Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 25 de agosto de 2017

Na terra de Lula, até os postes querem votar nele

Lula pernambuco capa
Na semana que finda estive em Recife em visita a filha que foi residir lá em 2014 com sua família por questões profissionais do marido. Em solo pernambucano, descobri um nível de apoio a Lula que explica a viagem do ex-presidente à região.
Contatos políticos que fiz durante a estadia em Recife confirmam a única pesquisa confiável sobre o apoio a Lula em Pernambuco.
Reportagem publicada no UOL em abril deste ano relata pesquisa na qual as intenções de voto do ex-presidente naquele Estado alcançam incríveis 65%, o que explica visita que ele está fazendo à região.
pernambuco 1
Lula terá direito a um terceiro mandato no que depender dos pernambucanos. De acordo o Instituto de Pesquisa Uninassau, ele tem 65% das intenções de voto no Estado. Jair Bolsonaro (PSC) e Marina Silva (Rede) aparecem com 6% e Geraldo Alckmin (PSDB), Aécio Neves (PSDB) e Ciro Gomes (PDT) têm 1%.
O levantamento foi feito nos dias 23 e 24 de março, com 2.014 entrevistas em todo o Estado. O nível de confiança é de 95% e a margem de erro é de 2,2%.
Se for à Pernambuco, sobretudo ao Recife, você vai sentir essa realidade. Nos contatos que fiz por lá, pude obter análises apuradas não apenas sobre a aprovação a Lula em Pernambuco, mas em todo o Nordeste. A onda Lula engolfou a região.
Na última quarta-feira, 23 de agosto, palestrei na Universidade Católica de Pernambuco a convite da instituição. O contato com professores da Unicap me permitiu entender a razão pela qual Lula deve ter um apoio massacrante no Nordeste na eleição do ano que vem.
O Nordeste experimentou o maior crescimento da história durante os oito anos do governo Lula. Pernambuco, em especial, cresceu mais do que qualquer Estado na região ou no país. O povo nordestino sabe por que quer Lula na Presidência de novo.
A odiadores profissionais de Lula que visitarem a capital pernambucana, recomenda-se que permaneçam em Boa Viagem e redondezas. E, assim mesmo, não será uma boa ideia verter antipetismo e antilulismo por lá.
*
Enfim, convido você a assistir, no vídeo abaixo, trecho da palestra que proferi na quarta-feira (23) na Universidade Católica de Pernambuco.

segunda-feira, 10 de julho de 2017

Temer está descobrindo que não há honra entre golpistas

Temer está descobrindo que não há honra entre golpistas


tucanada e temer
O presidente golpista, Michel Temer, mal deve estar acreditando na vingança da história contra si. Há pouco mais de um ano ele começou a trair Dilma Rousseff. Chegou ao poder todo pimpão, exibindo sua boneca inflável, seus ternos caríssimos, seu português cafona e sua completa falta de noção.
E agora…
Bem, o noticiário fala por si mesmo. Vejamos as manchetes:
Ora, ora. Que injustiça Temer praticaria contra o presidente da Câmara, o demo Rodrigo Maia, simplesmente aquele nas mãos de quem repousa o destino do presidente da República?
Temer não fez nem nunca faria nada para desagradar seu provável sucessor. Ele está inventando uma desculpa para romper com o ex-comparsa.
E tome banho de realidade para Temer.
Pois é, até a Marcela. Tão “apaixonada”…
Uma pergunta: se Temer for derrubado e, quem sabe, até preso em seguida, quanto tempo a sua neta… digo, a sua esposa vai demorar para picar  a mula, por assim dizer?
O abandono de Temer pelos aliados de ontem, pelos seus comparsas no golpe infame que tirou a verdadeira governante do Brasil (até 1º de janeiro de 2019) do cargo sob uma farsa asquerosa, nada mais é do que a prova de que o crime não compensa.
Muita água ainda vai rolar debaixo dessa ponte. O Brasil precisa punir duramente os golpistas para que esse tipo de ataque ao povo brasileiro pare de ocorrer toda vez que algum governo decide governar para o povo. Chegou a vez de Temer. Chegará a vez dos outros golpistas.

sexta-feira, 7 de julho de 2017

Por Carlos D'Incao

A ÚLTIMA LINHA DE DEFESA

Entender a atual conjuntura política nacional é algo cada vez mais difícil. Os fatos ocorridos desde a reeleição de Dilma até os dias atuais nos coloca a obrigação moral de tomarmos posições políticas.

