Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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terça-feira, 25 de janeiro de 2011

FMI revisa para cima previsão de crescimento do Brasil


real moedas
Alessandra Corrêa
Da BBC Brasil em Washington
O FMI (Fundo Monetário Internacional) revisou para cima a projeção de crescimento para a economia brasileira neste ano e alertou para o risco de pressão inflacionária em economias emergentes.
Segundo a atualização do relatório World Economic Outlook (Perspectivas da Economia Mundial), lançada nesta terça-feira em Johanesburgo, na África do Sul, o Brasil vai crescer 4,5% em 2011, um aumento de 0,4 ponto percentual em relação à projeção anterior, de outubro de 2010.
A previsão de avanço do PIB (Produto Interno Bruto Brasileiro) feita pelo FMI está de acordo com as projeções do mercado.
O último boletim Focus (levantamento divulgado semanalmente pelo Banco Central com base em consultas ao mercado), divulgado nesta segunda-feira, prevê crescimento de 4,5% para 2011 e também para 2012.
Para 2012, a projeção do FMI permanece inalterada, em 4,1%.
Inflação
Apesar de não citar especificamente o caso do Brasil, o organismo alerta para o risco de pressões inflacionárias e superaquecimento nas economias emergentes, criado em parte pelo forte fluxo de capitais para esses países.
O boletim Focus elevou nesta segunda-feira, pela sétima semana consecutiva, a projeção para o IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo) de 2011, para 5,53%.
O FMI recomenda que medidas de aperto monetário “devem começar ou continuar em economias emergentes nas quais as pressões de superaquecimento começam a surgir”.
“Nesse sentido, aumentos recentes nas políticas de juros em muitos países são bem-vindos”, diz o Fundo.
“Esse aperto pode, no entanto, exacerbar o forte fluxo de capitais que muitas dessas economias registram no momento.”
De acordo com o relatório, em alguns países emergentes, deixar que a moeda se aprecie ajudaria a combater o risco de superaquecimento.
Em outros, porém, “nos quais a moeda está acima dos níveis consistentes com os fundamentos de médio prazo, o ajuste fiscal pode ajudar a baixar as taxas de juros e conter a demanda interna”, diz o FMI.
Crescimento global
A previsão de crescimento para o Brasil está acima da projeção para a América Latina e o Caribe, de 4,3%, valor 0,3 ponto percentual maior do que o apontado em relatório de outubro.
Também está acima da previsão de crescimento da economia global neste ano, que foi elevada em 0,2 ponto percentual, para 4,4%. Para 2012 a projeção global permanece inalterada, em 4,5%.
Quando se leva em conta o conjunto das economias emergentes e em desenvolvimento, o FMI prevê avanço de 6,5% em 2011, aumento de 0,1 ponto percentual sobre a projeção anterior.
Segundo o FMI, a revisão da projeção de crescimento mundial é reflexo de uma atividade econômica mais forte do que o esperado no segundo semestre de 2010, assim como de políticas adotadas pelos Estados Unidos para impulsionar a atividade neste ano.
No entanto, o Fundo afirma que a recuperação global ainda enfrenta “riscos elevados” e continua a ocorrer em dois ritmos distintos, com crescimento ainda fraco e desemprego alto nas economias avançadas.
A previsão é de que as economias avançadas registrem crescimento de 2,5% neste ano, um aumento de 0,3 ponto percentual sobre o relatório do ano passado, mas “ainda insuficiente para provocar uma redução significativa nas elevadas taxas de desemprego”.
Para os Estados Unidos, o Fundo prevê crescimento de 3% em 2011, um aumento de 0,7 ponto percentual em relação à projeção anterior.
A revisão se deve principalmente a um pacote fiscal para impulsionar a economia americana aprovado no fim do ano passado.
Zona do euro
O Fundo cita os recentes problemas enfrentados em países europeus e afirma que as projeções apresentadas no novo relatório partem do pressuposto de que as políticas em curso consigam manter a turbulência financeira e seus reais efeitos limitados à periferia da zona do euro.
O documento cita as preocupações recentes sobre perdas no setor bancário e sustentabilidade fiscal na Irlanda e compara o problema à crise ocorrida em maio do ano passado.
Na ocasião, alguns países da zona do euro foram atingidos por uma crise provocada por altos níveis de dívida pública e déficit nos orçamentos, que acabou gerando grandes preocupações nos mercados e contaminando outras regiões.
“A turbulência de meados de 2010 fez com que a aversão mundial ao risco chegasse a seu ponto máximo”, diz o relatório.
Ao contrário daquele episódio, que acabou tendo reflexos em outros mercados, inclusive nos emergentes, desta vez as “tensões financeiras” ficaram limitadas à periferia da zona do euro, afirma o FMI.
O órgão diz que há necessidade urgente de “ações para superar os problemas financeiros e de risco soberano nos países da zona do euro, além de políticas para corrigir os desequilíbrios fiscais e reformar os sistemas financeiros nas economias avançadas”.
“Isso deve ser complementado por políticas que mantenham controladas as pressões de superaquecimento e facilitem o reequilíbrio externo em economias emergentes chave”, diz o relatório.
“Com os mercados emergentes originando agora quase 40% do consumo mundial e mais de dois terços do crescimento global, uma desaceleração nessas economias representaria um duro golpe à recuperação global e ao reequilíbirio necessário”, afirma o FMI.
Nota do Blog

