Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Estadão desmente FHC e mostra que documentos da Privataria Tucana são autênticos

http://goo.gl/HL9jV
O Estadão, muito a contragosto, capitulou à realidade nua e crua e estragou a estratégia de José Serra e FHC de tentar desacreditar o livro "A Privataria Tucana", do premiado jornalista investigativo Amaury Ribeiro Júnior.

José Serra e FHC malufavam ao dizer que os documentos são falsos. O Estadão os desmente e diz que são verdadeiros, e dá até a fonte de um deles, inédito até então, da CPI do Banestado.

O título da reportagem é ruim de doer, seria análogo a escrever "Reportagem usa auto de apreensão de cocaína contra Nem da Rocinha"... o Estadão recorre a clichês para atenuar a denúncia, toda hora dizendo que Amaury é indiciado, mas para ser isento também deveria dizer que ele coleciona vários prêmios de jornalismo... mas de qualquer forma a reportagem tem o mérito de não fugir da realidade.

O leitor do Estadão deve ter entrado em estado de choque ao saber, com retardo, muita coisa que os leitores de nosso blog já sabiam há muito tempo:

- "... documentos inéditos da antiga CPI do Banestado que apontam supostas movimentações irregulares de recursos por pessoas próximas ao ex-governador José Serra (PSDB)...".

- "... Gregório Marin Preciado, casado com uma prima de Serra, utilizou-se de uma conta operada por doleiros em Nova York para enviar US$ 1,2 milhão para a empresa Franton Interprises, que seria ligada ao ex-diretor do Banco do Brasil Ricardo Sérgio de Oliveira..." (Nota do blog: faltou falar da sociedade de Preciado com Serra em um terreno no Morumbi).

- "... Indicado por Serra para o Banco do Brasil no governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Ricardo Sérgio é apontado na obra como suposto articulador da formação de consórcios que participaram do processo de privatização, graças a sua influência na Previ, fundo de pensão dos funcionários do banco estatal..."

- "... Ricardo Sérgio controlava empresas em paraísos fiscais que teriam recebido supostas propinas de beneficiados pelo processo de privatização, entre eles o próprio Preciado, representante da espanhola Iberdrola na época em que a empresa comprou três estatais de energia no Brasil..."

- "... A mesma empresa Franton recebeu US$ 410 mil de uma empresa pertencente ao grupo La Fonte, de Carlos Jereissati, que adquiriu o controle da Telemar (atual Oi) durante a privatização da antiga Telebrás..."

- "... a redução de dívidas de empresas de Marin Preciado no Banco do Brasil quando Ricardo Sérgio era diretor... Entre 1995 e 1998, segundo o Ministério Público Federal, duas empresas de Preciado obtiveram desconto de cerca de R$ 73 milhões em um empréstimo que, originalmente, era de US$ 2,5 milhões. O valor final da dívida, segundo o livro, chegou a pouco mais de R$ 4 milhões..."

- "...A Privataria Tucana também aborda a sociedade entre Verônica Serra, filha do ex-governador, e Verônica Dantas, irmã do banqueiro Daniel Dantas, na empresa Decidir.com, sediada em Miami. De acordo com o autor, a empresa foi transformada em uma offshore nas Ilhas Virgens Britânicas e, de lá, injetou recursos em uma empresa brasileira que tinha Verônica Serra como vice-presidente, a Decidir do Brasil..." (nota do blog: até que enfim, depois de 18 meses que nosso blog desafiou o jornalão a publicar).

A reportagem é sóbria, seca e sem ilações. Ainda ficou devendo falar da arapongagem da empresa Fence sobre a vida de Aécio com dinheiro público paulista, do indiciamento de Verônica Serra por quebra de sigilo financeiro de milhões de brasileiros, e da movimentação do genro em paraísos fiscais, e dívidas previdenciárias. 

Mas para o leitor do Estadão que vem sendo adestrado a pedir a cabeça de ministros até por causa de multas de trânsito, a reportagem é mais do que suficiente para sentir o mau cheiro das relações da família Serra com essas roubalheiras todas.

Por que a imprensa fingia que não via PRIVATARIA TUCANA

(CLIQUE E AMPLIE AS CAPAS)

AOS QUE DIZEM QUE É PRECISO IGNORAR O LIVRO PORQUE O AUTOR FOI ACUSADO DISSO OU DAQUILO, BASTA LEMBRAR DE UM QUE FOI ESCRITO POR PEDRO COLLOR DE MELLO E, VEJAM SÓ, com a JORNALISTA DORA KRAMER


15 de Dezembro de 2011 às 14:29

Mário Marona

Os jornalistas sabem que, mesmo sendo meio falastrão e parecendo um tanto estabanado, Amaury é um grande repórter, é honesto e não está mentindo ou, para ser mais isento, pelo menos acredita que está contando a verdade. Sabem, por fim, que a origem desta história que resultou num livro está na reação de Aécio Neves a uma ação mafiosa típica dos serristas.
Por que, então, os colunistas, editores e jornalistas da maioria dos grandes veículos fingem ignorar o livro?
Porque obedecem à linha editorial dos jornais e das emissoras em que trabalham. Obedecem, agora, e sempre obedeceram. [E aqui, em nome da isenção, acrescento a parte que me toca: eu mesmo, quando trabalhei nas grandes redações, me sujeitei às linhas editoriais dos veículos e se eventualmente me insurgia internamente contra elas, tentando modificá-las, nunca deixei de segui-las disciplinadamente, uma vez derrotado em minhas posições. Ou pedia o meu boné.]
O que mudou, então? Por que os jornalistas se vêem obrigados a depreciar publicamente um colega de profissão, como o Amaury, com quem, aliás, muitos deles conviveram amistosamente? E por que estamos vendo jornalistas importantes entrando em guerra com seus leitores por causa de um livro que, se pudessem, tratariam como notícia ou comentariam?
Arrisco uma resposta: porque hoje os leitores pisam nos calos destes jornalistas, o que há uma década atrás – ou menos - não acontecia.
No meu tempo, e vale dizer também no tempo do Noblat, da Dora, da Eliane, do Merval, o leitor não existia como figura real. Era um anônimo, mal representado, diariamente, em uma dúzia de cartas previamente selecionadas para publicação e devidamente “corrigidas” em seus excessos de linguagem. Tem gente que não lembra, porque começou a ler jornal depois, mas naquele tempo nem e-mail existia, exceto, talvez, como forma de comunicação interna das empresas.

