Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
Mostrando postagens com marcador merenda escolar. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador merenda escolar. Mostrar todas as postagens

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

O cunhado de Alckmin, a merenda e a mídia


Por Altamiro Borges

O Ministério Público entrou nesta semana na Justiça com uma ação civil contra 19 pessoas envolvidas no esquema de fraude na merenda escolar em Pindamonhangaba, no interior paulista. Entre elas, estão o prefeito João Antônio Salgado, do “ético” PPS de Roberto Freire, e o cunhado do governador Geraldo Alckmin, Paulo César Ribeiro.

Segundo as investigações, Paulo César foi responsável por favorecer a contratação da empresa Verdurama para o fornecimento da merenda. Em 2006, ela ganhou uma concorrência no valor de R$ 6,8 milhões e teria desviado os recursos, reduzindo a qualidade da alimentação para os estudantes da cidade. Ainda não há provas sobre o destino do dinheiro, mas há indícios de que teria sido usado para caixa-2 de campanha eleitoral.

Reduto político do governador

Paulo César é irmão da primeira-dama Lu Alckmin. O sobrinho dela, Lucas Ribeiro, também consta da ação judicial do Ministério Público. Geraldo Alckmin, ainda da na época da ditadura e com vínculos com a seita direitista Opus Dei, lançou-se na política exatamente em Pindamonhangaba.

O prefeito João Antônio Salgado, apoiado pelo governador, também é investigado por inúmeras outras suspeitas de crimes e desvios de recursos públicos – como na suposta fraude na contratação da empresa de informática Sisp, na qual também consta o nome de Paulo César Ribeiro.

Padrão de manipulação da notícia

O Ministério Público apura as denúncias de irregularidades há três anos. No final do ano passado, a Folha até trouxe o caso à tona, revelando as supostas maracutaias. Mas o tema nunca ganhou destaque na imprensa demotucana; nunca foi manchete dos jornalões ou alvo de cobertura especial das emissoras de televisão. É como se não existisse!

A mídia, que vive da escandalização da política, é bastante seletiva nas suas pautas. Só os ingênuos acreditam na sua imparcialidade. No seu requintado padrão de manipulação das notícias, ela salienta o que lhe interessa – política e comercialmente – e omite o que a prejudica. E os tucanos de São Paulo, juntamente com seus familiares, continuam blindados pela imprensa demotucana!

quinta-feira, 21 de julho de 2011

MP suspeita de fraude gigantesca na merenda escolar da prefeitura paulistana

As maiores empresas fornecedoras de merenda escolar do país montaram um cartel para fraudar uma licitação de R$ 200 milhões aberta pela prefeitura de São Paulo, segundo suspeita o Ministério Público, após analise de telefonemas e conversas entre funcionários do Grupo Geraldo J. Coan. Os executivos foram grampeados, supostamente, a mando de diretores da própria empresa para monitorar seu quadro de funcionários.
As escutas clandestinas foram arquivadas em CDs confiscados na sede da J. Coan, em Tietê (SP), no dia 1.º de julho do ano passado, durante batida realizada pela promotoria, com apoio da polícia militar paulista. Entre 12 de abril e 9 de maio de 2009, foram interceptadas 1.513 ligações. Algumas gravações que teriam sido feitas em 2006, pouco antes da renovação do contrato da merenda escolar com a prefeitura, mostram um encontro entre empresas fornecedoras de merenda.
Os promotores examinam a amplitude das conversas e as revelações contidas nas gravações acerca dos certames em prefeituras de pelo menos cinco Estados – São Paulo, Minas, Espírito Santo, Rio Grande do Sul e Maranhão. Um procedimento foi aberto para o início da investigação criminal pelo Grupo de Atuação Especial e Repressão ao Crime Organizado (Gaeco) de Sorocaba (SP) para investigar crime de escuta clandestina e violação da lei.

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Trevisan, Lula e 42 milhões de merendas escolares


Antoninho acha o PiG muito engraçado


O Brasil do presidente Lula e da presidenta Dilma distribui 42 milhões de merendas escolares por dia.

São distribuídas a alunos do ensino fundamental até  quinze anos de idade.

Elas custam aproximadamente 50 centavos.

O Governo Federal (do presidente Lula) entrou com 30 centavos e as prefeituras entram com os outros 20.

(O governo do Farol de Alexandria entrava com 10 centavos.)

(A propósito: o amigo navegante conhece alguma obra do Farol que tenha utilizado cimento e tijolo ?)

Quem compra a merenda é a prefeitura.

E aí reside o perigo.

E aí entra o Antoninho Marmo Trevisan.

Ele montou uma grande rede com o apoio do Conselho Federal de Nutricionistas e o Conselho Federal de Contabilidade.

Como o apoio também da Microsoft, que o ajudou a subir o portal www.acaofomezero.org.br

Quem audita as contas são a Price e a KPMG.

Antoninho fez também uma parceria com o Banco do Brasil, que está em 4 mil municípios do Brasil.

Resultado: o Antoninho montou o programa “Ação Fome Zero” em 2 mil 273 municípios do País.

Cada cidade tem um contador e uma nutricionista, que fazem parte de um conselho para ficar de olho no prefeito.

E garantir que o dinheiro da merenda não desapareça.

E garantir o conteúdo nutricional da merenda.

São os monitores da merenda.

Antoninho resolveu criar o prêmio anual “gestor eficiente da merenda escolar” para prefeitos.

Eles contam no portal “histórias gostosas de se contar” – tem que ser experiências que possam ser replicadas em outras cidades.

