O ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado do mandato nesta madrugada, pode ser preso ainda hoje; isso porque o procurador-geral Rodrigo Janot pediu a prisão de Aécio ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin; o ministro decidiu afastar Aécio do mandato e levará o pedido de prisão ao plenário da corte, numa sessão que ocorrer ainda nesta quinta-feira; Aécio liderou o golpe parlamentar que destruiu a economia brasileira, arrasou a imagem internacional do Brasil e deixou milhões de desempregados; na ação controlada da Polícia Federal, ele foi flagrado pedindo propina de R$ 2 milhões em propina à JBS, prometendo, em troca, uma diretoria da Vale; dinheiro foi entregue à família Perrela, dona do Helicoca, um helicóptero apreendido com 500 quilos de cocaína
Minas 247 – O ex-senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi afastado do mandato nesta madrugada, pode ser preso ainda hoje.
Isso porque o procurador-geral Rodrigo Janot pediu a prisão de Aécio ao relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal, Edson Fachin.
O ministro decidiu afastar Aécio do mandato e levará o pedido de prisão ao plenário da corte, numa sessão que ocorrer ainda nesta quinta-feira.
Aécio liderou o golpe parlamentar que destruiu a economia brasileira, arrasou a imagem internacional do Brasil e deixou milhões de desempregados.
Na ação controlada da Polícia Federal, ele foi flagrado pedindo propina de R$ 2 milhões em propina à JBS, prometendo, em troca, uma diretoria da Vale (saiba mais aqui).
O dinheiro foi entregue à família Perrela, dona do Helicoca, um helicóptero apreendido com 500 quilos de cocaína, caso que agora poderá ser esclarecido.
Quando Benedicto Júnior, número dois da Odebrecht, denunciou um caixa dois de R$ 9 milhões para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso saiu em defesa do seu pupilo e criou a teoria do "caixa dois do bem", logo abraçada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal; agora, é o número um da empreiteira, Marcelo Odebrecht, quem denuncia uma bolada de R$ 50 milhões para Aécio, paga até em Cingapura, como contrapartida pelos investimentos que a Cemig e Furnas fizeram numa usina do Rio Madeira; FHC ainda não divulgou uma segunda nota, mas deveria se desculpar diante dos brasileiros por ter avalizado o golpe contra a democracia liderado por Aécio – o político com maior número de pedidos de inquéritos na lista de Janot
Minas 247 – Há exatamente duas semanas, o número dois da Odebrecht, Benedicto Júnior, depôs ao ministro Hermann Benjamin, do Tribunal Superior Eleitoral, e denunciou o caixa dois de R$ 9 milhões ao senador Aécio Neves (PSDB-MG), que foi distribuído para aliados como o senador Antonio Anastasia (PSDB-MG), relator do golpe no Senado, e Dimas Fabiano Toledo, filho do responsável pela notória lista de Furnas.
Benjamin mandou colocar tarjas pretas sobre o nome de Aécio, mas o estrago estava feito. Aécio, que propôs ação no TSE contra a presidente eleita Dilma Rousseff, foi desmoralizado, mas conseguiu uma nota pública de apoio do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que lançou a tese do "caixa dois do bem".
"No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção", disse FHC (relembre aqui).
Agora, no entanto, Aécio foi delatado pelo número um da empreiteira, Marcelo Odebrecht, que denunciou o pagamento de R$ 50 milhões ao presidente nacional do PSDB, como contrapartida aos investimentos da Cemig, estatal mineira, e Furnas fizeram numa das usinas do Rio Madeira. Parte da propina teria até sido paga em Cingapura a um operador de Aécio (leia aqui).
Será que este caso também se enquadra na teoria do "caixa dois do bem"? O que fará FHC para defender seu pupilo?
Na realidade, FHC deveria apenas se desculpar diante dos brasileiros por ter avalizado o golpe contra a democracia liderado por Aécio – o político com maior número de pedidos de inquéritos na lista de Janot.
Leia, abaixo, a íntegra da nota anterior de FHC:
Lamento a estratégia usada por adversários do PSDB que difundem "noticias alternativas" para confundir a opinião pública.