Entrevista com filósofo Slavoj Žižek na GloboNews recebe um estranho corte quando o assunto era Lula… suspeitas de censura não faltaram!


Foi ao ar recentemente no programa Milênio, da Globonews, uma entrevista com o filósofo Slavoj Žižek, que apresentou uma interessante perspectiva sobre a política internacional e suas circunstâncias ideológicas. Por volta dos 14:30 minutos da entrevista Žižek começava a falar sobre e Lula quando, não mais que subitamente, percebemos um corte em sua fala, corte que a edição do programa não conseguiu disfarçar.
No blog do programa os protestos apareceram, pois a supressão na entrevista foi evidente (clique aqui para ler). Reclamou-se logo de censura, coisa que a Globo denuncia quando se diz vítima de críticas. Mas o entrevistador, Jorge Pontual, respondeu – também nos comentários do blog – que o entrevistado estava numa digressão, então a fala foi cortada. Claro que – conhecendo o retrospecto da Globo – a suspeita de corte sob algum interesse obscuro é natural. No entanto, se a divulgação do restante da fala de Žižek que sucedeu ao corte não for divulgado, a desconfiança será mantida.
Com ou sem corte, com ou sem suspeita de censura, vale a pena conferir a entrevista:


Engolido do Blog Remoalho

Nota do CGU sobre matéria da Veja


1. A matéria publicada na última edição da revista Veja sobre a Controladoria-Geral da União é, obviamente, uma reação à carta-resposta (não divulgada pela revista) que o Ministro-Chefe da CGU, Jorge Hage, enviou-lhe nos últimos dias de 2010, diante da edição de “Retrospectiva” do final do ano passado.
2. Isso não obstante e tendo em conta o respeito que a CGU deve aos profissionais que integram seus quadros e, ainda, à opinião publica que sempre acompanhou e reconheceu o seu trabalho sério e republicano, passamos a repor aqui (tendo em vista que a revista nos nega o espaço para resposta) a verdade sobre cada uma das afirmações contidas na matéria:
a) A revista afirma que a CGU produziu, recentemente e de última hora, um Relatório de Auditoria sobre a FUNASA com o intuito de ajudar o Partido dos Trabalhadores a afastar dali o PMDB.
A VERDADE: o repórter Bernardo Melo Franco, do jornal Folha de S. Paulo, pesquisou no site da CGU relatórios pré-existentes, que remontam a 2002, sobre diversos processos de Tomadas de Contas Especiais, envolvendo inúmeros órgãos do governo. O interesse do repórter pelos processos referentes à Funasa só pode ser explicado por ele próprio. Significativamente, no mesmo final de semana em que circulou o exemplar da revista com a matéria que aqui se contesta, também o jornal “O Estado de S. Paulo”, publicou, como manchete principal, a matéria intitulada “Alvos de disputa no segundo escalão somam R$ 1,3 bi em irregularidades”, utilizando a mesma fonte de dados: os relatórios disponíveis desde sempre no site da CGU. A reportagem do “Estadão”, porém, diferentemente da da “Folha”, direciona seu foco para vários órgãos controlados, segundo a matéria, por diferentes partidos, inclusive o PT, o que demonstra: 1) que tais publicações não se deveram a iniciativas da CGU, e sim dos jornais: 2) o caráter republicano das ações da CGU, que se realizam sem levar em conta o partido eventualmente interessado; e 3) a credibilidade que, por isso mesmo, têm os nossos trabalhos.
b) A revista sustenta que a CGU se omitiu de atuar em episódios como o chamado “mensalão”.
A VERDADE: não compete à CGU, um órgão do Executivo, fiscalizar a conduta de membros do Poder Legislativo. Todavia, todos os fatos denunciados à época envolvendo órgãos do Executivo como alvos de desvios (que serviriam para pagamento de propinas a parlamentares) foram objeto de amplas auditorias por parte da CGU. Só para dar um exemplo, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos passou por auditorias amplas e minuciosas, acompanhadas, pari passu, pelo Ministério Publico, que resultaram em dezenas de relatórios, amplamente divulgados à época e disponíveis também, desde então, no site da CGU. Os caminhos para consultar todos esses relatórios no site foram mostrados ao repórter da Veja, que recebeu toda a assistência e atenção, durante cerca de duas horas, inclusive sendo recebido pelo próprio ministro, sendo-lhe entregue, ainda, uma relação completa das demissões, inclusive de diretores da ECT, ocorridas em conseqüência das irregularidades constatadas pela auditoria da CGU.
c) A revista afirma que a CGU se apressou em inocentar a ex-ministra Erenice Guerra, de irregularidades denunciadas na mídia, durante a última campanha eleitoral.
