Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Livro e imprensa: um ponto de ruptura

Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

Esta semana marca um ponto de ruptura da imprensa brasileira tradicional, aquela chamada de circulação nacional. O fato de os principais jornais do país haverem ignorado o tópico mais divulgado na internet – o livro que denuncia atividades criminosas atribuídas a familiares e pessoas próximas do ex-governador José Serra – representa uma declaração pública de que a imprensa tradicional não considera relevante o ambiente midiático representado por blogs, sites independentes de empresas de mídia e grupos de discussões nas redes sociais.

A fidelidade canina das grandes empresas de comunicação ao político Serra é um caso a ser investigado por jornalistas e analisado por cientistas políticos. Na medida em que essa fidelidade chega ao ponto de levar as bravas redações – sempre animadas para publicizar toda espécie de malfeitoria envolvendo protagonistas do poder – a fingir que não tem qualquer relevância o fenômeno editorial intitulado A Privataria Tucana, do jornalista Amaury Ribeiro Jr., cria-se um precedente cujas consequências não se pode ainda avaliar.

Por iniciativa da imprensa tradicional, aprofunda-se o fosso que a separa da mídia alternativa.

Debate aberto

Não que tenha arrefecido o ímpeto dos jornais por dar repercussão a todo tipo de denúncia: estão nas primeiras páginas, nas edições de quinta-feira (15/12), o ministro Fernando Pimentel, o governador do Distrito Federal Agnelo Queiroz e o publicitário Marcos Valério.

Cada um desses personagens tem uma história a explicar para a sociedade, mas a imprensa, ao proceder com tão escancarado desequilíbrio nos critérios de edição, se desqualifica como meio legítimo para mediar a questão com a sociedade.

Não se pode escapar à evidência de que a imprensa realiza um esforço corporativo para apresentar ao seu público um cardápio restrito de escândalos, quando o prato mais apetitoso vende milhares de exemplares de livros, produz um mercado paralelo de cópias piratas e manifesta o desejo do público de saber mais.

O silêncio da imprensa prejudica as chances do ex-governador José Serra de contestar as acusações apresentadas no livro contra sua filha, seu genro, o coordenador de suas campanhas eleitorais e outros personagens ligados ao seu núcleo de ação política.

Paralelamente, amplia o raio de conflitos entre as empresas de comunicação e a categoria profissional dos jornalistas, muitos dos quais são ativos participantes nos debates sobre o livro de Amaury Ribeiro Jr.

Fugindo da boa história

A origem do esquema investigado pelo autor de A Privataria Tucana se confunde com o ponto em que a imprensa tradicional perdeu o interesse pelo caso do Banestado – provavelmente a matriz de todos os crimes financeiros revelados ou semiocultos no Brasil nos últimos quinze anos. Por essa razão, aumenta a curiosidade geral em torno da recusa da imprensa em reabrir esse caso através da janela criada com o livro de Ribeiro Jr.

A partir deste ponto, torna-se legítima qualquer desconfiança sobre o real interesse da chamada grande imprensa em ver desvendadas as denúncias de corrupção que ela própria divulga. Não há mais dúvida razoável de que essas denúncias são publicadas de maneira seletiva.

O mapa aberto pelo livro de Ribeiro Jr., pelo que já se deu a conhecer, complementa reportagens já publicadas sobre crimes financeiros em geral, mas principalmente sobre aqueles que têm como vítima o patrimônio público. Em geral, as reportagens sobre aquilo que agora é chamado de malfeito esmaecem quando o caso se transforma em processo formal na Justiça.

Estranhamente, quando surge a possibilidade de oferecer ao público o acompanhamento das conclusões, a imprensa sai de campo. Observe-se, por exemplo, que o chamado caso “mensalão” está para ser prescrito e há um hiato no noticiário entre a aceitação da denúncia e a prescrição.

