Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quarta-feira, 21 de janeiro de 2015

Em 2003, SP teve crise hídrica igual; previsão era água acabar em 2010




racionamento capa

A cada mês de janeiro é a mesma coisa: a mídia alardeia que haverá racionamento de energia devido a algum blecaute de alguns minutos em mais de um Estado ao mesmo tempo. Em janeiro de 2013, por exemplo, a presidente Dilma Rousseff teve que ir à tevê desmentir versões nesse sentido.
O ano mal começara e a Folha de São Paulo veiculou em sua primeira página, no dia 7 de janeiro de 2013,“reportagem” da então colunista do jornal Eliane Cantanhede que afirmava que o Palácio do Planalto convocara reunião de “emergência” para discutir “racionamento de energia”.
racionamento 1
Confira, abaixo a matéria alarmista da Folha publicada naquele 7 de janeiro de 2013
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Diante de notícia tão alarmista e divulgada com tanto destaque, o ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, ligou para Cantanhêde, autora da matéria em tela, para informar que a reunião não fora convocada por Dilma e nem era de “emergência”, pois integrava um cronograma de reuniões ordinárias do Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico (CMSE) que acontece todos os meses. E divulgou, no site do Ministério, o cronograma de reuniões para 2013.
Veja, abaixo, o cronograma.
racionamento 3
Contudo, como o alarmismo não parava, a presidente da República teve que convocar rede nacional de rádio e tevê para acalmar a população e para anunciar expressiva redução nas contas de luz.








À época, a redução de preços – que, em alguns casos, chegou a 30% – foi duramente criticada pela imprensa oposicionista. Hoje, com a seca recorde no país, a mídia denuncia “aumento” na conta de luz que, no máximo, será um retorno aos preços pré-redução do preço da energia.

Todo começo de ano é a mesma coisa. A mídia alardeia racionamentos. Quando, a cada grande espaço de tempo, ocorre algum blecaute de alguns minutos, é a mesma cantilena: vai ter racionamento. Como em 2012, 2013, 2014, em 2015 a mídia também trouxe de volta o alarmismo energético devido a um blecaute de 45 minutos por algum acidente nas linhas de transmissão na última segunda-feira (19).

Mas isso não é novidade. A população já conhece essa cantilena e ninguém se preocupa com a hipótese de racionamento de energia. Nem os que dizem que se preocupam.

Esse escarcéu que a mídia está fazendo por conta de 45 minutos de falta de luz em alguns Estados simultaneamente visa esconder o drama do povo de São Paulo, que já enfrenta um duro racionamento, com um aumento exponencial de preços na conta de água (até 100%).

O mais impressionante em tudo isso é que o drama que vive São Paulo, à diferença da questão energética, deve-se, exclusivamente, ao PSDB do Estado, que governa São Paulo desde 1995 e que em 2003, sob o mesmo Geraldo Alckmin, enfrentara uma seca praticamente igual à de hoje enquanto todos os especialistas alertavam que o Estado ficaria sem água em, no máximo, sete anos.

Os analistas erraram. A água não terminou em 2010, mas em 2014, a partir de quando os paulistas passaram a sofrer o pior tipo de racionamento que existe, o racionamento disfarçado, que Globo, Folha,
Veja, Estadão e companhia limitada recusam-se a chamar pelo nome enquanto continuam inventando um racionamento de energia elétrica que anunciaram tantas vezes, que nunca ocorreu e nem irá ocorrer.

Confira, abaixo, reportagem da Folha de São Paulo de 12 de outubro de 2003
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“O Brasil é uma oportunidade excepcional !” Os juros de longo prazo já indicam mais confiança.

 “ O Brasil é uma oportunidade excepcional ! ”

Os juros de longo prazo já indicam mais confiança.


Daniel Rittner, especialista em atrasos de obras de infra-estrutura, e Luciano Máximo, do Valor, entrevistaram Luiz Carlos Trabuco, do Bradesco, em Davos, na Suíça.

Seguem-se algumas considerações do presidente do Bradesco, um pequeno banco do interior de São Paulo, sediado em Marília e cujas opiniões não merecem refletir-se nos colonistas (ver no ABC do C Af) do PiG:

- Alguns investidores aqui (em Davos) já nos disseram que o Brasil tem futuro e é uma possibilidade excepcional para investir;

- O ano de 2015 deverá comemorar o ajuste de dois pilares: o fiscal e o da política monetária;

- Os juros de longo prazo do Tesouro Nacional, NTN-Bs já caíram de 7% para 6%;

- Já é reflexo da mudança de dimensionamento da política econômica;

- Este é um ano de encontro. Atingiremos a competitividade se tivermos uma boa logística;

- Para que o processo de concessões seja mais barato, é preciso haver confiança do (empresario);

- Foi importante aumentar a CIDE (dos combustíveis) porque aumenta a arrecadação e ameniza a crise do setor de etanol;

- A retomada de 2015 se dará com os investimentos em infra-estrutura, que dependem de se virar a pagina do problema da Petrobras e da Lava Jato
(clique aqui para ler “as empreiteiras não podem fechar”.)