Noblat, Dora, Merval, Eliane [e eu] escreviam, editavam e publicavam o que queriam, desde que não contrariassem os acionistas, representados pelos diretores de redação. Por acaso, dois dos citados foram diretores de redação e eu fui editor-chefe adjunto no Globo e editor-chefe do JN. Não eram – não éramos - contestados por ninguém. Quem não gostasse que se queixasse ao bispo, ao editor de cartas - por carta, claro - ou então que suspendesse a assinatura ou mudasse de canal.
Publicavam o que queriam, autorizados pelos donos, e continuam agindo da mesma maneira, mas hoje são imediatamente incomodados, cobrados, questionados, xingados pelos leitores, por e-mail, em blogs, por tuites e por caneladas no Facebook.
Fazem a mesma coisa – obedecer à linha dos seus jornais – só que agora têm que dar explicações a um grupo crescente de chatos, nem sempre bem educados, e não podem botar a culpa no patrão. Não podem dizer no twitter: “Olha, gente, eu não vou escrever sobre o livro do Amaury porque o meu jornal decidiu ignorá-lo, pelo menos por enquanto”.

Mas aos que alegam que é preciso ignorar o livro do Amaury porque ele foi acusado disso ou daquilo e não seria um autor confiável, responde com uma experiência pessoal. Editor do Globo em 1992, uma noite recebeu na redação o livro “Passando a limpo, a Trajetória de um Farsante”, de autoria de Pedro Collor de Mello e, vejam só, da Dora Kramer! O livro trazia acusações tão pesadas contra Fernando Collor que, em alguns casos, a prova dependeria de exame de corpo de delito. O editor teve que ler o livro em duas horas, para escrever uma resenha rápida, que seria publicada na edição do dia seguinte.
Naquela época, no Globo e, creio, nos demais jornais, não era possível ignorar uma peça de acusação tão enfática, ainda que desprovida de provas. Nem era possível guardar para ler depois. E pouco importava se a origem das acusações de Pedro contra Fernando era uma briga entre irmãos envolvendo até mulher. Era notícia, e pronto.
Artes das Capas: João de Deus Netto - JenipapoNews



 

A sociedade do PIG com os TUKANOS, o Brasil quer saber como funciona esse TUKANODUTO.






Paulo Henrique Amorim: "Amaury trincou o cristal dos tucanos. Nada será como antes". "Foi como se a senzala tocase fogo na Casa Grande, numa noite de vento."


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Hora de rever as privatizações


Se outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.
 
Mauro Santayana
Carta Maior

Se outros efeitos não causar à vida nacional o livro do jornalista Amaury Ribeiro Jr., suas acusações reclamam o reexame profundo do processo de privatizações e suas razões. Ao decidir por aquele caminho, o governo Collor estava sendo coerente com sua essencial natureza, que era a de restabelecer o poder econômico e político das oligarquias nordestinas e, com elas, dominar o país. A estratégia era a de buscar aliança internacional, aceitando os novos postulados de um projetado governo mundial, estabelecido pela Comissão Trilateral e pelo Clube de Bielderbeg. Foi assim que Collor formou a sua equipe econômica, e escolheu o Sr. Eduardo Modiano para presidir ao BNDES - e, ali, cuidar das privatizações. 

Primeiro, houve a necessidade de se estabelecer o Plano Nacional de Desestatização. Tendo em vista a reação da sociedade e as denúncias de corrupção contra o grupo do presidente, não foi possível fazê-lo da noite para o dia, e o tempo passou. O impeachment de Collor e a ascensão de Itamar representaram certo freio no processo, não obstante a pressão dos interessados.

Com a chegada de Fernando Henrique ao Ministério da Fazenda, as pressões se acentuaram, mas Itamar foi cozinhando as coisas em banho-maria. Fernando Henrique se entregou à causa do neoliberalismo e da globalização com entusiasmo. Ele repudiou a sua fé antiga no Estado, e saudou o domínio dos centros financeiros mundiais – com suas conseqüências, como as da exclusão do mundo econômico dos chamados “incapazes” – como um Novo Renascimento. 

Ora, o Brasil era dos poucos países do mundo que podiam dizer não ao Consenso de Washington. Com todas as suas dificuldades, entre elas a de rolar a dívida externa, poderíamos, se fosse o caso, fechar as fronteiras e partir para uma economia autônoma, com a ampliação do mercado interno. Se assim agíssemos, é seguro que serviríamos de exemplo de resistência para numerosos países do Terceiro Mundo, entre eles os nossos vizinhos do continente. 

Alguns dos mais importantes pensadores contemporâneos- entre eles Federico Mayor Zaragoza, em artigo publicado em El País há dias, e Joseph Stiglitz, Prêmio Nobel de Economia - constataram que o desmantelamento do Estado, a partir dos governos de Margareth Thatcher, na Grã Bretanha, e de Ronald Reagan, nos Estados Unidos, foi a maior estupidez política e econômica do fim do século 20. Além de concentrar o poder financeiro em duas ou três grandes instituições, entre elas, o Goldman Sachs, que é hoje o senhor da Europa, provocou o desemprego em massa; a erosão do sistema educacional, com o surgimento de escolas privadas que só servem para vender diplomas; a contaminação dos sistemas judiciários mundiais, a partir da Suprema Corte dos Estados Unidos – que, entre outras decisões, convalidou a fraude eleitoral da Flórida, dando a vitória a Bush, nas eleições de 2000 -; a acelerada degradação do meio-ambiente e, agora, desmonta a Comunidade Européia. No Brasil, como podemos nos lembrar, não só os pobres sofreram com a miséria e o desemprego: a classe média se empobreceu a ponto de engenheiros serem compelidos a vender sanduíches e limonadas nas praias.

