Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 24 de julho de 2014

ALTA PRODUÇÃO LEVANTA AÇÃO DA PETROBRAS EM 72%

A moral do Merval

mervaliviao

O acadêmico Merval Pereira, em sua coluna de hoje, torna-se o terceiro “ex-ministro” do STF a dar parecer pela regularidade da desapropriação por Aécio Neves de um trecho da fazenda de seu tio Múcio Tolentino para a construção de uma pista de pouso a apenas seis quilômetros da fazenda a qual o presidenciável tucano chama de “meu Palácio de Versalhes”.

Escreve ele em sua coluna, onde antes não havia se dignado a tratar do tema aeroportuário, que ” o pedido de investigação ao Procurador-Geral da República é uma maneira de fazer o caso repercutir nacionalmente, embora pareça apenas uma jogada publicitária, pois o Ministério Público de Minas Gerais já havia investigado o caso à (craseado? ui!)pedido da oposição, e arquivou o processo por não existir (ai!!!) irregularidades na desapropriação do terreno para ampliação do aeroporto que já existia.

Então está tudo certo, “seu” Merval?

Eu ouvi sua defesa do Aécio na CBN. Comovente. Sobretudo sua menção ao estudo técnico que justificaria o aeroporto ali, coisa que ninguém sabe, ninguém viu.
Deve ter escapado ao nosso jurisconsulto que o artigo 37 de Constituição brasileira diz que “a administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência (…)

Você, como o rábula categorizado que se tentou mostrar ao longo de todo o caso do chamado mensalão, deveria prestar atenção nisso: impessoalidade, moralidade e eficiência são tudo o que não existe nesta obra.
“Ampliação do aeroporto que já existia”, Merval? Ali não tem aeroporto nenhum, nem nunca teve, o que havia era uma pista de terra – que agora é de asfalto – irregular, sem homologação, trancada a chave, sob o controle dos “desapropriados” que não serve a ninguém, exceto, talvez, ao candidato que recusou-se a dizer se já a tinha usado e aos aeromodelistas que este blog mostrou aqui, em seus folguedos aéreos.

E essa brincadeira, entre obras e indenizações,  custou mais de R$ 20 milhões, em dinheiro de hoje, ao contribuinte?

Merval, tome umas aulas com Elio Gaspari para ver como é possível ser direitista sem se afundar nessa lama, com o artigo, ontem, onde diz que  ”A explicação de Aécio não decola“!
Ao menos faça aquilo que era gozação nos tempos em que trabalhei aí, como foca, quando se dizia “leia o jornal em que trabalhas!” aos desatentos assim…

Netanyahu no inferno dos inimigos da humanidade

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Sob a desaprovação do mundo e forte constrangimento até mesmo do seu principal aliado, os Estados Unidos, Benjamin Netanyahu prossegue genocídio de crianças e civis aos olhos do mundo, na Faixa de Gaza; depois do bombardeio a um hospital, forças israelenses dispararam contra escola da ONU, matando 15 pessoas e ferindo 200; na mitologia, Netanyahu, ao dar a ordem para os ataques que já mataram mais de 120 crianças, se iguala a Herodes; na história real, desce ao inferno de monstros como Slobodan Milosevic, Adolf Hitler e Idi Amin Dada, entre outros; Brasil condena ação tresloucada de Israel e ouve de volta que é "um anão diplomático"; resposta rasteira era esperada; sionistas assassinos é que são anões morais; vozes isoladas na mídia tradicional defendem morticínio; a que ponto se pode chegar?

247 – Dar as ordens para bombardeios que já mataram mais de 120 crianças, 600 civis e atingiram dois hospitais e por duas vezes uma escola da ONU na Faixa de Gaza fazem descer ao inferno dos inimigos da humanidade o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu. Com um fúria típica dos genocidas tresloucados como Adolf Hitler, com quem foi comparado pelo primeiro-ministro da Turquia, o sérvio Slobodan Milosevic, o ugandense Idi Amin Dada e outros, Netanyahu fecha os ouvidos a todos os apelos internacionais e prossegue no ataque covarde contra a população palestina civil.

Disparos israelenses feitos nesta quinta-feira atingiram novamente uma escola da ONU que protegia refugiados palestinos. O número de mortos pode chegar a 15, incluindo crianças e um bebê de um ano de idade, além de 200 feridos. O caso aconteceu em Beit Hanoun, norte da Faixa de Gaza. O secretario-geral da ONU, Ban Ki-moon, se disse chocado com o ataque, que também matou, além de mulheres e crianças, funcionários das Nações Unidas.

Maior aliado no acobertamento dos crimes de guerra de Israel, até os Estados Unidos estão constrangidos com o nível de barbárie praticado por Israel. Todas as regras de guerra foram quebradas, dando aos ataques a marca de um massacre. Tanto é assim que ainda não há nenhuma saída aberta à população civil para deixar o território. As tropas israelenses fecharam todas as fronteiras, tornando comum a situação de não haver lugar seguro para ninguém.

