Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sábado, 15 de outubro de 2011

Dilma deixa crise da Grécia para a Urubóloga. ‘Não vamos pagar por uma crise que não é nossa’, diz Dilma

Saiu no Globo:


Naira Hofmeister,

especial para O Globo


PORTO ALEGRE – Foi entre os gritos de apoio e saudação do público que lotou o auditório Dante Barone da Assembleia Legislativa do Rio Grande do Sul e um protesto externo, organizado por sindicatos de bancários e servidores públicos, que a presidente Dilma Rousseff subiu à tribuna para defender o Brasil Sem Miséria, cujo pacto da região Sul foi assinado nesta sexta-feira, em Porto Alegre, pelos governadores Tarso Genro (RS), Raimundo Colombo (SC) e Beto Richa (PR). Em um discurso, a presidente destacou a importância do programa, que tem como meta retirar da miséria extrema 16 milhões de pessoas em quatro anos. Mais do que isso, Dilma pretende converter essa parcela da população, que sobrevive com menos de R$ 70 por mês, em consumidores que impulsionem o crescimento do Brasil, mantendo o país à parte da crise internacional que atinge os mercados europeus e dos Estados Unidos.


- Tirar 16 milhões da pobreza é um imperativo moral e ético, mas também um instrumento econômico, porque é transformar brasileiros em cidadãos plenos, em consumidores – justificou a presidente.


Para a presidente, esta é a melhor fórmula para evitar que a crise tome proporções maiores em território nacional:


- Nós não somos uma ilha: de uma forma ou de outra, somos atingidos pela crise. Mas como a nossa principal força é o mercado interno, a nossa capacidade de resistência é muito elevada.


Assim como fez durante seu discurso na reunião de abertura da Conferência das Nações Unidas, DIlma criticou a atitudes dos países desenvolvidos que optaram por cortar programas sociais e salários em lugar de estimular o desenvolvimento através da ampliação do consumo e da atividade industrial:


- Nós vemos os países envolvidos em discussões que parecem um tanto quanto envelhecidas, porque nós vivemos a nossa crise da dívida soberana a partir de 1982. Nós vivemos todo um processo de fazer um ajuste e depois não crescíamos – relembrou.


Dilma destacou que o maior passo para a soberania econômica brasileira aconteceu quando o país liquidou a sua dívida com o Fundo Monetário Internacional (FMI). A presidente ressaltou o fato que hoje o Brasil tem recursos aplicados no FMI e futuramente irá ter uma maior participação:


- Agora nós jamais aceitaremos que certos critérios que nos impuseram sejam impostos a outros países.


Ela se solidarizou com os protestos que reúnem milhares de norte-americanos intitulado Ocupe Wall Street, dizendo que simpatiza com dois lemas dos manifestantes:


- Um diz: “nós não vamos pagar pela sua crise” e eu posso garantir que o Brasil não vai pagar por uma crise que não é nossa.


Durante a solenidade da manhã desta sexta-feira, em Porto Alegre, dezenas de acordos foram firmados para garantir a inclusão dos 716 mil cidadão que vivem em miséria extrema nos três estados do Sul do Brasil no Cadastro Único dos programas sociais do governo federal. Na área urbana, onde vive 60% dessa população, os convênios foram firmados com a Associação Brasileira de Supermercados (Abas), o Walmart e a Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC). Eles garantem que as vagas de emprego das redes varejistas e da construção civil sejam preenchidas com pessoas cadastradas pelo governo e beneficiárias dos programas sociais como o Bolsa Família. No campo, os tratados determinaram a compra e a distribuição de milhares de sementes crioulas para agricultores familiares em situação de extrema pobreza.