A VERDADE: as denúncias apuradas e descartadas pela CGU nesse caso foram aquelas desprovidas de quaisquer fundamentos. No caso do DNPM, por exemplo, a mídia indicou possível favorecimento à empresa do esposo da ex-ministra, cujas multas aplicadas pelo órgão teriam sido canceladas indevidamente. Logo se verificou que a própria área jurídica do DNPM havia reconhecido erro na aplicação das multas e recomendado à direção seu cancelamento para o necessário recálculo, o que foi feito. As multas foram, então, novamente impostas e vinham sendo pagas regularmente pela empresa em questão. Não havia, portanto, fundamento para que o caso fosse levado adiante. O mesmo se deu (ausência de fundamento) com as denúncias sobre a EPE e o BNDES. Outros casos, mais sérios e mais complexos, denunciados pela mídia na mesma ocasião, continuam sendo investigados, como o que envolve a empresa MTA e a ECT, cujos resultados serão divulgados em breves dias.
d) A Veja diz, quanto aos cartões de pagamento, que a ação da CGU se limitou a elaborar uma cartilha com orientações e passou a investigar gastos de “integrantes da administração tucana”.
A VERDADE: além de elaborar a cartilha, dirigida a todos os gestores que lidam com suprimento de fundos, todas as denúncias (inclusive as que envolveram ministros) sobre irregularidades com esse tipo de gasto foram apuradas e tiveram seus resultados amplamente divulgados na mídia. Três ministros devolveram gastos considerados impróprios para serem feitos com o cartão e uma ministra teve que deixar o governo, como amplamente divulgado à época. E tudo isso está também disponível a qualquer cidadão, no site da CGU. O que a revista não registra é que foi do Governo Lula, por proposta da CGU, a iniciativa de dar transparência a esse tipo de gasto, divulgando tudo na internet para fiscalização da sociedade, exatamente para corrigir possíveis desvios e distorções. E quem delimitou o escopo dos trabalhos, inclusive retroagindo ao segundo mandato do Governo FHC, não foi a CGU, mas a própria “CPMI dos Cartões Corporativos”, que, por meio da aprovação do Requerimento nº 131, de 12 de março de 2008, estabeleceu que o seu objetivo seria analisar a regularidade dos processos de prestações de contas de suprimento de fundos dos últimos 10 anos.
e) A revista afirma que o caso “Sanguessugas” surgiu de denúncias na imprensa.
A VERDADE: a Polícia Federal, o Ministério Público e toda a imprensa, sabem que a “Operação Sanguessuga”, assim como tantos outros casos que desaguaram em operações especiais para desmantelar esquemas criminosos, foi iniciada a partir de fiscalizações da CGU nos municípios. Aliás, a mesma matéria do jornal “O Estado de S. Paulo” citada no item “a” desta nota enumera muitos desses casos, em retranca de apoio à matéria principal, intitulada “Ações da CGU norteiam as megaoperações da PF”.
f) A revista atribui ao Ministro-Chefe da CGU, afirmação de que este órgão dá “prioridade ao combate da corrupção no varejo”.
A VERDADE: O que foi dito ao repórter foi que nos pequenos municípios o cidadão comum sente mais diretamente os desvios de merenda escolar e medicamentos do que os efeitos dos grandes escândalos ocorridos nos grandes centros (o que é, aliás, fácil de entender). Não se disse que a CGU prioriza isso ou aquilo, pois ela combate a corrupção com a mesma prioridade, independentemente do tamanho de cada caso.
g) A reportagem da Veja tece considerações absurdas sobre relatório referente a auditoria em projeto de cooperação técnica internacional celebrado entre o Ministério da Integração Nacional e a FAO, no exercício de 2002.
A VERDADE: a eventual ocorrência de divergências entre as equipes de auditoria e as chefias de cada Coordenação, embora não sejam freqüentes, são naturais no processo de homologação dos relatórios. O processo usual é que por meio do debate se tente alcançar o consenso. Quando o consenso não é possível, o importante é que o processo se dê de forma transparente. Ora, a própria reportagem se encarrega de esclarecer que a direção da Secretaria Federal de Controle Interno (unidade da CGU) expressou seu entendimento divergente por escrito e fundamentadamente, tendo ficado também registrado nos autos a opinião dos demais servidores. Neste caso, como em tudo o mais, as coisas se fazem na CGU com plena observância do princípio da transparência.
h) A revista afirma ter havido atrito entre a CGU e a Polícia Federal durante a Operação Navalha, e que a CGU estaria “contribuindo para atrasar o desfecho do trabalho”.
A VERDADE: Isso nunca ocorreu. Prova disso, é que a Subprocuradora-Geral da República encarregada do caso afirmou, por mais de uma vez, que sem os relatórios de CGU não teria sido possível oferecer denúncia contra os acusados. E outra prova é que as punições foram rapidamente aplicadas no caso pela CGU, inclusive a declaração de inidoneidade da principal construtora envolvida.
Como se vê, a realidade é muito diferente do que se lê na revista.
Estes esclarecimentos que fazemos agora não serão encaminhados à Revista, pela simples razão de que ela se recusa a publicar nossas respostas. Contudo, a CGU se sentiu na obrigação de prestá-los, como já dito no início, em respeito aos seus servidores e à opinião pública em geral.
O texto original desta nota pode ser encontrado no sítio da CGU
Assessoria de Comunicação Social – 24/01/2011