No primeiro ano, 300 prefeitos se inscreveram.

Ano passado, 1 mil e 300.

Há um efeito de propagação, conta Antoninho.

Se você for ao mapa, verá que um prefeito inscrito induz, no ano seguinte, o prefeito vizinho a concorrer: ninguém quer ficar feio na foto da região.

E o que ganha o prefeito vencedor?

O direito de ir a uma festa e tirar uma foto ao lado do Lula.

Em novembro do ano passado, em Gramado, RS, num congresso anual com 6 mil de contadores, o Lula foi lá assinar um novo convenio e deu um show.

Antoninho observa com aquele sorriso maroto por trás dos bigodes que o PiG (*) espinafrou o lançamento do programa.

Desconfiou que a doação inicial, de R$ 3 milhões da empresa CBMM, fosse sumir em algum bolso.

Antoninho se diverte: os R 3 milhões estão lá, em caixa, devidamente aplicados.

Ele conta que voltou de Gramado para Brasília no avião do Lula.

(Cuidado, Antoninho, o Globo vai querer que você pague a passagem !)

Por um tempo, Lula contemplou o por de sol na Serra Gaucha e disse, “queria que a Marisa estivesse aqui para ver isso”. 

Depois, chamou o Cesar Alvarez para examinar, página por página, por duas horas seguidas, o plano de inclusão digital através da banda larga. 

Entretanto, traçava um galetinho esquálido.

Quando acabou, olhou pela janela: o sol já se tinha posto.

Paulo Henrique Amorim

(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

'FAZER MAIS COM MENOS'

Parece manchete de jornal sensacionalista, mas é a mórbida realidade dos serviços municipais na Prefeitura de Pindamonhangaba (SP). A prática de utilizar um mesmo veículo para entregar panelas de merenda escolar, de dia, e transportar cadáveres, à noite, é a ponta de uma rede de conveniências cujos fios se interligam ao governador Geraldo Alckmin através de sua sobrinha, vice-prefeita da cidade, e de seu cunhado & familiares da esposa, dona Lu Alckmin, acusados de operar um esquema de merenda em 20 municípios dos estados do Rio, São Paulo e Espírito Santo. A linha de frente do empreendimento é a Verdurama, empresa de lubrificação de licitações municipais com o pagamento regular de propina às prefeituras e secretarias de educação. À robusta receita de superlucros à base de subnutrientes adicionou-se em Pinda o controle do serviço funerário local, com terceirização do transporte de defuntos a cargo de coligada da Verdurama. O Estadão desta 2º feira traz o depoimento de um ex-agente funerário que dá os detalhes da maximização de uso dos fatores. Colunistas da página 2 da Folha, indignados com a emissão de passaportes especiais a membros da família do ex-presidente Lula, certamente não pouparão o verbo idôneo diante deste, digamos assim, 'arranjo' tão a gosto do modo de gestão tucano, que consiste em 'fazer mais com menos', não importa a que custo social.

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Vice de Serra quis punir quem dá esmola



Imagine uma senhora caminhando pela rua e se deparando com uma outra mulher, muito pobre, pedindo esmolas. Comovida pela situação, que nenhum de nós gostaria de ver alguém passar, a senhorinha abre a bolsa e oferece um trocado, sugerindo que o dinheiro seja usado para comprar um alimento para a criança. Mas eis que surge um guarda municipal, interpela a solidária senhora e avisa: a senhora está multada!

Pois foi exatamente isso que o vice “mauricinho” de José Serra propôs quando foi vereador no Rio de Janeiro. Em projeto de lei (nº 558), de 1997, obviamente rejeitado, Índio da Costa tentou proibir o ato de esmolar no município.

E como pretendia que o poder público proibisse o ato de esmolar? “Aquele que for apanhado esmolando, será recolhido a albergue ou centro de atendimento”. E “quem doar esmola pagará multa a ser definida pelo Poder Executivo”. 

Se o mendigo ficasse lá, deitado na rua, sem pedir esmola, não seria atendido pelo poder público. Afinal, a lei previa que fosse recolhido para albergue aquele que fosse apanhado esmolando. E o cidadão compungido pela miséria humana ficava tolhido de tentar ajudar, mesmo que momentaneamente, aqueles que mais necessitam.

Na justificativa apresentada para seu edificante projeto, Índio da Costa afirmava que a mendicância vinha se acentuando a cada dia, com “famílias inteiras molestando os transeuntes com pedidos insistentes e até ameaçadores”.

O jovem vereador, externando desde cedo sua ideologia de direita, tachava a mendicância de “vício” e dizia que “tais indivíduos fazem desse ato sua profissão.”

A Índio não interessava as causas da pobreza e a desestruturação que provoca em famílias inteiras. Como uma Sandra Cavalcanti de calças curtas, devia, no fundo, sonhar com um tempo onde a indiferença dos governos permitiu acontecerem monstruosidades como aquelas do Rio da Guarda. Não se dá conta que essa enorme quantidade de pessoas em situação limite foi acumulada em décadas de estagnação econômica que, além de eliminar o emprego, tirou de muita gente a fé no trabalho como ferramenta de uma vida digna. Décadas num país que crescia a taxas ínfimas, comandado por uma coligação entre seu partido e os tucanos. 

Seu projeto reacionário teve vida curta, assim como sua irresponsável candidatura a vice-presidente, que termina derrotada em quatro meses, se é que sobrevive até lá.
Brizola Neto em seu Blog