EUA devem seguir exemplo da Índia e do Brasil, diz Hillary

Alessandra Corrêa
Atualizado em  14 de outubro, 2011 - 23:09 (Brasília) 02:09 GMT
A secretáriade Estado americana Hillary Clinton.
A secretária de Estado americana, Hillary Clinton, disse nesta sexta-feira que os Estados Unidos deveriam seguir o exemplo de países emergentes como o Brasil e a Índia, que colocam a economia no centro de sua política externa.
"Nós estamos atualizando as nossas prioridades em política externa para incluir a economia em todos os passos", disse a secretária, em uma palestra em Nova York.
Segundo a secretária, os Estados Unidos deveriam fazer a mesma pergunta.
"Não porque a resposta vai ditar cada uma das nossas escolhas na política externa. Não vai. Mas deve ser uma parte importante nesta equação", afirmou.

Crise

O discurso de Hillary foi feito em um momento em que cresce o temor de que os Estados Unidos mergulhem em uma nova recessão.
O país enfrenta níveis recordes de déficit e dívida pública e um ritmo de crescimento lento, considerado insuficiente para recuperar os empregos perdidos no auge da crise mundial.
Há cerca de dois anos a taxa de desemprego americana está ao redor de 9%, patamar considerado alto pelo próprio governo.
A situação é agravada pelo cenário externo, em um momento em que a crise nos países da zona do euro ameaça contagiar outros mercados.
A economia e o desemprego são considerados prioridades para os eleitores americanos e vêm ganhando cada vez mais atenção na campanha para a eleição de 2012, na qual o presidente Barack Obama tentará conquistar um segundo mandato.
"A força econômica dos Estados Unidos e a nossa liderança global são um mesmo pacote", disse Hillary.
Segundo a secretária, os Estados Unidos precisam se preparar para liderar em um mundo no qual a segurança é definida tanto nos campos de batalha quanto nas salas de reunião e nas bolsas de valores.

China

"Potências emergentes como a Índia e o Brasil colocam a economia no centro de sua política externa. "
Hillary Clinton, secretária de Estado americana
Na semana em que o Senado aprovou um projeto de lei com o objetivo de aumentar a pressão para que a China valorize sua moeda, Hillary voltou a tocar no tema.
"A política cambial da China custa empregos americanos, mas também custa empregos brasileiros, alemães", disse a secretária, repetindo uma crítica constante feita pelo governo americano ao parceiro asiático.
Os Estados Unidos acusam a China de manter sua moeda, o yuan, artificialmente desvalorizada, ganhando assim maior competitividade para suas exportações, que ficam mais baratas do que a de países que não recorrem à prática.
A proposta aprovada pelo Senado dá aos Estados Unidos o poder de impor tarifas maiores a produtos importados de países que subsidiam suas exportações ao manter suas moedas desvalorizadas, mas ela ainda não tem previsão de aprovação na Câmara.

Em meio a pessimismo, EUA são palco de novos protestos

Alessandra Corrêa
Atualizado em  15 de outubro, 2011 - 07:20 (Brasília) 10:20 GMT
Manifestante se prepara para dormir em parque próximo a Wall Street, entre sexta e sábado (Reuters)
Onda de protestos nos EUA começou em Nova York, em ruas próximas a Wall Street
Um mês depois do início do movimento batizado de "Ocupe Wall Street", em Nova York, crescem nos Estados Unidos os protestos contra o alto índice de desemprego e o agravamento da situação econômica do país.
Neste sábado – um dia depois de a pesquisa mais recente sobre o índice de confiança do consumidor americano revelar uma queda a níveis comparáveis ao de períodos de recessão – o descontentamento dos americanos será visto nas ruas de Washington em pelo menos quatro protestos.
O principal deles, a "Marcha por Empregos e Justiça", é organizado pelo reverendo Al Sharpton, conhecido ativista de direitos civis, radialista e fundador da organização National Action Network (Rede de Ação Nacional).
"No momento em que abordamos questões como a ganância corporativa, uma crescente desigualdade de renda, falta de empregos e acesso desigual na sociedade, nós iremos marchar pelo nosso futuro coletivo", escreveu Sharpton em um artigo publicado pela imprensa americana nesta semana.
A marcha deverá percorrer as ruas da capital até o monumento em homenagem ao líder do movimento de direitos civis Martin Luther King Jr, que será inaugurado oficialmente no domingo.
No meio do caminho, os manifestantes deverão se reunir a uma outra demonstração, a "Marcha pela Democracia", organizada pelo prefeito de Washington, Vincent Gray.
Outros dois movimentos, o "Ocupe DC" (sigla para Distrito de Colúmbia, que é como os americanos comumente se referem à capital), inspirado no similar nova-iorquino, e o "Outubro 2011", já ocupam as ruas de Washington há vários dias e também farão demonstrações neste sábado.

Movimento

"No momento em que abordamos questões como a ganância corporativa, uma crescente desigualdade de renda, falta de empregos e acesso desigual na sociedade, nós iremos marchar pelo nosso futuro coletivo"
Reverendo Al Sharpton, ativista, em artigo publicado pela imprensa americana
O pioneiro da onda recente de manifestações nasceu em Nova York com um grupo de jovens que resolveu acampar perto de Wall Street para protestar contra o desemprego, as grandes corporações e a desigualdade na sociedade americana.
Desde então, o movimento vem ganhando adeptos em todas as classes e faixas etárias e, depois de se espalhar pelo território americano, já inspira protestos semelhantes em diversos países, que também ganharam as manchetes neste sábado.
Somente neste fim de semana, dezenas de demonstrações já estão sendo realizadas em cidades americanas e no exterior. Há eventos programados no Canadá, na América Latina, na Europa, na Ásia e na África.
A marcha organizada por Sharpton não foi inspirada diretamente pelo movimento em Nova York. A demonstração estava originalmente prevista para agosto, mas acabou adiada em razão da passagem do furacão Irene pela cidade.
O reverendo, porém, é uma presença constante acampamento no Parque Zuccotti, onde estão concentrados os ativistas nova-iorquinos, e chegou a transmitir seu programa de rádio diretamente de lá.
Sem liderança central ou um conjunto de propostas bem definido, os manifestantes em todos esses protestos têm em comum a insatisfação com os rumos da economia nos Estados Unidos e com o que consideram falta de ação da classe política em representar e defender os interesses da população, e não das grandes corporações.
Eles se definem como os "99%", em oposição à minoria de 1% que controla a maior parte da riqueza do país. Reclamam que, enquanto o governo gastou bilhões para salvar as grandes corporações financeiras no auge da crise econômica mundial, a classe média foi deixada de lado.

Comparações

Os protestos surgidos no último mês nos Estados Unidos já foram comparados aos levantes da Primavera Árabe – que desde o início do ano se espalharam por países do Oriente Médio e do norte da África –, aos "indignados" da Espanha e até mesmo ao Tea Party, movimento surgido há alguns anos que reúne diversos grupos conservadores americanos com uma bandeira de defesa da redução da presença do governo.
Alguns analistas comparam o momento atual com a década de 30, quando a Grande Depressão gerou uma onda de greves e protestos.
'Salve a América da gânancia corporativa', diz manifestante em Chicago
Manifestantes se queixam do dinheiro gasto para salvar as grandes corporações
"Os paralelos entre 1930 e hoje são impressionantes", escreveu o professor Sidney Tarrow, da Universidade de Cornell, em um artigo na revista Foreign Affairs.
"A economia mergulhou em níveis históricos de desemprego e dificuldades. A crise econômica novamente é global, forças de obscurantismo e reação estão em movimento (vide as leis anti-imigração aprovadas recentemente no Arizona e no Alabama) e os legisladores estão exigindo reduções selvagens de gastos", afirma Tarrow.
As manifestações atuais surgiram em um momento em que os Estados Unidos enfrentam um temor cada vez maior de nova recessão, e as divisões políticas em Washington parecem impossibilitar uma solução para os problemas econômicos.
O país tem níveis recordes de deficit e dívida pública, e o crescimento econômico se arrasta há meses em um ritmo insuficiente para recuperar os empregos perdidos durante a recessão.
Há mais de dois anos a taxa de desemprego gira em torno de 9%, nível considerado alto por economistas e pelo governo. Entre jovens de 16 a 19 anos, o índice chega a 24,6%.
Calcula-se que haja 14 milhões de desempregados nos Estados Unidos, número que pode ser maior, já que as estatísticas não levam em conta pessoas que simplesmente desistiram de procurar emprego.

Confiança

A crescente frustração dos americanos, muitas vezes mencionada pelo presidente Barack Obama e por outros membros do governo, é visível em alguns indicadores recentes.
Na sexta-feira, dados preliminares do índice de confiança do consumidor de outubro, calculado pela Reuters e pela Universidade de Michigan, mostravam queda de 1,9 ponto percentual, para 57,5%.
Segundo o economista Chris Christopher, da consultoria IHS Global Insight, o nível é o de um período de recessão. O analista observa que o desencanto dos americanos cresceu em meio ao impasse no Congresso nas negociações para elevar o teto da dívida pública – que quase levaram a um calote, evitado por um acordo de última hora no início de agosto.
"Se o movimento realmente se mantiver e crescer, obviamente poderá forçar a Casa Branca ou o Congresso a tomar novas medidas, e pode até se transformar em um ponto importante de disputa durante o ciclo da próxima eleição"
Analistas Michael Hardt e Antonio Negri, em artigo na revista 'Foreign Affairs'
Após uma leve melhora no mês seguinte, a confiança dos americanos voltou a cair, sob o impacto da atual crise nos países da zona do euro, que ameaça contaminar a economia global, diz Christopher.
Em meio a esse cenário, analistas afirmam que o movimento iniciado com o "Ocupe Wall Street" pode continuar a crescer e ganhar maior impacto, inclusive nas eleições de 2012, nas quais Obama buscará um segundo mandato.
"Se o movimento realmente se mantiver e crescer, obviamente poderá forçar a Casa Branca ou o Congresso a tomar novas medidas, e pode até se transformar em um ponto importante de disputa durante o ciclo da próxima eleição", dizem os analistas Michael Hardt e Antonio Negri, em artigo na Foreign Affairs.
No entanto, eles observam que o resgate às instituições financeiras, tão criticado pelos manifestantes, é obra tanto do governo de Obama quanto do de seu antecessor, George W. Bush.
"A falta de representação (política) ressaltada pelos protestos se aplica a ambos os partidos", dizem os analistas.

"Contra o poder financeiro, político, militar e midiático"

 
 *OCUPAR A AGENDA DA CRISE** POLITIZAR A ECONOMIA** AMPLIAR A DEMOCRACIA**  82 países apoiam a marcha deste sábado,dia 15, pelo fim da ordem neoliberal
 
** o que está em jogo: assista 'Inside Job' ( http://vimeo.com/25278394) e a  convocatória dos indignados espanhóis: http://15october.net/where/ 
 
* *LULA : o discurso emocionado ao receber o Prêmio World Food Prize, dia 12, nos EUA ** o vídeo na íntegra:  http://www.youtube.com/watch?v=LT0j9AN6T-A&feature=player_embedded
 
**a maior greve bancária em 20 anos entra no seu 18º dia com mais de 9.100 agencias paradas, 46% da rede brasileira
 
** banqueiros  voltam a negociar e elevam a proposta de reajuste para 9%
 
**BRESSER PEREIRA: 'governo deve administrar com mão de ferro o setor financeiro' (leia entrevista  exclusiva a Maria Inês Nassif; nesta pág)
 
**dia 18/10: 'Ocupe o Copom': manifesto pela queda dos juros une CUT, Fiesp, Abimaq, metalúrgicos,   economistas** informações e adesões:  http://www.brasilcomjurosbaixos.com.br/
  

Brasileiros aderem a chamado de mobilização global dia 15

 

Chamados a participar de uma mobilização mundial contra modelo econômico-político dominante, jovens brasileiros resolveram aderir e adaptar os eixos internacionais à realidade do país. A convocatória veio da Espanha, dos movimentos que levantaram a bandeira da “democracia real já” e protestam contra os efeitos da crise econômica. Pelo menos 42 cidades brasileiras devem particiar da mobilização global neste sábado.