AutonômoXAutômato


Fernando Henrique Cardoso não se enxerga?


A linguagem popular é rica de expressões que têm muitas vezes uma precisão cruel. Uma delas é “ele não se enxerga”, que se aplica como uma luva às declarações recentes – mas não novas – do ex-presidente neoliberal Fernando Henrique Cardoso sobre a política externa do governo Lula e do chanceler Celso Amorim, mantida pela presidente Dilma Rousseff e pelo chanceler Antônio Patriota.

Basta lembrar alguns episódios vexaminosos da diplomacia comandada por Fernando Henrique Cardoso para que se tenha a dimensão dos disparates que ele e seus partidários conservadores e pró-americanos repetem sobre a diplomacia brasileira autônoma e independente reinaugurada por Lula e Celso Amorim.

Um desses episódios foi a demissão do diplomata Samuel Pinheiro Guimarães da presidência do IPRI (Instituto de Pesquisas de Relações Internacionais do Itamaraty), em 2001. Outro, em 2002, foi a demissão do embaixador José Maurício Bustani da direção geral da Opaq (Organização da ONU para as Armas Químicas). Outro, ainda mais devastador para o orgulho nacional, ocorreu em 2002 sendo protagonista o próprio chanceler tucano Celso Lafer que, em visita oficial aos EUA para apoiar o governo local depois dos ataques terroristas de 11de setembro de 2001, aceitou submeter-se à rígida revista policial nos aeroportos de Nova York e de Washington, chegando inclusive a tirar os sapatos, como exigiam os agentes que faziam a revista.

Há uma coerência entre estes episódios vergonhosos. Enquanto o ministro constrangia o Brasil com sua atitude servil, os diplomatas punidos (Samuel Pinheiro Guimarães e José Maurício Bustani) pagaram por sua altivez e dignidade e por não aceitarem dobrar-se ante as imposições da diplomacia norte-americana. Guimarães sempre foi um crítico da ALCA; Bustani rejeitou as pressões do governo de Washington para usar seu cargo na ONU e “criminalizar” nações independentes acusadas mentirosamente por Bush e seus pupilos de detentoras de armas químicas, como ocorreu com o Iraque, contra quem aquelas alegações falsas serviram para legitimar a agressão que destruiu o país e infelicitou o povo.

Esta é a diplomacia que Fernando Henrique Cardoso quer de volta: a dos sem sapatos nem vergonha na cara, submissos passivamente às imposições norte-americanas. Um estudioso, o historiador Moniz Bandeira, chegou a escrever que a política externa de Fernando Henrique Cardoso foi um “simples acessório dos interesses hegemônicos dos Estados Unidos, no mundo e, em especial, na América Latina”. Ele tem razão.

Aquela foi uma política de cabeça baixa, pés descalços e “sim senhor”, que não volta mais. Outro dito popular muito valorizado nos arraiais tucanos diz que “manda quem pode, obedece quem tem juízo”. É o que eles fizeram no governo, rosnando para países pequenos e pobres (como a Bolívia, por exemplo), e curvando a espinha ante os poderosos do mundo, como os governantes de Washington.

