Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador dem. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador dem. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Temer: protestos são coisa de “movimentozinho”

:

Michel Temer, que está na China, disse não ver e contradições entre seu discurso de reunificação e pacificação nacional e as manifestações contra o seu governo - realizadas por "um ou outro  movimentozinho" - que tem acontecido em várias cidades do país; "A mensagem de reunificação e repacificação nacional, que eu lanço, não é em benefício pessoal, mas dos brasileiros. E eu sinto que os brasileiros querem isso. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros", disse; pesquisa do instuto Ipsos aponta que Temer é rejeitado por 68% dos brasileiros 


247-Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil - O presidente Michel Temer disse hoje (2), em viagem à China, não ver risco de contradições entre seu discurso de reunificação e repacificação nacional, e as manifestações que têm ocorrido em algumas localidades do país, feitas contra seu governo.

"A mensagem de reunificação e repacificação nacional, que eu lanço, não é em benefício pessoal, mas dos brasileiros. E eu sinto que os brasileiros querem isPSDB,so. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros", disse Temer a jornalistas que o acompanham na viagem.

O presidente negou ter sido surpreendido por suposta manobra no Senado, que resultou na habilitação da ex-presidenta Dilma Rousseff para exercer funções públicas. "Estou acostumado a isso. Estou há mais de 34 anos na vida pública e acompanho permanentemente esses pequenos embaraços que logo são superáveis", disse Temer.

"Ontem mesmo falei com companheiros do PSDB, PMDB e DEM, e essa questão toda será superada. Não há a menor dificuldade. Não se tratou de manobra. Tratou-se de uma decisão que se tomou. Sempre aguardo respeitosamente as decisões do Senado", acrescentou.

Segundo o presidente, essa questão entrou, agora, em uma "seara" jurídica. "O Senado tomou a decisão. Certa ou errada, não importa, o Senado tomou a decisão. Me parece que ela está sendo questionada agora juridicamente. Então, ela sai agora do plano exclusivamente político para o quadro de uma avaliação de natureza jurídica".

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

A vingança dos médicos contra o PT

O destino deu às entidades médicas e aos profissionais da área a oportunidade perfeita para se vingarem da derrota acachapante que o governo Dilma e o PT lhe impuseram desde que, em 8 de julho deste ano, a presidente da República lançou o programa Mais Médicos, enfurecendo a categoria de forma jamais vista no país e levando-a a praticar legítimas insanidades.
No âmbito da ofensiva massiva contra o Partido dos Trabalhadores desencadeada pela mídia e pelo PSDB a partir das prisões de algumas de suas lideranças históricas condenadas pelo julgamento do mensalão, finalmente funcionou a recomendação das entidades médicas para que a categoria empreendesse retaliação política ao governo federal e ao seu partido.
Em meados de outubro, o jornal O Globo já anunciava: “Médicos São orientados a pedir votos de pacientes contra Dilma” (clique na imagem abaixo se quiser ler a matéria na íntegra, ou leia abaixo o que ela tem de importante).

A matéria em si, porém, diz muito mais do que a manchete. Abaixo, alguns trechos bastante eloquentes.
—–
Em reação à aprovação da medida provisória que criou o programa Mais Médicos, as entidades que representam esses profissionais de Saúde preparam uma ofensiva nacional na campanha de 2014 contra a presidente Dilma Rousseff, sobretudo na população de baixa renda (…)
Além disso, há um movimento de filiações em massa dos médicos a partidos de oposição, principalmente ao PSDB e ao DEM. Segundo a AMB, pelo menos 300 médicos já se filiaram ao PSDB do Ceará, a convite do ex-senador tucano Tasso Jereissati (…)
No Mato Grosso do Sul e em Goiás, o DEM já articula um número grande de filiações até novembro. O deputado Luiz Henrique Mandetta (MS) trabalha junto ao líder do partido na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), para fazer um ato político e filiar, em um dia, cerca de mil profissionais (…)
- A gente está preparando uma data para fazer um bloco, a gente quer fazer um barulho num dia só. Estou preparando um ato político, para fazer essa marca histórica, estamos numa agenda política muito intensa (…)”
—–
Quem diz que a categoria médica anunciou, através de suas entidades, que passaria a atuar politicamente e em peso contra Dilma e seu partido, portanto, não é este Blog, mas o jornal O Globo.
De fato, os Conselhos Regionais de Medicina, a Federação Nacional dos Médicos, a Associação Médica Brasileira e o Conselho Federal de Medicina, mais ou menos explicitamente recomendaram a atuação política da categoria médica contra o governo federal e o seu partido.
Essa fúria dos médicos brasileiros contra Dilma e seu partido começou a tomar corpo cerca de um mês e meio após o lançamento do programa Mais Médicos. Em 26 de agosto, 95 médicos estrangeiros, a maioria cubanos – e negros –, foram hostilizados por cerca de 50 colegas brasileiros – todos brancos – durante manifestação contra o programa federal em Fortaleza.
Dois meses depois, a presidente da República, em cerimônia oficial, pediu desculpas ao médico negro e cubano Juan, cuja imagem sendo vaiado por médicas brasileiras brancas comoveu o país. Em resumo, Dilma pediu desculpas pelas atitudes inacreditavelmente incivilizadas dos médicos brasileiros.
De que lado ficou a maioria do país? Pesquisa encomendada pela Confederação Nacional dos Transportes (CNT) e divulgada no início deste mês mostrou quem venceu esse embate. Abaixo, matéria da Agência Brasil sobre a pesquisa (clique na imagem para visitar a página original).


