São Paulo, Brasília e Vitória tiveram protestos de centenas de pessoas contra a posse do deputado Marco Feliciano (PSC-SP), apontado como homofóbico e racista, na Comissão de Direitos Humanos da Câmara; pedidos de 'fora, Renan', contra o presidente do Senado, se repetiram
Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista
sábado, 9 de março de 2013
INGLATERRA PODE ABANDONAR CONVENÇÃO DE DIREITOS HUMANOS
Segundo a ministra Theresa May, o acordo continental reduz a capacidade do país de combater o crime e reduzir a imigração ilegal
9 DE MARÇO DE 2013 ÀS 20:23
Por Estelle Shirbon
LONDRES, 9 Mar (Reuters) - A Grã-Bretanha deveria cogitar abandonar a Convenção Europeia de Direitos Humanos, porque o evento interfere com a capacidade do governo para combater o crime e controlar a imigração, disse a ministra do Interior britânica, Theresa May, neste sábado.
Há tempos o Partido Conservador de May critica a Corte de Direitos Humanos (Echr na sigla em inglês), que está sediada em Estrasburgo e aplica a convenção, como uma forma de ingerência na soberania britânica.
Mas apoiadores da convenção dizem se tratar de uma salvaguarda importante dos direitos humanos na Grã-Bretanha, que não possui uma constituição escrita protegendo os direitos fundamentais.
Em um discurso em uma conferência pró-Conservadores, May afirmou que, antes da próxima eleição geral de 2015, seu partido deveria se comprometer com o tema.
"Até 2015 precisaremos de um plano para lidar com a Corte Europeia de Direitos Humanos. E sim, quero deixar claro que toda as opções - incluindo até deixar a convenção - devem estar na mesa", disse May.
Esta visão foi aventada nos jornais uma semana atrás, mas foi a primeira vez que May se pronunciou em pessoa e tão explicitamente. Ela já foi acusada de encabeçar uma "guinada à direita" dos Conservadores após a derrota humilhante na eleição parlamentar extraordinária de 1o de março, quando sua agremiação ficou em terceiro lugar e atrás do anti-Europa UKIP.
A Echr não é uma instituição da União Europeia, mas foi envolvida em um debate mais amplo a respeito dos laços da Grã-Bretanha com o bloco.
O primeiro-ministro David Cameron, líder dos Conservadores, prometeu que, caso seu partido vença o pleito daqui a dois anos, um referendo será realizado até 2017 para decidir se os britânicos ficam ou saem da União Europeia.
Por coincidência, May falou no mesmo dia em que o clérigo muçulmano radical Abu Qatada, cujo caso é o exemplo mais amiúde citado por críticos britânicos da Echr, foi devolvido à prisão por violar os termos de sua condicional.
O governo quer deportar o clérigo para a Jordânia, onde ele é procurado por acusações de terrorismo, mas em janeiro passado a Echr decidiu que ele não pode ser legalmente deportado porque um julgamento na Jordânia poderia ser maculado por provas obtidas sob tortura.
A Echr anulou a decisão da corte britânica no caso, despertando revolta na Grã-Bretanha. Muitos críticos dizem que decisões com a do julgamento de Qatada protegem os direitos humanos daqueles que mostram pouca consideração pelos direitos humanos de outros.
"Quando Estrasburgo muda as traves do gol constantemente e evita a deportação de homens perigosos como Abu Qatada... temos que nos perguntar, com que fim somos signatátios da convenção?", disse May neste sábado.
Em 2010, os Conservadores prometeram substituir o Estatuto dos Direitos Humanos, a legislação que encrusta a convenção europeia na lei britânica, por um novo projeto de lei.
O governo criou um comissão em março de 2011, mas em dezembro de 2012 ela relatou que seu painel de especialistas não chegou a um acordo sobre o que deveria ser feito.