O Brasil democrático nem manda nem obedece – trata todos os povos e nações como iguais, cujos interesses precisam ser articulados soberanamente em acordos que contemplem as necessidades e os limites de cada um. Esta é a melhor tradição diplomática brasileira, retomada por Lula e Celso Amorim e que projetou o Brasil no mundo como um parceiro da paz e da busca do desenvolvimento e do progresso para todos os povos. O resto é conversa fiada de gente saudosa do poder do qual foi escorraçada pelo voto popular e cujas chances de voltar são cada vez mais remotas.


Editorial do Vermelho

Eric Hobsbawm elogia governo Lula e o Partido dos Trabalhadores




O historiador inglês Eric Hobsbawm elogiou o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o Partido dos Trabalhadores por terem mostrado ao mundo, desde 2003, que ainda é possível "que a classe trabalhadora forme o esqueleto de movimentos mais amplos de transformação social".

"O Brasil, que tem um caso clássico de partido trabalhista nos moldes do fim do século 19 -baseado numa aliança de sindicatos, trabalhadores, pobres em geral, intelectuais e tipos diversos de esquerda- que gerou uma coalizão governista notável. E não se pode dizer que não seja bem-sucedida, após oito anos de governo e um presidente em final de mandato [a entrevista foi feita no final de 2010] com 80% de aprovação", disse Hobsbawn, em entrevista ao jornal inglês The Guardian, republicada hoje (25) pelo jornal Folha de S. Paulo.

Aos 93 anos, Hobsbawm publica um novo livro e diz que , hoje, do ponto de vista ideológico, se sente mais em casa na América Latina. " É o único lugar no mundo em que as pessoas fazem política e falam dela na velha linguagem -a dos séculos 19 e 20, de socialismo, comunismo e marxismo", disse.

Leia a entrevista:

'Sinto-me mais em casa na América Latina', diz Hobsbawm

Hampstead Heath, em Londres, orgulha-se do seu papel na história do marxismo. Era lá que, aos domingos, Karl Marx subia o Parliament Hill com sua família. Nos dias de semana, Marx se juntava a Friedrich Engels para caminhar pelo parque. A ambição marxista permanece viva na casa de Eric Hobsbawm, numa rua lateral que sai do parque. Na última vez em que o entrevistei, em 2002, ele enfrentava outro ataque da mídia pela ligação com o Partido Comunista.

As coisas mudaram: a crise global transformou os termos da discussão, e a crítica marxista da instabilidade do capitalismo ressurgiu. Parecia não haver momento melhor para Hobsbawm reunir seus ensaios mais famosos sobre Marx em um volume, com material sobre o marxismo visto à luz do crash.

Guardian - Há no âmago desse livro um senso de algo que provou seu valor? De que, mesmo que as propostas de Marx possam não mais ser relevantes, ele fez as perguntas certas sobre o capitalismo?

Eric Hobsbawm - Com certeza. A redescoberta de Marx está acontecendo porque ele previu muito mais sobre o mundo moderno do que qualquer outra pessoa em 1848. É isso, acredito, o que atrai a atenção de vários observadores novos -atenção essa que, paradoxalmente, surge antes entre empresários e comentaristas de negócios, não entre a esquerda.

O sr. tem a impressão de que o que pessoas como George Soros apreciam em parte em Marx é o modo brilhante com que ele descreve a energia e o potencial do capitalismo?

Acho que é o fato de ele ter previsto a globalização que os impressionou. Mas acredito que os mais inteligentes também enxergaram uma teoria que previa o risco de crises. A teoria oficial do período, fim dos anos 90, descartava essa possibilidade.

E o sr. acha que o interesse renovado por Marx também foi beneficiado pelo fim dos Estados marxistas-leninistas?

Com a queda da União Soviética, os capitalistas deixaram de sentir medo, e desse modo tanto eles quanto nós pudemos analisar o problema de maneira muito mais equilibrada. Mas foi mais a instabilidade da economia globalizada neoliberal que, creio, começou a ficar tão evidente no fim do século.

O sr. não está surpreso com o fato de a esquerda marxista e a social-democrata não terem explorado politicamente a crise dos últimos anos?

Sim, é claro. Na realidade, uma das coisas que procuro mostrar no livro é que a crise do marxismo não é só do seu braço revolucionário, mas também do seu ramal social-democrata. O reformismo social-democrático era, essencialmente, a classe trabalhadora pressionando seus Estados-nações. Com a globalização, a capacidade dos Estados de reagir a essa pressão se reduziu concretamente. Assim, a esquerda recuou.

O sr. acha que o problema da esquerda está em parte no fim da classe trabalhadora consciente e identificável?

Historicamente falando, isso é verdade. O que ainda é possível é que a classe trabalhadora forme o esqueleto de movimentos mais amplos de transformação social.