Está claro que são raros aqueles que se situam no campo progressista e que conseguem enxergar algum lado positivo no golpe de 2015 e nas reformas ultra-neoliberais da atual Ditadura Temer-Tucana.

Porém, uma coisa é ter apoiado a reeleição de Dilma frente a uma opção tucana, ter lutado contra o golpe, ter denunciado a falácia da Lava-Jato, se contrapor veementemente contra a Reforma Trabalhista e Previdenciária e apoiar uma eleição direta onde Lula teria claras possibilidades de ser eleito e, desta forma, ter o poder de frear o avanço das forças reacionárias.

Outra coisa - muito diferente - é se propor a realizar uma análise de conjuntura onde é necessário pensar nas águas profundas que movimentam a realidade brasileira.

Isso significa tentar realizar o difícil ofício de compreender a dinâmica de um sistema econômico que está em uma nova fase de desenvolvimento e encontra o nosso país apenas como "um caso" entre tantos outros existentes em todo o planeta.

O mundo capitalista está caminhando para uma fase a qual denominamos de “tendência geral de queda nos lucros”. Nessa fase, as grandes corporações não conseguem mais atingir o nível de lucros e rendimentos do passado, pois os meios de obtê-los (a exploração do trabalho e a ampliação de mercados) estão se exaurindo.

Nesse caso, o sistema econômico precisa realizar um duplo movimento: destruir todo e qualquer obstáculo que ainda existe para realizar uma livre e brutal exploração do trabalho e destruir os mercados existentes para reconstruí-los sob novas e mais vantajosas formas.

Em suma: o sistema quer impor a toda humanidade a destruição global dos direitos da classe trabalhadora e a destruição de países inteiros através da guerra.

Alguns países estão na lógica da guerra (Síria, Iraque, Afeganistão, Líbia, etc) e outros estão na lógica da destruição dos direitos trabalhistas. O Brasil faz parte do segundo grupo.

Em ambos os grupos, a defesa da democracia e da soberania nacional soa como uma “ofensa” aos ouvidos do mercado. O sistema precisa de governos ditatoriais para realizar as medidas correspondentes aos seus interesses. O governo Temer, a princípio, parece ser um deles.

O mercado exige as Reformas Trabalhista e Previdenciária aprovadas no Senado “para ontem”, se o nosso país quiser ter acesso a capital e crédito. Assim sendo, aparentemente ele opera nos bastidores para que Aécio fique livre e que Lula seja preso, ou… ao menos condenado a ponto de não poder concorrer a nenhuma eleição.

Entretanto, quem disse que o povo brasileiro não pode decidir que - no caso do impedimento de Lula - outro candidato qualquer do campo progressista vença as próximas eleições? O mercado não é estúpido. Ele sabe que esse cenário é possível. Exatamente por essa razão ele exige o fim da já combalida democracia brasileira.

Porém, quem disse que mesmo sem Lula e sem um sistema democrático, uma outra liderança política qualquer não pode criar ainda mais obstáculos para os livres interesses do mercado?

O mercado já viveu realidades semelhantes… Ele já derrubou governos democráticos e descobriu que suas sucessões foram ainda mais amargas. Exatamente por essa razão, o mercado não quer apenas a cabeça de Lula e o fim da democracia. Ele quer também a morte da política.

E como o mercado faz para destruir a política? Simples: demonizando-a. Dessa forma, o povo se voltará contra todos os políticos e elegerá para esse mundo, personagens “não políticos”.

O mercado quer um Congresso e um Senado dominado por “Tiriricas” e os cargos do Executivo sob a tutela de “Dórias”.

Um Legislativo sem legisladores terá as leis redigidas pelo mercado. E um Executivo sem líderes políticos não formará governos mas sim, “gestões” conduzidas e elaboradas pelo próprio mercado.

