Aécio a qualquer custo; Marina já ameaça não acatar a orientação da maioria.


 Resistência de Luiza Erundina faz PSB rever apoio a Aécio: partido deve optar pela neutralidade e liberar o voto dos filiados.
 

Marcelo Freixo, do PSOL, o deputado federal mais votado do Rio, antecipa-se ao partido e declara apoio a Dilma no 2º turno: Não admito o retrocesso de uma volta a um governo tucano.


 Oito dos 13 governadores eleitos domingo apoiam Dilma


 Marina mantém a coerência e adere à candidatura que tem em Armínio Fraga um embaixador do juro alto


 Dilma venceu em 11 capitais; aliança petista manteve maioria na Câmara: 339 deputados x 181 de Aécio e Marina ; no Senado Dilma terá maioria de 52 cadeiras x 27 de Aécio e Marina


:
Comunidade "Dignidade Médica", que conta com quase 100 mil internautas que se dizem médicos ou estudantes de medicina, defende 'castrações químicas' a eleitores do PT: "70% de votos para Dilma no Nordeste! Médicos do Nordeste causem um holocausto por aí! Temos que mudar essa realidade!", postou um usuário; Conselho Federal de Medicina (CFM), com sede em Brasília, afirmou ser “contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa” 

247 – A página "Dignidade Médica", no Facebook, que conta com quase 100 mil usuários que se declaram profissionais da classe médica brasileira coleciona postagens polêmicas contra eleitores da presidente Dilma Rousseff.
Segundo reportagem do IG, alguns internautas propõem "castrações químicas" contra nordestinos, profissionais com menor nível hierárquico, como recepcionistas de consultório e enfermeiras.

Outro usuário diz: "70% de votos para Dilma no Nordeste! Médicos do Nordeste causem um holocausto por aí! Temos que mudar essa realidade!".
Questionado, o Conselho Federal de Medicina (CFM), com sede em Brasília, afirmou ser “contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa”.

Leia abaixo a íntegra da nota CFM:
“O Conselho Federal de Medicina (CFM) é contra qualquer comentário ou ação que denote atitude preconceituosa praticada por qualquer pessoa por conta de aspectos como etnia, origem geográfica, gênero, religião, classe social, escolaridade, orientação sexual ou posicionamento ideológico, entre outros. Esse entendimento representa a percepção da classe médica brasileira.
Para a Autarquia, o Brasil é um país democrático, onde todos os cidadãos devem e podem manifestar suas opiniões, inclusive políticas. No entanto, esta expressão deve ter como parâmetros o comportamento ético e o respeito às leis. Casos que extrapolem esses limites devem ser investigados pelas autoridades competentes.”

terça-feira, 19 de agosto de 2014

Dilma dá show em 11′ ! Se não abateram até agora… Primeiro programa do horário eleitoral foi um massacre !







amigo navegante deve imaginar o efeito de um vídeo dessa qualidade, ao longo da campanha, até outubro.

E comparar com os dois minutos do Aecioporto – que não tem nada a declarar -  e o minuto (dividido) da Bláblá, que tem muito o que explicar …  (Clique aqui para ver a denúncia do deputado Aldo Rebelo.)

(E aqui para ler “Casamento de fachada”.)

Dilma mostra o que realizou, sem ser didática, professoral.

Nem Imperial, como aquele que está nu.

E passa a informar: a crise lá fora e como ela preservou os empregos e a renda, aqui.

Ela demonstrou, já na saída, que vai neutralizar os efeitos do manchetômetro e a treva que se tentou montar num veloriomício.

Se não abateram a Dilma até agora, bye-bye !

Em tempo: e a categoria do Lula, amigo navegante, ao se despedir do Eduardo ! Dispensou a gravata preta do Aecioporto, o estafeta do óbvio…