A imprensa é instrumento fundamental da democracia. Usada por quem não é criterioso presta um mau serviço ao país.
Parte do noticiário de hoje sobre os depoimentos da Odebrecht serve de sinal de alerta. Ao invés de dar ênfase à afirmação feita por Marcelo Odebrecht, de que as doações à campanha presidencial de Aécio Neves, em 2014, foram feitas oficialmente, publicou-se a partir de outro depoimento que o senador teria pedido doações de caixa dois para aliados.
O senador não fez tal pedido. O depoente não fez tal declaração em seu depoimento ao TSE.
É preciso serenidade e respeito à verdade nessa hora difícil que o país atravessa.
Ademais, independentemente do noticiário de hoje tratar como iguais situações diferentes, não é o caminho para se conhecer a realidade e poder mudá-la.
Visto de longe tem-se a impressão de que todos são iguais no universo da política e praticaram os mesmos atos.
No importante debate travado pelo país distinções precisam ser feitas. Há uma diferença entre quem recebeu recursos de caixa dois para financiamento de atividades político-eleitorais, erro que precisa ser reconhecido, reparado ou punido, daquele que obteve recursos para enriquecimento pessoal, crime puro e simples de corrupção.
Divulgações apressadas e equivocadas agridem a verdade, e confundem os dois atos, cuja natureza penal há de ser distinguida pelos tribunais.
A palavra de um delator não é prova em si, apenas um indício que requer comprovação. É preciso que a Justiça continue a fazer seu trabalho, que o país possa crer na eficácia da lei e que continue funcionando.
A desmoralização de pessoas a partir de "verdades alternativas" é injusta e não serve ao país. Confunde tudo e todos.
É hora de continuar a dar apoio ao esforço moralizador das instituições de Estado e deixar que elas, criteriosamente, façam Justiça.
Sucesso de público e crítica, a transposição do rio São Francisco já enfrentou forte oposição do PSDB; primeiro com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, que barrou a obra em 2001; 12 anos depois, o senador Aécio Neves, presidente nacional do PSDB e candidato a presidente da República, fez duras críticas à obra, materializada nas gestões de Lula e Dilma; "A verdade é que a seca e a sede continua a castigar quem luta para tocar a vida", diz Aécio em vídeo gravado na cidade de Mauriti (CE); "O governo federal gasta mal o dinheiro e o benefício não chega"; desconexão de Aécio com a realidade brasileira viraliza na internet no momento em que a população do sertão nordestino festeja a chegada das águas do Velho Chico
247 - A internet resgatou mais um argumento, exposto pelo próprio senador Aécio Neves (PSDB), que comprova sua desconexão com a realidade da maioria da população brasileira.
Na campanha de 2014, Aécio fez duras críticas às obras da transposição do Rio Francisco. "A verdade é que a seca e a sede continua a castigar quem luta para tocar a vida", diz o senador em vídeo gravado na cidade de Mauriti (CE). "O governo federal gasta mal o dinheiro e o benefício não chega", afirma o então candidato a presidente pelo PSDB. Assista no vídeo acima.
Críticas de Aécio à transposição viraliza no momento que as águas do São Francisco percorrem dezenas de municípios do sertão nordestino e a população comemora.
Em Sertânia (PE), moradores não resistiram e festejaram na água o momento histórico. Região é contemplada pelo Eixo Leste da obra, que tem 217 km de extensão. Ao todo, as obras de transposição, realizadas pelos governos Lula e Dilma, vão beneficiar 12 milhões de pessoas em 390 localidades em PE, PB, CE e RN, além de 294 comunidades rurais às margens dos canais. "Se não fosse Lula e Dilma, não teria isso aqui não", diz um morador de Sertânia, ao mostrar a água chegando no reservatório da cidade.
