Dona da terceira maior rede de varejo do Brasil, a Magazine Luiza, Luiza Trajano rebate, em entrevista ao programa Manhattan Connection, da Globo News, os pessimistas que "só veem o copo do lado vazio, nunca do lado cheio"; a Caio Blinder, que fala em "varejo em crise", ela diz: "o crédito, o aumento da renda, o emprego e a entrada dessa classe média gerou para o setor a década do varejo"; Diogo Mainardi falou em inadimplência, inflação, aumento de juros e pergunta: "quando você irá vender suas lojas para a Amazon?"; apresentador recebeu como resposta: "inadimplência nunca esteve tão boa e ninguém será vendido"
Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
segunda-feira, 20 de janeiro de 2014
MARIANA FEZ ROLEZINHO COM A MEDICINA Maior nota do Enem vai estudar Medicina na UFMG
BRASILIDADE: 1º LUGAR NO SISU, MARIANA LIMA FALA SOBRE PREPARAÇÃO E EXPECTATIVA PARA O CURSO DE MEDICINA
Mariana Lima foi pega de surpresa quando soube que alcançou o primeiro lugar no Sisu, o Sistema de Seleção Unificada, para o qual se inscreveram 2,5 milhões de estudantes de todo o país. Com a maior nota no Enem, o Exame Nacional do Ensino Médio, Mariana já tem vaga garantida no curso de medicina na UFMG. A jovem, de apenas 18 anos, comemora os frutos de seu esforço e diz que espera ter um bom rendimento também na universidade, para que, quando médica, possa ajudar as pessoas.
“Sabia que tinha chance de passar em Medicina, mas de forma alguma esperava ficar em primeiro lugar no Enem. Eu queria ser bailarina, estudei três anos na Escola Bolshoi, em Joinville, mas acabou não dando certo e aí quando eu tinha 13 anos, ainda em Joinville, com minha escola regular, a gente fez uma visita à Fundação Pró-Rim e aquilo me marcou muito e foi a partir daí que eu pensei que gostaria de estudar Medicina, mas era só uma ideia (…) eu voltei para Belo Horizonte e no final do primeiro ano do Ensino Médio decidi que cursaria Medicina e comecei minha preparação (…) abri praticamente mão de tudo, só me dediquei aos estudos e fiquei feliz com o resultado. Espero manter o mesmo rendimento na universidade, poder ajudar as pessoas e dar um retorno para a sociedade”, disse.
Clique aqui para ler “O rolê da Dilma: SISU, PROUNI, FIES e ENEM”
O rumo do dinheiro que irrigava o propinoduto tucano
Documento mostra como Alstom distribuiu propina
MARIO CESAR CARVALHO
FLÁVIO FERREIRA
FLÁVIO FERREIRA
20/01/2014 03h00
Um documento apreendido na sede da Alstom, na França, indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse em 1998 um contrato de US$ 45,7 milhões (R$52 milhões, em valores da época) com a estatal paulista.
Até agora, a Polícia Federal só havia chegado até o intermediador da propina, o lobista Romeu Pinto Jr., que admitiu ter recebido recursos da Alstom para pagar suborno, mas alegou desconhecer os destinatários. Ele sustenta que entregou os valores a motoboys enviados por pessoas que não conhecia.
O documento traz detalhes da divisão e do caminho do dinheiro. Segundo o papel, a Secretaria de Energia, chamada de “SE”, recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.
À época da assinatura do contrato, em abril de 1998, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo, que ocupou o cargo por seis meses. Ele nega ter recebido propina.
O documento menciona os destinatários do suborno por meio de siglas. “SE” era a forma como a Alstom chamava a Secretaria de Energia em comunicações internas, segundo papéis do inquérito da PF. As diretorias são designadas pelas siglas DF, DT e DA.
A Folha consultou Jean-Pierre Courtadon, que foi vice-presidente da Alstom-Cegelec, e ele confirmou que DA, DT e DF costumavam designar diretorias administrativas, técnica e financeira.
Courtadon é investigado no Brasil sob suspeita de ter repassado propina, o que ele nega. Apuração na Suíça concluiu que ele não fez repasses a políticos e inocentou-o.
Entre 1998 e 1999, as diretorias administrativa, técnica e financeira da EPTE eram ocupadas por Carlos Eduardo Epaminondas França, Sidney Simonaggio e Vicente Okazaki, respectivamente. Como as negociações para o contrato se estenderam por anos, não dá para saber se o documento designa esses diretores ou outros.
ENIGMA
O mistério do documento é a sigla “F”, apontada como recebedora de 2% do valor do contrato (R$ 1,04 milhão). Entre os executivos que assinaram o contrato, há um cujo sobrenome começa com “F”: Henrique Fingerman.
Ele foi diretor financeiro da EPTE até maio de 1998 e assumiu a presidência da empresa em seguida. Fingerman, como Matarazzo, já foi indiciado pela PF sob suspeita de corrupção.
O valor do suborno no documento chega a R$ 6,4 milhões, ou 12,3% do contrato. O maior valor, segundo a PF, foi pago a Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (R$ 2,07 milhões) e chefe da Casa Civil do governo Mário Covas (PSDB) entre 1995 e 1997.