É o momento para que a sociedade brasileira se articule e exija do governo a reversão do processo de privatizações. As corporações multinacionais já dominam grande parte da economia brasileira e é necessário que retomemos as atividades estratégicas, a fim de preservar a soberania nacional. É também urgente sustar a incontrolada remessa de lucros, obrigando as multinacionais a investi-los aqui e taxar a parte enviada às matrizes; aprovar legislação que obrigue as empresas a limpa e transparente escrituração contábil; regulamentar estritamente a atividade bancária e proibir as operações com paraísos fiscais. É imprescindível retomar o conceito de empresa nacional da Constituição de 1988 – sem o que o BNDES continuará a financiar as multinacionais com condições favorecidas. 

A CPI que provavelmente será constituída, a pedido dos deputados Protógenes Queiroz e Brizola Neto, naturalmente não se perderá nos detalhes menores – e irá a fundo na análise das privatizações, a partir de 1990, para que se esclareça a constrangedora vassalagem de alguns brasileiros, diante das ordens emanadas de Washington. Mas para tanto é imprescindível a participação dos intelectuais, dos sindicatos de trabalhadores e de todas as entidades estudantis, da UNE, aos diretórios colegiais. Sem a mobilização da sociedade, por mais se esforcem os defensores do interesse nacional, continuaremos submetidos aos contratos do passado. A presidente da República poderia fazer seu o lema de Tancredo: um governante só consegue fazer o que fizer junto com o seu povo.

Mauro Santayana é colunista político do Jornal do Brasil, diário de que foi correspondente na Europa (1968 a 1973). Foi redator-secretário da Ultima Hora (1959), e trabalhou nos principais jornais brasileiros, entre eles, a Folha de S. Paulo (1976-82), de que foi colunista político e correspondente na Península Ibérica e na África do Norte.


Brasil é a 6ª potência mundial

Brasil ultrapassou o Reino Unido, avança a "Economist Intelligence Unit", empresa de consultadoria pertencente ao grupo da revista "The Economist".  
Maria Luiza Rolim Exame Expresso

O Reino Unido já não é a 6ª maior potência económica do mundo, tendo sido ultrapassado pelo Brasil, que passou a ter este ano o sexto maior produto interno bruto (PIB) medido em dólares à taxa de câmbio corrente.

A informação é da empresa de consultadoria britânica Economist Intelligence Unit (EIU), confirmando assim, e antecipando, as previsões do Fundo Monetário Internacional (FMI) para 2011.

Tanto o FMI como a EIU e o Business Monitor International (BMI) haviam previsto que o Brasil ultrapassaria até ao final do ano o Reino Unido, passando a ocupar o lugar de sexta maior economia mundial.

De acordo com as projeções da EIU,  o Brasil perderá a 6ª posição para a Índia em 2013 mas voltará a recuperar o lugar no ranking em 2014, ano do Mundial de Futebol, ao ultrapassar a França.

PIB cresce acima dos países ricos

A diferença do PIB estimado para o Brasil até ao final  do ano - 2,44 mil milhões de dólares (mesmo considerada a redução da projeção de crescimento de 3,5% para 3%) e o PIB do Reino Unido (2,41 mil milhões, com crescimento de 0,7%) é de 1,2%, diferença que poderá facilmente triplicar.

A EIU refere que o Brasil continuará a subir no ranking das grandes potências, de modo a que até ao fim da década - de acordo com as projeções - o PIB brasileiro será maior do que o de todos os países europeus.

Segundo o "The Word Economy", de Angus Maddison, em 1820 o PIB britânico, sem as colónias,  era 12,4 vezes maior do que o do Brasil; em 1870 era 14,3 vezes superior; e em 1913, 11,7 vezes mais elevado.

Em 2009, o PIB do Brasil ultrapassou os do Canadá e Espanha, passando a ser o oitavo do mundo, e em 2010 ultrapassou o de Itália.

Avaliação positiva do governo Dilma sobe em dezembro

 BRASÍLIA (Reuters) -

A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff cresceu em dezembro, mostrou pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta sexta-feira.
De acordo com o levantamento, 56 por cento dos entrevistados consideram o governo Dilma ótimo ou bom, contra 51 por cento em setembro.
A pesquisa mostrou ainda que 32 por cento apontam o governo como regular, contra 34 por cento na sondagem anterior, e 9 por cento o classificam como péssimo ou ruim, ante 11 por cento em setembro.
O levantamento também apurou a avaliação pessoal da presidente. Dentre os entrevistados 72 por cento aprovam a maneira de governar de Dilma, ante 71 por cento em setembro, variação dentro da margem de erro da pesquisa.
De acordo com a sondagem, 21 por cento desaprovam a presidente, mesmo número registrado em setembro. Sete por cento não soube responder.
Segundo o CNI/Ibope, 28 por cento dos entrevistados lembram de alguma notícia de corrupção relacionada ao governo, o que faz deste assunto o mais lembrado entre os entrevistados no levantamento.
As políticas de tributos e de saúde são as piores avaliadas, segundo a pesquisa. Os que desaprovam a política tributária somam 66 por cento dos entrevistados, já os que mostraram descontentamento com a área da saúde são 67 por cento.
O Ibope ouviu 2.002 pessoas em 142 municípios entre os dias 2 e 5 de dezembro. A margem de erro da pesquisa é de 2 pontos percentuais.
(Reportagem de Maria Carolina Marcello; Texto de Eduardo Simões, Edição de Maria Teresa de Souza)

Folha ignora ombudsman e omite fatos sobre privataria tucana




Este é o caso mais emblemático que já surgiu sobre a transformação dos maiores meios de comunicação do país em um partido político dissimulado do qual o jornalismo passa longe. Leia com atenção, porque este post contém a prova final de que não se deve dar o menor crédito ao “jornalismo” que veículos como o jornal Folha de São Paulo dizem fazer.
Ao fim da tarde da última quinta-feira (15/12), recebi e-mail de uma fonte que, por sua vez, recebeu de alguém que trabalha na redação da Folha cópia da “crítica interna” diária que os ombudsmans do jornal fazem circular há anos entre seus jornalistas. É uma bomba.
Antes de prosseguir, vale explicar que a “crítica interna diária” dos ombudsmans da Folha era publicada abertamente na internet até abril de 2008. A razão de o jornal ter decidido torná-las “secretas”, ou seja, só para consumo de sua redação, foi uma dessas críticas que o ex-ombudsman Mario Magalhães fizera.
Magalhães, como no texto da atual ombudsman, Suzana Singer, que vazou na quinta-feira, acusou o jornal de partidarismo contra o PT. Aliás, a maioria dos ombudsmans fez essa crítica, ainda que com menos intensidade.
Contrariado com a crítica de Magalhães, o jornal optou por não mais publicar a crítica diária na internet afirmando que seus inimigos políticos – um jornal que atua como partido político, é claro que tem inimigos políticos – estariam usando as críticas do ombudsman para atacar. Contrariado, o jornalista pediu demissão do cargo.
Lamentavelmente, soube que a Folha descobriu quem foi, em sua redação, que, no melhor estilo Wikileaks, vazou ontem a crítica interna arrasadora da atual ombudsman. Não é preciso pensar muito para concluir o que acontecerá com esse profissional.
Todavia, é preciso que as pessoas entendam o poder de propagação da internet. Caiu na rede, se espalha como fogo em mato seco. Quem não quer grande divulgação de alguma coisa, que não ponha na rede. O que não dá é para um blogueiro publicar alguma coisa que alguém lhe passa e depois retirar.
Seja como for, vamos rever o que foi que Suzana Singer escreveu e que, ao vazar, deixou a direção do jornal tão furiosa. Abaixo, a crítica interna da ombudsman divulgada na redação da Folha na última quinta-feira, 15 de dezembro.
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15 de dezembro de 2011
Crítica interna
ANTES TARDE DO QUE NUNCA
por Suzana Singer
Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro “A Privataria Tucana” (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.
Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm offshores? Não deveríamos investigar e questioná-los? É já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.
Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo dos seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente “Veja” e “Folha”.
Teria sido bom editar um “acervo Folha conta a história da privatização” para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet – e da Record – de disseminar a tese do “PIG”. E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.
O Painel do Leitor só deu hoje uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:
1) ter um viés de defesa dos tucanos;
2) não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;
3) exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);
4) não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);
5) não ter citado que o livro está sendo bem vendido
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Mesmo que você seja um leitor de direita, adesista à mídia, reconheça que a ombudsman referendou, uma por uma, as teses da blogosfera progressista. Não só quanto ao viés tucano do jornal como, também, quanto ao poder de difusão da blogosfera.
Chega a ser ridículo a ombudsman ter que avisar ao jornal sobre esse poder. O fato, porém, é que veículos como Globo, Folha, Veja e Estadão, entre outros, parecem acreditar que o que não publicam, não aconteceu. Um dia pode ter sido assim, mas hoje em dia, com a internet, já era. A internet ajudou a derrubar ditaduras sangrentas no Oriente Médio. Não tem, portanto, qualquer dificuldade em fazer circular denúncias de maracutaias de jornais.
Diante de crítica tão arrasadora de sua ombudsman, porém, o que é que fez a Folha? Aprofundou o partidarismo e a omissão e em sua edição desta sexta-feira só publicou uma coisa sobre a privataria tucana, a nota que o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso divulgou ontem se queixando do livro que desnuda o saque que seu governo praticou.
Vale registrar que os tucanos e a mídia, de mãos dadas e em uníssono, desqualificam o livro de Amaury Ribeiro, autor de “Privataria”, porque ele foi indiciado pela Polícia Federal , apesar de ter sido um indiciamento político feito para atender aos interesses eleitorais do PSDB ano passado, pois está sendo investigado por tucanos e mídia terem dito que trechos de seu livro seriam um “dossiê” contra José Serra, o que a publicação do livro, quinta-feira passada, desmente.
Mas se o fato de Amaury estar indiciado o desqualifica como cidadão e jornalista, então os indiciamentos e condenações de familiares de Serra e os processos a que o tucano responde não o desqualificam, também? Ou essa lógica só funciona para os adversários do PSDB e das empresas de comunicação que a ombudsman chama de “PIG”?

No fundo do La Casserole

O La Casserole, que recebeu ontem, em hora indigesta, Ricardo Sérgio e altos tucanos

A jornalista Maria Cristina Fernandes, do Valor, é a primeira, nos grandes jornais, a escrever, pondo o nome embaixo, que a imprensa está boicotando não apenas o livro, mas o tema trazido, de novo, à tona, pelo A Privataria Tucana.
O seu artigo, exclusivo para assinantes na página do jornal, foi reproduzido aqui.
Merece aplauso, e não há reparo algum a fazer na sua conclusão que não é apenas o tucanato que se escafede do tema.
Mas merecem destaque algumas informações, sabidas e esquecidas,  que ela publica, sem medo de patrulhas.
Por exemplo, que uma única operação da Polícia Federal achou US$ 30 milhões mandados para fora por contas CC-5, um dos portões apontados por Amaury.
Ou que o impasse sobre acusações a Gustavo Franco e a Henrique Meirelles fez empacar a CPI do Banestado, cujos documentos, em parte,  por uma destas circunstâncias que se pode atribuir à Providência, vieram às mãos de Amaury Ribeiro, justamente por ter de responder ao processo que lhe moveu Ricardo Sérgio de Oliveira, o homem a quem a Veja chamou de “coletor” das campanhas de José Serra.
E, como noticiar fatos não ofende, publica também que, nestes indigestos dias, reuniram-se ontem num dos mais bem afamados restaurantes franceses da Paulicéia, o La Casserole, o indigitado Ricardo Sérgio, o chefe da Casa Civil do governo FHC, Clóvis Carvalho, e José Carlos Dias, ministro da Justiça efeagáciano e parceiro em muitas causas de Arnaldo Malheiros, advogado de José Serra.
Como disse Paulo Preto, não se abandona um amigo na beira da estrada.
PS. A blogosfera, como diz Fernandes, está realmente  dedicando um tempo imenso ao livro do Amaury. Pudera, com todas as nossas limitações – será que alguém imagina que um blogueiro possa pegar o telefone e pedir uma entrevista a estes personagens, como podem fazer os repórteres de jornal ? – estamos tentando apurar e revelar os fatos que a grande imprensa segue mantendo nas sombras.