A iniciativa foi anunciada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que também acusou o delegado Igor Romário de Paula, chefe da Lava Jato, de cometer abuso de autoridade contra o ex-presidente Lula ao prever sua prisão num prazo de 60 dias; Pimenta afirmou que o PT irá ao Ministério Público e ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para exigir a punição do delegado; "além de criminoso, ele foi covarde, pois buscou atingir o presidente Lula num momento de fragilidade", disse Pimenta, lembrando que Lula acompanha Dona Marisa, que está em coma, no hospital; Pimenta lembrou ainda que o delegado Igor fez campanha nas redes sociais para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o político mais delatado na Lava Jato; vídeo
247 – O Partido dos Trabalhadores irá acionar o delegado Igor Romário de Paula, que conduz a Lava Jato, na Justiça. A iniciativa foi anunciada pelo deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que também acusou o delegado Igor Romário de Paula, chefe da Lava Jato, de cometer abuso de autoridade contra o ex-presidente Lula ao prever sua prisão num prazo de 60 dias (leia aqui).
Pimenta afirmou que o PT irá ao Ministério Público e ao ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, para exigir a punição do delgado.
"Além de criminoso, ele foi covarde, pois buscou atingir o presidente Lula num momento de fragilidade", disse Pimenta, lembrando que Lula acompanha Dona Marisa, que está em coma, no hospital.
Pimenta lembrou ainda que o delegado Igor fez campanha nas redes sociais para o senador Aécio Neves (PSDB-MG), o político mais delatado na Lava Jato.
Segundo Estadão, Rodrigo Janot quer ficar, para concluir a obra-magna da Lava Jato.
Ele disputa com o cachalote a precedência na escalada do jn com a cobertura da prisão do Lula.
O resto é o luar de Paquetá, diria o Nelson Rodrigues.
O Janot merece, diria o Eugênio Aragão, que o conhece como a palma da mão - além do Alexandre de Moraes, claro.
O Janot faz parte daquela categoria dos Procuradores que só procuram o que querem achar: Brindeiro (a gaveta do FHC), Antonio Fernando (que achou os 40 ladrões e depois foi advogar para o Daniel Dantas...) e Roberto Gurgel que brilhou no mensalão do PT (e enfiou o do PSDB na gaveta do Brindeiro...).
Deu nisso o "republicanismo" do PT...
Janot de dois mandatos já está inscrito na História: se esqueceu de ir a Furnas procurar o Mineiro (na lista de alcunhas da Odebrecht é o Aécio) e deixou o Eduardo Cunha solto até que ele derrubasse a Dilma.
Depois, foi implacável!
Porém, sua obra mais nobre, sua Nona Sinfonia, foi dar oxigênio aos dallagnóis da Lava Jato!
Janot merece três, quatro mandatos, cinco mandatos: à frente do paredón do C Af!
A conduta do juiz Sergio Moro fez a ONU adiar para o final de janeiro o prazo que o organismo havia dado ao governo Temer para explicar o processo do Estado brasileiro contra o ex-presidente Lula.
Explico: o que ocorre é que, conforme a Lava Jato, nas pessoas do procurador Deltan Dallagnol e do juiz Sergio Moro, vai dando seus shows antipetistas, a defesa do ex-presidente vai informando à ONU esses passos de modo a corroborar a afirmação de que a Operação e seus condutores agem com motivações político-partidárias.
Há cerca de dois meses, o Comitê de Direitos Humanos da ONU recebeu novos documentos enviados pelos advogados de Lula. Em carta, os advogados citam apresentação em powerpoint dos procuradores da Lava Jato que, apesar de reconhecerem que não têm provas, acusam o ex-presidente de ser “chefe de uma organização criminosa”.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, “ao manter o processo vivo em Genebra, os peritos da ONU (…) apontaram que (…) a pressão sobre a Justiça brasileira continuará criando uma espécie de habeas corpus internacional” para Lula.
O que significa isso? Significa que, apesar de a ONU não ter poder de decisão em território brasileiro, ao acompanhar o caso de Lula o organismo impede que medidas abusivas sejam tomadas contra aquele que os brasileiros consideram o melhor presidente da história e que é o líder em todas as pesquisas para a sucessão presidencial de 2018.
Para quem não sabe, a ONU, ao aceitar investigar a condução dos processos contra Lula no Brasil, está meio que auditando esses processos e, também, os que o conduzem, com destaque para Sergio Moro, que, de longe, por seu gosto incontrolável por holofotes e elogios está produzindo uma fartura de provas de que o que menos busca é justiça.