MESMO ATACADO, ESTADÃO SE CURVA A JOAQUIM BARBOSA
Em editorial deste domingo, o jornal de Francisco Mesquita Neto, dirigido pelo jornalista Ricardo Gandour, sai em defesa do ministro Joaquim Barbosa, que classificou o jornalista Felipe Recondo, do próprio Estadão, como um "palhaço"; Recondo queria apenas saber como Barbosa encarava uma nota de três associações de magistrados ao presidente do STF; o ministro se enfureceu e não respondeu as perguntas e nem será mais preciso: o editorial do Estadão diz que as críticas dos juízes ao relator da Ação Penal 470 são "injustas"
9 DE MARÇO DE 2013 ÀS 20:01
247 - Responsável pela cobertura do Poder Judiciário para o jornal Estado de S. Paulo, o jornalista Felipe Recondo tinha uma pergunta a fazer ao ministro Joaquim Barbosa na última segunda-feira. Queria saber como o presidente do Supremo Tribunal Federal encarava a duríssima nota publicada por três associações de magistrados, que classificaram a conduta do ministro como "superficial" e "desrespeitosa" (leia mais aqui). Barbosa havia dito que os juízes brasileiros têm uma mentalidade pró-impunidade e, por isso mesmo, recebeu a nota dos juízes como resposta. O fim da história é conhecido. Recondo nem conseguiu terminar sua questão e foi chamado de "palhaço" pelo chefe do Poder Judiciário, que também determinou que ele continuasse a "chafurdar no lixo" – o repórter vinha apurando uma reportagem sobre mordomias no STF.
Joaquim Barbosa, como também é sabido, não se desculpou de maneira correta. Soltou apenas uma nota genérica falando de seu apreço pela imprensa e atribuiu seus excessos verbais às "dores nas costas". No entanto, o ministro também agiu nos bastidores. Solicitou que assessores procurassem a direção do Estado de S. Paulo e transmitissem a mensagem de que o jornal não tem mais um bom diálogo no STF – na prática, o ministro, que já havia colocado na geladeira a repórter Mariângela Galucci, também do Estadão, pediu a cabeça de Recondo (leia mais aqui).
O resultado prático está na edição deste domingo do Estado de S. Paulo e o jornal quatrocentão da família Mesquita, hoje comandado por Francisco Mesquita Neto e dirigido pelo jornalista Ricardo Gandour, decidiu se curvar – ao menos, parcialmente – à pressão de Barbosa. No editorial "Magistratura dividida", que circula na edição deste domingo, o jornal sai em defesa justamente do personagem que agrediu seu profissional. Na prática, o Estadão escolheu o pior momento possível, e o dia em que tem maior leitura, para defender, mais uma vez, Joaquim Barbosa. "As críticas das associações de juízes ao ministro Joaquim Barbosa são injustas. Ao dirigente máximo do Judiciário cabe defender os interesses maiores da instituição, e não ser porta-voz dos interesses corporativos daqueles que a integram".
Recondo, portanto, nem precisa mais insistir em perguntar ao ministro Joaquim Barbosa como ele encara as críticas dos juízes. O Estadão comprou a versão do presidente do STF e respondeu por ele. A nota é fruto de interesses corporativos dos membros do Judiciário, que estão sendo corrigidos pelo anjo vingador Joaquim Barbosa. Para o jornalista e militante político Emiliano José, há uma outra explicação. "Depois de endeusar o ministro Barbosa, que foi o Torquemada do PT, a alternativa que resta ao Estadão é defendê-lo em qualquer circunstância", afirma. Mesmo quando o próprio Estadão é atacado.
BARBOSA QUER A CABEÇA DE REPÓRTER DO ESTADÃO
Presidente do STF, Joaquim Barbosa, fez chegar à direção do jornal a informação de que a publicação não tem mais interlocutores no STF; gesto foi interpretado como uma sugestão para que o jornal indique um outro repórter para a cobertura da suprema corte; antes de Felipe Recondo, acusado por Barbosa de "chafurdar no lixo", o ministro isolou a jornalista Mariângela Galucci, também do Estadão, que fez reportagem mostrando que o ministro ia a bares, em Brasília, enquanto estava de licença
9 DE MARÇO DE 2013 ÀS 14:05
247 - A crise entre o Supremo Tribunal Federal e o jornal Estado de S. Paulo ainda não foi superada. Longe disso. Na semana passada, um gesto do presidente do STF, Joaquim Barbosa, tornou a situação ainda mais delicada. Por meio de assessores, o ministro fez chegar à direção do jornal da família Mesquita a mensagem de que a publicação não tem mais interlocutores na suprema corte. Esse movimento foi interpretado como um pedido para que o jornal entregasse a cabeça do jornalista Felipe Recondo, que cobre o Poder Judiciário para o Estadão e que foi acusado por Barbosa de "chafurdar no lixo", além de ser chamado de "palhaço". Recondo produzia uma reportagem sobre gastos do STF com reformas de apartamentos e de gabinetes, além das despesas com viagens dos ministros ao exterior – daí a expressão "chafurdar no lixo".