Um bom exemplo é o Brasil, que tem um caso clássico de partido trabalhista nos moldes do fim do século 19 - baseado numa aliança de sindicatos, trabalhadores, pobres em geral, intelectuais e tipos diversos de esquerda- que gerou uma coalizão governista notável. E não se pode dizer que não seja bem-sucedida, após oito anos de governo e um presidente em final de mandato [a entrevista foi feita no final de 2010] com 80% de aprovação.

Ideologicamente, hoje me sinto mais em casa na América Latina. É o único lugar no mundo em que as pessoas fazem política e falam dela na velha linguagem -a dos séculos 19 e 20, de socialismo, comunismo e marxismo.

O título de seu novo livro é "How to Change the World". No final, o sr. escreve: "A substituição do capitalismo ainda me parece possível". A esperança continua forte?

Não existe esperança reduzida hoje. O que digo agora é que os problemas do século 21 exigem soluções com as quais nem o mercado puro nem a democracia liberal pura conseguem lidar adequadamente. É preciso calcular uma combinação diferente. Que nome será dado a isso não sei. Mas é bem capaz de não ser mais capitalismo, não no sentido em que o conhecemos aqui e nos EUA. PT Org.

A NOVA E A VELHA GEOPOLÍTICA


O tucano FHC fechou seu governo deixando a Petrobrás em 27º lugar no PFC Energy 50 (de 1999), ranking das maiores empresas de energia do mundo em valor de mercado. Lula encerrou seu segundo mandato, em dezembro de 2010, com a estatal ocupando a 3º colocação no mesmo ranking, atrás apenas da Shell e da Petrochina. Com US$ 228,9 bilhões em valor de mercado, a Petrobrás posiciona-se agora à frente da ExxonMobil e da Chevron -a quem Serra, em plena campanha presidencial de 2010, prometera reverter a regulação soberana das reservas do pré-sal. ‘Vocês vão e depois voltam', garantiu o candidato da derrota conservadora a emissários da petroleira internacional,conforme revelações do Wikileakis. Em 2010 a Petrobrás também bateu o recorde de produção de petróleo e gás, com a média equivalente a 2,583 milhões de barris/dia. Analistas especializados observam que as descobertas e o crescimento da produção em países da periferia do capitalismo mudaram a geopolítica do petróleo no século XXI. Quase em simultâneo, falando de Genebra, onde guarda repouso após as derrotas eleitorais no Brasil,  FHC assegurou que ‘o governo Dilma está sem estratégia'. Sua referência, naturalmente,  é a exemplar condução estratégica do país  no ciclo tucano de privatizações e alinhamentos carnais.

(Carta Maior, 4º feira, 26/01/2011)

Economia mundial vai bombar. Manda bala, presidenta !


O tsunami engoliu a urubóloga; e Jim surfou
Informações esparsas extraídas da recente cobertura do New York Times para a visita do líder chinês Hu Jintao, aos Estados Unidos.

A economia chinesa cresceu 10,2% em 2010.

A economia chinesa deve acrescentar US$ 1 trilhão ao PIB em 2011.

E’ como produzir uma Inglaterra, por ano. 

Na última década, a China produziu TRÊS Inglaterras.

“A noção de que a China cresce ás custas do resto do mundo está três anos atrasada. O crescimento da China da’ aos Estados Unidos a chance de se recuperar muito mais rápido. “

Clique aqui para ler “Caças – Dilma pode mudar o jogo”.

“Ainda por um bom tempo, a maré de crescimento da China vai continuar em alta e os investidores deveriam anotar isso: alguns vão ficar mais ricos, antes.

“Os investidores podem se beneficiar da maré chinesa e investir em empresas que estejam na China.”

Essas observações são de Jim O’Neill, o economista do banco Goldman Sachs, citado pelo NY Times e que, dez anos atrás, criou o acrônimo BRICs para popularizar a ideia de que Brasil, Rússia, Índia e China formarão, breve, um bloco econômico mais forte que o G-7.

Quando veio o tsunami de 2008 e a urubóloga Miriam Leitão anunciou o desaparecimento do Brasil e de Lula da face da Terra, Jim  previu o fenômeno do “descasamento”.

Os países ricos iam cair em “U” – bruscamente e ficar muito tempo lá embaixo.

E os BRICs iam cair em “V “- cair e subir rápido.

Foi a marolinha do Lula.

Tragada pelo tsunami foi a ideologia derrotista da urubóloga.

Hoje saiu a notícia de que o FMI prevê um crescimento robusto para a economia mundial.

Presidenta, manda bala !

E paga um salário mínimo que deixe o Paulinho da Força feliz !

