Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sábado, 2 de outubro de 2010

Os gênios do atraso

Quem paga o jatinho de US$ 50 milhões da Marina ?


Na foto, as modestas instalações do jatinho da candidata pobrinha

Conversa Afiada reproduz post do site Sejaditaverdade.

O que o amigo navegante acha mais apropriado para referir-se à Bláblárina:

- Traíra 

- Eco-capitalista

- A candidata de duas caras

- Voz de despertador de segunda feira (segundo o Zé Simão)

- Serra do B

Isso dá uma enquete …

Escândalo: Marina faz a campanha presidencial mais cara!



Como os auditores, policiais ou contadores sabem quando alguém lava dinheiro? Fácil, a pessoa começa a ter um padrão de vida bem superior aos seus rendimentos. Em outras palavras, o suspeito tem um carro que está muito além do seu salário, vive em uma casa com tamanho luxo e não há o que explique a origem dos recursos para a compra da tal casa.


Na campanha presidencial deste ano, uma candidata desponta como aquela que leva um padrão bem acima daquilo que é declarado: é a verde Marina Silva.


Em setembro deste ano, as doações da campanha da candidata superavam a marca de 13 milhões de reais, tornando a campanha de Marina mais cara que a de Lula em 2006.


Ainda sim, Marina e Guilherme Leal, seu vice bilionário e cuja empresa é acusada de biopirataria e tem mais de R$ 1,5 bilhão em multas da Receita Federal, afirmam fazer uma campanha modesta frente aos candidatos José Serra e Dilma Rousseff.


Aos moldes da campanha vitoriosa de Barack Obama nos Estados Unidos, Marina foi a primeira a pedir doações na internet. O objetivo, segundo a candidata, era garantir que as doações fossem transparentes (aqui). As doações são pífias, não tendo passado de pouco mais de R$ 160 mil até a semana passada.


Não foi o que aconteceu. No começo do pleito, Marina viajava o país todo dentro de um jatinho Legacy, propriedade da Natura, empresa do vice do PV.


Há alguns dias, em imagem exibida no Jornal Nacional, percebe-se que o avião agora é outro: um luxuoso e exclusivo jato Falcon 2000 Easy, no valor de mais de 50 milhões de dólares.  Veja a prova irrefutável:



Veja o avião por dentro



Os custos deste avião são tão caros que havia apenas dois modelos no Brasil. Agora temos um terceiro, o de Marina. Na imagem do Jornal Nacional, podemos observar no canto esquerdo da tela a logomarca da Colt Aviation, conhecida por administrar e alugar jatos de potentados, banqueiros e grandes empresas nacionais e internacionais, além dos altos valores que cobra por seus serviços.


Agora , nesta reta final de campanha, surgem dúvidas pertinentes aos eleitores:


Por que Marina trocou de avião?


Por que Dilma voa em um Citation e Serra em um Learjet, aviões bastante inferiores aos da falsa humilde ex-Marina, e ela gasta milhões em seu raid aéreo por todo o Brasil?


Por que a candidata do PV prega vida simples e sustentável aos outros, mas para si ostenta o luxo e polui o meio-ambiente voando numa máquina de US$ 50 milhões?


E a pergunta mais importante de todas: QUEM PAGA POR ESTE AVIÃO E QUE INTERESSES TÊM NISSO?


Marina Silva tem que vir a público para explicar estas questões. A sua máscara de boazinha já caiu faz tempo. Caiu com um super jato, com comissária de bordo, navegação e telefonia por satélite, interior luxuosíssimo, cama de casal, bar, escritório e um custo aproximado de US$ 10 mil por hora de vôo?


Barack Obama voou em sua campanha num jato Legacy, da JetBlue Airlines, fabricado no Brasil. Marina silva voa num avião que custo o dobro. Chique, não?