Margot, a ex-sócia de Verônica Serra

 
Verônica Sera, na foto publicada no Valor Econômico: compra de empresa pela JP Morgan sem registro na Junta Comercial de SP

Graças ao leitor Ivan, a gente  confere  que, de fato, a D. Verônica Serra é a representante da OEP, braço do JP Morgan, em seus investimentos no Brasil.

Está lá, no Valor Econômico, que a Portal de Documentos SA foi mesmo comprada pelo banco, por um valor entre US$ 100 e 200 milhões de  dólares.Diz o jornal:
“De acordo com Verônica, não haverá mudanças na gestão da empresa investida. “A One Equity não entra nas companhias para fazer mudanças no dia a dia. A atuação é feita por meio do conselho de administração”, diz. Dos seis assentos do conselho, a One Equity terá três deles. Além da própria Verônica, estão nele Christian Ahrens e Brad Coppens, diretores do braço de investimentos do J.P. Morgan.”
Embora a transação seja de 1° de fevereiro deste ano, não há registro dela na Junta Comercial, muito embora Serra, Ahrens e Bradley ( o Brad), estejam desde esta época lá como conselheiros. Donde se pode,  despreparados como somos, concluir que foram vendidas três cadeiras no conselho da empresa, não parte da empresa. Ou será que eles mandam na empresa, mas não respondem societariamente por isso?
Bem, mas a matéria nos aponta que o negócio foi feito pela Pacific Investimentos, uma das empresas de Verônica.
Um empresa recente, criada em março do ano passado, com um capital de R$ 268.834,00. Três sócios de R$ 1,00, para constar e R$ 188.181 de Verônica e R$ $ 80.650 para a cidadã americana Margot Alyse Greenman.
Em apenas cinco meses, em agosto, esta eficientíssima empresa consegue lucros de R$172.930 – uma proeza fantástica, pois menos de 30% do capital registrado tinha sido integralizado, ou R$ 82, 6 mil -  e estes lucros são distribuídos da seguinte forma: a sócia majoritária, Veronica Serra, fica com menos, R$ 80.650 – pagos à vista – e Margot com R$92.280, sendo R$ 24.280  cash e o resto na forma de um Corolla 2008, flex, pertencente à empresa. Como o carro foi contabilizado como lucro, não deve ter feito parte da integralização do capital.
No mesmo dia 25 de agosto, D. Margot vai embora, a bordo do Corolla, da empresa, que passa a ser toda, exceto por R$ 2, de Verônica Serra.
Com D. Margot, vão embora as ligações formais da Pacific Investimentos com o nome  Morgan e com o Caribe.
Porque D. Margot é uma mulher muito presente nestes negócios.
Logo em setembro ela é admitida como diretora da Solfin  Securitizadora de Crédito, que muda de nome para Financial Crédito, e que salta de um capital de R$ 10 mil para R$ 65 milhões. Lá, ela tem a companhia, como colegas de diretoria, do ex-presidente do BNDES, José Pio Borges,  e o ex-secretário de Política Econômica do Ministério da Fazenda de FHC,Winston Fritsch.
Mas, deslocando-se com seu Corolla, ela acha tempo para representar, como diretora financeira,  os modestos R$ 200 que a MR Brasil Empreendimentos Imobiliários adquire na Financial 1 Desenvolvimento Imobiliário, criada em 13 de outubro de 2010. E ela já representava esta empresa  nas participações de R$ 160 na Abioye Empreendimentos e de ser diretora da Financial ABV, outra empresa modesta, de apenas R$ 1 mil de capital social.
Uma trabalheira, sobretudo para quem, dois dias antes de fundar a empresa em sociedade com Verônica Serra, era admitida como administradora da Acelo Participações, fundada por membros de um escritório de advocacia e que, naquele mesmo dia 3 de março os substituia pela Morgan Rio Interests II, PLC e pela MR (bom abreviar, não é?)  Aflilliants II, LLC, ambas  sediadas na 9 West 57TH Street, 26 ° andar, em Nova York. Com D. Margot e com as MR, o capital da empresa, que era de R$ 1 mil, foi subindo até chegar aos R$ 20.718.966 de hoje.
Com tudo isso, D. Margot  – e participando de outras empresas, que não listo por piedade do leitor – ainda participava de seminários, como representante no Brasil do Morgan Rio Capital Manegement.
Este fundo, dirigido pelo sr. Jacobo Buzali,  tem escritório em Nova York e está sediado – adivinhou? – nas Ilhas Cayman, mais precisamente na 27 Hospital  Road, 5TH Floor, P.O. BOX 10293, no Citi Hedge Fund Services , no Cayman Corporate Centre, em Georgetown.
Ou o mundo é pequeno ou o Caribe é grande, o que vocês acham?
PS. Os documentos, como sempre aqui, são públicos. Estão na Junta Comercial de São Paulo. Basta fazer o cadastro e acessar.

Livro e imprensa: um ponto de ruptura

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Esta semana marca um ponto de ruptura da imprensa brasileira tradicional, aquela chamada de circulação nacional. O fato de os principais jornais do país haverem ignorado o tópico mais divulgado na internet – o livro que denuncia atividades criminosas atribuídas a familiares e pessoas próximas do ex-governador José Serra – representa uma declaração pública de que a imprensa tradicional não considera relevante o ambiente midiático representado por blogs, sites independentes de empresas de mídia e grupos de discussões nas redes sociais.

A fidelidade canina das grandes empresas de comunicação ao político Serra é um caso a ser investigado por jornalistas e analisado por cientistas políticos. Na medida em que essa fidelidade chega ao ponto de levar as bravas redações – sempre animadas para publicizar toda espécie de malfeitoria envolvendo protagonistas do poder – a fingir que não tem qualquer relevância o fenômeno editorial intitulado A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., cria-se um precedente cujas consequências não se pode ainda avaliar.