A mensagem do STF ao Estadão repercutiu muito mal internamente. Lembrou tempos autoritários, em que autoridades pediam a cabeça de jornalistas aos chefes de redações. No caso do Estado, não é a primeira vez que Barbosa tenta isolar um profissional de imprensa. Antes do caso Felipe Recondo, ele colocou na geladeira a repórter Mariângela Galucci, desde que, em 2010, ela publicou uma reportagem – verdadeira, diga-se de passagem – mostrando que o ministro ia a bares, enquanto sua licença para tratamento de dores nas costas, que durou quase um ano inteiro, paralisou diversos processos (leia mais aqui). No STF, Barbosa chegou a interromper entrevistas ou conversas em off com jornalistas, sempre que Mariângela, casada com o colunista Fernando Rodrigues, da Folha, se aproximava.
Depois do julgamento do mensalão, Barbosa anda mais irritadiço do que de costume e suspeita que todos os seus passos estejam sendo monitorados de perto. Recentemente, ele passou férias em Miami, nos Estados Unidos. Como há muitos brasileiros vivendo e passando férias na cidade, ele foi abordado e distribuiu autógrafos, como costuma fazer também no Brasil. Depois disso, fotos suas foram postadas na internet e circularam rumores de que ele teria comprado um imóvel de alto padrão na Flórida. A reportagem ainda não publicada de Recondo, sobre as mordomias no STF, também passou a ser motivo de preocupação.
O POVO IDOLATRA CHÁVEZ E VEJA VÊ HERANÇA MALDITA
Em sua capa desta semana, a revista de Roberto Civita dedica sua capa à "herança sombria" de Hugo Chávez; internamente, reportagem trata da "maldição da múmia"; enquanto isso, multidões foram se despedir do líder que reduziu desigualdades sociais, universalizou a educação, reduziu os índices de mortalidade, desnutrição e, sobretudo, de desemprego; se foi com o dinheiro do petróleo, já não era sem tempo
9 DE MARÇO DE 2013 ÀS 14:52
247 - Enviado a Caracas, capital venezuela, pela revista Veja, de Roberto Civita, a Caracas, o jornalista Duda Teixeira produziu a capa desta semana da revista semanal, que destila ódio e preconceito em relação ao ex-presidente morto. A começar pela escolha da foto da capa, a meia luz, e do título "Chávez – a herança sombria". Internamente, o tom é ainda mais agressivo, na reportagem intitulada "A maldição da múmia", que fala que o fantasma chavista assombrará a América Latina ainda por muitas décadas.
Para comprovar a "herança maldita" deixada pelo líder bolivariano, Veja listou alguns pontos, como o retorno dos militares à cena política, a "destruição das instituições", a "mentira como política", a escolha de um "inimigo externo" (no caso, os Estados Unidos), o "culto à personalidade", a "dilapidação do patrimônio", a "demonização da classe média", o "intervencionismo", a "bajulação dos tiranos" e a "utopia do bem coletivo".
Para quem estiver interessado no outro lado, vale ler o texto de Salim Lamrani, publicado no Opera Mundi. Leia abaixo:
50 verdades sobre Hugo Chávez e a Revolução Bolivariana
Razões pelas quais o chefe de Estado venezuelano marcou para sempre a história da América Latina
Por Salim Lamrani, do Opera Mundi
O presidente Hugo Chávez, que faleceu no dia 5 de março de 2013, vítima de câncer, aos 58 anos, marcou para sempre a história da Venezuela e da América Latina.
1. Jamais, na história da América Latina, um líder político alcançou uma legitimidade democrática tão incontestável. Desde sua chegada ao poder em 1999, houve 16 eleições na Venezuela. Hugo Chávez ganhou 15, entre as quais a última, no dia 7 de outubro de 2012. Sempre derrotou seus rivais com uma diferença de 10 a 20 pontos percentuais.
2. Todas as instâncias internacionais, desde a União Europeia até a Organização dos Estados Americanos, passando pela União de Nações Sul-Americanas e pelo Centro Carter, mostraram-se unânimes ao reconhecer a transparência das eleições.