Nesta semana, o juiz paranaense se superou. Dois momentos foram particularmente simbólicos em relação à sua parcialidade contra Lula e a favor de tucanos.
Momento um: apareceu ao lado do cantor Fagner, em um restaurante, aplaudindo uma música que diz que a função dele é “enjaular vagabundo” em vez de julgar com serenidade e isenção acusados pela Justiça.
Momento dois: durante evento da revista IstoÉ realizado na noite da última terça (6) em São Paulo, o superstar foi Sérgio Moro. Premiado como o “Brasileiro do Ano na Justiça”, Moro ofuscou artistas e políticos. Inebriado pela condição de celebridade, produziu cenas bizarras para alguém cujo trabalho deveria se pautar pela circunspeção e isenção.
Fotos de Moro confraternizando e trocando confidências com políticos do PSDB, muitos deles investigados pela Lava Jato, correram o Brasil e o mundo. Fotos em que ele se entrega à tietagem dos “fãs”, todos inimigos políticos do PT, idem.
O senador tucano Aécio Neves, citado em delações da Odebrecht e da OAS, trocava confidências com Moro. Sorridentes, ambos conversavam de forma descontraída ao longo da cerimônia. Aécio é investigado por sua atuação na CPI dos Correios e por supostamente ter recebido propina da estatal Furnas.
A conduta de Moro nesse evento fez a festa das redes sociais
Esse farto material revelando o envolvimento político de Moro corrobora ipsis-litteris as queixas de Lula à ONU, que afirmam, entre outras coisas, que o juiz federal não tem isenção para julgar o ex-presidente por manter ligações políticas cada vez mais inegáveis.
Várias pessoas me perguntaram por que Moro age com tanta desfaçatez, deixando todos verem sua ligação estreita com o PSDB e com os que conduziram o golpe de Estado que substituiu o governo eleito do Brasil por um governo sem legitimidade popular.
A resposta é muito simples: porque ele pode. Não há mais Justiça no Brasil. E os órgãos de controle da magistratura estão de quatro para Moro. Não têm coragem de puni-lo por condutas como essas.
Moro já deixou claro que não está preocupado com a imagem do Brasil. Está mais preocupado com os aplausos, elogios e homenagens que recebem em terras tupiniquins, sobretudo lá na sua doce República de Curitiba.
Entretanto, o primeiro passo para restabelecer a democracia no Brasil é provar ao mundo que houve um golpe no país e que as instituições foram subvertidas pelos golpistas. E isso está acontecendo, sem dúvida.
Há pouco mais de dez dias, recebi mensagem privada, via Facebook, de alguém que, apesar de ler o Blog da Cidadania há sete dos dez anos de existência da página, jamais havia me procurado ou mesmo comentado naquele espaço.
Confira, abaixo, a mensagem de Enzo Fachini Testi, de Maringá.
Fiquei comovido e honrado. São pessoas como essas que me impedem de mandar tudo para o espaço, porque não é fácil ser blogueiro de esquerda em um país como este – você não ganha dinheiro, expõe-se à hidrofobia da direita e trabalha MUITO.
Aceitei o convite de Enzo sem nem mesmo saber direito que dia e hora ele e a família me convocariam para o encontro. No fim, marcamos para o dia 27 (último sábado), à tarde, em um lugar que Enzo considerou que seria emblemático: o restaurante Sujinho, reduto dos “blogueiros sujos”.
Além da honraria de ser considerado tão importante por uma família linda como aquela, ver que Moisés Testi, o patriarca, tem filhos que o amam tanto a ponto de lhe preparar uma surpresa como essa, aqueceu-me o coração.
Chega o sábado. Até havia me esquecido do compromisso. Por volta das 15 horas, toca o celular. Era Enzo, avisando-me de que já estava com o pai no Sujinho, à minha espera. Porém, Moisés não sabia que eu iria encontrá-los e estava impaciente, porque ainda tinha compromissos em São Paulo antes de voltar para Maringá.