A investigação brasileira sobre a Alstom começou em 2008 para apurar suspeita de que a companhia havia pago propina para reativar em 1998 aditivo de contrato que fora assinado em 1983 para construção de três subestações de energia. A lei limita a duração de contratos a cinco anos.
O documento obtido pela Folha foi usado nos processos francês e suíço contra a Alstom. O da França foi arquivado porque até 2000 era permitido pagar comissões para obter negócios no exterior. O da Suíça resultou numa multa para a Alstom de US$ 42,7 milhões em 2011. A multa não contemplou a suspeita de suborno no Brasil porque a apuração aqui não foi encerrada.
O promotor Silvio Marques, que atua no caso, diz já ter visto o documento na Suíça. ” Ele nunca foi usado porque ninguém sabia o significado das siglas”.
O documento aponta que a empresa MCA, usada por Romeu Pinto Jr. para intermediar a propina, recebeu 7,5% do valor do contrato diretamente da Alstom francesa. Contas secretas que a Alstom tinha na Suíça remeteram mais US$ 516 mil para a MCA.
A Alstom do Brasil também participou do processo. A empresa Acqua Lux, que pertence a Sabino Indelicato, recebeu R$ 1,82 milhão (3,5% do contrato). Investigadores suspeitam que Indelicado seja laranja de Robson Marinho.
PS do Viomundo: Já leram o que diz o livro de Rubens Valente, Operação Banqueiro, sobre Andrea Matarazzo, o “Conde”? Intrigante.
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Apoio a Genoino constrange seus carrascos
Com tantos assuntos ocupando o noticiário político – “rolezinhos”, escândalos envolvendo o PSDB de São Paulo etc. –, um deles, a despeito da relevância, teve cobertura desproporcionalmente pequena. O ex-deputado José Genoino, praticamente sem pedir, recebeu doações em dinheiro de mais de seiscentos mil reais em cerca de uma semana.
Pressionada por amigos e admiradores do ex-deputado – que já estavam criando sites para arrecadar a pequena fortuna necessária para pagar a multa que lhe foi imposta por sua condenação –, sua família criou umsite oficial contendo informações a quem quiser colaborar.
O site de fundo vermelho-PT e letras brancas tem algumas poucas fotos de Genoino durante sua luta contra a ditadura e nos dias atuais. A página é despojada, objetiva e já anuncia no alto que os advogados do ex-deputado estão questionando judicialmente a majoração que a multa sofreu por determinação judicial – de 468 mil reais foi aumentada para 667 mil.
Há, também, as instruções para doação, que pode ser feita via depósito bancário, cartão de crédito etc. O doador recebe uma senha para acompanhar a evolução da arrecadação e o número de contribuintes.
Da última vez que vi – e lá se vão dias –, cerca de mil pessoas registraram suas doações. Todavia, a quantidade de contribuintes é muito maior porque essas cerca de mil pessoas são as que fizeram repasses de quantias que arrecadaram em “vaquinhas” que encabeçaram, com as quais, muitas vezes, 10, 20, 30 pessoas contribuíram.
Essa informação sobre a quantidade de doadores ser bem maior do que a registrada não me foi passada pela família ou por uma filha do ex-deputado com quem tenho me comunicado de vez em quando via e-mail, mas por experiência própria e por relatos de amigos-leitores.
Eu mesmo, fiz minha doação a Genoino na conta de uma pessoa que estava recebendo doações de todos os valores para repassar a ele. Segundo me relatou, houve depósitos de 30, 50, 100 reais. Não sei quantas pessoas foram, mas não foram poucas.
Arrisco dizer, porém, que umas vinte mil pessoas devem ter feito doações, se não forem mais.
Perguntei-me: quantos políticos podem dizer que, caso precisassem, receberiam tal solidariedade. Imagino que José Dirceu também receberia. E acho que todos os outros petistas condenados no julgamento do mensalão também. Duvido, porém, que os condenados de outros partidos ou políticos em geral, de qualquer partido, conseguiriam tal feito.
Esse fenômeno que beneficiou o ex-deputado, no entanto, praticamente não ganhou destaque na mídia.
Enfim, se minha estimativa de 20 mil contribuintes for razoável – e não vejo como não seria –, trata-se de gente suficiente para lotar um pequeno estádio de futebol. São políticos, sindicalistas, estudantes, donas de casa, pedreiros, marceneiros, advogados, engenheiros, filósofos, artistas, religiosos, jornalistas… E por aí vai.
Serão todos “mensaleiros” ou “apoiadores de bandidos”? Famílias inteiras contribuíram. Alguns, sei que doaram mesmo passando por dificuldades financeiras. Conheço gente desempregada que contribuiu.
Não foi um bando de ingênuos, de caipiras ou de ladrões que apoiou o ex-deputado. Foram cidadãos educados, de várias classes sociais, politizados, muitos dos quais nunca viram esse homem na vida. Doaram porque, no fundo de suas consciências, tendo acompanhado cada passo do julgamento do mensalão, entenderam que a condenação de Genoino foi injusta.
