Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Como o Netflix conquistou Thiago e, aos poucos, com a Amazon, vai matar a Globo

Como o Netflix conquistou Thiago e, aos poucos, com a Amazon, vai matar a Globo



Os filhos do Marinho vamos pegar de surpresa…
filhos do marinho

por Luiz Carlos Azenha, de Nova York

Antes desta minha mais recente viagem encontrei Thiago, que estava animado com sua nova conquista: uma TV que conecta na internet. Ele comprou o aparelho no Black Friday, por menos de mil reais.
Considerando que Thiago e a esposa ascenderam durante os governos Lula e Dilma mas economicamente ainda se encaixam na classe “C”, fiquei surpreso. Por que abandonar as novelas da Globo, das quais o casal, no passado, foi fiel consumidor?

Resposta do Thiago: assinei o Netflix, agora quero ver filmes e series de TV a qualquer hora. Bingo! Menos um para a “grade”  de programas dos Marinho, grade que tem sentido literal para jovens como Thiago, jovens que gostam da liberdade de definir seus próprios horários de entretenimento.

Desembarco em Nova York e aqui só se fala, nos meios televisivos, da disputa entre o Netflix e a Amazon, ambos agora no papel de produtores de conteúdo exclusivo.

Cada vez mais, as redes de TV tradicionais transpiram um cheiro de naftalina.

Com a série Transparent, que retrata um transsexual que aos 68 anos de idade decide viver como mulher, o canal da Amazon na internet ganhou seu primeiro Golden Globe, na categoria melhor comédia. Na internet, o feito antes era exclusivo do Netflix, com suas séries House of Cards e Orange is the new black.

Como resultado do sucesso de suas séries, o Netflix acaba de bater nos 50 milhões de assinantes. Em períodos recentes, mais da metade do crescimento veio do exterior, ou seja, de gente como Thiago.
Visando estimular acesso ao seu canal Prime, a Amazon acaba de assinar contrato com Woody Allen, que produzirá sua primeira série de TV para passar inicialmente… na internet!

A aposta dos dois gigantes se concentra em temas ousados. Nem a Amazon, nem o Netflix buscam o público mediano, como faz a Globo com suas telenovelas. Para fisgar os jovens de até 30 anos faz-se necessário violar todos os tabus de um país puritano.

Por isso, House of Cards viaja pelos corredores corrompidos do poder, num roteiro que jamais caberia nas sisudas ABC, CBS ou NBC.

Desde que a HBO inventou o slogan ” it’s not TV, it’s HBO”, demarcando um  novo território para as séries norte-americanas, os Estados Unidos vivem um boom no setor, produzindo joias como The Sopranos,Breaking Bad e Homeland.

No Brasil, isso seria impensável, por conta do virtual monopólio da Globo. A empresa dos Marinho controla, do Rio, de maneira verticalizada, 80% da capacidade de produzir conteúdo, concentrando atores, diretores, produtores, roteiristas, etc.

Nos Estados Unidos, por lei, nenhuma rede de TV pode produzir tudo o que coloca no ar. Precisa comprar de terceiros. Isso incentivou, ao longo do tempo, o desenvolvimento de uma cadeia de produtoras independentes em praticamente todos os grandes mercados do país.

Agora, com Netflix e Amazon entrando na disputa, esse mercado ficará ainda mais fortalecido. Ambas visam atingir o público através de plataformas móveis, especialmente do celular.

Enquanto no Brasil discutimos se e quando o jornal de papel vai acabar, aqui nos Estados Unidos o debate é sobre quando o computador desktop vai se tornar obsoleto.

Segundo Gian Fulgini, da Comscore, nos últimos 4 anos o tempo de uso de  internet dos norte-americanos teve acréscimo de 157%.
Hoje, os usuários de celular dos Estados Unidos passam mais da metade do tempo… na internet.
Que tal assistir a um capítulo do House of Cards em seu celular, durante uma viagem de trem entre Nova York e Washington?

Para os irmãos Marinho, o problema é que este conteúdo também estará disponível para o motorista preso num congestionamento na Mogi-Bertioga ou bem ali, no Jardim Botânico.

Todo o Brasil vai acabar pagando, para os Estados Unidos, o pesado pedágio por ter mantido um setor tão importante da economia praticamente monopolizado e, portanto, engessado.

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sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

O jornalismo Mainardi ou tudo dá errado neste pais…

mainar
Da capa de economia do site da Folha, hoje:
Com inflação alta, rendimento real do trabalhador tem menor avanço desde 2005,  onde se mostra que a renda real dos trabalhadores -já descontada a inflação– subiu 1,8%.
É verdade, mas todos sabem que os patrões fizeram – até com o apoio do catastrofismo da mídia – jogo mais duro nas negociações,.
Os jornalistas de São Paulo, por exemplo, tiveram um reajuste bruto de 6,95%, ou apenas 1% acima da inflação:  só a metade do que tiveram de aumento os demais trabalhadores.
Isso não é tão importante, não é?
Importante é que nos shoppings, as vendas crescem 8,6%, o pior desempenho desde 2007!
 Mesmo que os lojistas dos shoppings se digam satisfeito por continuarem mantendo uma taxa de alto crescimento e nenhum deles esteja revisando seus planos de expansão.
Ah, e os Estados Unidos, aquele prodígio do Norte, onde as crianças já nascem falando inglês, de tão civilizadas que são?
Um crescimento de 1,9% no PIB, um “pibão” que anuncia recuperação e prosperidade para o grande irmãos do Norte, enquanto nós, miseráveis, estamos enganchados num pibinho, que cresce míseros 2,4%, o que qualquer pessoa sabe que é menos que 1,9%, não é?
Tão grave é a crise que uma pequena foto e chamada passam despercebidas: é a aposta da Audi na fabricação de seu modelo A3 – o sonho de consumo dos coxinhas endinheirados – em São José dos Pinhais, no Paraná, a partir do ano que vem.
Será que os jornais concordam com o que disse Diogo Mainardi no Roda-Viva, da TV Cultura, quando afirmou que “na internet só tem otário”?
Quem sabe não seria bom seguir a sugestão que ele deu para a D. Luiza, a do Magazine, e vender o Brasil para a Amazon?

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

LUIZA AOS CORVOS: “MÍDIA SÓ VÊ O COPO DO LADO VAZIO”