3. Jimmy Carter, ex-presidente dos Estados Unidos, inclusive declarou que o sistema eleitoral da Venezuela era “o melhor do mundo”.
4. A universalização do acesso à educação, implementada em 1998, teve resultados excepcionais. Cerca de 1,5 milhão de venezuelanos aprenderam a ler e a escrever graças à campanha de alfabetização denominada Missão Robinson I.
5. Em dezembro de 2005, a Unesco decretou que o analfabetismo na Venezuela havia sido erradicado.
6. O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, e a taxa de escolarização agora é de 93,2%.
7. A Missão Robinson II foi lançada para levar a população a alcançar o nível secundário. Assim, a taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.
8. As Missões Ribas e Sucre permitiram que dezenas de milhares de jovens adultos chegassem ao Ensino Superior. Assim, o número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.
9. Em relação à saúde, foi criado o Sistema Nacional Público para garantir o acesso gratuito à atenção médica para todos os venezuelanos. Entre 2005 e 2012, foram criados 7.873 centros médicos na Venezuela.
10. O número de médicos passou de 20 por 100 mil habitantes, em 1999, para 80 em 2010, ou seja, um aumento de 400%.
11. A Missão Bairro Adentro I permitiu a realização de 534 milhões de consultas médicas. Cerca de 17 milhões de pessoas puderam ser atendidas, enquanto que, em 1998, menos de 3 milhões de pessoas tinham acesso regular à saúde. Foram salvas 1,7 milhão de vidas entre 2003 e 2011.
12. A taxa de mortalidade infantil passou de 19,1 a cada mil, em 1999, para 10 a cada mil em 2012, ou seja, uma redução de 49%.
13. A expectativa de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.
14. Graças à Operação Milagre, lançada em 2004, 1,5 milhão de venezuelanos vítimas de catarata ou outras enfermidades oculares recuperaram a visão.
15. De 1999 a 2011, a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5%, e a taxa de extrema pobreza passou de 16,6% em 1999 para 7% em 2011.
16. Na classificação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Venezuela passou do posto 83 no ano 2000 (0,656) ao 73° lugar em 2011 (0,735), e entrou na categoria das nações com o IDH elevado.
17. O coeficiente Gini, que permite calcular a desigualdade em um país, passou de 0,46 em 1999 para 0,39 em 2011.
18. Segundo o PNUD, a Venezuela ostenta o coeficiente Gini mais baixo da América Latina, e é o país da região onde há menos desigualdade.
19. A taxa de desnutrição infantil reduziu 40% desde 1999.
20. Em 1999, 82% da população tinha acesso a água potável. Agora, são 95%.
21. Durante a presidência de Chávez, os gastos sociais aumentaram 60,6%.
22. Antes de 1999, apenas 387 mil idosos recebiam aposentadoria. Agora são 2,1 milhões.
23. Desde 1999, foram construídas 700 mil moradias na Venezuela.
24. Desde 1999, o governo entregou mais de um milhão de hectares de terras aos povos originários do país.
25. A reforma agrária permitiu que dezenas de milhares de agricultores fossem donos de suas terras. No total, foram distribuídos mais de 3 milhões de hectares.
5. Em dezembro de 2005, a Unesco decretou que o analfabetismo na Venezuela havia sido erradicado.
6. O número de crianças na escola passou de 6 milhões em 1998 para 13 milhões em 2011, e a taxa de escolarização agora é de 93,2%.
7. A Missão Robinson II foi lançada para levar a população a alcançar o nível secundário. Assim, a taxa de escolarização no ensino secundário passou de 53,6% em 2000 para 73,3% em 2011.
8. As Missões Ribas e Sucre permitiram que dezenas de milhares de jovens adultos chegassem ao Ensino Superior. Assim, o número de estudantes passou de 895.000 em 2000 para 2,3 milhões em 2011, com a criação de novas universidades.
9. Em relação à saúde, foi criado o Sistema Nacional Público para garantir o acesso gratuito à atenção médica para todos os venezuelanos. Entre 2005 e 2012, foram criados 7.873 centros médicos na Venezuela.