Se não tiveram força, até aqui, para macular imagem de Dilma e do seu partido como disseram que pretendiam, a alguns dos médicos que se enfureceram com a presidente da República foi dada, recentemente, a possibilidade de “darem o troco”.
De terça para quarta-feira, dois laudos produzidos por duas juntas médicas distintas geraram ao partido da presidente da República uma derrota na Justiça e outra no Congresso nacional. Médicos envolvidos, em maior ou menor grau, na disputa política com Dilma e seu partido emitiram pareceres que devem devolver o petista José Genoino à prisão e impedir que ele obtenha aposentadoria da Câmara dos Deputados.
Em um momento em que o PT sofre ataques por conta das prisões de suas lideranças históricas e no qual a mídia conseguiu jogar sobre si a culpa pela corrupção na prefeitura de São Paulo e no governo do Estado durante gestões do PSDB e do DEM, o golpe contra Genoino deve ter tido um sabor especial de vingança para os médicos enfurecidos.

terça-feira, 26 de março de 2013

FSM 2013: UM MIRANTE DA ESQUERDA MUNDIAL


Sede do FSM de 2013, Túnis foi o lugar onde  começou a Primavera Árabe; Ben Ali, o tirano que monopolizava o poder  há 24 anos foi
derrubado pelos protestos pioneiros da população tunisiana, em 14 de janeiro de 2011. Menos de um mês depois cairia Hosni Mubarak, o coronel que exercia um poder  imperial  há quase três décadas, com sólido apoio norte-americano. Ruas e praças árabes adicionaram novos pontos de encontro à geografia da luta social no século 21. Houve um momento em que a indignação abriu uma larga avenida   unindo Túnis a praça do Sol;  a Tahrir  às  ruas de Roma; o centro de Lisboa a  Wall Street e Wall Street a Syntagma, em Atenas. A nova esquina do cortejo é Chipre (leia o especial neste pág), onde a festa especulativa sofreu uma parada súbita na 2ª feira. Discute-se nas ruas cipriotas um tema recorrente da agenda global: quem pagará pela congestão de um sistema financeiro engasgado na própria gula ,desde 2008? A resposta da restauração conservadora é sabida. Mais do mesmo desde então custa o dobro em saldo destrutivo. Paga-se em espécie. Libras de carne humana são penhoradas nas filas europeias do desemprego, dos despejos, da fome e da destruição de direitos sociais. A Espanha calcula que até o final deste ano o desemprego deixará 27% de sua população sem fonte de renda. Os centuriões do mercado financeiro, como os que pontificam 'uma purga' equivalente para o Brasil, dizem que o caminho é esse mesmo.  A supremacia financeira aposta na exaustão das ruas e das praças para  completar seu trabalho de convalescença restauradora.  A Primavera Árabe mostra que a história anda quando as multidões politizam seus passos.Mostra igualmente que as ruas também cansam. É imperativo ampliar espaços de poder que abriguem o fôlego renovador das primaveras antes que elas pereçam. O dilema de construir respostas à afasia destrutiva  dos mercados  desafia o torpor da esquerda mundial. O FSM da Tunísia é um mirante privilegiado dessa encruzilhada. Não se pode deixar de ouvi-lo. Leia a cobertura dos enviados especiais de Carta Maior.