Em três dias consecutivos, depois de promover um domingo sangrento com a morte de mais de 100 civis, os militares israelenses atacaram com bombas um hospital, onde quatro pessoas morreram, uma escola da ONU e centenas de alvos civis, provocando a morte de mais de 700 palestinos até agora, contra menos de 70 baixas entre os israelenses.

Manifestando uma posição que hoje é global, o Brasil condenou duramente os ataques de Israel. Em participar de um diálogo de nível civilizado, no entanto, os diplomatas brasileiros ouviram como resposta de representantes de Israel que o País seria um 'anão moral'. A reação tem o mesmo padrão rasteiro da política externa do regime sionista israelense, esse sim um verdadeiro anão moral.

No Brasil, infelizmente, vozes isoladas procuram emprestar, como se fosse possível, alguma legitimidade ao morticínio de indefesos que está em curso na Faixa de Gaza sob um pretexto esfarrapado de tapar túneis transfronteiriços. Na verdade, o que está em curso é mais etapa da limpeza étnica que Israel promove desde a sua criação como Estado contra o povo palestino.

Abaixo, reportagem da Agência Brasil sobre a resposta de Israel, que chama o Brasil de "anão diplomático":
Israel critica postura do governo brasileiro sobre conflito em Gaza

Danilo Macedo - O governo de Israel criticou a postura do governo brasileiro de convocar o embaixador em Tel Aviv para consultas e a publicar duas notas, em uma semana, considerando inaceitável a escalada da violência entre Israel e Palestina. No texto divulgado ontem (24), o Brasil "condena energicamente o uso desproporcional da força" por Israel na Faixa de Gaza.

Em comunicado à imprensa, o Ministério das Relações Exteriores de Israel, por meio do porta-voz, Yigal Palmor, manifestou "desapontamento" diante da convocação do embaixador brasileiro. "Israel manifesta o seu desapontamento com a decisão do governo do Brasil de retirar seu embaixador para consultas. Esta decisão não reflete o nível das relações entre os países e ignora o direito de Israel de se defender. Tais medidas não contribuem para promover a calma e a estabilidade na região. Em vez disso, eles estimulam o terrorismo, e, naturalmente, afetam a capacidade do Brasil de exercer influência", informa o texto.

Yigal Palmor disse que "Israel espera o apoio de seus amigos em sua luta contra o Hamas, que é reconhecido como uma organização terrorista por muitos países no mundo". Jornais israelenses noticiaram críticas mais duras do porta-voz. De acordo com o jornal judaico The Jerusalem Post, Palmor disse que "essa é uma demonstração lamentável de por que o Brasil, um gigante econômico e cultural, continua a ser um anão diplomático", e acrescentou que "o relativismo moral por trás deste movimento faz do Brasil um parceiro diplomático irrelevante, aquele que cria problemas em vez de contribuir para soluções".

Na nota publicada nessa quarta-feira, o Ministério de Relações Exteriores também reiterou seu chamado a um "imediato cessar-fogo" entre as partes. O Itamaraty explicou que, diante da gravidade da situação, votou favoravelmente à resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas que condena a atual ofensiva militar de Israel na Faixa de Gaza e cria uma comissão internacional para investigar todas as violações e julgar os responsáveis.

A Confederação Israelita do Brasil (Conib) também reagiu. "A Confederação Israelita do Brasil vem a público manifestar sua indignação com a nota divulgada pelo nosso Ministério das Relações Exteriores, na qual se evidencia a abordagem unilateral do conflito na Faixa de Gaza, ao criticar Israel e ignorar as ações do grupo terrorista Hamas", destaca o texto.

"Uma nota como a divulgada nesta quarta-feira só faz aumentar a desconfiança com que importantes setores da sociedade israelense, de diversos campos políticos e ideológicos, enxergam a política externa brasileira", criticou a Conib, representante da comunidade judaica brasileira, que disse compartilhar da preocupação do povo brasileiro e expressar "profunda dor pelas mortes dos dois lados do conflito", além de também esperar um cessar-fogo imediato.

Na nota publicada no dia 17 de julho, o governo brasileiro afirmou que "condena, igualmente, o lançamento de foguetes e morteiros de Gaza contra Israel". Apesar de ter sido classificado como "anão diplomático", o Brasil e a Alemanha são os únicos países a ter relações diplomáticas com todas as nações do mundo. Ontem, foi um dos 29 países a votar a favor da resolução do Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas. Houve 17 abstenções e apenas um voto contra, dos Estados Unidos. Além do Japão, todos os países europeus presentes, incluindo a França, o Reino Unido e a Alemanha, optaram pela abstenção.

Como pensa a elite brasileira

Veja aqui o aeroporto pronto, em pleno uso, em Divinópolis (MG), a 40 minutos de onde Aécio construiu o seu; escandalosa redundância custou R$ 14 milhões ao cofre público de MG CLIQUE AQUI

Minas Gerais tem uma área de 586,5 mil km²; é o 4º maior estado brasileiro; que 'razões técnicas' levaram Aécio Neves a aplicar R$ 14 milhões em recursos públicos para erguer um aeroporto exatamente a seis kms de sua fazenda?