FMI prevê que economia global crescerá 4,4% em 2011

DA EFE

O FMI (Fundo Monetário Internacional) divulgou a previsão de que a economia global crescerá 4,4% este ano, dois décimos acima do projetado há três meses, graças a uma atividade melhor do que a esperada na reta final de 2010.

As novas projeções apontam um crescimento global de 4,5% em 2012.

Em linha com o mencionado em outras ocasiões, o FMI lembrou nesta terça-feira que a recuperação em andamento tem duas velocidades, com os países emergentes à frente do pelotão e os avançados em um distante segundo lugar.

O Fundo, que publicou nesta terça-feira a versão atualizada do seu relatório semestral “Perspectivas Econômicas Mundiais”, destacou que nas economias avançadas a atividade desacelerou menos que o esperado.

Paulo Henrique Amorim

Trevisan, Lula e 42 milhões de merendas escolares


Antoninho acha o PiG muito engraçado


O Brasil do presidente Lula e da presidenta Dilma distribui 42 milhões de merendas escolares por dia.

São distribuídas a alunos do ensino fundamental até  quinze anos de idade.

Elas custam aproximadamente 50 centavos.

O Governo Federal (do presidente Lula) entrou com 30 centavos e as prefeituras entram com os outros 20.

(O governo do Farol de Alexandria entrava com 10 centavos.)

(A propósito: o amigo navegante conhece alguma obra do Farol que tenha utilizado cimento e tijolo ?)

Quem compra a merenda é a prefeitura.

E aí reside o perigo.

E aí entra o Antoninho Marmo Trevisan.

Ele montou uma grande rede com o apoio do Conselho Federal de Nutricionistas e o Conselho Federal de Contabilidade.

Como o apoio também da Microsoft, que o ajudou a subir o portal www.acaofomezero.org.br

Quem audita as contas são a Price e a KPMG.

Antoninho fez também uma parceria com o Banco do Brasil, que está em 4 mil municípios do Brasil.

Resultado: o Antoninho montou o programa “Ação Fome Zero” em 2 mil 273 municípios do País.

Cada cidade tem um contador e uma nutricionista, que fazem parte de um conselho para ficar de olho no prefeito.

E garantir que o dinheiro da merenda não desapareça.

E garantir o conteúdo nutricional da merenda.

São os monitores da merenda.

Antoninho resolveu criar o prêmio anual “gestor eficiente da merenda escolar” para prefeitos.

Eles contam no portal “histórias gostosas de se contar” – tem que ser experiências que possam ser replicadas em outras cidades.

No primeiro ano, 300 prefeitos se inscreveram.

Ano passado, 1 mil e 300.

Há um efeito de propagação, conta Antoninho.

Se você for ao mapa, verá que um prefeito inscrito induz, no ano seguinte, o prefeito vizinho a concorrer: ninguém quer ficar feio na foto da região.

E o que ganha o prefeito vencedor?

O direito de ir a uma festa e tirar uma foto ao lado do Lula.

Em novembro do ano passado, em Gramado, RS, num congresso anual com 6 mil de contadores, o Lula foi lá assinar um novo convenio e deu um show.

Antoninho observa com aquele sorriso maroto por trás dos bigodes que o PiG (*) espinafrou o lançamento do programa.

Desconfiou que a doação inicial, de R$ 3 milhões da empresa CBMM, fosse sumir em algum bolso.

Antoninho se diverte: os R 3 milhões estão lá, em caixa, devidamente aplicados.

Ele conta que voltou de Gramado para Brasília no avião do Lula.

(Cuidado, Antoninho, o Globo vai querer que você pague a passagem !)

Por um tempo, Lula contemplou o por de sol na Serra Gaucha e disse, “queria que a Marisa estivesse aqui para ver isso”. 

Depois, chamou o Cesar Alvarez para examinar, página por página, por duas horas seguidas, o plano de inclusão digital através da banda larga. 

Entretanto, traçava um galetinho esquálido.

Quando acabou, olhou pela janela: o sol já se tinha posto.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

O problema da Globo é o povo


Brigar com o cliente costuma dar errado
Comentário do amigo navegante MauMauQuirino:

Dá nojo assistir ao JN

Quem assiste ao JN perde seu tempo e corre o risco de ter uma úlcera. Hoje 2ª feira, 24/01/2011 duas reportagens me chamaram a atenção.

A primeira sobre a invasão de um morro carioca pela polícia civil, à procura de armas, drogas, como também para fazer um levantamento da área, pois pretende instalar uma UPP.

Estranhamente, a reboque desta reportagem o casal 45 noticiou que o GLOBOCOP foi atingido por três tiros de fuzil, concluindo que seria um atentado à liberdade de imprensa.