Essa realidade incomoda os carrascos do ex-deputado – a mídia (adiante de qualquer outro), o STF, o PSDB, o PPS, o DEM, o PSOL e todos os que, políticos ou não, fazem oposição cerrada ao PT e não tiveram um pingo de comiseração por uma família que, além de tantos sofrimentos, atravessa dura crise financeira e, sobretudo, emocional.
A família de Genoino, para arcar com a vida em Brasília – uma das cidades mais caras do Brasil, onde o ex-deputado, em contrariedade às leis penais, cumpre prisão domiciliar –, já vem tendo que se desfazer dos poucos bens que esse homem acumulou ao longo de décadas na política. Mesmo assim, o jornal O Estado de São Paulo não teve dó.
Matéria repugnante desse jornal, em tom de denúncia, revelou que a casa que essa família alugou em um condomínio fechado tem aluguel de 4 mil reais. Citou “três suítes” nessa “mansão”. Um “escândalo”…
Aluguel nesse valor em uma cidade como Brasília, contudo, só dá para uma casa comum de classe média. E o imóvel, obrigatoriamente, tem que ser num condomínio fechado, pois a família de Genoino já esteve sob ameaça de antipetistas fanáticos após se instalar naquela cidade para cuidar dele durante sua prisão domiciliar
Vale lembrar, ainda, que o ex-deputado está em prisão domiciliar devido a seus problemas de saúde.
Essas milhares de pessoas que apoiam Genoino, a própria situação financeira dele e dessa família composta por pessoas simples como a professorinha Miruna – a filha que tem lutado como uma leoa pelo pai, expondo-se à virulência das redes sociais e da mídia com uma coragem rara –, são fatos mortais para a teoria de que ele é um “bandido”.
Que bandido é esse que, ao longo de toda uma vida na política, mergulha em situação financeira tão grave que obriga sua família a vender um de seus dois automóveis (com anos de uso) para poder pagar o aluguel da “mansão” que o Estadão, de uma forma inimaginavelmente calhorda, inventou?
Tudo isso não combina com a imagem que a mídia, o STF e os inimigos do PT em geral criaram para Genoino, pois não? Daí o constrangimento dos carrascos dele.
PAPEL CONFIRMA SUBORNO DE ALSTOM A TUCANOS
Documento apreendido na sede da Alstom aponta que integrantes da Secretaria de Energia, na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998, e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) receberam propina por contrato de US$ 45,7 milhões; pasta era comandada por Andrea Matarazzo; Suíça já apontava pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado; denúncias ligam esquema com reeleição de FHC
20 DE JANEIRO DE 2014 ÀS 05:20
247 – Foi encontrada na França uma nova prova de que Alstom pagou propina a agentes públicos na gestão de Mario Covas (PSDB), em 1998. Segundo aFolha de S. Paulo, um documento apreendido na sede da empresa indica que integrantes da Secretaria de Energia e três diretorias da EPTE (Empresa Paulista de Transmissão de Energia) foram subornados para que a companhia obtivesse um contrato de US$ 45,7 milhões (R$ 52 milhões, em valores da época).
No momento da assinatura do contrato, o secretário de Energia era Andrea Matarazzo. Ele nega ter recebido propina. No entanto, o documento reforça tese da Polícia Federal, baseada em informações do Ministério Público da Suíça, que já citava como evidência para indiciar Matarazzo uma troca de mensagens de 1997 em que executivos da Alstom discutiriam o pagamento de vantagens para o PSDB, a Secretaria de Energia e o Tribunal de Contas. Segundo o procurador Rodrigo de Grandis, a mensagem que incriminaria Matarazzo se refere a um contrato de R$ 72 milhões para fornecimento de equipamentos para a EPTE, empresa que era controlada pelo Estado e que mais tarde foi privatizada.
Segundo o novo documento, a Secretaria de Energia recebeu 3% do contrato (R$ 1,56 milhão). Já as diretorias financeira, administrativa e técnica da EPTE aparecem como destinatárias de 1,5% (R$ 780 mil), 1% (R$ 520 mil) e 0,13% (R$ 67,6 mil), respectivamente.
O Ministério Público de São Paulo pedirá a dissolução da multinacional francesa Alstom no Brasil em razão do propinoduto nos trens.
Os promotores dizem ter provas suficientes para demonstrar o pagamento de propina aos políticos, como a quebra de sigilo bancário de contas secretas que a Alstom mantinha na Suíça, que mostra que a empresa abasteceu outras contas das quais saíram pagamentos para Robson Marinho, conselheiro do Tribunal de Contas do Estado. A Alstom também fez transferências para uma empresa do consultor Romeu Pinto Jr., que já confessou à polícia que não prestou serviço algum à multinacional francesa e na verdade recebeu valores para pagar propinas.
De acordo com denúncias publicadas pela revista Veja e a Folha de S. Paulo, parte desse dinheiro foi usado na contabilidade paralela do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, na disputa presidencial de 1998. A planilha com o caixa dois foi montada pelo ex-tesoureiro de campanha Luiz Carlos Bresser Pereira, que confirmou o papel de Matarazzo na arrecadação extraoficial (leia mais).
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