Quarta-feira difícil para o conservadorismo: inflação despenca na prévia de julho, diz o IBGE; Dilma lidera e vence em outubro, informa o Ibope

Unicef denuncia a barbárie em Gaza: 120 crianças mortas pelas bombas de Israel; Barack Obama telefona ao premiê israelense Benjamin Netanyahu; manifesta 'preocupação'

 EUA proíbe voos comerciais a Israel depois que um foguete palestino atinge as imediações do aeroporto de Tel Aviv

 

 

A elite brasileira comprou o livro de Piketty, O Capital no Século 21. Não gostou. Achou que era sobre dinheiro, mas o principal assunto é a desigualdade.


Antonio Lassance
Arquivo

A elite brasileira é engraçada. Gosta de ser elite, de mostrar que é elite, de viver como elite, mas detesta ser chamada de elite, principalmente quando associada a alguma mazela social. Afinal, mazela social, para a elite, é coisa de pobre.

A elite gosta de criticar e xingar tudo e todos. Chama isso de liberdade de expressão. Mas não gosta de ser criticada. Aí vira perseguição.

Quando a elite esculhamba o país, é porque ela é moderna e quer o melhor para todos nós. Quando alguém esculhamba a elite, é porque quer nos transformar em uma Cuba, ou numa Venezuela, dois países que a elite conhece muito bem, embora não saiba exatamente onde ficam.

Ideia de elite é chamada de opinião. Ideia contra a elite é chamada de ideologia.

A elite usa roupas, carros e relógios caros. Tem jatinho e helicóptero. Tem aeroporto particular, às vezes, pago com dinheiro público - para economizar um pouquinho, pois a vida não anda fácil para ninguém.

A elite gosta de mostrar que tem classe e que os outros são sem classe.

Mas, quando alguém reclama da elite por ser esnobe, preconceituosa e excludente, é acusado de incitar a luta de classes.

Elite mora em bairro chique, limpinho e cheiroso, mas gosta de acusar os outros de quererem dividir o país entre ricos e pobres.

O negócio da elite não é dividir, é multiplicar.

A elite é magnânima. Até dá aulas de como ter classe. Diz que, para ser da elite, tem que pensar como elite.

Tem gente que acredita. Não sabe que o principal atributo da elite é o dinheiro. O resto é detalhe.

A elite reclama dos impostos, mesmo dos que ela não paga. Seu jatinho, seu helicóptero, seu iate e seu jet ski não pagam IPVA, mesmo sendo veículos automotores.

Mas a elite, em homenagem aos mais pobres e à classe média, que pagam muito mais imposto do que ela, mantém um grande painel luminoso, o impostômetro, em várias cidades do país.

A elite diz que é contra a corrupção, mas é ela quem financia a campanha do corrupto.

Quando dá problema, finge que não tem nada a ver com  a coisa e reclama que "ninguém" vai para a cadeia. "Ninguém" é o apelido que a elite usa para designar o pessoal que lota as cadeias.

A elite não gosta do Bolsa Família, pois não é feita pela Louis Vuitton.

A elite diz que conceder benefícios aos mais pobres não é direito, é esmola, uma coisa que deixa as pessoas preguiçosas, vagabundas.

Como num passe de mágica, quando a elite recebe recursos governamentais ou isenções fiscais, a esmola se transforma em incentivo produtivo para o Brasil crescer.

A elite gosta de levar vantagem em tudo. Chama isso de visão. Quando não é da elite, levar vantagem é Lei de Gérson ou jeitinho.

Pagar salário de servidor público e os custos da escola e do hospital é gasto público. Pagar muito mais em juros altos ao sistema financeiro é "responsabilidade fiscal".

Quando um governo mexe no cálculo do dinheiro que é reservado a pagar juros, é acusado de ser leniente com as contas públicas e de fazer "contabilidade criativa".

Quando o governo da elite, décadas atrás, decidiu fazer contabilidade criativa, gastando menos com educação e saúde do que a Constituição determinava, deram a isso o pomposo nome de "Desvinculação das Receitas da União" -  inventaram até uma sigla (DRU), para ficar mais nebuloso e mais chique.

A elite bebe água mineral Perrier. Os sem classe se viram bebendo água do volume morto do Cantareira.

A elite gosta de passear e do direito de ir e vir, mas acha que rolezinho no seu shopping particular é problema grave de segurança pública.

A elite comprou o livro de um francês, um tal Piketty, intitulado "O Capital no Século 21". Não gostou. Achou que era só sobre dinheiro, até descobrir que o principal assunto era a desigualdade. 

A pior parte do livro é aquela que mostra que as 85 pessoas mais ricas do mundo controlam uma riqueza equivalente à da metade da população mundial. Ou seja, 85 bacanas têm o dinheiro que 3,5 bilhões de pessoas precisariam desembolsar para conseguir juntar.

A elite não gostou da brincadeira de que essas 85 pessoas mais ricas do mundo caberiam em um daqueles ônibus londrinos de dois andares.

Discordou peremptoriamente e por uma razão muito simples: elite não anda de ônibus, nem se for no andar de cima.