O que pretende a Globo com isso ???

A segunda diz respeito às inundações em São Paulo.

Foram longos dez minutos para atribuir a culpa à população, que joga o seu lixo nos córregos, nas ruas etc. e a enorme quantidade de chuva.

Eles seriam os responsáveis pelo caos em que se encontra a cidade de São Paulo, apesar dos esforços das autoridades (grupo político) que governa o Estado há mais de 25 anos.

São essas autoridades que não retiraram o lixo dos córregos, do rio Tietê e outros.

Os rios transbordam a cada chuva mais forte. Mas, a culpa é do povo e de Deus, por intermédio de São Pedro.

Nenhum questionamento foi feito sobre o corte de verbas no governo Serra para a limpeza dos rios.

Nada, nadinha.

Ao mesmo tempo, outras reportagens atacam o governador Sérgio Cabral e a presidenta Dilma, indiretamente, pelo o ocorrido na região Serrana do Rio de Janeiro.

A Globo foi, é e será sempre golpista.

A ley de medios tem que vir logo.

WikiLeaks: “EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes”


Alcântara: FHC só não fechou pq Waldyr Pires não deixou
Conversa Afiada reproduz email enviado por Stanley Burburinho (quem será ele? ):

“EUA tentaram impedir programa brasileiro de foguetes, revela WikiLeaks

José Meirelles Passos

RIO – Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais. Por isso, além de não apoiar o desenvolvimento desses veículos, as autoridades americanas pressionam parceiros do país nessa área – como a Ucrânia – a não transferir tecnologia do setor aos cientistas brasileiros.

A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 – revelado agora pelo WikiLeaks ao GLOBO. O documento contém uma resposta a um apelo feito pela embaixada da Ucrânia, no Brasil, para que os EUA reconsiderassem a sua negativa de apoiar a parceria Ucrânia-Brasil, para atividades na Base de Alcântara no Maranhão, e permitissem que firmas americanas de satélite pudessem usar aquela plataforma de lançamentos.

Além de ressaltar que o custo seria 30% mais barato, devido à localização geográfica de Alcântara, os ucranianos apresentaram uma justificativa política: “O seu principal argumento era o de que se os EUA não derem tal passo, os russos preencheriam o vácuo e se tornariam os parceiros principais do Brasil em cooperação espacial” – ressalta o telegrama que a embaixada enviara a Washington.

A resposta americana foi clara. A missão em Brasília deveria comunicar ao embaixador ucraniano, Volodymyr Lakomov, que “embora os EUA estejam preparados para apoiar o projeto conjunto ucraniano-brasileiro, uma vez que o TSA (acordo de salvaguardas Brasil-EUA) entre em vigor, não apoiamos o programa nativo dos veículos de lançamento espacial do Brasil”. Mais adiante, um alerta: “Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”.

O Senado brasileiro se nega a ratificar o TSA, assinado entre EUA e Brasil em abril de 2000, porque as salvaguardas incluem concessão de áreas, em Alcântara, que ficariam sob controle direto e exclusivo dos EUA. Além disso, permitiriam inspeções americanas à base de lançamentos sem prévio aviso ao Brasil. Os ucranianos se ofereceram, em 2008, para convencer os senadores brasileiros a aprovarem o acordo, mas os EUA dispensaram tal ajuda.

Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”, diz outro documento confidencial.

Viagem de astronauta brasileiro é ironizada

Sob o título “Pegando Carona no Espaço”, um outro telegrama descreve com menosprezo o voo do primeiro astronauta brasileiro, Marcos Cesar Pontes, à Estação Espacial Internacional levado por uma nave russa ao preço de US$ 10,5 milhões – enquanto um cientista americano, Gregory Olsen, pagara à Rússia US$ 20 milhões por uma viagem idêntica.

A embaixada definiu o voo de Pontes como um gesto da Rússia, no sentido de obter em troca a possibilidade de lançar satélites desde Alcântara. E, também, como uma jogada política visando a reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. “Num ano eleitoral, em que o presidente Lula sob e desce nas pesquisas, não é difícil imaginar a quem esse golpe publicitário deve beneficiar.

Essa pode ser a palavra final numa missão que, no final das contas, pode ser, meramente ‘um pequeno passo’ para o Brasil” – diz o comentário da embaixada dos EUA, numa alusão jocosa à célebre frase de Neil Armstrong, o primeiro astronauta a pisar na Lua, dizendo que seu feito se tratava de um pequeno passo para um homem, mas um salto gigantesco para a Humanidade.


http://oglobo.globo.com/mundo/mat/2011/01/25/eua-tentaram-impedir-programa-brasileiro-de-foguetes-revela-wikileaks-923601726.asp