10. O número de médicos passou de 20 por 100 mil habitantes, em 1999, para 80 em 2010, ou seja, um aumento de 400%.
11. A Missão Bairro Adentro I permitiu a realização de 534 milhões de consultas médicas. Cerca de 17 milhões de pessoas puderam ser atendidas, enquanto que, em 1998, menos de 3 milhões de pessoas tinham acesso regular à saúde. Foram salvas 1,7 milhão de vidas entre 2003 e 2011.
12. A taxa de mortalidade infantil passou de 19,1 a cada mil, em 1999, para 10 a cada mil em 2012, ou seja, uma redução de 49%.
13. A expectativa de vida passou de 72,2 anos em 1999 para 74,3 anos em 2011.
14. Graças à Operação Milagre, lançada em 2004, 1,5 milhão de venezuelanos vítimas de catarata ou outras enfermidades oculares recuperaram a visão.
15. De 1999 a 2011, a taxa de pobreza passou de 42,8% para 26,5%, e a taxa de extrema pobreza passou de 16,6% em 1999 para 7% em 2011.
16. Na classificação do IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), a Venezuela passou do posto 83 no ano 2000 (0,656) ao 73° lugar em 2011 (0,735), e entrou na categoria das nações com o IDH elevado.
17. O coeficiente Gini, que permite calcular a desigualdade em um país, passou de 0,46 em 1999 para 0,39 em 2011.
18. Segundo o PNUD, a Venezuela ostenta o coeficiente Gini mais baixo da América Latina, e é o país da região onde há menos desigualdade.
19. A taxa de desnutrição infantil reduziu 40% desde 1999.
20. Em 1999, 82% da população tinha acesso a água potável. Agora, são 95%.
21. Durante a presidência de Chávez, os gastos sociais aumentaram 60,6%.
22. Antes de 1999, apenas 387 mil idosos recebiam aposentadoria. Agora são 2,1 milhões.
23. Desde 1999, foram construídas 700 mil moradias na Venezuela.
24. Desde 1999, o governo entregou mais de um milhão de hectares de terras aos povos originários do país.
25. A reforma agrária permitiu que dezenas de milhares de agricultores fossem donos de suas terras. No total, foram distribuídos mais de 3 milhões de hectares.
26. Em 1999, a Venezuela produzia 51% dos alimentos que consumia. Em 2012, a produção é de 71%, enquanto que o consumo de alimentos aumentou 81% desde 1999. Se o consumo em 2012 fosse semelhante ao de 1999, a Venezuela produziria 140% dos alimentos consumidos em nível nacional.
27. Desde 1999, a taxa de calorias consumidas pelos venezuelanos aumentou 50%, graças à Missão Alimentação, que criou uma cadeia de distribuição de 22.000 mercados de alimentos (MERCAL, Casa da Alimentação, Rede PDVAL), onde os produtos são subsidiados, em média, 30%. O consumo de carne aumentou 75% desde 1999.
28. Cinco milhões de crianças agora recebem alimentação gratuita por meio do Programa de Alimentação Escolar. Em 1999, eram 250 mil.
29. A taxa de desnutrição passou de 21% em 1998 para menos de 3% em 2012.
30. Segundo a FAO, a Venezuela é o país da América Latina e do Caribe mais avançado na erradicação da fome.
31. A nacionalização da empresa de petróleo PDVSA, em 2003, permitiu que a Venezuela recuperasse sua soberania energética.
32. A nacionalização dos setores elétricos e de telecomunicação (CANTV e Eletricidade de Caracas) permitiu pôr fim a situações de monopólio e universalizar o acesso a esses serviços.
33. Desde 1999, foram criadas mais de 50.000 cooperativas em todos os setores da economia.
34. A taxa de desemprego passou de 15,2% em 1998 para 6,4% em 2012, com a criação de mais de 4 milhões de postos de trabalho.
35. O salário mínimo passou de 100 bolívares (16 dólares) em 1998 para 2.047,52 bolívares (330 dólares) em 2012, ou seja, um aumento de mais de 2.000%. Trata-se do salário mínimo mais elevado da América Latina.
36. Em 1999, 65% da população economicamente ativa recebia um salário mínimo. Em 2012, apenas 21,1% dos trabalhadores têm este nível salarial.
37. Os adultos com certa idade que nunca trabalharam dispõem de uma renda de proteção equivalente a 60% do salário mínimo.