Sejaditaverdade


Conheça os detalhes do escândalo que envolve Marina Silva e a utilização de jato de US$ 50 milhões em sua campanha. http://migre.me/1sfWC

Emir Sader: “Marina é a falência do movimento ecológico brasileiro”

por Conceição Lemes

Pesquisa divulgada pelo Datafolha na terça-feira, 28, colocou em cheque, de novo,  a credibilidade do instituto, que já andava baixa.  Dizia que Dilma Rousseff (PT) caíra três pontos percentuais em relação ao levantamento realizado na semana anterior, quando tinha 49%. O candidato José Serra (PSDB) teria mantido 28% e Marina Silva (PV) subido de 13% para 14%.
“Enquanto as pesquisas em geral dão 10% de vantagem para Dilma em relação à soma dos outros candidatos, o Datafolha deu 4%. Enquanto o Datafolha cogita o segundo turno, Sensus, Vox Populi e Ibope continuam jurando que vai dar Dilma no primeiro turno”,  disse, em entrevista ao Viomundo, o sociólogo-político Emir Sader. “O mínimo que se pode dizer é que, na margem de erro, está havendo manipulação.”
Ao ser indagado sobre o que faremos até a reta final da campanha, Emir brincou: “Lexotan”. Depois, falando sério, afirmou: “Quem está empenhado num candidato, intensificar o trabalho. Mas, sobretudo, tentar desmentir os boatos, as falsidades que andam espalhando por aí”.
Eis a segunda parte da entrevista que nos concedeu.
Viomundo — Que falsidade o senhor destacaria?
Emir Sader – A mídia está passando uma imagem platônica da Marina, que não tem nada a ver. Na hora em que teve de enfrentar uma luta concreta, ela ficou contra os povos indígenas.
Emir Sader – Exatamente. O registro para fins comercias de frutas tropicais da Amazônia feito pela Natura, cujo presidente [Guilherme Leal] é o vice da chapa verde. A Marina ficou do lado dele contra os interesses e os saberes naturais dos povos indígenas, dos povos da Amazônia, ao dizer que a Justiça é que decidiria.
Tenho dúvidas sobre a “preocupação” ecológica da empresa. Qual a política salarial dela?  Qual a política para exploração dos recursos naturais? Qual a política da propriedade intelectual? Eu não vejo nada de significativo na prática social dela, que pudesse ter um caráter ecológico. A questão ecológica não é só preservar a floresta e os animais em extinção. Essa visão é muito pobre, reducionista.
Curiosamente,  até sair do governo Lula, a Marina era o diabo para a imprensa. A mídia dizia que ela era quem mais prejudicava os projetos econômicos com suas picuinhas ideológicas.  Essa mesma mídia, agora, exalta a Marina, numa clara instrumentalização, que ela aceita de bom grado. Quando se fala da Marina real, do Serra real, aí é que se vê a verdadeira dimensão deles.
Viomundo – Quem é a Marina real?
Emir Sader – No Fórum Social Mundial, ouvimos o tempo todo que a questão ecológica é transversal. Ou seja, a ecologia cruzaria tudo, assim como na época anterior da esquerda se achava que a questão capital-trabalho cruzava tudo.
A graça da campanha da Marina seria fazer uma campanha em que ecologia cruzasse tudo. Só que ela deixou de ter uma agenda própria, passou a reagir a partir do denuncismo da direita, do bloco tucano-udenista. Chegou a dizer que a violação dos sigilos bancários da filha e do genro do Serra provocava fragilidade na sociedade brasileira. Tomara que fosse essa a nossa fragilidade. Para nós, o que fragiliza a sociedade brasileira é a violência, é o desemprego, é a  miséria, é a injustiça…
Nessa campanha, Marina só assumiu posições equidistantes do cerne da questão ecológica. Ela não desenvolveu no governo nem fora uma concepção ecológica do desenvolvimento. O discurso dela não quer dizer nada.
Ao falar de Belo Monte, por exemplo, ela emenda “mas a energia limpa…” Só que Belo Monte é energia limpa. A Marina não tem coragem de se colocar a favor de projetos como Belo Monte, mas também não tem capacidade de elaborar projetos alternativos. Acho que a Marina é a falência do movimento ecológico brasileiro.
Viomundo — Mesmo?
Emir Sader – Sim. O discurso dela pode parecer coerente no papel, mas, quando você  questiona, é um vazio profundo. O estado brasileiro como é que vai ser? Qual o modelo desenvolvimento que propõe? Qual o papel do mercado interno? E da exportação? Como seria a política externa brasileira? E as políticas sociais?