Por iniciativa da imprensa tradicional, aprofunda-se o fosso que a separa da mídia alternativa.

Debate aberto

Não que tenha arrefecido o ímpeto dos jornais por dar repercussão a todo tipo de denúncia: estão nas primeiras páginas, nas edições de quinta-feira (15/12), o ministro Fernando Pimentel, o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz e o publicitário Marcos Valério.

Cada um desses personagens tem uma história a explicar para a sociedade, mas a imprensa, ao proceder com tão escancarado desequilíbrio nos critérios de edição, se desqualifica como meio legítimo para mediar a questão com a sociedade.

Não se pode escapar à evidência de que a imprensa realiza um esforço corporativo para apresentar ao seu público um cardápio restrito de escândalos, quando o prato mais apetitoso vende milhares de exemplares de livros, produz um mercado paralelo de cópias piratas e manifesta o desejo do público de saber mais.

O silêncio da imprensa prejudica as chances do ex-governador José Serra de contestar as acusações apresentadas no livro contra sua filha, seu genro, o coordenador de suas campanhas eleitorais e outros personagens ligados ao seu núcleo de ação política.

Paralelamente, amplia o raio de conflitos entre as empresas de comunicação e a categoria profissional dos jornalistas, muitos dos quais são ativos participantes nos debates sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr.

Fugindo da boa história

A origem do esquema investigado pelo autor de A Privataria Tucana se confunde com o ponto em que a imprensa tradicional perdeu o interesse pelo caso do Banestado – provavelmente a matriz de todos os crimes financeiros revelados ou semiocultos no Brasil nos últimos quinze anos. Por essa razão, aumenta a curiosidade geral em torno da recusa da imprensa em reabrir esse caso através da janela criada com o livro de Ribeiro Jr.

A partir deste ponto, torna-se legítima qualquer desconfiança sobre o real interesse da chamada grande imprensa em ver desvendadas as denúncias de corrupção que ela própria divulga. Não há mais dúvida razoável de que essas denúncias são publicadas de maneira seletiva.

O mapa aberto pelo livro de Ribeiro Jr., pelo que já se deu a conhecer, complementa reportagens já publicadas sobre crimes financeiros em geral, mas principalmente sobre aqueles que têm como vítima o patrimônio público. Em geral, as reportagens sobre aquilo que agora é chamado de malfeito esmaecem quando o caso se transforma em processo formal na Justiça.

Estranhamente, quando surge a possibilidade de oferecer ao público o acompanhamento das conclusões, a imprensa sai de campo. Observe-se, por exemplo, que o chamado caso “mensalão” está para ser prescrito e há um hiato no noticiário entre a aceitação da denúncia e a prescrição.

No caso Banestado, assim como no livro-reportagem de Amaury Ribeiro Jr., o mais importante é a revelação do esquema de lavagem de dinheiro, com o mapa dos caminhos que o dinheiro sujo realiza por paraísos fiscais e contas suspeitas. Trata-se do mesmo esquema utilizado pelos financiadores ocultos do narcotráfico, pelos corruptos e corruptores e por cidadãos acima de qualquer suspeita.

Se desse curso às pistas levantadas no livro de Ribeiro Jr., a imprensa poderia construir histórias muito interessantes – por exemplo, ao identificar consultores jurídicos especializados em lavagem de dinheiro que costumam frequentar páginas mais nobres dos jornais.

A omissão da imprensa em relação ao fenômeno editorial do ano é também a renúncia ao bom jornalismo.

DE VOLTA A 1930: QUEM AVISA É O FMI

  • Europa tem a maior taxa de desemprego desde 1995 e o sistema bancário do euro definha; junto com ele, encolhe o crédito à produção e ao consumo ** Portugal: governo já admite nacionalização de bancos ** Espanha: agencia de risco rebaixa nota de 10 bancos** Alemanha: Merkel amplia fundo de socorro aos bancos** Fitch rebaixa notas de seis gigantes bancários,entre eles, Deutsch Bank  e Goldman Sachs**EUA:  participação do trabalho na renda nacional cai para 58%  contra média de 63% no pós-guerra** se a proporção se mantivesse, assalariados teriam hoje um poder de compra adicional de US$ 740 bi "Se não houver uma resposta conjunta à crise, o mundo terá que enfrentar uma situação semelhante a dos anos 30, que antecedeu a Segunda Guerra Mundial. Nem economias avançadas, nem mercados emergentes, nem países de rendimento médio serão imunes à crise que vemos crescer. O risco que está em cima da mesa é o da recessão aumentando o isolacionismo e o proteccionismo. Isto é exatamente o que aconteceu nos anos 30 e o que se seguiu não foi algo que gostássemos de encarar outra vez." (Cristiane Lagarde, diretora-geral FMI, em pronunciamento nesta 5ª feira, nos EUA)

Coragem, Veja! Globo! Folha! Estadão!

Podem publicar o "dossiê" da filha de Serra, porque é oficial

Os documentos publicados aqui no Blog, na nota abaixo, comprovando que a filha de José Serra e a irmã de Daniel Dantas foram sócias, são oficiais e públicos do Governo da Flórida, não são nenhum "dossiê".

Não há o que discutir se são verdadeiros ou não. A autenticidade pode ser conferida na Divisão de Corporações do Estado da Flórida, pela própria internet.

Coragem, Veja! Folha, Estadão, Globo, Época, IstoÉ ! Noblat, Josias, coragem!

Para não terem a desculpa de não publicar a notícia, eis o caminho das pedras:

O endereço oficial na internet é: http://www.sunbiz.org/

Em seguida basta clicar em "Search our Records".

Depois clicar em "Inquire by Name".

Digite "decidir.com" e clique no botão "Search Now".

Clique sobre a primeira linha que aparecer. Estará escrito "DECIDIR.COM, INC."

Aparecerá a tela abaixo. No final da tela tem os botões para exibir os documentos digitalizados.


O link direto para a tela acima é este aqui.

Matéria da Folha sobre Privataria absolve Agnelo e ministros

Com toda certeza, os grandes meios de comunicação que ainda não noticiaram ou meramente comentaram a Privataria Tucana devem estar julgando que teria sido melhor a Folha de São Paulo não ter publicado nada sobre o caso a ter publicado o que publicou em sua edição de quinta-feira 15 de dezembro de 2011.
Apesar do constrangimento que causa a “distração” desses órgãos de imprensa que se recusam a divulgar um caso que teriam publicado desde o primeiro instante se fosse sobre outro partido que não o PSDB, já que até as imprensas paraguaia e americana já publicaram matéria sobre o tema enquanto que a maioria da imprensa pátria finge que não sabe e que não viu, essa emenda saiu bem pior do que o soneto.
O que a Folha publicou não foi exatamente uma matéria jornalística, pois seu caráter, indubitavelmente, é de defesa do principal acusado pelo livro do jornalista Amaury Ribeiro, José Serra, ainda que, ironicamente, o livro não contenha acusações diretas a ele e sim, tão-somente, a seus parentes, os quais, do dia para a noite, apareceram como donos de empresas com capital social de milhões de reais.
Antes de prosseguir, a reprodução da matéria do jornal paulista:

Texto e infográfico da matéria da Folha, como se vê, dedicam-se à defesa do acusado pelo livro-bomba, além da defesa que ele mesmo faz de si. Ao se defender, porém, Serra veste a carapuça das denúncias apesar de só envolverem os seus parentes. E faz isso porque se tais denúncias se comprovarem não haverá quem o leve a sério caso diga que “não sabia”.
Mas tratemos do que diz a Folha, já que o conteúdo “requentado” e “sem novidades” ao qual a matéria do jornal alude já está gerando desdobramentos no poder Legislativo e no Judiciário, além de matérias arrasadoras na blogosfera.
O infográfico da matéria é ainda mais parcial do que o texto – ou, pelo menos, mais explícito na parcialidade – porque providenciou uma desculpa para cada acusação a Serra que a mesma matéria diz não existir, como se fosse possível parentes próximos de um político dessa envergadura aparecerem com milhões de reais nas próprias contas, do dia para a noite, sem que ele soubesse.
O leitor poderá se surpreender com a proposta que este blog quer lhe fazer no sentido de que, só de brincadeirinha, dê algum crédito à matéria do jornal da família Frias, aceitando a sua tese sob razão que não é totalmente desprovida de sentido.
Apesar do tom exageradamente favorável ao acusado – devido ao contexto das acusações contidas no livro sobre a Privataria Tucana –, a matéria da Folha lhe concede benefício da dúvida que o jornal, ao lado de veículos como O Globo, Veja ou  Estadão – só para ficarmos na imprensa escrita –, não dão a quem sofre acusações análogas à de Serra e não é tucano.
Matéria do Estadão publicada na última quarta-feira, por exemplo, “denuncia” ligação do governador de Brasília, Agnelo Queiroz, com “laranjas”. E quem seriam tais “laranjas”? Eis a cereja do bolo: são tão parentes do governador petista quanto os acusados pelo livro sobre a Privataria são parentes do ex-governador tucano.
Veja, abaixo, a matéria do outro grande jornal paulista. Este comentário é retomado em seguida.

Reflitamos. Se se admitir esse nível de exigência da Folha para levar em conta uma acusação contra políticos, os ministros do governo Dilma que caíram sob esse tipo de acusação feita de ilações e suposições que o jornal não admite contra Serra, também deveriam ser beneficiados.
Se não se aceita suposição de que Serra sabia que a filha, do dia para a noite, ficou milionária e de que ele, que então estava na linha de frente do processo de privatização do patrimônio público brasileiro, deu uma mãozinha a ela com os poderes que sua posição lhe concedia, por que se deve aceitar suposições de que Antonio Palocci, por exemplo, enriqueceu por algum motivo escuso que ninguém, até hoje, disse qual foi?
Devido ao “princípio civilizatório” de presunção da inocência e do cuidado que se deve ter com a honra alheia, até se pode dar ao ex-governador tucano o benefício da dúvida sobre se ele “sabia” ou “não sabia”. O que não dá para aceitar é que qualquer suposição contra um lado seja considerada prova e contra o outro seja considerada como o que é, suposição.
Mas isso é a imprensa. O problema, o grande problema, o descomunal problema, enfim, o problema inaceitável é se a Justiça agir como a imprensa. Aí será preciso parar este país até que se chegue a um acordo sobre que tipo de democracia é essa em que estamos vivendo, na qual alguns, em tal situação, serão “mais iguais” do que outros perante a lei.
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Ombudsman da Folha critica matéria sobre Privataria
Eu e outros blogueiros recebemos por e-mail vazamento de crítica interna que a ombudsman da Folha, Suzana Singer, escreveu hoje sobre a matéria que este post comenta. Veja, abaixo
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ANTES TARDE DO QUE NUNCA
por Suzana Singer
Ainda bem que a Folha deu a notícia sobre o livro “A Privataria Tucana” (A11). A matéria está correta, com o destaque devido, mas o jornal deveria continuar no assunto, porque há mais pautas no livro.
Exemplo: por que Verônica Serra e o marido têm offshores? Não deveríamos investigar e questioná-los? É já publicamos que Alexandre Bourgeois, marido de Verônica, foi condenado por dever ao INSS? É verdade que as declarações que ela deu na época das eleições, sobre a sociedade com a irmã de Daniel Dantas, eram mentirosas? Fomos muito rigorosos com o caso Lulinha, por exemplo.
Outra frente é a o tal QG de dossiês anti-Serra na época da eleição presidencial, que a Folha deu com bastante destaque. O livro conta coisas de arrepiar a respeito de Rui Falcão. Ao mesmo tempo, sua versão de roubo dos seus arquivos parece inverossímel. Seria bom investigar, já que ele faz acusações graves contra a imprensa, especialmente “Veja” e “Folha”.
Teria sido bom editar um “acervo Folha conta a história da privatização” para lembrar ao leitor que o jornal foi muito duro com o governo FHC. É um erro subestimar a capacidade da internet -e da Record- de disseminar a tese do “PIG”. E também seria bom esclarecer, com mais detalhes, o que é novidade no livro sobre esse período.
O Painel do Leitor só deu hoje uma carta cobrando a cobertura do livro. Eu recebi 141 mensagens. Quem escreveu hoje criticou a matéria publicada por:
1) ter um viés de defesa dos tucanos;
2) não ter apresentado Amaury Ribeiro Jr. devidamente e não tê-lo ouvido;
3) exigir provas que são impossíveis (ligação das transações financeiras entre Dantas e Ricardo Sérgio e as privatizações);
4) não ter esse grau de exigência em outras denúncias, entre as mais recentes, as que derrubaram o ministro do Esporte (cadê o vídeo que mostra dinheiro sendo entregue na garagem?);
5) não ter citado que o livro está sendo bem vendido

A entrevista de Protógenes sobre a CPI da Privataria na RecordNews

O deputado Protógenes prevê perto de 250 deputados apoiando a CPI da Privataria. Diferente da TV Globo e GloboNews, que escondem a notícia, a RecordNews fez ampla reportagem de 15 minutos sobre o assunto:

Vaccarezza desviou da casca de banana: PIG queria transformar Serra e FHC em vítimas

Jornal Nacional ainda não levou ao ar na quinta-feira nada sobre a CPI da Privataria, porque o deputado Vaccarezza (PT/SP) não caiu na armadilha. Veja no Jornal da Record:



Todo cuidado é pouco nessa hora. O PIG acaba de jogar uma casca de banana para melar a CPI da Privataria: queria arrancar do governo alguma declaração que possa virar manchete de revanchismo e perseguição à oposição, para fazer de José Serra uma "pobre vítima".

É a surrada tática de José Serra, que sempre quando é pego com a boca na botija em algum escândalo de corrupção, quer transformar os outros em algoz e ele em vítima, para inverter valores, não ter que explicar nada e não deixar ninguém saber exatamente do que trata o malfeito em que ele se meteu.

Dessa forma a imprensa inventa que ele é o coitadinho e os outros são os malvados, como os "aloprados", e bombardeiam incessamente essa pauta, jogando para baixo do tapete o real conteúdo das denúncias que envolvem Serra.

O lider do governo na Câmara, dep. Cândido Vaccarezza (PT/SP) não caiu na armadilha. No entanto muita gente boa não entendeu e o está crucificando. Vamos saber jogar o jogo político bem jogado dessa vez, gente. Está bom demais para cometer erros primários. Protógenes e Brizola Neto estão corretíssimos em serem contundentes, mas sóbrios, sem virarem metralhadoras giratórias diante das câmeras de TVs. Por isso conseguiram as assinaturas rapidamente, inclusive de alguns tucanos.

Vamos entender a coisa:

1) CPI é instrumento do parlamento, do poder legislativo. O governo é executivo. Não pega bem em nenhuma democracia o governo, explicitamente, se envolver nestas articulações, senão seria acusado de usar a posição que desfruta no estado para tomar partido de um lado.

Quem deve fazer esse embate são os partidos e nós, da sociedade. A maioria do PT assinou a CPI. Vamos lembrar que Lula quando era presidente não tripudiou quando José Roberto Arruda foi pego no mensalão do DEM. Não precisava. Agora também não precisa. O livro vende como água e repercute como nenhum outro. As denúncias são robustas, consistentes, documentadas e irrefutáveis. Está todo mundo curioso em botar esse assunto em pratos limpos e ficará sabendo pela internet primeiro e por último pela velha imprensa.

O governo Dilma deve dizer que, como governo, não tem interesse específico em investigações sobre "a" ou "b" (como fez Vaccarezza). Da sua parte tem interesse em ter instituições republicanas como a Polícia Federal, bem equipada para apurar os fatos e malfeitos, independente de quem seja, sem perseguir nem proteger ninguém.

Então não peçam à Presidenta, nem ao Ministro da Justiça, José Eduardo Cardoso, nem ao líder do governo na Câmara para se comportarem como se fossem líderes do PT na Câmara, porque o papel e posição deles é outra. Também não peçam para a base governista ser tão radical como a oposição, porque à oposição interessa paralisar o país, fazer um terceiro turno, ao governo não. O governo já venceu o segundo turno.

2) Vaccarezza é deputado do PT, mas não é líder do PT, e sim líder do governo na Câmara. Ou seja, ele defende e negocia os interesses do governo da Câmara. Por isso ele não pode agir exatamente como os demais deputados do PT. Ele desarmou a bomba do PIG de fazer Serra de vítima de revanchismo quando disse que o governo "não tem interesse na CPI, nem em revanchismo". Isso nada tem a ver com veto, como muitos estão dizendo, nem tem qualquer orientação a dar quanto a lideranças do PT. O governo é uma coisa e o partido é outra. O executivo é uma coisa e o legislativo, outra.

3) É óbvio que a oposição vai pressionar o governo para "acalmar" a base governista, ameaçando votações, obstruções, além da tese do revanchismo via imprensa, via amigos como Gilmar Mendes dizendo que é estado policial, para melar a CPI. O governo terá que ser sereno e moderado. A base governista terá que ser inteligente, paciente, sóbria, e a cada entrevista falar do conteúdo objetivo do livro, para que se apure o conteúdo, pois é irrefutável, inclusive falando menos em nomes como José Serra, e mais em recuperar o dinheiro público desviado para paraísos fiscais. Os deputados não precisam forçar, porque o nome de Serra já surge naturalmente quando se fala do assunto, e surgirá mais ainda a partir das investigações reabertas e da CPI.

4) Independente dos jogos de bastidores e acordões no Congresso, os militantes, e nós ativistas internautas é que somos muito mais livres do que os parlamentares para discursos inflamados e dizer tudo o que povo quer saber e a velha imprensa esconde. E para pressionar os outros deputados QUE NÃO SÃO líderes do governo, para não "amarelarem" e instalarem essa CPI de uma vez por todas. Aos deputados cabem agir mais com inteligência e habilidade política do que jogar para a torcida, nesta hora. Falar, sim, o necessário, com contudência, mas sem histerismos. Vejam o exemplo do próprio Protógenes, Brizola Neto, Paulo Teixeira.