Chamados a participar de uma mobilização mundial, jovens brasileiros resolveram aderir e adaptar os eixos internacionais à realidade do país. A convocatória veio da Espanha, dos movimentos que levantaram a bandeira da “democracia real já” e protestam contra os efeitos da crise econômica. Os protestos também se referenciam em movimentos de outros locais como Grécia, Chile, Estados Unidos e países do Oriente Médio, que de maneiras distintas estão realizando manifestações massivas.

Segundo o site http://15october.net/es/, atividades públicas já
foram marcadas neste dia em 951 cidades de 82 países de todos os continentes. De maneira genérica, a mobilização global centra fogo no que parece coincidir em vários desses levantes: a crítica aos regimes políticos e ao modelo econômico.

“Unidos em uma só voz, faremos saber aos políticos e às elites financeiras a quem eles servem, que agora somos nós, as pessoas, quem decidiremos nosso futuro”, afirma o chamado. E completa: as pessoas não são “mercadorias nas mãos de políticos e banqueiros”, e estes, por sua vez, não os representam.

No Brasil
A partir de uma garimpagem na internet, é possível descobrir as cidades brasileiras que planejam atividades. O site http://www.cartamaior.com.br/templates/www.democraciarealbrasil.org/ aponta 41 locais com eventos divulgados no site do Facebook. O número de pessoas confirmadas, apesar da pouca precisão desta fonte de informação, passa de 11 mil.

Cada cidade está organizando de maneira independente suas mobilizações. Em São Paulo, o grupo que está se reunindo há quase um mês anunciou um acampamento no Vale do Anhangabaú. Está prevista a concentração a partir das 10 horas do sábado, seguida de uma passeata até o local de instalação das barracas. Lá, ocorrerão grupos de discussão sobre educação, meio ambiente, saúde e transporte, debates com o tema “o que é democracia real”, atividades culturais e assembleias organizativas.

O manifesto paulista, além de situar os levantes no mundo, critica a desigualdade social como “principal marca deste país, desde que ele existe como tal”. O material também afirma que o movimento é auto-organizado, autofinanciado, autônomo de empresas, Estado, governos e partidos políticos, apesar de contar com participantes de algumas organizações.

As bandeiras elencadas refletem também as manifestações ocorridas durante todo o ano. A quantidade de vezes que esses movimentos saíram às ruas demonstra algumas mudanças também no cenário nacional. Só em 2011 foram realizadas marchas contra o aumento das passagens de ônibus, do dia internacional de luta da mulher, contra a homofobia, da maconha, da liberdade, das vadias, contra Belo Monte, contra o novo Código Florestal, da consciência negra, contra corrupção, do Fora Ricardo Teixeira, entre outras. A maioria delas aconteceu em 10 cidades, sendo que se chegou a atingir 40 locais diferentes, com números de participantes acima do que não se via há algum tempo.

As ocupações também foram instrumentos mobilizadores. Em São Paulo, a ocupação da Fundação Nacional das Artes (Funarte), com o lema “é hora de perder a paciência” se destacou. Por pautas específicas e pelo investimento de 10% do PIB para educação pública, o movimento estudantil realizou ocupações de reitorias na onda das greves dos técnico-administrativos na UFPR, UEM, UFSM, UFSC, UFRB, UFAL, UFMT, UnB, UFES, UFRGS, UFAM, UFRJ, UFF, com conquistas pontuais. No sindicalismo, algumas outras categorias como trabalhadores da construção civil, do Correios e bancários também fizeram grandes greves.

As organizações políticas, os protagonistas e as pautas de todas essas mobilizações não estão concentradas em um único programa. O 15 de outubro é, no entanto, uma evidência que mesmo diante das incertezas dos desdobramentos da crise econômica mundial, parte da população está se organizando para buscar respostas coletivas, nas ruas.