Mauro Santayana

Os dois maiores problemas do homem são o mistério da morte e a ambição do poder. Lucrécio, em De rerum natura, associa uma coisa à outra, ao dizer que do medo da morte nasceram a fome do ouro e a ambição da glória – e glória, direta ou indiretamente, é poder.
A ambição do poder é legítima, mas quando não se submete à razão, costuma perder-se. Há dois paradigmas históricos clássicos sobre a conduta na busca e no exercício do poder. Um é o do Cardeal de Richelieu, o outro, o de Nero. O tutor e todo poderoso ministro de Luís 13 foi o modelo de todos quantos submeteram o poder à razão de Estado.
O imperador romano foi o mais enlouquecido dos tiranos. E há aqueles que, em sua paranóia, supõem que agem com lógica em sua insensatez, como Hitler. Entre nós, e em episódio menor e grotesco, tivemos o comportamento de Jânio Quadros, que chegou ao Planalto, e o de Lacerda, que ficou no caminho.
José Serra é um caso de estudo político. O jovem, filho de trabalhadores imigrantes, destacou-se na adolescência como líder estudantil. Era, na identificação ideológica do tempo, homem de esquerda. A formação, no exílio, que lhe não foi difícil, graças à solidariedade dos meios acadêmicos, fez dele um economista. Ao retornar, depois do exercício eventual do jornalismo, integrou-se no MDB e, assim, ocupou a Secretaria de Planejamento do governador Franco Montoro.
Serra, pelo que dizem as folhas, e ele não desmente, está se unindo ao governador de Pernambuco contra Aécio Neves. A menos que haja uma explicação psicanalítica, não se trata de um problema pessoal. Os dois sempre se deram bem,  não obstante os 20 anos a mais de Serra. O que está em jogo, e não se confessa, é o interesse de parcelas, minoritárias, das elites econômicas de São Paulo, que, sem qualquer razão objetiva, sempre viram, em Minas, a linha de resistência contra a hegemonia política e econômica dos bandeirantes sobre a Federação. Os mineiros não querem sobrepujar São Paulo, embora isso fosse natural e legítimo, porque uma nação só cresce na sadia competição regional. Os mineiros querem crescer em uma nação que cresça por igual. Qualquer um que conversar com o homem comum de Minas dele receberá essa certeza.
A meio caminho entre o Norte e o Sul históricos, e entre o litoral e o Oeste que eles, mineiros conquistaram em parceria com os paulistas, os montanheses, formados pelos povos de todas as procedências, não conseguem pensar fora do Brasil. O Brasil é o seu destino inafastável. Longe do mar e sem fronteiras com o Exterior, Minas sempre será o Brasil, mesmo na desgraçada hipótese de alguma secessão.
José Serra, desde o seu retorno, buscou o poder. Ao formar seu Ministério, Tancredo se viu compelido a não aproveitá-lo, nem aproveitar Fernando Henrique, mais por resistência do próprio PMDB de São Paulo do que pelo seu próprio arbítrio. Como todos sabem, o partido, em São Paulo, estava dividido entre Montoro e Ulysses, e os dois estavam ligados indissoluvelmente ao governador.
Para não desagradar uma ou outra ala, em momento difícil de conciliação nacional, o presidente eleito buscou personalidades estranhas a esse dissídio interno do partido, convocando Setúbal, Roberto Gusmão e Almir Pazzianoto para o Ministério. Talvez não fosse a equipe dos sonhos de Tancredo, mas era a que as circunstâncias permitiam.
A partir de então, foi notável a idiossincrasia de Serra  contra os políticos mineiros. Itamar, logo depois de ter escolhido um paulista para seu sucessor  – o que demonstra o espírito público nacional dos mineiros – passou a ser olhado com desprezo por Serra, por Fernando Henrique, pela avenida Paulista e seus arredores.
Em 2010, os mineiros se movimentaram para que Aécio fosse candidato à sucessão de Lula. O PSDB de São Paulo impediu essa candidatura, embora Aécio houvesse proposto consulta formal às bases nacionais do partido. Houve quem defendesse a candidatura de Serra sob o argumento da precedência etária, como se os idosos tivessem preferência constitucional ao poder. Aécio renunciou à postulação, elegeu-se senador e elegeu seu sucessor no Palácio da Liberdade.
Agora, a sua candidatura à presidência de seu partido – de que foi fundador – é claramente sabotada pelo ex-governador José Serra e pelos seus aliados do PSDB de São Paulo. Com franciscano exercício de paciência, Aécio esteve ontem, à noite, em São Paulo, buscando, como é de seu dever, o entendimento improvável.
Depois do último encontro entre os dois, houve a aproximação entre  Serra e Eduardo Campos e se tornaram públicos os elogios recíprocos entre o paulista e o pernambucano.
Eduardo é neto de Miguel Arrais, um dos mais fiéis defensores do povo brasileiro. Ao ouvir o discurso de Tancredo, no Colégio Eleitoral, em 15 de janeiro de 1985, o grande brasileiro disse que a vitória do mineiro estava além de seus sonhos. A aliança entre Pernambuco e Minas era vista como natural, na defesa da igualdade federativa no Brasil, como já ocorreu na História. Mas, ao que parece, ela está impedida pela ambição do poder de Serra, potencializada pela aspiração de Eduardo Campos à Presidência – sob o apadrinhamento interessado de Roberto Freire, esse outro renegado dos ideais juvenis.
Há nascidos em Minas que, pelas mesmas e insanas ambições, traíram a honra de seu povo, como foi o caso dos que se somaram aos americanos no golpe de 1964. Os autênticos mineiros, vindos de seu solo ético, já recolheram ofensas semelhantes e guardarão mais essa nos embornais de montanheses.
Se o PSDB de São Paulo, com os recursos conhecidos, impedir a marcha de Aécio, ele pode retornar às suas inexpugnáveis montanhas, e ao Palácio da Liberdade. Ali, com os braços livres, ele poderá, e sempre tendo em mente as razões nacionais, escolher o seu caminho na sucessão presidencial.
Minas, com sua História e seus valores, é a sólida patriazinha de que fala Guimarães Rosa.

Clique aqui para ler: Eduardo foi ao cassino: vermelho 36




quinta-feira, 26 de abril de 2012

STF extingue cotas de 100% para brancos nas universidades


Senhor Deus dos desgraçados!
Dizei-me Vós, Senhor Deus
Se é loucura, se é verdade
Tanto horror perante os céus
(…)
Quem são estes desgraçados
Que não encontram em Vós
Mais que o rir calmo da turba
Que excita a fúria do algoz
Quem são?
Se a estrela se cala,
Se a vaga à pressa resvala
Como um cúmplice fugaz,
Perante a noite confusa…
(…)
São os filhos do deserto,
Onde a terra esposa a luz
Onde vive em campo aberto
A tribo dos homens nus…
São os guerreiros ousados
Que com os tigres mosqueados
Combatem na solidão.
Ontem simples, fortes, bravos.
Hoje míseros escravos,
Sem luz, sem ar, sem razão. . .
Navio Negreiro, de Castro Alves
*
Assusta viver em um país em que é preciso apresentar números sobre a situação da maioria negra de seu povo apesar de que todos a encontram em cada rua, a cada esquina, a todo tempo.
É o vizinho que habita a calçada
Com mulher, filhos e humilhação
Oriunda de mera decisão
Da sociedade, do patrão e da madame
Do jovem rico e de sua indolência infame
Que rouba a vaga do que anseia pela razão
Que para o mancebo rico não faz noção
Eis que brindado com o direito de herança
Que pisoteia do negro a esperança
A pobreza que atinge brancos não é igual à que atinge negros. Desonestidade intelectual devia dar cadeia tanto quanto a material.
A mentira mais hedionda sobre cotas “raciais” que um partido que deveria servir ao povo esgrimiu na Suprema Corte de Justiça foi a de que a política afirmativa cotas não beneficia “pardos”, ainda que centenas de milhares deles já sejam beneficiados.
É mentira que a pobreza que a negros atinge seja a mesma que atinge ao branco. A do negro é muito maior e pior, como IBGE e IPEA comprovam.
97 milhões, entre 190 milhões de brasileiros, declaram ao IBGE que são afrodescendentes. Os negros, pois, somam 51% da população.
O IPEA diz que o salário médio do branco é de R$ 1,8 mil e o do negro, R$ 0,8 mil. Diz também que os que se declaram afrodescendentes são 70% dos pobres, 70% dos indigentes e quase 80% dos jovens que morrem por violência.
A Suprema Corte de Justiça de um país que tem 51% de afrodescendentes, tem 1 único magistrado negro e, no Congresso, só 8 % dos deputados são negros.
Na propaganda, nas novelas, nos bunkers dourados da elite branca, ditos “condomínios”, onde o egoísmo se resguarda da pobreza matizada, erigida pela mais pura vilania, a unanimidade racial de tons rosados e louros com um frio olhar azul ou verde deu o primeiro passo rumo à lata de lixo da história.
Não faltam números para provar que a pobreza, no Brasil, tem cor. Não faltam cenas que comprovam a cor da pobreza, a cor da humilhação, a cor da injustiça. O que falta é vergonha na cara a um setor minoritário e rico da sociedade. Vergonha de mentir impiedosamente e, ainda, afetando indignação.
A Suprema Corte do Brasil marca mais um tento no ranking da pacificação social, da igualdade, da verdade e da Justiça. Que cada voto, de cada magistrado, seja um libelo contra a hipocrisia desumana que pisoteia a imensa maioria deste povo brasileiro. Um libelo acusatório a uma minoria microscópica que tem a audácia de negar uma realidade que lhe lambe as faces a cada passo nas ruas.
Eliminado o produto da hipocrisia e da desonestidade intelectual, resta descobrir como instilar ética e sinceridade nessa parcela diminuta da nação que tanto mal vem produzindo à sua quase totalidade ano após ano, década após década, século após século.

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Agripino é eleito presidente do DEMo até 2014

O senador Agripino Maia (RN) foi confirmado hoje (6) na presidência do Democratas (DEMo), com mandato até dezembro de 2014. Para ele, o DEMo é, hoje, um partido consolidado e com pessoas que acreditam nas ideias e na formulação programática da legenda. Embora o partido tenha perdido alguns parlamentares para o PSB, Agripino desejou aos que saíram “boa viagem”.
“O Democratas vai sobreviver em nome de suas ideias porque temos autoridade moral para combater a corrupção, porque não convivemos com a improbidade”, disse Agripino. Segundo ele, a principal meta do partido é eleger em 2012 mais prefeitos do que os que tem atualmente e, em 2014, uma bancada na Câmara dos Deputados maior do que a da última eleição.
O líder do partido na Câmara, Antonio Carlos Magalhães Neto (BA), disse que este é um momento muito especial para o DEMo, que hoje é integrado por pessoas que têm compromisso e propósitos, o que fez com que se consolidasse como o maior partido de oposição. “Em todos os episódios de corrupção do governo federal, o Democratas assumiu a dianteira. Fomos capazes de mostrar que existem políticos de bem neste país", afirmou.
A convenção nacional do DEMo foi realizada hoje, na sede do partido, no Senado Federal, e contou com a presença das bancadas na Câmara e no Senado, de líderes partidários como o ex-senador Marco Maciel, e a governadora do Rio Grande do Norte, Rosalba Ciarlini, entre outras.
Durante a convenção, o deputado Onyx Lorenzoni (RS) foi escolhido secretário-geral do partido.
Iolando Lourenço

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Imprensa golpista aposta em cisão entre Lula e Dilma


A imprensa golpista e tucana trabalha a todo vapor para interromper a distribuição de renda e a inclusão social no Brasil. Nesse processo, dá a impressão de saber de alguma coisa que o resto do país não sabe e, assim, adotou estratégia clara para devolver o poder ao PSDB em 2014 e fragilizar o PT nas eleições municipais do ano que vem.
A estratégia consiste em apresentar Dilma Rousseff como a técnica que estaria “consertando” supostas “burradas” cometidas por Lula na economia durante a sua octaetéride e que, além disso, estaria “limpando” o governo federal de corruptos que teriam sido herdados da gestão do padrinho político dela.
Apesar das negativas de Lula de que existiria qualquer divergência com a sucessora, percebe-se que, enquanto o presidente continua reagindo com força aos ataques da mídia a si, a presidente da República busca boa relação com os barões da mídia, o que também poderia significar que o ex-presidente e a atual estão usando a estratégia “tira bom, tira mau”.
A segunda “perna” da estratégia consiste em ocultar escândalos graves nos governos estaduais controlados pelo PSDB, mais especificamente os de São Paulo e Minas Gerais. No caso de São Paulo, por exemplo, há o escândalo que o jornalista Ricardo Kotscho citou recentemente em seu blog, o das obras de ampliação da marginal do Tietê.
A Dersa paulista tem os mesmos problemas do DNIT federal, mas a imprensa ligada ao PSDB trata de ocultar tudo o que está acontecendo em São Paulo. E esse é apenas um dos casos de corrupção gritante envolvendo os governos paulista e mineiro, entre outros controlados pela oposição.
A favor da estratégia da direita demo-tucano-midiática está o fato de que Lula não tem mais o cargo de presidente para falar alto e de que sua sucessora não reage em sua defesa. Isso em um quadro em que ela está sendo apresentada como gestora austera que tenta consertar o que o conclave oposicionista vem chamando de “herança maldita”.
Enquanto isso, a oposição fica caladinha assistindo de camarote à mídia fazer o serviço sujo.
—–
PS: Retorno ao Brasil nesta sexta-feira após duas semanas fora do país.
BLOG CIDADANIA EDUGUIM

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Direita e ultra-esquerda se unem contra blogueiros progressistas


O título deste post bem que poderia ser “quando os extremos se encontram”, ou seja, quando os grupos políticos mais atrasados do país se unem, em discurso praticamente idêntico, para atacar um movimento inovador e que os fatos mostram que está longe de encerrar uma visão unificada, como querem fazer parecer seus detratores.
Após o II Encontro Nacional de Blogueiros Progressistas, que teve lugar neste mês de junho em Brasília e que contou com a participação de celebridades como o ex-presidente Lula e o ex-ministro José Dirceu, além de ministros de Estado, prefeitos e até o governador do Distrito Federal, eclodiram críticas oriundas de facções políticas supostamente incompatíveis.
Direita e ultra-esquerda andam publicando textos detratando o movimento dos blogueiros. Um deles, não surpreende. Quem escreveu foi um dos pistoleiros que a revista Veja mantém em sua folha de pagamentos sob um guarda-chuva jurídico e um fundo específico para financiar defesa contra ações na Justiça e, em caso de condenação, para pagar as indenizações.
Augusto Nunes, colunista e blogueiro da Veja, a exemplo de gente como Reinaldo Azevedo ou Diogo Mainardi é pago para atacar petistas. Esses ex-jornalistas, hoje, constituem o “braço armado” da aliança entre a Editora Abril, a Folha de São Paulo, o Estadão e a Globo. A quase totalidade do que escrevem sobre política, é contra petistas.
Nunes, que também cumpre esse papel como entrevistador fixo da bancada do programa Roda Viva, veiculado pela TV estatal do PSDB paulista, a TV Cultura, onde também se dedica a adular tucanos e atacar petistas, publicou um texto em seu blog, nesta semana, em que acusa as quatro centenas de blogueiros que se reuniram em Brasília há dez dias de serem pagas pelo governo federal para defendê-lo.
Como sempre fazem os pistoleiros da aliança tucano-midiática ao atacarem blogueiros progressistas, Nunes generaliza, não apresenta fatos, não cita nomes. Apenas faz acusações a esmo que se encerram em si mesmas, constituindo tão somente difamação e calúnia que fariam a festa de qualquer advogado dos blogueiros, se estes se dessem ao trabalho de processá-lo.
Vira e mexe, o Partido da Imprensa trata de martelar a tecla de que os blogueiros seriam “chapas-brancas” por terem ajudado a impedir a vitória de José Serra no ano passado e por terem se contraposto à tentativa da coalizão tucano-midiática de derrubar o ex-presidente Lula.
Até aí, nada demais. A grande imprensa brasileira, capitaneada pelos veículos supracitados, sempre cumpriu esse papel de linha auxiliar da direita xenófoba, racista e classista que oprimiu o Brasil por vinte anos com uma ditadura militar. O que espanta é que a ultra-esquerda, esta capitaneada pelo PSOL, mais uma vez se une à direita contra o mesmo alvo.
Militantes de ultra-esquerda foram ao último Encontro de Blogueiros Progressistas para escreverem postagens em seus blogs que disseram sobre o movimento da blogosfera exatamente o que diz a imprensa reacionária, corporativa e golpista, que seria “chapa-branca” etc., etc., etc.
O que choca é que essa “esquerda” fez de conta que não viu quando este blogueiro inquiriu duramente o ministro Paulo Bernado, ou quando Paulo Henrique Amorim ou Altamiro Borges pregaram independência da blogosfera em relação ao governo. Ignorou até mesmo o documento final do último encontro de blogueiros, que fez duras críticas ao governo Dilma Rousseff.
Consultei os companheiros da Comissão Organizadora sobre a possibilidade de exigir na Justiça que o blogueiro da Veja comprovasse as acusações que fez de que eu e centenas de companheiros receberíamos qualquer tipo de benefício pelo que escrevemos, mas, ao menos por enquanto, eles acham que seria gastar vela com mau defunto.
De fato, Nunes, como seus pares da imprensa golpista, tem credibilidade zero quando o assunto é política. Ninguém dará bola a um jornalista cujo único assunto é o PT, que só aborda política para atacar o partido e que não diz um A sobre a oposição, apesar de se dizer “isento”. Então, ele já se ataca sozinho, dispensando seus alvos do trabalho.
O que fica de tudo isso, é o seguinte: quando a direita midiática e golpista e a ultra-esquerda moralista se unem para chamar de “chapa-branca” o movimento dos blogueiros progressistas, sempre escrevendo entre aspas o adjetivo que lhes completa a denominação, esse movimento pode se orgulhar, pois certamente está no caminho correto.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011


Greve prolongada no Canadá contra a Vale

A empresa Vale, privatizada criminosamente no governo FHC, não causa dores de cabeça apenas no Brasil. A “multinacional” explora trabalhadores em várias partes do mundo. No Canadá, entretanto, ela foi alvo de uma greve que durou um ano e meio, segundo relata o Diário de Notícias – de Portugal. A mídia brasileira, talvez seduzida pelos bilionários contratos de publicidade, sequer noticiou esta prolongada paralisação.
Um ano e meio de paralisação
“Os trabalhadores de uma importante mina de níquel da gigante brasileira Vale no leste do Canadá terminaram nesta segunda-feira (1) uma greve que durava um ano e meio. 88% dos 130 mineiros da Baía de Voisey, na costa do Labrador, aprovaram uma nova convenção coletiva, concluída na semana passada com a mediação de um árbitro governamental, informou o Sindicato dos Metalúrgicos Unidos (USW)”.
“O novo contrato de trabalho, que entra imediatamente em vigor com a duração de cinco anos (até janeiro de 2016), prevê aumentos salariais, uma indexação dos salários à inflação, o aumento da participação da empresa num fundo de pensão dos trabalhadores e melhorias nos prêmios de produtividade”, conclui o jornal.
U$ 4 bilhões para os acionistas
Já no Brasil, a poderosa mineradora continua gerando polêmicas no interior do governo Dilma Rousseff. Há consenso de que a empresa não faz os investimentos necessários no país. Ela apenas extrai os minérios para exportação, sem agregar valor aos produtos. Além de saquear as riquezas nacionais, a Vale é questionada por graves desvios na sua administração, que só servem para enriquecer seus milionários “acionistas”.
O sítio Carta Maior divulgou hoje mais uma denúncia contra a empresa. “A diretoria da mineradora Vale do Rio Doce, presidida pelo tucano Roger Agnelli, aprovou uma proposta de remuneração mínima aos acionistas - entre eles, alguns fundos de pensão do setor público - de US$ 4 bilhões para 2011”.
Espoliação das riquezas nacionais
Esta “remuneração mínima” representa um aumento de 60% em relação ao retorno “mínimo” anunciado em 2010. O Brasil exportou em 2010 cerca de US$ 28 bi em minérios. A Vale foi responsável por US$ 24,04 bi desse total. “O mesmo Brasil que drena seu minério para a China a US$ 90/100 a tonelada vai importar, em boa parte da própria China, 244,6 mil toneladas de trilhos, ao preço médio de US$ 864/t - entre oito e noves vezes o valor do minério bruto embarcado”.
“A montagem de uma fábrica de trilhos requer investimentos da ordem de US$ 1,5 bilhão. A ‘remuneração mínima' aos acionistas da Vale prevista para este ano permitiria erguer uma fábrica de trilhos no país e ainda distribuir US$ 2,5 bi ao mercado. Por que isso não ocorre? Porque o marco regulatório do setor autoriza a espoliação das riquezas nacionais sem contrapartida ao desenvolvimento”.
Altamiro Borges

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Não pense na CBN - muito menos na Globo News





O Paulo Henrique Amorim costuma falar que nunca ficou mais de 3 minutos vendo a Globo News sem que ouvisse uma besteira. Dias atrás, contou que o canal foi parar sem querer na tela dele, ele estava se barbeando e, no 3º minuto... pimba!, quase se cortou com outra asneira do canal em que nenhum negro lá trabalha. Pois bem, neste lar aqui no Cerrado Goiano não vemos a Globo News (o filme Tropa de Elite é menos dramático) e muito menos ouvimos a CBN, "a rádio que só toca o PSDB".

Mas, por um acaso, caiu o canal em nossa casa, e de repente uma chamada "Pense Nisso", sobre aeroportos. O País é a 8ª maior economia do mundo e nenhum de nossos aeroportos figura entre os 100 melhores do mundo. Não sei se algum blogueiro sujo já escreveu sobre isso, não sei se as vinhetas são velhas e o assunto já está batido, mas gente, que coisa, os partidos filiados à Globo governam vários estados há vários anos, eles estiveram na Presidência de 1503 a 2002 e não fizeram nada? Por que o Lula não foi capaz de fazer nada em 8 anos?, né, e Dilma governa um país sem estratégia, como afirmou Fernando Henrique Cardoso semana passada. Pô, FHC, mas você, Serra e Globo não têm uma estrategiazinha só para o Brasil? O PSDB-EUA então está acefalado? Como escreveu Altamiro Borges, Alckmin dá as canetadas do poder para isolar Serra, Serra aciona seus arapongas implantados na mídia contra Alckmin, enquanto Aécio age para que paulistas percam o comando do PSDB.

Abaixo, os 4 vídeos que encontrei no You Tube, postados lá em dezembro passado, em nova campanha da rádio CBN, criada pela Script, que visa "convidar as pessoas a reflexão" (sic), ancoradas no mote "Pense Nisso. Pense CBN" (faltou o Pense Demo-PSDB). "As peças exploram fatos relevantes, que afetam a nossa vida direta ou indiretamente. Não são denúncias, furos de reportagens, mas assuntos atuais, recentes, vivos, alertas que chamam a atenção, nos acordam (sic). Também não tomam partido, não aderem a causas, mas levantam questões que precisam ser pensadas e analisadas. Provocam debates e discussões. Estimulam cada um de nós a chegar às nossas próprias conclusões. E o mais importante, ajudam a formar opinião. A campanha traduz o compromisso com um jornalismo sério, corajoso, isento que oferece uma visão completa que permite novas reflexões (sic). A nova comunicação também dá um significado ainda mais amplo à emissora, como um canal de conteúdo multiplataforma, presente em rádio, internet, sms, twitter, redes sociais, através de uma campanha mobilizadora, dinâmica que se renova constantemente sobre os assuntos mais relevantes do cotidiano das pessoas." (grifos nossos)

Soninha Francine que o diga! Isso é que é campanha, parece um curso de formadores de opinião. A campanha deve ter feito sucesso na rádio, pois agora em janeiro migrou para Globo News. Eu só quero saber se a CBN e a Globo Oldster fariam uma campanha dessa se o Serra tivesse ganhado a eleição...

Dessa forma, eu quero até fazer duas propostas de propaganda.

1) Chove em São Paulo há centenas de anos. Nos últimos 20 anos a situação calamitosa se repete a cada tempestade. Isso precisa ter um freio! (mesma frase final sobre o trânsito). Pense nisso, pense PSDB.

2) O Governo FHC, os governos Serra e Alckmin em SP foram marcados por corrupção e privatizações suspeitas. Ainda continuaremos a varrer este problema para debaixo do tapete? (mesma frase final sobre o lixo) Pense nisso. Pense PIG. Continue lendo no ótimo As árvores são fáceis de achar, do amigo Luciano Mano Negra aqui

quarta-feira, 12 de janeiro de 2011

Geraldo Alckmin: "Obras não Ficam Prontas em 24 Horas"



“Obras não ficam prontas em 24 horas.”

Quando vi a frase do governador de São Paulo Geraldo Alckmin, destacada pelo Uol Notícias, juro que não acreditei. Pensei que era brincadeira, que ele ia fazer um “Há! Peguei vocês!” logo na sequência.

Até entenderia se ele usasse outra historinha. Sei lá, que Poseidon espirrou em cima da cidade, que a Fundação Cacique Cobra Coral partiu para uma vingança por algum calote dado pelo governo, que São Pedro deixou as portas do céu abertas enquanto jogava uma pelada. Ou, pior, que alguém esqueceu de pendurar o Teru Teru Bozo japonês na árvore antes do início do verão.

Mas ele falou sério, referindo-se ao problema como se não tivesse nada a ver com aquilo. Mas o senhor já foi governador! E o seu partido comanda o Estado há 16 anos. Vai precisar de quanto mais para adotar as obras necessárias que cabem ao governo? Mais quatro, oito? Isso sem contar a prefeitura, que está na mão do maior aliado de seu partido. Segundo reportagem de Maurício Savarese, no Uol, a chuva da madrugada provocou a morte de 13 pessoas no Estado – na contagem até agora. Como é que explicamos isso para essas famílias? Mais duas eleições e aí a coisa engrena?

O fato é que planejar a região metropolitana de São Paulo é algo que aparece só no tempo das chuvas. Na seca, tudo isso vai evapora.

É fato que grande parte dos problemas nunca serão totalmente solucionados, pelo menos não com a nossa classe política e nossa mentalidade cidadã de comemorar o curto prazo e o conforto aparente. Mas há como garantir que vidas não sejam levadas pela falta de políticas de habitação e saneamento. Ou seja, não basta dragar rios (aliás, ação que foi praticamente deixada de lado por um longo tempo) e construir piscinões enquanto jogamos contra em outras ações. Criamos uma faixa nova na Marginal Tietê para a alegria dos nossos carros e, só agora, vamos começar a compensar a área verde perdida?

A natureza pode pegar qualquer um desprevenido, ainda mais quando ela vem com fúria. Mas o nível do impacto é pior quando encontra terreno fértil em descaso.
Engolido do Blog do Sakamoto
Opinião dO Cachete:
Paulistas e paulistanos, por quanto tempo ainda vocês vão segurar o triunvirato do mal (PSDB, DEM e PPS) no estado e cidade? Isso é puro masoquismo!!!

Ih, chuchu! Falou besteira!!!!

terça-feira, 11 de janeiro de 2011

Caos em SP: a culpa não é de Deus. É do PiG


Inundação do ano passado, repetida em 2011, e em 2012, e em 2013 e...
Conversa Afiada reproduz excelente texto do Blog do Nassif, enviado pelo Stanley Burburinho, o reparador de iniquidades:

O papel da imprensa nas enchentes de SP

Do Festival de Besteiras da Imprensa

A imprensa é co-responsável pelos alagamentos em São Paulo
Digo e repito: o papel da chuva é chover, do governador e dos prefeitos fazer obras de drenagem e macro-drenagem e da imprensa é denunciar as omissões governamentais sejam tucanos ou não os seus mandatários.

Pois bem, todos os alagamentos, inundações e transbordamentos de rios, no Estado de São Paulo, e especialmente na capital e arredores, são decorrência dos ridículos investimentos realizados em drenagem e macro-drenagem, pelos sucessivos governos tucanos e do DEM (prefeitura da capital).

Se esses governantes fossem do PT, as denúncias seriam diárias – como ocorreu com a Marta Suplicy. Nessa ocasião, a imprensa não falava que a chuva provocara inundações. Ela denunciava a prefeitura pela não realização da obra A ou B e martelava nisso o tempo todo.

Ao contrário, durante todo o período de governos tucanos, a imprensa só sabe repetir que a culpa de todos os alagamentos e inundações é da chuva. É só ver as manchetes e submanchetes diárias, nesse período do ano.

A imprensa deveria saber que existe um Plano Diretor de Macrodrenagem da Bacia Hidrográfica do Rio Tietê, que completou 12 anos em dezembro de 2010. (Clique aquipara ter acesso a esse plano)

A imprensa deveria colocar dois ou três bons jornalistas para escarafunchar esse Plano Diretor e ir atrás de informações sobre o estágio atual da sua implementação.

Os projetos futuros do plano diretor, na imagem abaixo, deveriam ser exaustivamente pesquisados.

Como estou certo de que encontrará muita omissão dos governo tucanos, a imprensa deveria denunciar o governo do Estado de São Paulo e a Prefeitura da capital, levando a opinião pública a pressionar esses governos, parlamentares e entidades da sociedade civil para que as obras necessárias sejam realizadas sem mais protelação.

Mas como a imprensa fará isso se parte dela está comprometida até a medula com os sucessivos governos tucanos e do DEM?

Como eu acho que as Organizações Serra (Globo, Folha, Estadão e Veja, entre outros) não cumprirá o seu papel institucional, então continuaremos com o “reme-reme” de que a chuva – Deus – é a responsável pelo inferno em que é transformada a capital e municípios da Região Metropolitana de São Paulo.

Como exemplo de omissão, ainda hoje (11/1/11), a imprensa está evitando publicar imagens das inundações em São Paulo. Eles fazem de tudo para maquiar a realidade que pode desgastar os governos tucanos e do DEM.

Não bastasse o apagão diário do trânsito de São Paulo, que também é tratado como algo em que não há responsabilidade alguma da prefeitura da capital e do governo estadual.

Enquanto isso, a parte do eleitorado que não votou nem nos tucanos nem no Kassab terá que “comer o pão que o diabo amassou com os pés”, sendo castigada por algo sobre o qual não teve qualquer responsabilidade…

sábado, 8 de janeiro de 2011

Wanderley abre a agenda da extrema- direita. Está com Serra



O professor Wanderley Guilherme dos Santos publica extraordinário artigo na Carta Capital que está nas bancas.

“A direita encontra o seu Messias ?”.

“Ao assumir o papel de principal líder do aglomerado conservador, Serra amealhou respeitável portfólio eleitoral”.

Wanderley mostra que os 44% dos votos válidos Padim Pade Cerra (a expressão é do C Af – PHA) foram resultado de uma campanha “acima dos partidos, praticamente sozinho, com um partido de apoio, o DEM, em frangalhos, e outro, o PSDB, batendo em retirada.”

Como foi possível ?

“ … levado à disputa pela campanha de Marina Silva, o obscurantismo adquiriu a tradicional truculência do tucanato serrista …”

A partir daí, Wanderley faz a analise da agenda “da direita explícita” de Cerra.

Enxugamento do Estado.

