Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 8 de janeiro de 2013

MANTEGA VS “ESTELIONATO FISCAL”. APAGÃO É O DO FHC


O que interessa é que a dívida líquida está em queda. E o mercado não lê a Urubóloga




Saiu no Valor:

ARTIFÍCIOS (SIC) PARA ATINGIR META SÃO “LEGÍTIMOS”, AFIRMA MANTEGA

O ministro da Fazenda, Guido Mantega, atribui o aumento dos recursos previstos na rubrica “restos a pagar” ao crescimento do orçamento e do número de programas federais nos últimos anos. Em 2012, os restos a pagar somaram R$ 141,1 bilhões.
(…)


O PiG (*) e seus colonistas (**) apostam simultaneamente em dois Golpes.
O mais recente é o do apagão – que vale mais do que dez mensalões – e foi cabalmente afastado:
BRASÍLIA - O secretário-executivo do Ministério de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, negou nesta terça-feira o risco de racionamento de energia, …
Zimmermann ressaltou que o Brasil conta com uma “oferta estrutural de energia”. “Isso significa que nós temos geração e transmissão [necessária]. Portanto não tem nenhuma hipótese de racionamento no horizonte que nós trabalhamos”, disse o secretário.
Outro, um pouco mais antigo, é o que a Urubóloga chama de “estelionato fiscal”: “Dilma cumpre a meta, gasta, Dilma, gasta !”
O que diz o Ministro Mantega sobre o “estelionato fiscal” ?:
- restos a pagar são despesas que estavam previstas no Orçamento e não foram gastas;
- restos a pagar não são um “orçamento paralelo”, clandestino, concebido na caverna de um Ali Baba petista (as expressões ministeriais são mais educadas…), mas aprovadas no Congresso;
- empréstimo do Tesouro ao BNDES não é despesa (o Ministro ficou “abismado” com essa confusão, que levou à afirmação “inimaginável”, disse ele, de que houvesse uma despesa adicional de R$ 200 bilhões !!!;
- não há hipótese de o Governo não cumprir a meta – 3,1% do PIB – do superávit fiscal (necessário para pagar a dívida);
- o Governo reincorporou ao Orçamento R$ 12,5 bilhões do Fundo Soberano, criado com dinheiro da arrecadação exatamente para essas circunstâncias: a economia cresce menos e os Estados e Municípios arrecadam menos;
- valer-se dessa poupança é absolutamente lícito;
- incluir nas contas os dividendos antecipados das empresas estatais é lícito e está previsto no Orçamento;
- a dívida líquida – que é o que interessa, ou seja, a capacidade de o Governo pagar a dívida – caiu de 36,4% do PIB no ano passado para 35% este ano;
- as maiores despesas do Governo estão em queda: os juros, a maior delas, caiu de 5,8% do PIB para 4,9% este ano; o gasto com funcionalismo, de 5% para 4,3%; e o deficit da Previdência caiu de 1,8% do PIB para 0,8% do PIB;
- por isso, “é inaceitável que se afirme que as contas públicas não estão bem administradas”;
- o BNDES tem a menor inadimplência de todo o setor financeiro: 0,8%;
- os bancos públicos brasileiros são mais sólidos que os privados que, por sua vez, são bastante sólidos;
- a dívida líquida em 2013 deve ser de 34%;
- se houvesse “estelionato fiscal”, o “mercado” saberia. No ano passado, o investimento estrangeiro direto – que não toma conhecimento da Urubóloga – foi de US$ 60 bilhões, o maior da História;
- em 2012, os bancos brasileiros captaram lá fora US$ 50 bilhões, um record;
- o Tesouro brasileiro capta no mercado externo, em títulos de dez anos de prazo a uma taxa (3,5% ao ano), que é a mesma que o Banco Central americano pagava, antes de realizar o “quantitative easing”, ou seja, antes de derramar dinheiro no mercado e reduzir dramaticamente as taxas de juros.
Navalha2
A expressão “estelionato fiscal” é uma adaptação da Urubóloga – - sempre tão original – do “estelionato eleitoral” que o Delfim Netto aplicou à eleição do Fernando Henrique, em 1998.
Como se sabe, ali, o Fernando Henrique tinha quebrado o Brasil e ia para eleição contra o Lula.
O Clinton empurrou pela goela abaixo do FMI um “empréstimo-ponte salvadora” e o FHC segurou a cotação do Real.
Ganhou a eleição.
Na verdade, ganhou a re-eleição que ele tinha comprado a R$ 200 mil/deputado.
Na semana seguinte à vitória, desvalorizou o Real.
Foi o que o Delfim chamou de um “estelionato eleitoral”.
Como se sabe, Fernando Henrique, o guru do Aécio – ôba ! – quebrou o Brasil três vezes e três vezes foi ao FMI.
Clique aqui para ver que o FMI chamou os neolibelês às falas.
Não deixe de ler também: ‘A ação do governo foi normal e usual’, diz secretário do Tesouro.
Paulo Henrique Amorim
(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.
(**) Não tem nada a ver com cólon. São os colonistas do PiG que combateram na milícia para derrubar o presidente Lula e, depois, a presidenta Dilma. E assim se comportarão sempre que um presidente no Brasil, no mundo e na Galáxia tiver origem no trabalho e, não, no capital. O Mino Carta costuma dizer que o Brasil é o único lugar do mundo em que jornalista chama patrão de colega. É esse pessoal aí.