(Leia também o que disse o PML sobre a “ideologia” do Dr Moro”; clique aqui para ver que o Dr Moro parece ter saído aos seus, anti-lulistas; e aqui, onde se pergunta se ele leu o Padre Vieira.)

Sobre o apagão do Alckmin, disse Trabuco:

“A solução para a crise hídrica não está em represas construidas há 20, 30 anos, quando a cidade tinha outra densidade populacional. Precisamos ser extremamente arrojados”.

- Já se percebem os reflexos do “choque de credibilidade”.

Ao contrário dos colonistas do PiG, o Conversa Afiada presta muita atenção às serenas palavras do Trabuco.
Lamenta que não tenha sido ele o Ministro – clique aqui para ler ”o Conversa Afiada apoia a preferência por Trabuco”.
O Conversa Afiada acredita que é preciso um ajuste.
Não chamaria de um “choque de credibilidade”, porque o Guido Mantega merece credibilidade e desempenhou seu papel com eficiência e coragem.
Segurou a barra numa situação difícil – especialmente numa eleição em que o Governo ficou sitiado pelo PiG até o início do horário eleitoral: sem poder se defender ou mostrar o que fez.
O Conversa Afiada, porém, leu o Piketty.
Será que a Urubóloga leu ?
E, portanto, tem as suas dúvidas sobre um “ajuste” neolibelês, em que o custo cai no lombo dos mais vulneráveis.
Preferia que o Levy tratasse imediatamente de um imposto sobre grandes fortunas, como sugere o Piketty e repudiam os filhos do Roberto Marinho.
Preferia que o Levy anunciasse um projeto de lei para recriar a CPMF.
E não se contentasse como aumento de impostos que não discriminam ricos de pobres.
Agora, por exemplo, a Presidenta Dilma não corrigiu a tabela do Imposto de Renda, para não perder arrecadação.
Quem mais sofre ?
O coitadinho da classe média, porque os filhos do Roberto Marinho nem se coçarão.



Em tempo: o Trabuco é a única boa notícia no PiG cheiroso (ver no ABC do C Af).

O resto é uma desgraça só.

Imagina, amigo navegante, que a edição impressa do jornal (sic) abre com duas fotografias assustadoras: a do Adriano Pires – ah, quando eu crescer quero ser o Adriano Pires – e do banqueiro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que o PiG insiste em tratar como se laureado economista fosse.

É aquele do “se isso der m…”.

Lembram ?

Barros é quem estava do outro lado da linha …

Em tempo2: o Valor não registrou a presença do Aécio Never, que iria a Davos no lugar da Dilma.


Paulo Henrique Amorim



Ao contrário dos colonistas do PiG, o Conversa Afiada presta muita atenção às serenas palavras do Trabuco.
Lamenta que não tenha sido ele o Ministro – clique aqui para ler ”o Conversa Afiada apoia a preferência por Trabuco”.
O Conversa Afiada acredita que é preciso um ajuste.
Não chamaria de um “choque de credibilidade”, porque o Guido Mantega merece credibilidade e desempenhou seu papel com eficiência e coragem.
Segurou a barra numa situação difícil – especialmente numa eleição em que o Governo ficou sitiado pelo PiG até o início do horário eleitoral: sem poder se defender ou mostrar o que fez.
O Conversa Afiada, porém, leu o Piketty.
Será que a Urubóloga leu ?
E, portanto, tem as suas dúvidas sobre um “ajuste” neolibelês, em que o custo cai no lombo dos mais vulneráveis.
Preferia que o Levy tratasse imediatamente de um imposto sobre grandes fortunas, como sugere o Piketty e repudiam os filhos do Roberto Marinho.
Preferia que o Levy anunciasse um projeto de lei para recriar a CPMF.
E não se contentasse como aumento de impostos que não discriminam ricos de pobres.
Agora, por exemplo, a Presidenta Dilma não corrigiu a tabela do Imposto de Renda, para não perder arrecadação.
Quem mais sofre ?
O coitadinho da classe média, porque os filhos do Roberto Marinho nem se coçarão.



Em tempo: o Trabuco é a única boa notícia no PiG cheiroso (ver no ABC do C Af).

O resto é uma desgraça só.

Imagina, amigo navegante, que a edição impressa do jornal (sic) abre com duas fotografias assustadoras: a do Adriano Pires – ah, quando eu crescer quero ser o Adriano Pires – e do banqueiro Luiz Carlos Mendonça de Barros, que o PiG insiste em tratar como se laureado economista fosse.

É aquele do “se isso der m…”.

Lembram ?

Barros é quem estava do outro lado da linha …

Em tempo2: o Valor não registrou a presença do Aécio Never, que iria a Davos no lugar da Dilma.


Paulo Henrique Amorim