(O pessoal do Reagan dizia que era preciso reduzir o estado de tal forma que fosse possível afogá-lo numa banheira. É isso aí: “enxugamento”.)

Substancial redução de impostos.

(Plataforma universal da extrema-direita: rico não gosta de pagar imposto. Bush é o herói deles.)

Na política externa,  “retorno a belicoso alinhamento ideológico ‘aos valores ocidentais’, com sotaque inglês.”

(Como disse o Chico no Casa Grande : o Cerra é daquela turma que fala grosso com a Bolívia e fininho com os Estados Unidos.)

Cerra ia dar o 13º. ao Bolsa Família.

Isso significava impedir que o programa crescesse e, com isso seria confinado aos atuais beneficiários.

(E depois, como previu político mineiro a este Conversa Afiada: depois o Cerra venderia o Bolsa Família à WalMart.)

Aumentar o salário mínimo exageradamente – outra promessa de campanha – teria o poder de quebrar a Previdência e, portanto, privatizá-la.

Com essa função, Fernando Henrique mandou André Lara Rezende ao Chile para copiar o modelo pinochetista.

Na volta, Rezende procurou alguns “formadores de opinião “ para vender a ideia.

Este ordinário blogueiro mereceu a vista deste importante emissário. 

Outro aspecto da agenda oculta do Padim Pade Cerra, que o professor Wanderley expõe à luz do Sol: o voto distrital puro.

O que também é do ideário da Blá Bla Marina.

(Além disso, a Blá Blá se propõe a reavaliar Darwin e incentivar o estudo do Criacionismo, impedir a união de pessoas do mesmo sexo e pesquisas com células-tronco, e  êpa !, acabar com divórcio. É a treva soterrada na escuridão  !)

O Aécio também gosta do “distrital puro”, lembra o Wanderley. 

E o que significa o “voto distrital puro”, segundo Wanderley ?

Simples.

“Essa desinstitucionalização interromperia a importante tarefa de trazer para o leito da política partidária e parlamentar os conflitos sociais e econômicos das grandes periferias metropolitanas e das regiões limítrofes ao território do país…”

Partidos como o PSB, o PR e o PC do B sumiriam do mapa (o PPS, segundo Wanderley, está para se dissolver no PSDB).

Ou seja, o “voto distrital puro” concentraria a tensão política em dois partidos – como nos Estados Unidos e na Inglatera –  confortavelmente instalados no centro do espectro político.

E o povão ia para o saco (a expressão não é digna do professor Wanderley).

Nada mais cristalino.

Para responder ao professor Wanderley: sim, a direita tem o seu Messias.

O Padim Pade Cerra.

Que, como diz esse atrevido blog, tem o apoio da Chevron e do Papa.

São apoios de peso !

Em tempo: não deixe de ler na Carta, ali perto do Wanderley, ótima análise do Maurício Dias sobre o PMDB: “Fácil de entender, difícil de usar”.  Mauricio lembra que ainda está por definir-se cargo importantíssimo: a presidência de Furnas, “estatal sediada no Rio de Janeiro e guarnecida pelo deputado peemedebista Eduardo Cunha, um nome que dispensa apresentações.” 


Paulo Henrique Amorim

terça-feira, 30 de novembro de 2010

COMO O PSDB RECUOU DO IMPEACHMENT EM 2005

LULA MANDOU AVISAR: 
'ELES NÃO SABEM O QUE VAI ACONTECER NESTE PAÍS'

"...Este país já tinha criado as condições para o Getúlio Vargas se matar, este país já tinha ameaçado não deixar Juscelino competir (...) Depois, este país cassou o João Goulart. Eu falei: o que eles vão aprontar comigo? E eles tentaram, em 2005, eles tentaram, em 2005. Só que eles não sabiam que, pela primeira vez, este país tinha eleito um presidente que era a encarnação do povo lá em Brasília.... E, aí, nós fomos para a rua e eles perceberam ... Eu lembro de uma vez que o Sarney foi conversar comigo, eu falei: “Presidente Sarney, eu só quero que o senhor diga lá dentro, para os senadores, o seguinte: se eles tentarem dar um passo além da institucionalidade, eles não sabem o que vai acontecer neste país. Este país teve presidente que foi embora, este país teve presidente que se matou, este país teve presidente que foi cassado e saiu do Palácio. Eu, eles vão saber que eu sou diferente. Eles vão saber, eles vão saber, eles vão saber que não é o Lula que está na Presidência, eles vão saber que a classe trabalhadora brasileira é que chegou à Presidência da República..." (Presidente Lula, em discurso no Maranhã; 01-12)

COMO O PSDB RECUOU DO IMPEACHMENT EM 2005

LULA MANDOU AVISAR: 
'ELES NÃO SABEM O QUE VAI ACONTECER NESTE PAÍS'

"...Este país já tinha criado as condições para o Getúlio Vargas se matar, este país já tinha ameaçado não deixar Juscelino competir (...) Depois, este país cassou o João Goulart. Eu falei: o que eles vão aprontar comigo? E eles tentaram, em 2005, eles tentaram, em 2005. Só que eles não sabiam que, pela primeira vez, este país tinha eleito um presidente que era a encarnação do povo lá em Brasília.... E, aí, nós fomos para a rua e eles perceberam ... Eu lembro de uma vez que o Sarney foi conversar comigo, eu falei: “Presidente Sarney, eu só quero que o senhor diga lá dentro, para os senadores, o seguinte: se eles tentarem dar um passo além da institucionalidade, eles não sabem o que vai acontecer neste país. Este país teve presidente que foi embora, este país teve presidente que se matou, este país teve presidente que foi cassado e saiu do Palácio. Eu, eles vão saber que eu sou diferente. Eles vão saber, eles vão saber, eles vão saber que não é o Lula que está na Presidência, eles vão saber que a classe trabalhadora brasileira é que chegou à Presidência da República..." (Presidente Lula, em discurso no Maranhã; 01-12)