Um ressentido profissional: Adeus, FHC


A Musa da Febre Amarela agora quer ser a Musa do Apagão?



Os boatos sobre o apagão de energia


Na Folha de ontem, a jornalista Eliana Cantanhede forneceu a manchete, ao anunciar uma reunião de emergência do setor elétrico. Segundo a matéria, “a reunião foi acertada entre Dilma, durante suas férias no Nordeste, e o Ministro das Minas e Energia Edison Lobão”.
“Dirigentes de órgãos do setor tiveram que cancelar compromissos para comparecer”, dizia a matéria. Mais: “Dez dias depois de dizer que é "ridículo" falar em racionamento de energia, a presidente Dilma Rousseff convocou reunião de emergência sobre os baixos níveis dos reservatórios, para depois de amanhã, em Brasília.
* * *
Segundo a jornalista, “oficialmente, estarão presentes ao encontro de quarta-feira os integrantes do CMSE (Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico), que é presidido pelo ministro das Minas e Energia e é convocado, por exemplo, quando há apagões de grandes proporções, como ocorreu mais de uma vez em 2012”.
Existe um órgão denominado de Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que reúne-se mensalmente para analisar o setor. Participam da reunião o Ministro, o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS), a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), a Agência Nacional de Petróleo (ANP), a Agência Nacional de Águas (ANA), entre outras.
As reuniões são mensais e agenda do ano é definida sempre no mês de dezembro do ano anterior. Portanto, desde o mês passado a tal reunião “extraordinária” estava marcada.
* * *
O mercado de energia elétrica é dividido em dois segmentos. Há os contratos de longo prazo, firmados entre grandes consumidores (entre os quais as distribuidoras) e fornecedores; e o chamado mercado spot, com compras de curto prazo.
Uma informação incorreta, como esta, poderia provocar oscilações de monta nas cotações do mercado spot. Poderia fazer empresas suspenderem planos de investimento, montarem planos de contingência.
Não afetou o mercado porque as grandes empresas, os grandes investidores dispõem de canais de informação específicos. E a própria Internet permitiu a propagação do desmentido do MME acerca do caráter “extraordinário” da reunião.
Mas a falsa notícia levantou até o argumento de que os problemas eram decorrentes da redução da conta de luz – que sequer ocorreu ainda.
* * *
De concreto, existe a enorme seca que assola o nordeste, que reduziu as reservas do sistema. Atualmente os reservatórios da Região Nordeste operam com 31,6% da sua capacidade, e os da Região Norte com 41,24%.
Limitações ambientais, além disso, obrigaram a uma mudança na arquitetura das novas usinas hidrelétricas, substituindo os grandes lagos pela chamada tecnologia de “fio d’água”.
* * *
Mas o modelo prevê um conjunto de usinas termoelétricas de reserva. Sempre que há problemas no fornecimento, elas são autorizadas a operar até que o sistema convencional volte a dar conta do recado.
* * *
O episódio mostra, em todo caso, a dificuldade, hoje em dia, de se dispor de informações objetivas. Na Internet, há um caos informacional; nos jornais, uma sobreposição diária das intenções políticas sobre a objetividade das matérias.
Luis Nassif
No Advivo
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08/12/2011