38. As mulheres desprotegidas, assim como as pessoas incapazes, recebem uma ajuda equivalente a 70% do salário mínimo.
39. A jornada de trabalho foi reduzida a 6 horas diárias e a 36 horas semanais sem diminuição do salário.
40. A dívida pública passou de 45% do PIB em 1998 a 20% em 2011. A Venezuela se retirou do Fundo Monetário Internacional e do Banco Mundial, pagando antecipadamente todas as suas dívidas.
41. Em 2012, a taxa de crescimento da Venezuela foi de 5,5%, uma das mais elevadas do mundo.
42. O PIB por habitante passou de 4.100 dólares em 1999 para 10.810 dólares em 2011.
43. Segundo o relatório anual World Happiness de 2012, a Venezuela é o segundo país mais feliz da América Latina, atrás da Costa Rica, e o 19° em nível mundial, à frente da Espanha e da Alemanha.
44. A Venezuela oferece um apoio direto ao continente americano mais alto que os Estados Unidos. Em 2007, Chávez ofereceu mais de 8,8 bilhões de dólares em doações, financiamentos e ajuda energética, contra apenas 3 bilhões da administração Bush.
45. Pela primeira vez em sua história, a Venezuela dispõe de seus próprios satélites (Bolívar e Miranda) e é agora soberana no campo da tecnologia espacial. Há internet e telecomunicações em todo o território.
46. A criação da Petrocaribe, em 2005, permitiu que 18 países da América Latina e do Caribe, ou seja, 90 milhões de pessoas, adquirissem petróleo subsidiado em cerca de 40% a 60%, assegurando seu abastecimento energético.
47. A Venezuela também oferece ajuda às comunidades desfavorecidas dos Estados Unidos, proporcionando-lhes combustíveis com tarifas subsidiadas.
48. A criação da Alba (Aliança Bolivariana para os Povos de Nossa América), em 2004, entre Cuba e Venezuela, assentou as bases de uma aliança integradora baseada na cooperação e na reciprocidade, agrupando oito países membros, e que coloca o ser humano no centro do projeto de sociedade, com o objetivo de lutar contra a pobreza e a exclusão social.
49. Hugo Chávez está na origem da criação, em 2011, da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos), agrupando, pela primeira vez, as 33 nações da região, que assim se emancipam da tutela dos Estados Unidos e do Canadá.
50. Hugo Chávez desempenhou um papel chave no processo de paz na Colômbia. Segundo o presidente Juan Manuel Santos, "se avançamos em um projeto sólido de paz, com progressos claros e concretos, progressos jamais alcançados antes com as FARC, é também graças à dedicação e ao compromisso de Chávez e do governo da Venezuela".
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Jabuti não sobe em árvore: como Marco Feliciano foi parar na Comissão de Direitos Humanos
A triste história de um pastor homofóbico
e racista e uma comissão desprestigiada.
Feliciano em ação na Câmara |
Um ditado sábio diz que jabuti não sobe em árvore. Se está lá, alguém o colocou. Serve para a empresa em que você trabalha e para o deputado Marco Feliciano (PSC-SP), eleito presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara.
Feliciano é barra pesada – mas antes disso vale a pena tentar entender como ele chegou aonde chegou. Foi eleito presidente com 11 votos, um a mais do que o necessário. O colegiado tem 18 parlamentares titulares.
A “distribuição” do comando das comissões vai de acordo com o tamanho da bancada de cada legenda. Os líderes partidários escolhem aquelas que sua sigla quer presidir. A CDH foi a penúltima a ser escolhida, o que dá uma dimensão de seu prestígio. “Não foi o PSC que quis a comissão”, disse o deputado André Moura. “Nós gostaríamos de permanecer presidindo a Comissão de Fiscalização Financeira e Controle. Mas não foi possível”.
A CDH era chefiada pelo PT. O partido desistiu dela para pegar outras comissões e criou espaço para o aliado PSC, da bancada evangélica. Nunca se ouviu falar de nada que a CDH tenha feito em prol de ninguém. É mais ou menos como o Ministério da Pesca. Serve para acomodar políticos. Ela foi criada em 1995 e, de acordo com o site oficial, “recebe anualmente, em média, 320 denúncias de violações dos direitos humanos”, a maioria referentes a detenções arbitrárias, seguidas de violência policial e violência no campo.
Mas lida com muito dinheiro, coisa a que o pastor Feliciano está acostumado. Um “programa de proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas” tem orçamento, em 2013, de R$ 35.863.432, com a proposta de uma emenda para aumentar para R$ 200.000.000. Outro programa, este de políticas para as mulheres, tem um valor de R$ 11.778.750,00.