Lamentavelmente, só pude me desvencilhar do que estava fazendo lá pelas 16:30 horas; cheguei ao Sujinho às 17 horas.
O restaurante estava lotado e eu não sabia quem eram as pessoas que me esperavam, mas bastaram poucos passos diante do restaurante para ser reconhecido e chamado por Enzo. Foi tocante ver a surpresa do pai, Moisés. Achei que ele ficou emocionado.
Que pai não ficaria, vendo um gesto de carinho como esse partindo dos filhos?
Conversamos por umas duas horas, acompanhados por litros de cerveja e uma bela porção de picanha como aperitivo. Durante o papo, pude saber mais sobre essa família admirável. Sobretudo sobre a luta dos Testi na ultra conservadora Maringá.
Moisés Testi tem 60 anos. É empresário do ramo alimentício em Maringá. Tem dois filhos, Enzo (29 anos) e Lorena (15 anos) – na foto, também aparece Leonardo (23 anos), o sobrinho. Todos eles leitores deste Blog desde 2007, quando a página já tinha 2 anos e surgiu o Movimento dos Sem Mídia.
Quem apresentou o Blog à família foi Enzo, quem, hoje, tem 29 anos e então, lá em 2007, tinha 23 anos.
A família Testi é de esquerda e apoia o PT. Isso, em Maringá, é prova de coragem. Para que se possa mensurar quanto é difícil, relato alguns fatos da história dessa família.
Moisés era empresário de outro setor; tinha a maior locadora de vídeos da cidade, frequentada, em peso, pela elite maringaense. O negócio, segundo relata o patriarca da família Testi, “morreu” devido ao avanço da tecnóloga.
Segundo Moisés, quando ele soube que a rede de locadoras americana Black Buster pediu concordata, ele se deu conta que seria melhor mudar de atividade. Porém, para que se possa mensurar a seriedade desse homem, ele não vendeu a empresa; encerrou-a.
À época, lá pelo início do governo Lula, teria sido possível vender a maior locadora da cidade para algum desavisado. Mas Moisés não quis empurrar o “abacaxi” para que, segundo ele, outra família sofresse como a sua estava sofrendo, com falta de clientes.
O lado mais triste dessa história, porém, é que o negócio de Moisés afundou antes da hora por conta de suas crenças políticas.
Com tristeza no semblante, ele relata episódio envolvendo um dos seus clientes mais frequentes e queridos, à época: Dalton Moro, já falecido, pai do juiz Sergio Moro, que conduz as investigações da Operação Lava Jato.
Eis o que houve: em 2002, esse senhor foi à locadora de Moisés e lhe perguntou se era verdade que ele iria votar em Lula, ao que obteve imediata confirmação. Naquele momento, ele pagou o que devia ao estabelecimento e disse ao estupefato Moisés que por conta da opção política dele nunca mais entraria em sua loja.
A partir dali, a locadora foi parando, parando, até que parou de vez. A empresa, que vinha crescendo, parou de crescer e a crise que atingiu esse mercado de locação de vídeos chegou antes para o negócio de Moisés.
Muitas vezes sou assaltado por dúvidas quanto ao que faço neste blog. Será que vale a pena? Será que não estou perdendo meu tempo, bradando no deserto? A família Testi me mostra que não. Alguma coisa boa devo estar fazendo aqui, para merecer a amizade anônima de gente como aquela.
Obrigado, Enzo. Obrigado, Leonardo. Obrigado, Lorena. E, acima de tudo, Obrigado, Moisés. Vocês me deram o melhor presente de 2014. Dinheiro nenhum seria capaz de comprar tão bela dádiva, que só nobreza moral como a dos Testi pode oferecer.