A cobertura da febre amarela pela Folha

 
Lembra da campanha da Folha, Eliane Cantanhêde, "a favor" de uma epidemia de febre amarela em 2007 e 2008? Quer a Folha insistia que haveria uma epidemia da doença. Agora, uma pesquisadora da USP desmacara aquele absurdo:

Pesquisadora da USP desconstrói discurso epidêmico da cobertura jornalística sobre febre amarela

Analisar o discurso veiculado pelo jornal Folha de S. Paulo durante a epizootia de febre amarela silvestre, que atingiu também seres humanos, foi o objetivo da dissertação de mestrado “Epidemia midiática: um estudo sobre a construção de sentidos na cobertura da Folha de S.Paulo sobre a febre amarela, no verão 2007- 2008” , defendida pela jornalista e pesquisadora Cláudia Malinverni, na Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP.
Foram analisadas 118 matérias veiculadas pelo jornal, entre 21 de dezembro de 2007 e 29 de fevereiro de 2008, recorte temporal que permitiu localizar a notícia que deu início ao fenômeno de agendamento midiático, a evolução do grau de noticiabilidade do tema e o seu desgaste como pauta de relevância. Para apoio à análise, foram selecionados 40 documentos institucionais sobre a doença, emitidos pela Secretaria de Vigilância Sanitária do Ministério da Saúde, no mesmo período.
Os achados indicam que as estratégias discursivas da cobertura jornalística relativizaram o discurso da autoridade de saúde pública; enfatizaram o “aumento progressivo” do número de casos; colocaram a vacinação como o limite entre a vida e a morte, omitindo riscos do uso indiscriminado da vacina antiamarílica; e propagaram a tese de uma iminente epidemia de febre amarela de grandes proporções. Essas estratégias deram novos sentidos à doença, deslocando o evento de sua forma silvestre, espacialmente restrita e de gravidade limitada, para a urbana, de caráter epidêmico e potencialmente mais grave.
Secundariamente, a análise permitiu identificar os riscos a que a população foi exposta em função dos sentidos produzidos pelo discurso midiático, com a ocorrência de óbitos diretamente relacionados ao noticiário veiculado pela imprensa, de modo geral, e seus impactos sobre o sistema público de saúde brasileiro. Como resultado da “epidemia midiática”, houve uma explosão da demanda pela vacina, que obrigou o Ministério da Saúde a distribuir, entre dezembro de 2007 e 22/02/2008, 13,6 milhões de doses da vacina antiamarílica, mais de 10 milhões de doses acima da distribuição média de rotina, para o período. Em menos de dois meses, mais de 7,6 milhões de doses foram aplicadas na população, 6,8 milhões só em janeiro de 2008, ápice do agendamento midiático. Em razão do aumento exponencial do consumo de vacina, o Brasil, um dos três fabricantes mundiais do antiamarílico, suspendeu a exportação do imunobiológico e pediu à Organização Mundial da Saúde (OMS) mais 4 milhões de doses do estoque de emergência global.
Além disso, a omissão da cobertura jornalística quanto aos riscos inerentes ao uso indiscriminado da vacina expôs a população brasileira a riscos letais. Em 2008, a vigilância de eventos adversos pós-vacinal do Ministério da Saúde registrou 8 casos de reação grave à vacina, dos quais 6 foram a óbito, 2 deles por doença viscerotrópica (DV), a forma mais rara e grave de reação ao vírus vacinal. Ressalte-se que, no Brasil, em nove anos (1999-2007) foram registrados 8 casos de DV, com 7 óbitos.
As matérias produzidas pelo jornal deram intensa visibilidade (saliência) às informações que visavam relativizar a instância discursiva oficial, que, por sua vez, não conseguiu impor-se ao fluxo discursivo midiático. Os sentidos produzidos pela cobertura jornalística tiraram de perspectiva as complexidades dos processos do adoecimento humano e os limites do conhecimento no tratamento das doenças. Nesta luta simbólica, perdeu o sistema público de saúde, mas, sobretudo, perdeu a população brasileira: mortes ocorreram.
Mais informações com a pesquisadora Claudia, pelo e-mail: Claudia.malinverni@usp.br
Evanildo da Silveira
No Advivo
No Grupo Beatrice

SAFATLE TEM RAZÃO: O PT TEM QUE EXPLICAR


No julgamento do mensalão, apenas o Ministro Lewandowski teve a ousadia de mencionar – duas vezes – o nome do imaculado banqueiro.
Na pág. 2 da Folha (*), Vladimir Safatle publica importante artigo para exigir que o PT faça uma “autocrítica severa”.