Percebam que “Tiriricas”  e “Dórias“ conseguem ocupar cargos de legisladores ou governos por vários mandatos; entretanto, “Tiriricas” ou “Dórias” jamais conseguiriam ocupar cargos de juízes, promotores ou até mesmo de advogados.

Daqui deduzimos que o mercado não quer apenas a morte da política, mas deseja, sob seu cadáver, um Judiciário forte e que domine por completo todos os outros poderes.

Por essas razões aqui expostas, vemos diariamente nos noticiários (financiados pelos banqueiros) o mundo político sendo denegrido sistematicamente e diariamente.

Parece até que no poder Judiciário não há corrupção… Logo aqui no Brasil, onde traficantes compram sentenças de juízes e grandes empresários - que confessam crimes por delação - ganham sua liberdade e salvo-conduto para morar nos EUA…

Na realidade o que temos aqui é um ataque ao coração do maior inimigo contemporâneo do mercado: a política.

Sob essa perspectiva, não veremos o retorno de Aécio com vibração e alegria pela imprensa (e muito menos pelo mercado). A grande mídia quer execrar todos os políticos de todos os partidos e de todas as correntes.

E... a Rede Globo é a vanguarda desse movimento... Por isso que ela, aparentemente “do nada”, abandonou o governo Temer e iniciou um ataque diário ao personagem que antes era visto como a “solução para todos os males do Brasil”…

Acontece que a classe política parece ter percebido esse jogo. Ela percebeu que está diante de um processo que resultará em sua própria extinção... e lutará para não morrer... e o maior líder político do Brasil é justamente o Lula...

Tudo isso está claro agora. O que está obscuro é saber se essa classe seria capaz de se unir a ponto de ter Lula como seu líder para evitar a sua própria morte.

Nesse momento estamos diante de uma aparente luta de “corporativismos”. O Judiciário contra o Legislativo e o Executivo. Mas, na realidade, estamos diante de uma luta entre o mercado e a política. No fim, a vitória do mercado nessa luta é - sob qualquer perspectiva - a maior tragédia que pode ocorrer contra toda a classe trabalhadora e ao nosso país.

É chegada a hora de pararmos de celebrar a prisão de políticos e pararmos de fazer coro com a Rede Globo contra decisões do STF que fortalecem as instituições políticas, mesmo que estas não estejam, nesse momento, ocupadas por aqueles que são do campo progressista.

No fim, devemos atuar dessa forma se temos o interesse de defender a classe trabalhadora e o Brasil como uma nação soberana. A defesa da política é a última linha de defesa que está posta. Para além dela, só nos restará a Ditadura do mercado.

quinta-feira, 6 de julho de 2017

Sobre Facebook Eduardo Guimarães blog cidadania

O Facebook está dificultando cada vez mais o acesso a amigos e seguidores. Fiz um tour pelas páginas de esquerda e a repercussão das postagens diminui a cada dia. Você só consegue acessar seu público se pagar. Novamente o poder econômico manda na comunicação. Antes do Face, o site da Globo e um site como o meu (Blog da Cidadania) estavam em condições de igualdade na internet. Hoje, quem tem dinheiro consegue centenas de milhares de seguidores no Face. Essas páginas merda de direita  atingiram públicos gigantescos pagando milhões. Fica difícil não pensar em teorias conspiratórias. Temos que quebrar essa lógica. No Face, visite as páginas que você tem interesse e compartilhe tudo. Não espere aparecer  na sua "time line". Só quem pode contrabalançar o poder do dinheiro é a militância. Está nas suas mãos. Vamos à luta, militância, que o jogo está virando! Se leu isto, dê um sinal de vida. E divulgue.

Geomatikum , Hamburgo. Fora Temer !!