São questões cruciais sobre as quais ela não tem nada a dizer — nem contra nem a favor do que está sendo feito. Nada.
Peguemos os transgênicos, uma questão grave. O que a Marina tem a dizer hoje? Vai acabar com eles, com exportação de soja, com a Monsanto? O  discurso dela acaba sendo um blefe, já que os segmentos dos transgênicos são totalmente aparelhados pela direita, que hoje a apóiam.
Está na hora de provar a transversalidade da questão ecológica. Não vejo nada disso na campanha da Marina. Onde está a questão ecológica, estruturando o conjunto da plataforma dela? Não tem.
Ela fala em terceira via, mas qual é a política de emprego dela? Qual a política de salários? Qual a política de crédito?  Não tem nada. Ela não tem nada a dizer nem dos programas essenciais do governo, como o microcrédito, o Luz para Todos, o crédito  consignado.  É só blábláblá. O que aparece, para quem está olhando a campanha, é um esvaziamento da transversalidade da questão ecológica.
Viomundo – A mesma mídia que apedrejava a Marina, hoje a enaltece. O Serra nem fala. Para alavancar a candidatura dele e liquidar a da Dilma, a “grande” imprensa assassinou o jornalismo durante essa campanha…
Emir Sader — A questão não é ser a favor ou contra o Lula ou a Dilma. Quando você tem um governo com 80% de aprovação e olha a imprensa, uma coisa não corresponde à outra. A cobertura não reflete a formação democrática e pluralista da opinião pública. Eu não queria que falasse bem, eu gostaria que existisse o pluralismo, os pontos de vista realmente existentes na sociedade. Por outro lado, no governo Lula, avançamos pouco na questão mídia.
Viomundo – Que avaliação o senhor faz  da política de comunicação do governo?
Emir Sader –  Houve um fracasso enorme. Daí a dificuldade de governar. Se deixou criar um denuncismo, centrado em escândalos, reais ou não, desproporcional, que acaba falsificando o próprio debate político, ou seja, o que mudou na sociedade brasileira para melhor ou para pior.  Às vezes dá a impressão de que o governo é um poço de escândalo. O que não é verdade. Isso se deve ao fracasso da política de comunicação do governo.
O interessante é que a massa da população sabe dessa manipulação. Tanto que vota a favor do governo, apesar da mídia. Nós temos de democratizar, desconcentrar, ainda três coisas fundamentais: o dinheiro, a terra e a palavra. São monopólios privados. Não haverá sociedade democrática sem se democratizar essas instâncias.
Viomundo – E o Judiciário?
Emir Sader – É muito ruim que tenha pessoas que se comportam como o Gilmar Mendes e a doutora Sandra Cureau. Estão tão empenhados politicamente que desmoralizam ainda mais o Judiciário.  São personagens que refletem a arbitrariedade da Justiça, que deveria ser um órgão justo. Por isso, a reforma do Estado é fundamental. Acho que o Judiciário tem de estar submetido a um controle social.
Há alguns dias a Folha, em editorial, disse que todo poder tem de ter limite. E quem coloca limite no poder mídia monopólica?  Quem coloca limite ao Judiciário?
Isso não vai cair do céu. Tem de ser definido em uma instância democrática. A doutora Cureau, como disse a Dilma, tem o direito de se manifestar como cidadã. Mas, ao dizer que o Lula está se empenhando ao máximo para eleger a Dilma, ela poderia dizer também que a imprensa está fazendo o máximo para eleger o Serra.
Acho que estão extrapolando o papel do Judiciário. Fazer uma leitura política de intenções é uma atitude totalmente indevida em relação aos juízes.
Viomundo – Para terminar, o que representa a eleição deste domingo?
Emir Sader — O que está em jogo é o governo Lula. No domingo, o povo vai decidir se o governo Lula foi um parêntese e, aí, as elites tradicionais voltam ao poder. Ou se o governo Lula vai ser uma ponte para a gente construir um país justo, solidário e soberano, tarefa que apenas começamos a fazer. Acho que o povo está optando claramente pela continuação do processo, apesar da direita espernear através dos seus órgãos da mídia.

REDE GLOBO MANIPULA ELEIÇÃO MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE