Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Petroleiros dizem que Lava Jato desempregou 1,5 mi e preparam ato com Lula

Ricardo Stuckert/ Instituto Lula:

"A crise política e econômica que paralisa o país desde o início da operação Lava-Jato já desempregou 1,5 milhão de brasileiros. Enquanto isso, os criminosos corruptos usufruem dos benefícios das delações premiadas, descansando em suas mansões", diz a convocatório do ato organizado pela Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e Central Única dos Trabalhadores (CUT); texto destaca que "as indústrias naval e petrolífera são as mais afetadas"; "Sem os investimentos da Petrobrás, que é a principal locomotiva da indústria nacional, a economia do país encolheu 3,8%", lembram as entidades; protesto com a presença do ex-presidente "em defesa da Petrobrás, da indústria naval e pela geração de empregos" acontecerá no próximo dia 25

247 - A Federação Única dos Petroleiros (FUP), Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) e a Central Única dos Trabalhadores (CUT) organizam para o próximo dia 25 um ato com a presença do ex-presidente Lula "em defesa da Petrobrás, da indústria naval e pela geração de empregos".

Na convocatória, as entidades lembram que "a crise política e econômica que paralisa o país desde o início da operação Lava-Jato já desempregou 1,5 milhão de brasileiros. Enquanto isso, os criminosos corruptos usufruem dos benefícios das delações premiadas, descansando em suas mansões". "As indústrias naval e petrolífera são as mais afetadas", destacam.

Leia abaixo a íntegra:

FUP e CNN organizam ato com Lula em Niterói, em defesa dos empregos
A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e a Confederação Nacional dos Metalúrgicos (CNM) realizarão na próxima quinta-feira, 25/08, um ato em frente ao estaleiro Mauá, em Niterói, com participação do ex-presiente Luís Inácio Lula da Silva, em defesa da Petrobrás, da indústria naval e pela geração de empregos.

Veja a convocatória para o ato:

A crise política e econômica que paralisa o país desde o início da operação Lava-Jato já desempregou 1,5 milhão de brasileiros. Enquanto isso, os criminosos corruptos usufruem dos benefícios das delações premiadas, descansando em suas mansões.

É preciso investigar e punir sem discriminação todos os empresários e políticos que praticam os crimes de corrupção que sangram há décadas o nosso país. Mas é inaceitável que essa conta seja imposta também a classe trabalhadora.

Os impactos da Lava-Jato fizeram encolher em 3,8% a economia nacional. As indústrias naval e petrolífera são as mais afetadas. Só o setor de óleo e gás teve uma redução de 27% nos investimentos nos últimos dois anos. Sem os investimentos da Petrobrás, que é a principal locomotiva da indústria nacional, a economia do país encolheu 3,8%.

O setor metalúrgico foi o que mais sofreu o impacto desse desmonte. Entre janeiro de 2015 e abril de 2016, foram fechados mais de 335 mil postos de trabalho.

A indústria naval demitiu 21 mil trabalhadores e passa hoje pela maior crise desde a retomada do setor, em 2003, quando, por decisão do presidente Lula, a Petrobrás passou a encomendar seus navios e plataformas no Brasil.

A região de Niterói e Itaboraí, principal polo da indústria naval, que chegou a ter 10 estaleiros, hoje só conta com a metade, em funcionamento precário. O resultado são 12,7 mil trabalhadores desempregados.
É preciso reagir à crise causada pela Lava-Jato e interromper o desmonte da indústria nacional. Que os corruptos paguem pelos seus crimes, sem prejudicar a classe trabalhadora.
Todos juntos, no ato do dia 25, com Lula, em defesa da Petrobrás, da indústria naval e pela geração de empregos!

Federação Única do Petroleiros - FUP

Confederação Nacional dos Metalúrgicos - CNM


Central Única dos Trabalhadores - CUT

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

RODRIGO: FOLHA LUTA COM AS “PALAVRAS” A batalha em Caracas, Kiev e em São Paulo se trava nas camionetes do PiG (*).

Conversa Afiada reproduz do Escrevinhador irretocável artigo de Rodrigo Vianna:

UCRÂNIA E VENEZUELA: LUTAR COM PALAVRAS



“Lutar com palavras é a luta mais vã. No entanto lutamos mal rompe a manhã.” (Drummond)

por Rodrigo Vianna

Não se trata de poesia. Mas de política. A edição da “Folha” desta sexta-feira é mais uma demonstração de que a batalha nas ruas de Kiev ou Caracas não é feita só de coquetéis molotov, bombas e fuzis. A batalha se dá na mídia, na TV, na internet, nas páginas envelhecidas dos jornais. São Paulo, Caracas, Kiev, Moscou e Washington. A batalha é uma só.  

Reparemos bem. Acima, temos a primeira página do jornal conservador paulistano – o mesmo que apoiou o golpe de 64 e emprestou seus carros para transporte de presos durante a ditadura militar. Na capa da “Folha”, ucranianos escalam uma montanha de entulho no centro de Kiev, e a legenda avisa: “Manifestantes antigoverno usam pneus e entulho para montar barricadas…” Logo abaixo, uma chamada sobre reintegração de posse em São Paulo: “Em SP, invasores destroem imóveis do Minha Casa”. Numa página interna, o jornal informa que esse “invasores resistiram e, até a noite, praticavam atos de vandalismo”. (página C-1)

Ucranianos não praticam “vandalismo”. São tratados de forma heróica. Ainda que se saiba que parte dos manifestantes em Kiev tem um discurso racista, próximo do nazismo. Brasileiros são “vândalos”. Ucranianos são “manifestantes”.

Mas sigamos adiante. Nas páginas internas, a “Folha” traz vários textos do enviado especial a Kiev. Num deles, o repórter mostra uma pequena fábrica para produção de coquetéis Molotov, dentro do Metrô de Kiev. O cidadão que produz as bombas é descrito assim: “Sem afiliação a partidos ou uma proposta ideológica clara, o cidadão diz ter sido atraído pela praça e pelas manifestações a partir da ideia de que é necessário mudar o sistema político na Ucrânia.” 



Mudar o sistema político. Hum. Não fica claro se o cidadão quer uma ditadura. A Ucrânia não é uma democracia? O governo não foi eleito pela maioria? Hum… “Sem afiliação a partidos” – essa parece ser a chave para legitimar tudo nos dias que correm. A CIA, os EUA, a CNN, a Folha não tem filiação a partidos. Não. Nem o nobre manifestante de Kiev.

Ao lado da reportagem sobre os molotov, um texto opinativo assinado por Igor Gielow (sobrenome “eslavo”, muito bom! Isso dá credibilidade ao comentário). Basicamente, Gielow diz que a crise na Ucrânia é “reflexo da estratégia de Putin para a região”. Ele não está errado. Pena que esqueça de contar uma parte da história. “O importante não é o que eu publico, mas o que deixo de publicar”, dizia Roberto Marinho.

Gielow e a “Folha” ensinam: Putin é um líder malvado, que pretende manter na Ucrânia “a esfera de poder dos tempos imperiais e soviéticos”. Aprendam: só a Rússia tem interesses imperiais na Ucrânia. Do outro lado, há cidadãos sem afiliação partidária, lutando contra um insano governo pró-Moscou.  Os EUA e a Europa não têm interesses na Ucrânia. Só Putin. A culpa é dos russos.

Na “Folha” luta-se com as palavras muito antes da manhã começar. Luta-se com as palavras em Kiev, em São Paulo, Moscou. Washington fica invisível. E toda a estratégia passa por aí. O poder imperial só existe por parte da Rússia. Washington não tem qualquer projeto imperial: nem na Ucrânia, nem na Síria, nem tampouco na América Latina…

Falando nisso, a cobertura sobre a Venezuela é também grandiosa no diário da família Frias. Declarações de Maduro aparecem entre aspas. Velho truque jornalistico para desqualificar, colocar no gueto da suspeição, qualquer fala dos chavistas. Segundo a Folha, o governo de Maduro afirma que o movimento (golpista? Isso a Folha não diz) é uma armação de “forças de ultradireita da Venezuela e de Miami”. No texto original a expressão está assim, entre aspas. Por que? Para dar a impressão de que Maduro é um lunático, e que não há forças de ultradireita lutando nas ruas. Não. Há só “estudantes” e “manifestantes” (e agora sou eu que coloco entre aspas).



A legenda da foto acima (também publicada pelo jornal conservador paulistano) diz: “Estudantes queimam lixo em atos contra Nicolás Maduro”. Primeiro, como se sabe que o sujeito é um “estudante”? Depois, reparem que queimar lixo na Venezuela é “ato contra Maduro“. Queimar prédios em desapropriação, em São Paulo, vira “vandalismo”.

Em Caracas não há “vândalos”.

Ao lado da foto, um texto assinado por repórter (que está em São Paulo!!!!!) narra  roubo de equipamento da CNN em Caracas: “o ataque à CNN se assemelha a inúmeros relatos de motociclistas intimidando manifestantes, com tolerância e até respaldo das forças de segurança do governo”. O roubo ocorreu em manifestação da oposição. Mas o roubo certamente é coisa dos chavistas. Claro. Nem é preciso ir até Caracas pra saber (registro a bem da verdade factual que o repórter – a quem conheço, ótima pessoa – foi correspondente em Caracas).

No mesmo texto (assinado, de São Paulo) os grupos que defendem o governo são chamados de “milícias”. Ok. Já estive em Caracas cinco ou seis vezes. E há grupos chavistas que se assemelham mesmo a milícias. Mas do lado da oposição há o que? Não há milícias? A turma de Leopoldo, que deu golpe em 2002, é formada por cidadãos inocentes. E só.

Quem lê a “Folha” aprende que, em Caracas,  há de um lado “milícias chavistas”. De outro, só “estudantes” e “manifestantes”.  

Não há neutralidade no uso das palavras. Nunca houve. Nunca haverá. E quanto mais agudas as crises, mais isso fica claro. Há escolhas. A “Folha” faz as suas. A CNN, a Telesur, a VTV – ou esse blogueiro. A diferença é que uns assumem que têm lado. Outros fingem que estão “a serviço do Brasil”.  

Lutemos, com as palavras. Não há saída. O outro lado luta todos os dias, todas horas.

“Palavra, palavra
(digo exasperado),
se me desafias,
aceito o combate” (Drummond).



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Não pense na CBN - muito menos na Globo News





O Paulo Henrique Amorim costuma falar que nunca ficou mais de 3 minutos vendo a Globo News sem que ouvisse uma besteira. Dias atrás, contou que o canal foi parar sem querer na tela dele, ele estava se barbeando e, no 3º minuto... pimba!, quase se cortou com outra asneira do canal em que nenhum negro lá trabalha. Pois bem, neste lar aqui no Cerrado Goiano não vemos a Globo News (o filme Tropa de Elite é menos dramático) e muito menos ouvimos a CBN, "a rádio que só toca o PSDB".

Mas, por um acaso, caiu o canal em nossa casa, e de repente uma chamada "Pense Nisso", sobre aeroportos. O País é a 8ª maior economia do mundo e nenhum de nossos aeroportos figura entre os 100 melhores do mundo. Não sei se algum blogueiro sujo já escreveu sobre isso, não sei se as vinhetas são velhas e o assunto já está batido, mas gente, que coisa, os partidos filiados à Globo governam vários estados há vários anos, eles estiveram na Presidência de 1503 a 2002 e não fizeram nada? Por que o Lula não foi capaz de fazer nada em 8 anos?, né, e Dilma governa um país sem estratégia, como afirmou Fernando Henrique Cardoso semana passada. Pô, FHC, mas você, Serra e Globo não têm uma estrategiazinha só para o Brasil? O PSDB-EUA então está acefalado? Como escreveu Altamiro Borges, Alckmin dá as canetadas do poder para isolar Serra, Serra aciona seus arapongas implantados na mídia contra Alckmin, enquanto Aécio age para que paulistas percam o comando do PSDB.

Abaixo, os 4 vídeos que encontrei no You Tube, postados lá em dezembro passado, em nova campanha da rádio CBN, criada pela Script, que visa "convidar as pessoas a reflexão" (sic), ancoradas no mote "Pense Nisso. Pense CBN" (faltou o Pense Demo-PSDB). "As peças exploram fatos relevantes, que afetam a nossa vida direta ou indiretamente. Não são denúncias, furos de reportagens, mas assuntos atuais, recentes, vivos, alertas que chamam a atenção, nos acordam (sic). Também não tomam partido, não aderem a causas, mas levantam questões que precisam ser pensadas e analisadas. Provocam debates e discussões. Estimulam cada um de nós a chegar às nossas próprias conclusões. E o mais importante, ajudam a formar opinião. A campanha traduz o compromisso com um jornalismo sério, corajoso, isento que oferece uma visão completa que permite novas reflexões (sic). A nova comunicação também dá um significado ainda mais amplo à emissora, como um canal de conteúdo multiplataforma, presente em rádio, internet, sms, twitter, redes sociais, através de uma campanha mobilizadora, dinâmica que se renova constantemente sobre os assuntos mais relevantes do cotidiano das pessoas." (grifos nossos)

Soninha Francine que o diga! Isso é que é campanha, parece um curso de formadores de opinião. A campanha deve ter feito sucesso na rádio, pois agora em janeiro migrou para Globo News. Eu só quero saber se a CBN e a Globo Oldster fariam uma campanha dessa se o Serra tivesse ganhado a eleição...

Dessa forma, eu quero até fazer duas propostas de propaganda.

1) Chove em São Paulo há centenas de anos. Nos últimos 20 anos a situação calamitosa se repete a cada tempestade. Isso precisa ter um freio! (mesma frase final sobre o trânsito). Pense nisso, pense PSDB.

2) O Governo FHC, os governos Serra e Alckmin em SP foram marcados por corrupção e privatizações suspeitas. Ainda continuaremos a varrer este problema para debaixo do tapete? (mesma frase final sobre o lixo) Pense nisso. Pense PIG. Continue lendo no ótimo As árvores são fáceis de achar, do amigo Luciano Mano Negra aqui

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O PIG Lá e Cá, o Mesmo Chiqueiro O legal e o imoral




O mundo do jornalismo televisivo dos Estados Unidos foi sacudido na última sexta-feira com a notícia da demissão de Keith Olbermann (foto), um combativo e polêmico âncora de esquerda, que ocupava o horário nobílíssimo, de 8 às 9 da noite (prime time), na rede de TV a cabo MSNBC. Quando faltavam poucos minutos para terminar seu programa, Olbermann se despediu e disse que ele e a emissora não tinham chegado a um acordo para a renovação de seu contrato. 

Nenhuma das duas partes se manifestou sobre a verdadeira razão do abrupto rompimento do relacionamento profissional. E o que deveria ser um acontecimento normal na vida de uma emissora de TV deixou no ar a suspeita de que a demissão tenha motivação política. Olbermann enfrentava de peito aberto a extrema direita do jornalismo americano, abrigada sob o logotipo da Fox News. 

Em novembro, Olbermann foi suspenso dois dias quando a emissora ficou sabendo que ele havia feito doações de campanha para três candidatos democratas nas últimas eleições, um deles a deputada Gabrielle Giffords, essa que foi gravemente ferida no atentado do último dia 8, no Arizona. A NBC News alegou que seus empregados são proibidos de fazerem doações políticas, sem prévia aprovação. Uma alegação suspeita porque Olbermann e os demais âncoras do horário nobre da emissora nunca esconderam sua oposição aos direitistas da Fox News. 

Há fontes, entretanto, que levantam a hipótese de que Olbermann pode ser a primeira vítima do acordo praticamente fechado da compra da NBC Universal – parceira da MSNBC - pela Comcast, a gigante da TV a cabo e internet nos EUA. Pode ser que uma guinada na linha editoral da MSNBC esteja a caminho. Nesse caso, outros âncoras da ala esquedista da mídia televisiva, como Rachel Madoff, que entra em seguida a Olbermann, às 9 da noite, estariam com os dias contados. Pura especulação, mas quando se trata de enfrentar o poder das grandes corporações tudo é possível. 

Aqui vale explicar que a chegada de Olbermann à MSNBC há quase oito anos mexeu com o universo do jornalismo de opinião. Graças à sua postura ideológica, a emissora viu crescer seus indices de audiência noturna e descobriu que poderia entrar no nicho ideológico entre o conservadorismo extremado da Fox e a neutralidade da CNN. Outros âncoras da ala esquedista foram contratados e embora não tenham conseguido superar a concorrente Fox, a MSNBC tirou da CNN a liderança no “prime time”. 

A se confirmar o afastamento de Olbermann por motivo político, pode se concluir que o universo corporativo está empenhado em limpar da mídia norte-americana os profissionais de pensamento progressista. Tudo como parte do projeto cujo objetivo final seria a retomada da Casa Branca em 2012, impedindo um segundo mandato democrata. 

Projeto que se iniciou lá atrás, no início de 2009, logo que Obama assumiu o governo. Desde lá, segundo afirma o Washintgon Post neste fim de semana, as grandes corporações começaram a soltar dinheiro nas mãos de políticos republicanos dispostos a boicotar as iniciativas de Obama. Quem acompanhou esses dois primeiros anos de governo democrata, sabe das dificuldades enfrentadas pelo presidente para implantar as reformas prometidas durante a campanha. 

A reportagem do Washington Post revela que as novas lideranças republicanas na Câmara dos Deputados – sobretudo o novo presidente John Boehner e o líder da maioria, agora republicana, Eric Cantor - receberam muitos milhões de dólares em doações de bancos, seguradoras de saúde e outras grandes empresas interessadas em reverter políticas democráticas que afetassem seus interesses. 

Em outras palavras, compraram políticos influentes do Partido Republicano com o objetivo de impedir o avanço das reformas do presidente Obama, desde questões ambientais até as regulações de Wall Street. 

Doações para campanhas políticas são legais nos EUA, mas há um limite entre o legal e o imoral. E quando grandes corporações se juntam para comprar consciências de parlamentares em defesa de seus interesses, a moral foi para o brejo.


Eliakim Araújo 
Direto da Redação

sexta-feira, 9 de julho de 2010

CNN demite editora por referência ao Hezbollah no Twitter


Depois de 20 anos de trabalho na CNN, Octavia Nasr foi demitida por ter escrito em seu Twitter (http://twitter.com/octavianasrcnn) uma nota onde lamentava a morte de Hussein Fadlallah, guia espiritual do Hezbollah: “Sad to hear of the passing of Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah.... One of Hezbollah's giants I respect a lot”. (Triste ao saber do falecimento de Sayyed Mohammed Hussein Fadlallah ... Um dos gigantes do Hezbollah que eu respeito muito ).

A mensagem de Nasr gerou intenso protesto nos Estados Unidos e a CNN capitulou prontamente. A empresa justificou a atitude pelo comprometimento da credibilidade de Nasr junto aos espectadores da emissora. Parisa Khosravi, vice-presidente-sênior da CNN International, afirmou em um memorando interno citado pelo Times que contatou a editora e "decidimos de comum acordo que ela irá deixar a companhia. Ela não atendeu a nossos padrões editoriais”.

A simplificação do entendimento americano de que alguém que admire um membro de destaque do Hezbollah é rebatida pela importância da figura de Fadlallah. Este estava longe dos padrões estabelecidos como “do mal”. Discordava da guerra santa de Osama bin Laden e dos talibãs, era a favorável à adoção de um regime islâmico no Líbano, se a vontade popular assim determinasse.

Além disso, há que pensar que talvez Nasr o admirasse por seus decretos religiosos tolerantes em relação às mulheres. Ele, por exemplo, proibiu a ablação do clitóris e autorizou às mulheres rezar com as unhas pintadas.

Não obstante, Israel e o s EUA o consideravam apenas mais um terrorista do Hezbollah.