Advogados do ex-presidente levam à Justiça registros de que o juiz Sérgio Moro, da Lava Jato, esteve nessa semana em dois eventos em que aparece em momentos íntimos e de confraternização com políticos do PSDB; em Mato Grosso, governado por Pedro Taques, o magistrado chegou a elogiar um deputado tucano em seu discurso; na noite de ontem, Moro se deixou fotografar em intimidade e dando risadas com o senador Aécio Neves (PSDB-MG), político mais delatado na Lava Jato, e o ministro José Serra, acusado de ter recebido R$ 23 milhões em propina da Odebrecht; as fotos geraram indignação na internet; confira a íntegra da petição apresentada pela defesa de Lula
247 - Advogados do ex-presidente levaram à Justiça nesta quarta-feira 7 registros para complementar ação protocolada anteriormente em que acusam o juiz federal Sérgio Moro, da Lava Jato, de não ser imparcial.
Os fatos levados ao desembargador federal João Pedro Gebran, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região, mostram que Moro esteve, apenas nessa semana, em dois eventos do PSDB ou próximo de grandes figuras do partido, um em Mato Grosso e outro, na noite de ontem, em São Paulo, promovido pela revista IstoÉ.
Em Cuiabá, Moro aparece em fotos no mesmo palco que o governador Pedro Taques (PSDB) e, em seu discurso, elogiou um deputado tucano. Após a divulgação das fotos do evento, o ex-presidente Lula acusou o magistrado de ser um militante tucano (leia aqui).
No evento da IstoÉ, o juiz foi premiado Homem do ano de 2016 na categoria Justiça e teve fotos divulgadas à exaustão nesta quarta, em momentos íntimos e de confraternização com o senador Aécio Neves, político mais delatado na Lava Jato, e o ministro José Serra, acusado de ter recebido R$ 23 milhões em propina da Odebrecht por meio de uma conta na Suíça. Moro aparece ainda nas imagens com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) e Michel Temer.
No vídeo abaixo, Lula faz duras críticas a Moro e ironiza a força-tarefa da Operação Lava Jato. Segundo ele, o Ministério Público "virou um bando de ungidos que vai salvar a humanidade".
Jornalista Leandro Fortes afirma que a foto que mostra o juiz da Lava Jato, Sérgio Moro, confraternizando com o senador Aécio Neves (PSDB), investigado na Lava Jato, será a representação simbólica "desses dias de caos e desesperança"; "Essa intimidade obscena, protagonizada por essas duas figuras lamentáveis, em um convescote de quinta categoria, é, literalmente, o retrato da república de bananas que nos tornamos"
Por Leandro Fortes, em seu Facebook - No futuro, essa foto, mais do que qualquer outra imagem, será a representação simbólica desses dias de caos e desesperança.
É o instantâneo de todo o absurdo em que vivemos: um clarão sobre as personagens tétricas de uma ópera bufa patrocinada por uma revista que, hoje, é o emblema máximo da indigência moral da mídia e dos jornalistas brasileiros.
Nela, estão todas as deformações possíveis que resultaram do golpe parlamentar que derrubou uma presidenta eleita e jogou o País no lixo da História: o presidente ilegítimo, o juiz parcial, o senador patético, o governador bestial e o ministro sem sentido.
Que o juiz da região agrícola e o senador multicitado na Lava Jato tenham sido flagrados entre sussurros e risadas, não há de admirar ninguém.
Essa intimidade obscena, protagonizada por essas duas figuras lamentáveis, em um convescote de quinta categoria, é, literalmente, o retrato da república de bananas que nos tornamos.
Neste fim de semana saíram notinhas nos portais da grande mídia informando que 11 anos depois das primeiras denúncias de corrupção em Furnas Centrais Elétricas, ocorridas em 2005, o Ministério Público do Rio encaminhou a investigação à Procuradoria-Geral da República.
Segundo o órgão, a decisão foi tomada após o MP constatar, com um “certo atraso”, a incontestável materialidade da dita “lista de Furnas”, documento sobre esquema de caixa dois nas eleições de 2002 e que envolve essencialmente o PSDB.
O esquema é essencialmente tucano, como todos sabem. Mas só para refrescar a memória, já que as notinhas da imprensa tucana dão poucos detalhes sobre o que é esse escândalo, aí vai um gráfico mostrando quanto cada partido denunciado está envolvido.
