Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2017

Tentar esconder Carnaval do Fora, Temer é como enxugar gelo

Tentar esconder Carnaval do Fora, Temer é como enxugar gelo
fora temer

Quantos vídeos de blocos de Carnaval bradando “Fora, Temer” você já recebeu desde a semana passada? Dezenas, certo?
Carnaval de 2017 foi o Carnaval do “Fora, Temer”. Os vídeos chegam por grupos de Whats App, por Facebook, por Twitter, por blogs, mas estão banidos da mídia corporativa, sobretudo pelas TV’s.
Globo à frente, lógico.
Ninguém entende qual é a lógica dessa censura. É impossível esconder enormes multidões bradando, cantando e sambando “Fora, Temer” a plenos pulmões.
Essa atitude antidemocrática e desrespeitosa para com o público certamente está sendo notada de Norte a Sul do país e, basta esperar, será outro prego no caixão dos golpistas.
Imagens de multidões gigantescas gritando “Fora, Temer” neste Carnaval espalham-se pelas televisões e grandes sites de notícias mundo afora. São muitas imagens. Tentar escondê-las equivale a enxugar gelo.
Abaixo, uma seleção de pequena parte dos vídeos que estão rodando por aí.
Rio de Janeiro
Salvador
São Paulo
Fortaleza
Show de Maria Rita (Rio)
Recife
No show de Caetano Veloso (Salvador)
Show de Tom Zé



div style="line-height: 19.2px; margin-bottom: 15px; margin-top: 15px; outline: none; padding: 0px;"> Show dos Para-lamas do Sucesso (SP)

Tabapuã Papers é suruba com Temer e Globo

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Não é fácil entender a papelada divulgada pelo grupo anonymous na semana passada, chamada de Tabapuã Papers. Mas como o trabalho do jornalismo deve ser simplificar, em vez de complicar, este Blog vai tentar trocar em miúdos do que se trata.
Em 31 de dezembro do ano passado, duas pessoas – um homem chamado Joel Assis e uma mulher chamada Larissa Monteiro – colocaram no ar o blog Tabapuã Papers. Esse nome remete a empresa criada pelo presidente Michel Temer e sua filha Luciana em 2010, a Tabapuã Investimentos e Participações.
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Um dos fatos estranhos sobre a Tabapuã é que Michel Temer omitiu sua criação na declaração de bens como candidato na eleição de 2010, quando se tornou vice-presidente da República na chapa de Dilma Rousseff.
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Porém, Temer incluiu a empresa em sua declaração de bens como candidato em 2014
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O blog Tabapuã Papers afirma que foi criado para mostrar “(…) relações sombrias do melhor amigo do presidente Michel Temer com firmas em paraísos fiscais, empresas de fachada, bancos suspeitos de lavagem de dinheiro, barões da mídia e, claro, com o próprio Temer (…)”.
O “melhor amigo do presidente Michel Temer” (citado no parágrafo acima), no caso, é o advogado José Yunes, que deixou o cargo de assessor de Temer em 13 de dezembro do ano passado depois de ter tido seu nome citado em delação premiada de Cláudio Melo Filho, ex-diretor de relações institucionais da Odebrecht.
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Em depoimento ao Ministério Público Federal prestado na semana passada, Yunes contou que, em 2014, recebeu um telefonema de Eliseu Padilha, na época deputado federal. Padilha pediu que ele recebesse um documento no escritório, que depois seria recolhido por outra pessoa.
Agora, em entrevista à GloboNews, Yunes disse que foi apenas uma “mula” de Padilha, que mandou um doleiro todo enrolado na lava jato ir lá, ao seu escritório, deixar o tal dinheiro que outra pessoa passaria depois para retirar.
Yunes se diz enganado, envolvido em esquema do qual não tinha conhecimento, e que comprometeria, “apenas”, o presidente da República.
Ocorre que toda essa barafunda tem desdobramentos surpreendentes graças aos documentos do Tabapuã Papers.
Os papéis mostram nada mais, nada menos do que Temer alugando salas comerciais para um consórcio de bilionários que inclui um filho de Yunes, Marcos Yunes, e ninguém mais, ninguém menos do que José Roberto Marinho, um dos donos da Globo.
Trata-se da Maraú Administração de Bens e Participações, cujo curioso quadro societário você confere abaixo.
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Toda essa gente que figura na constituição da Maraú aparece no Tabapuã Papers enrolada com a criação de offshores em paraísos fiscais, ou seja, aparece como dona de empresas de fachada, com sede falsa, com atividades obscuras movidas a capital sem origem declarada.
É nesse rolo que estão metidos Michel Temer, presidente da República, e José Roberto Marinho, um dos presidentes “de facto” do Brasil. Unidos por uma montanha de “coincidências” de nomes, pessoas, empresas constituídas fora do país e que começaram a atuar aqui dentro.
Ninguém achou exatamente o que está errado em tudo isso. Tudo o que está sendo divulgado pelo blog Panamá Papers é, “apenas”, um conjunto de documentos que requer investigação das autoridades.
A sociedade tem direito de entender que tipo de negócios são esses que a Globo e o presidente da República mantiveram com um monte de gente enrolada até o pescoço em mega escândalos de corrupção, lavagem de dinheiro, sonegação, evasão de divisas e o diabo a quatro.
É estarrecedor ver pessoas tão importantes tendo relações comerciais com investigados, denunciados e até com gente presa (doleiros). O imóvel alugado pela Tabapuã, de Temer, para a Maraú, de Yunes e Marinho, pode ter sediado a suruba do século.