Faixa Fora Temer estendida no Geomatikum, edifício da universidade de Hamburgo, cidade sede do encontro da cúpula do G20 na Alemanha. https://t.co/Q7Z6xisYHM


Ei, você aí , Coxinha. Quero falar com você

🇧🇷 *Ei, você ai, coxinha. Quero falar com você.*

Disseram a você que o PT inventou a corrupção no Brasil. Você nem parou para pensar que o PT só foi fundado em 1980 e que fala-se em corrupção no Brasil desde o descobrimento.
Tentaram lhe convencer que o PT era responsável por todos os problemas do Brasil na atualidade. Você não fez nenhum esforço para lembrar da fome, da miséria, do desemprego, da falta de moradia, dos apagões e da dependência do Brasil na época de FHC.
Incentivaram você a ir às ruas em 2013. Você foi. Nem sabia exatamente o porquê. Mas foi.
A partir daí você xingou Dilma, enforcou bonecos de Lula pendurados em pontes, abraçou patos e hostilizou pixulecos.
Você vestiu camisas amarelas e pediu saúde e educação padrão FIFA, sem nem pensar que a FIFA é uma das instituições mais corruptas do mundo.
Em 2014 você marchou junto com Aécio "pela ética na política". Aécio lhe chamou para conversar e você não deu ouvidos para os inúmeros indícios de que Aécio era um verdadeiro gângster da política brasileira. Quando ele perdeu as eleições você continuou junto com ele, porque mais importante de tudo era "tirar o PT do poder".
Você foi pato da FIESP, foi japonês da Federal, foi milhões de Cunhas, apoiado pela ampla cobertura da Rede Globo de Televisão.
O "qualquer coisa, menos o PT" que você queria resultou em Temer. E você estava lá, em 2016, dizendo que tinha que dar uma chance a Temer, que tinha que "deixar o homem trabalhar".
Pensei que você iria acordar quando tornaram-se públicos os depoimentos e conversas gravadas de Sergio Machado, de Odebrecht, da JBS. Estava ali demonstrado duas coisas: 1) O PT não havia criado e nem chefiava a corrupção; 2) a saída de Dilma se deu através de um golpe que feriu de morte a nossa democracia.
Agora você está perplexo. Sente-se enganado. Se deixou fazer de pato. Mesmo assim, não quer dar o braço a torcer.
Prefere dizer que "são todos iguais", que "nenhum político vale nada". Talvez você esteja até pensando que Bolsonaro vale alguma coisa e esteja pensando em votar nele nas próximas eleições. Esse é que não vale nada, mesmo.
Mas sou eu agora que te convido para uma reflexão: já parou para pensar que nos governos do PT sua vida era melhor e que agora está piorando muito? Viu que tudo está ficando parecido com o período de FHC?
Pensa um pouco, agora. Chega de atitudes erradas. Vamos juntos retomar nossa democracia. Vamos lutar por eleições diretas e contra a retirada dos nossos direitos.
Mesmo escondido, come um pãozinho com mortadela. É gostoso. Vez em quando pode.

*Renan Araújo*
Membro do Grupo Médicos pela Democracia - Bahia.

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Moro encalacrado: ou transforma Lula em Deus ou incendeia o país


Moro encalacrado: ou transforma 

Lula em Deus ou incendeia o país


Edilson Rodrigues/Agência Senado | REUTERS/Leonardo Benassatto


JEFERSON MIOLA
Diante do processo judicial aberto a partir do infame power point do procurador [e vendedor de palestras e sermões] Deltan Dallagnol, a defesa do Lula fez um exercício sui generis da labuta advocatícia: além de provar a inocência, provou também a ausência de culpa do ex-presidente.