Os nomes dos envolvidos explicam a razão da censura que a mídia tucana baixou sobre esse caso durante mais de uma década. Alckmin, Serra, Aécio, FHC e cia. ltda. Vão ter muito a explicar, caso a investigação ande, apesar de que esse Procurador Geral da República já recusou outras vezes abrir a investigação, haja vista que integra o complô que derrubou Dilma Rousseff e persegue petistas até hoje.
Desta vez, porém, Rodrigo Janot não poderá simplesmente arquivar o pedido de investigação porque não são adversários políticos dos tucanos que pedem a investigação, mas o MP do Rio. Mesmo que seja pra inglês ver, ele vai ter que ao menos abrir a investigação.
O nome de FHC não consta como recebedor de propina, mas ele terá que ser investigado porque foi no governo dele que o escândalo ocorreu e Furnas, empresa portanto, estava sob seus desígnios.
A decisão de investigar o caso foi tomada pelo promotor Rubem Viana, da 24ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal da 1ª Central de Inquéritos que remeteu a documentação em setembro deste ano. Os autos, que estão sob sigilo, só chegaram à Procuradoria-Geral da República na sexta-feira, 2, mas ainda nem foram para o gabinete de Janot.
Ele provavelmente vai embromar o quanto puder e a imprensa tucana certamente não irá pressioná-lo, de modo que, muito provavelmente, haverá que empreender manifestações e pressão popular para que ele não engavete o processo.
O mais interessante nesse caso, porém, é que um jornalista que tentou dar publicidade ao caso ficou preso durante meses, em 2014, para não atrapalhar a campanha eleitoral de Aécio Neves à Presidência fazendo denúncias sobre o tema.
O jornalista mineiro Marco Aurélio Flores Carone, diretor de redação do site novojornal.com, foi preso em 20 de janeiro de 2014 em Belo Horizonte por autorização da juíza Maria Isabel Fleck, da 1ª Vara Criminal da capital mineira.
Carone foi denunciado pelo Ministério Público estadual de Minas em novembro do ano anterior por formação de quadrilha, falsificação de documentos públicos e particulares, falsidade ideológica, uso de documento falso, denunciação caluniosa majorada e fraude processual majorada – todas essas acusações decorreram do contato que fez com o jornalista e o lobista Nilton Monteiro, que tornou pública a Lista de Furnas após ter colaborado com o esquema de desvio de dinheiro da estatal.
A juíza que encarcerou os dois afirmou que ambos faziam parte de uma quadrilha cujo objetivo seria “difamar, caluniar e intimidar” adversários políticos, e autorizou a prisão preventiva do jornalista para impedir novas publicações.
Além disso, afirmou que o NovoJornal, de Carone, seria financiado com dinheiro de origem ilegal, uma vez que o site não contaria com anunciantes suficientes para manter a página.
Tudo, entretanto, não passou de uma farsa para impedir que Carone atrapalhasse a campanha de Aécio à Presidência. Foi absolvido de todas as acusações e, após ser libertado, denunciou a arbitrariedade à Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados.
Não, não estamos falando de Cuba ou da Coreia do Norte, países que os fascistas tucano-midiáticos acusam de arbítrio. Tudo isso aconteceu no Brasil, que, supostamente, seria uma democracia.
Como hoje a democracia brasileira está ainda mais fragilizada que em 2014, para que Janot não acoberte Aécio Neves mais uma vez e para que Globos, Folhas, Estadões e Vejas não abafem o caso, haverá que promover atos públicos pedindo apuração dos fatos.
Neste domingo ocorre uma manifestação em cerca de 200 cidades brasileiras pedindo apoio a medidas de exceção que o Ministério Público quer ver implantadas no país para aprofundar ainda mais a perseguição a adversários do PSDB, partido que continuará mandando prender quem faça denúncias contra si. Essa ação fascistoide dos esbirros tucanos terá que ser combatida com protestos em sentido contrário, exigindo apuração do caso Furnas.
Desse modo, este Blog exorta movimentos sociais e sindicais de esquerda a se prepararem para pedir justiça em relação à roubalheira impune que o PSDB pratica há décadas sem que Polícia Federal, Ministério Público e a mídia atuem como atuam contra o PT e a esquerda em geral. Do contrário, mais essa investigação contra o PSDB será abafada.