“Não é aceitável o PT agir como se (o julgamento do mensalão) fosse simplesmente um complô urdido contra a esquerda”.

Safatle critica o PT por ter usado “os mesmos expedientes de sempre” em benefício da “construção da governabilidade”.

E recomenda, como no brilhante artigo na Carta Especial, “um aprofundamento da participação popular” para recuperar, por exemplo, o “orçamento participativo”.

O Conversa Afiada concorda: o PT deve um livro para explicar o que fez.

Se não foi mensalão, o que foi ?

Se foi Caixa Dois, por que recorreu ao Caixa Dois ?

O que vai fazer para que não se repita ?

Vai lutar pela reforma política do Henrique Fontana ?

Pelo financiamento público das campanhas eleitorais ?

Mas, em nome do registro histórico, cabe lembrar que o Delúbio Soares, desde a CPI dos Correios, “assumiu” !

Ela admitiu, sim, que, como Tesoureiro, tinha recorrido a recursos fora da contabilidade oficial para honrar compromissos de campanha.

Outra coisa, completamente diferente, é condenar o José Dirceu e o Genoíno por crimes que não cometeram – nem crimes de Caixa Dois nem de mensalidades a parlamentares..

E falsificar uma teoria de “domínio do fato”, que, como diz o Kakay, com a ampliação do seu alcance, de fato, faltou domínio à teoria.

Ou, como diz esse Conversa Afiada, pegaram a teoria de um jurista alemão muito sério e aplicaram-lhe um turbante da Carmen Miranda.

E Safatle condena Genoíno por assumir a cadeira de deputado a que tem direito.

Genoíno tem o direito, ainda, de recorrer até que sua pena seja modificada.

Genoíno foi condenado porque era presidente do PT e só.

Conversa Afiada, porém, sugere ao Safatle adicionar ao seu conjunto de apreensões, quando se debruçar na janela do (árido e excelente !) “Grande Hotel Abismo”, o papel do banqueiro Daniel Dantas em tudo isso.

Marcos Valério não é Marcos Valério.

Marcos Valério é um dos braços das múltiplas atividades imaculadas de Daniel Dantas.

E sobre isso o PT, breve, também, terá de se pronunciar.

Na CPI, o Delúbio se referia a contatos com o “Dr. Carlinhos”, que de Dr. não tem nada: é o Carlinhos Rodemburgo, coringa das imaculadas atividades do banqueiro igualmente imaculado.

No julgamento do mensalão, apenas o Ministro Lewandowski teve a ousadia de mencionar – duas vezes – o nome do imaculado banqueiro.

E, ali ao lado, Gilmar Dantas (**)…

É inevitável que o PT dê outras explicações além do que fez o Delúbio.

Porque, sobre o conglomerado Marcos Valério-imaculado banqueiro-tucanos, Amaury Ribeiro Jr já contou tudo.

Sobre Marcos Valério e os tucanos de Minas, a reportagem de Mauricio Dias e Leandro Fortes, na Carta Capital –“Juiz ? Não ! Réu”, sobre Gilmar e Fernando Henrique – inevitavelmente, um dia, entrará na agenda do Presidente Barbosa.

Mas, não basta explicar.

É recomendável assumir politicamente a responsabilidade pelo que fez.

E mudar a política.

E explicar por que.

Os tucanos não precisam fazer isso.

Eles são impunes.

Até agora.

Clique aqui para ler “Dilma tem a ver com o mensalão, sim !”. 


Paulo Henrique Amorim


(*) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.

(**) Clique aqui para ver como eminente colonista do Globo se referiu a Ele. E aqui para ver como outra eminente colonista da GloboNews e da CBN se refere a Ele. E não é que o Noblat insiste em chamar Gilmar Mendes de Gilmar Dantas ? Aí, já não é ato falho: é perseguição, mesmo. Isso dá processo…






A “MASSA CHEIROSA” E AÉCIO É VICE DO CERRA

Depois querem que se leve o PiG a sério !
Sugestão do amigo navegante Locatelli: rever o vídeo da “massa cheirosa” onde se anunciava que Aécio seria vice do Cerra…

Agora, a “massa cheirosa” prevê o apagão da Dilma.

E depois querem que se leve o PiG a sério !