Quase uma centena de testemunhas do processo desconheceu qualquer relação do Lula com o apartamento triplex. A única exceção ficou por conta do empreiteiro dono da OAS Léo Pinheiro, presidiário que, atendendo exigência da Operação, forjou acusações contra Lula – a jóia da coroa da força-tarefa da Lava Jato – na expectativa de trocar vilania por redução da longa pena de prisão que terá de cumprir pelos crimes de corrupção que cometeu.Diante do processo judicial aberto a partir do infame power point do procurador [e vendedor de palestras e sermões] Deltan Dallagnol, a defesa do Lula fez um exercício sui generis da labuta advocatícia: além de provar a inocência, provou também a ausência de culpa do ex-presidente.
A defesa do Lula fez as diligências que Deltan Dallagnoll e seus colegas, cegos e possuídos pela caçada obsessiva ao Lula, não se deram ao trabalho de fazer. Os advogados demonstraram não só que o ex-presidente nunca teve nenhum vínculo formal ou informal com o imóvel como, ainda, que a Caixa Econômica Federal é a verdadeira detentora de direitos sobre o apartamento em questão.
Este processo contra o Lula é uma fraude jurídica de péssima qualidade, que foi montado com o exclusivo objetivo de condená-lo, para implodir sua candidatura presidencial.
Se condenar Lula sem provas e sem fundamentos legais, apenas baseado nas ridículas alegações e na obsessão condenatória do “palestrante” Dallagnoll, Moro pagará um altíssimo preço.
Decorridos mais de três anos de perseguição implacável a Lula, a força-tarefa da Lava Jato não conseguiu encontrar absolutamente nenhuma prova para sua condenação, pelo simples motivo de que não existe prova; porque não existe ilegalidade na conduta do ex-presidente.
Inicialmente, eles optaram pela tese do “domínio do fato”, a mesma teoria que Moro, na época em que atuou como juiz auxiliar da juíza do STF Rosa Weber no julgamento do chamado “mensalão”, fabricou para condenar sem provas o ex-ministro José Dirceu. O emprego inadequado desta teoria no caso foi vigorosamente combatido e invalidado pelo seu autor, o jurista alemão Claus Roxin.
Apelaram, então, para a exótica tese que o “palestrante” Dallagnol aprendeu nos EUA, a “teoria da abdução das provas”, ensinada pelo seu orientador em Harvard, Scott Brewer, que sublima as chamadas “provas indiciárias”, que tem muito de indícios e convicções, porém zero de provas.
Na falta de causa concreta para condenar Lula, só resta a Moro apelar à metafísica. Caso contrário, o plano original da Lava Jato será falho e todo o trabalho de destruição do país enquanto Nação e de entrega da soberania do Brasil terá sido em vão.
Sérgio Moro é apenas um juiz que busca uma justificativa formal para condenar Lula. Na falta de qualquer base material ou jurídica concreta, Moro terá de apelar para a “teoria do criacionismo” para acusar Lula de ter sido o criador de um país moderno; de um país de igualdade, de democracia, de igualdade, de pluralidade, de oportunidades para todos, de direitos; um país, enfim, altivo, desenvolvido, avançado; mundialmente reconhecido e reverenciado.
Moro está encalacrado: ou condena Lula, convertendo-o numa espécie de Deus criador do Brasil moderno, ou incendeia o país.
Lula é o fator essencial de desestabilização dos planos da burguesia para a continuidade do golpe. Lula é o grande dilema que a classe dominante enfrenta. Ele compromete a continuidade do golpe no próximo período e as escolhas que a elite fará.
O arranjo da classe dominante por cima, para manter esta indecência desta cleptocracia – governo de ladrões, em grego – liderada por Temer e sua quadrilha, encontra em Lula uma série ameaça.
Não estava nos cálculos da classe dominante tamanha dificuldade para o aniquilamento do Lula na Lava Jato. O impasse enfrentado pelo juiz Sérgio Moro é o impasse que enfrenta o pacto golpista de dominação burguesa contra a maioria do povo brasileiro.

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Esse é o "jornalismo" da Globo Falta o Ali Kamel na foto

Esse é o "jornalismo" da Globo
Falta o Ali Kamel na foto
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No histórico discurso em que proclamou o fim da Globo Overseas Investment BV, um dos filhos do Roberto Marinho afirmou com a mais deslavada hipocrisia (a verdade é dura...):
- Nosso primeiro compromisso é com o jornalismo...
- ...significa reafirmar nossa paixão pelo jornalismo e o compromisso com nossos princípios editoriais
- O nosso compromisso com a verdade... nos torna um porto seguro da informação e um dos alicerces da vida democrática...
- Só com uma empresa que permanece e se sustenta conseguimos produzir jornalismo independente


kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk..........



Na missa de sétimo dia de Jorge Bastos Moreno, um dos vibrantes e rotundos exemplos do "jornalismo independente" da Globo Overseas, essa histórica foto foi capturada.