No caso Banestado, assim como no livro-reportagem de Amaury Ribeiro Jr., o mais importante é a revelação do esquema de lavagem de dinheiro, com o mapa dos caminhos que o dinheiro sujo realiza por paraísos fiscais e contas suspeitas. Trata-se do mesmo esquema utilizado pelos financiadores ocultos do narcotráfico, pelos corruptos e corruptores e por cidadãos acima de qualquer suspeita.

Se desse curso às pistas levantadas no livro de Ribeiro Jr., a imprensa poderia construir histórias muito interessantes – por exemplo, ao identificar consultores jurídicos especializados em lavagem de dinheiro que costumam frequentar páginas mais nobres dos jornais.

A omissão da imprensa em relação ao fenômeno editorial do ano é também a renúncia ao bom jornalismo.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

“Lavagem da calçada da Rede Globo”.Rio de Janeiro: Ato em prol da democratização da mídia fará a lavagem da calçada da Rede Globo


Na quarta-feira, dia 19, das 13 às 16 horas, será realizada a “Lavagem da calçada da Rede Globo”. O ato faz parte das comemorações da Semana Internacional pela Democratização da Mídia, que acontece entre os dias 17 e 21 de outubro.

O evento, organizado pelo RioBlogProg, Fale-Rio, UNE, UEE-RJ, DCE Facha, DCE Uezo, DCE UVA, UJS, CTB, Unegro, UBM, Dacos Leonel Brizola, Dadir João Cândido e Datur João Amazonas, é aberto a toda a população.

Os organizadores pedem que sejam levados cartazes, vassouras e produtos de limpeza, pois, há muito tempo, a Rede Globo de Televisão merece uma boa faxina.

SERVIÇO
Lavagem da calçada da Rede Globo
Horário: das 13 às 16 horas
Local: Rede Globo de Televisão
Rua Von Martius, 22, Jardim Botânico, Rio de Janeiro

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

DESCOMPENSADO SERRA SURTOU EM REUNIÃO COM O DIRETÓRIO MIDIÁTICO

Transtornado com a fuga em massa de aliados que saltam de sua candidatura, Serra discursou nesta 5º feira na reunião da Associação Nacional de Jornais. Na tentativa desesperada de preservar ao menos o apoio do poder midiático, incorporou o lacerdismo udenista que havia abandonado momentaneamente e acusou o PT e o governo Lula de inimigos da liberdade de imprensa. Vociferou contra as conferências nacionais da cidadania, como as de Comunicação, Direitos Humanos e Cultura, que, afirmou, "se voltaram de fato para o controle da nossa imprensa, através do suposto controle da sociedade civil’. Beirando a apoplexia ideológica, esbravejou contra o que considera ‘blogs do esgoto’, sem nomear o alvo de sua fúria. Nesse mesmo instante, seu dileto aliado, Roberto Jefferson, postava no Twiter recados do seguinte calibre: ‘Serra é responsável pela nossa dispersão. Nunca nos reuniu ... Curioso é o olhar enfarado e apressado do Gonzalez [marqueteiro de Serra] quando vê um político ...não se faz política sem políticos. Se o Gonzalez ouvisse um pouco os políticos, não poria no ar uma favela fake, nem o 'bobajol do Zé' (referindo-se ao jingle do tucano) ...o legado de Lula é dele. Não adianta os marqueteiros orientarem Serra para ser o sucessor de Lula. Ele fez o testamento para Dilma...'
(Carta Maior; 20-08)




Acima coloco ótimo vídeo que explica didaticamente , qual a liberdade de imprensa que o candidato dos grupos midiáticos defende.
No Brasil , os meios de comunicação , comportam-se como verdadeiros partidos políticos, sempre na defesa dos próprios interesses. Geralmente controlado por uma minoria de famílias, que ditam e fazem suas próprias regras.
Defende o que Da Judith Brito , diretora da ABJ ( associação brasileira de jornais), defende.