Da Esquerda para a Direita, o Boca Mole, da lista de alcunhas da Odebrecht, o Ministro a quem o Mineirinhochama de "Gilmar" e manda acertar um voto com o senador Flexa Ribeiro, o gatinho angorá, que usa sapato marrom com terno cinza claro, o Escritor, também da lista de alcunhas e, na mesma lista, à Direita, o Botafogo, que exerce a Presidência golpista.

Não se trata, como se percebe, de uma daquelas cenas de delegacia de polícia, em que suspeitos são fotografados diante da câmera em preto e branco. 

Absolutamente!
Jamais!

Trata-se de uma homenagem singela a um "jornalista independente".

Que mereceu uma página inteira no Globo Overseas de elogios lacrimejantes do Gilberto Freire com “i”, outro independente.

E ternos encomios da Cegonhóloga e do Ataulpho Merval, que ainda nao aprendeu com a Ana Maria Machado como usar "porque" e "por que"...

Todos eles independentes, como o patrão!

Quá, quá, quá!

PHA

quarta-feira, 14 de junho de 2017

MP-SP acoberta Alckmin e Serra nos casos metrô e CPTM

festa tucana
Enquanto ficamos olhando para o deboche que tem sido Michel Temer e Aécio Neves irem escapando ilesos de denúncias com todas as provas possíveis e imagináveis para condenar alguém em qualquer tribunal do planeta, em São Paulo uma farsa criminosa afronta qualquer um que se digne a olhar.
Há vários anos que o país tem assistido à novela conhecida como escândalo dos trens paulistas. Empresas fornecedoras de bens e serviços para o Metrô de São Paulo e para a Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) venderam seus produtos a preços superfaturados aos governos Mário Covas, Geraldo Alckmin e José Serra.
O escândalo estourou em 2008 com o caso Alstom, uma série de denúncias de suborno envolvendo a empresa francesa Alstom e governos de vários países do mundo.
No Brasil, foi apontado o envolvimento de autoridades ligadas ao Governo do Estado de São Paulo. Tais denúncias foram veiculadas pela imprensa internacional, especialmente pelo Wall Street Journal e por Der Spiegel, a partir de 2008.
Conforme consta em documentos enviados ao Ministério da Justiça do Brasil pelo Ministério Público da Suíça, pelo menos 34 milhões de francos franceses teriam sido pagos em suborno a autoridades do Governo do Estado de São Paulo e a políticos paulistas através de empresas offshore, ou seja, empresas criadas em paraísos fiscais, onde gozam de proteção por regras de sigilo que dificultam investigações.
Estranhamente, as investigações no exterior não geraram investigação por parte do órgão que tem por obrigação funcional fiscalizar o governo do Estado de São Paulo: o Ministério Público Estadual de São Paulo.
Em 2013, o Conselho Nacional do Ministério Público abriu o processo para apurar atraso do procurador Rodrigo De Grandis para responder a pedido de cooperação feito pela Suíça ao MP paulista, para investigar três pessoas ligadas à empresa francesa Alstom acusadas no país europeu de distribuir propina a servidores e políticos.
Surpresa: quando o caso bateu em Gilmar Mendes foi arquivado.
Segundo noticiou o jornal “Folha de S.Paulo” em outubro de 2013, o pedido, suíço feito em fevereiro de 2011 ficou parado por mais de três anos porque o procurador em tela disse ter “esquecido o processo em uma gaveta”. A Suíça ficou à espera de resposta e, como não recebia, arquivou o caso.
Após a reportagem da Folha, a cooperação com o país europeu foi retomada. Contudo, desde 2013 o Ministério Público paulista não toma qualquer providência nem contra esse caso nem contra, por exemplo, a compra de 65 trens por R$ 2 bilhões há 5 anos, sendo que, hoje, só 2 estão operando.
Para quem não sabe, Há quase quatro anos o governo de São Paulo abriu licitação para comprar 65 trens para operar nas linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM), em dois lotes. O valor total do negócio ficou em torno de R$ 2 bilhões.
Mais “surpresas”: até hoje apenas 11 trens foram entregues e somente dois estão funcionando, segundo informações do Jornal Hoje, da Globo.
Pior do que isso é que, enquanto o Ministério Público de São Paulo foca, exclusivamente, nos funcionários do metrô e da CPTM e nos empresários que fizeram negócios com essas empresas públicas, delatores da Odebrecht acusam o governador Geraldo Alckmin e o ex-governador José Serra de terem recebido propina por obras NO METRÔ E NA CPTM (!!!).
O vídeo que você vai assistir a seguir aborda o assunto em maior profundidade e demonstra como todo esse tal “combate à corrupção” vendido por “pastores” do Ministério Público não passa de uma farsa, já que a instituição tem acobertado um dos maiores escândalos de corrupção deste país. Assista, abaixo, a reportagem.
Em seguida, uma nota do Blog que peço que você leia
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terça-feira, 6 de junho de 2017

Pobre de direita: ele ganha 2 mil (por fora) e tem pena do patrão

pobre de direita

A tarde cinzenta e chuvosa chegava a parecer noite, de tão escura. Os outros carros com os faróis e lanternas reluzentemente acesos e o meu com um farol e uma lanterna enguiçados. “Pode confundir outros motoristas”, pensei.
Semanas antes, fora a um eletricista de automóveis que me pediu uma centena e meia de reais para trocar duas lâmpadas do tamanho de bolinhas de gude. De um carro popular. Recusei a extorsão e fui deixando até que, na tarde escura e chuvosa, percebi que por conta de alguns reais estava me arriscando.
A oficina surgiu milagrosamente, como que em resposta aos meus pensamentos e necessidades. Bem montadinha. A limpeza me deixou com boa impressão. Dois homens uniformizados passaram uma sensação de confiança.
É a esse que eu vou…
Dois homens. Um deles, um rapaz de uns 35 anos, branco, olhos claros; o outro, branco, careca, também de olhos claros, porém cinquentão como eu.
Cumprimentaram-me educadamente e o mais jovem se retirou em seguida, saindo em um dos veículos estacionados dentro do estabelecimento.
O careca começou a desmontar minha lanterna traseira. Jogando conversa fora, perguntei como andavam os negócios.
O mecânico diz que, graças àquele filho da puta que falou que era uma “marolinha”, estava tudo uma merda no Brasil.
Meu ímpeto foi lhe dizer que Lula falou que a crise seria uma “marolinha” no já distante 2008 e, depois daquilo, o Brasil se recuperou rapidamente da crise iniciada com a quebra do banco dos irmãos Lehman. E que esta crise nada tinha que ver com aquela.
Porém, preferi descobrir mais sobre quem se confundia daquele jeito. Confesso que o diálogo me deixou perturbado.
— Você é o proprietário da oficina?
— Não, não, sou prestador de serviço. Autônomo.
— Você presta serviço a outras oficinas?
— Não, só a esta.
— Mas tem horário livre, não é?
— Ah, quem me dera… Chego às 7 da manhã e saio às 8 da noite.
— Nossa, trabalha bastante, hein! Pelo menos deve estar tirando uma nota…
— Doce ilusão…
— Como assim, você não ganha uns 5 paus?
— Tá longe disso…
— 4?
— Não.
— 3?
— Não.
— Pô! Mas, perdão, quanto você ganha?
— É comissão de 40% sobre a mão-de-obra…
— Mas quanto dá isso por mês, homem? Desculpe perguntar…
— Sem problemas… Por volta de uns 2 paus.
— Nossa, mas sem registro em carteira?
— Senão o patrão não aguenta, é muito encargo. Ainda bem que a reforma trabalhista vem aí…
— Hein?!
— O problema do Brasil são os encargos comunistas do “nove dedos”…
— Desculpe, mas o autor dos encargos trabalhistas morreu em 1954…
— Que seja, mas o PT ferrou o Brasil.
— Mas, escute, esta bela oficina, cheia de equipamentos caros, toda pintadinha de nova… Esse patrão não poderia pagar uns 800 reais de encargos trabalhistas? Aliás, você mora em que bairro?
— Santo Amaro…
— Mas ele te paga o ônibus?
— Não, eu sou autônomo, microempresário… Liga lá a chave e pisa no freio, por favor.
*
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