Não é de hoje que Marco Feliciano tem posições firmes sobre homossexuais, mulheres e negros (ainda não se sabe o que ele acha dos índios, mas logo MF encontrará uma passagem bíblica dizendo que eles foram expulsos do bar porque Deus não aprovou suas tangas). Publicou no Twitter que “africanos descendem de ancestral amaldiçoado por Noé. Isso é fato”. Escreveu que “a podridão dos sentimentos dos homoafetivos leva ao ódio, ao crime, à rejeição”.
Dono da igreja Avivamento, está sendo processado por estelionato. Recebeu R$ 13,3 mil para realizar dois cultos religiosos no Rio Grande do Sul e deu o cano. Alegou que ficou doente, mas na verdade estava se apresentando no Rio de Janeiro. A organizadora do evento pede R$ 100 mil de indenização. Também responde a ação no STF por homofobia.
Natural de Orlândia, interior de São Paulo, tem pinta de cantor de churrascaria, com cabelo lambuzado de gel, penteado para trás, e um mullet. O vozeirão é uma arma e ele sabe disso, como Tim Maia. Está em seu site: “Antes de ser cativado pela simpatia pessoal e pela simplicidade (sic), a oratória e a eloquência surpreendente marcam sua personalidade. Todos que têm a oportunidade de ouvi-lo ficam impressionados com a vastidão de seus conhecimentos e as profundas convicções humanistas defendidas com afinco”. Essa potência vocal pode ser apreciada no clássico vídeo em que MF exige saber a senha do cartão de um fiel, o hoje famoso Samuel.
Caso você tenha se interessado, para ser sócio da Avivamento é preciso pagar dízimos de R$ 30, R$ 60 ou R$ 100. Calma. De acordo com MF, está tudo no Evangelho de São Marcos, capítulo 4, versículo 3, que trata de Jesus em busca de semeadores.
No Diário do Centro do Mundo
NEOLIBERALISMO DEU CADEIA. "POPULISMO" GEROU UM MITO
Cobertos de elogios pela mídia tradicional em seus tempos de presidente, Carlos Menem, da Argentina, acaba de ser condenado a 25 anos de prisão por tráfico de armas; e Alberto Fujimori, do Peru, cumpre pena de 100 anos em seu país por corrupção e violação de direitos humanos; atacado desde sempre, Hugo Chávez morre como maior ídolo popular da Venezuela; mas a ótica dos grandes grupos de comunicação a favor do neoliberalismo e contra alternativas econômicas e socias, sem dúvida, vai continuar a mesma
9 DE MARÇO DE 2013 ÀS 06:26
247 – Uma tripla coincidência envolveu este ano três dos mais famosos políticos da América do Sul nas últimas décadas. Em janeiro, depois de tempos sem que fosse alvo de alguma notícia, o jornal La Republica, do Peru, mostrou de maneira inédita imagens do ex-presidente Alberto Fujimori na prisão em que cumpre, dentro do país, penas de 25 anos por violação dos direitos humanos e de 75 anos por corrupção (assista vídeo abaixo).
Nesta semana, o também ex-presidente Carlos Menem, da Argentina, foi condenado pela Câmara de Cassações a 25 anos de prisão pelo tráfico de 6,5 toneladas de armas para o Equador e a Croácia. Cumprindo, aos 85 anos de idade, um mandato de senador em seu país, igualmente havia tempos que Menen não frequentava o noticiário do continente.
Dias antes, na terça-feira 5, o governo da Venezuela anunciou a morte do então presidente Hugo Chávez. Sabia-se, até ali, que seu estado de saúde era grave, na tentativa de recuperação de um câncer, mas não havia informações objetivas sobre ele e seu estado de saúde desde dezembro.
Em 1999, Fujimori, Menen e Chávez viveram outra coincidência. Ele foram líderes, naquele anos, de Peru, Argentina e Venezuela, respectivamente. Fujimori governou seu país por 10 anos, entre 1990 e 2000. Menen também ficou uma década no mando da Argentina, de 1989 a 1999. E foi neste ano que Chávez iniciou seus quatro mandatos na Venezuela, cumprindo 14 anos no poder até sua morte.
O que sempre distingüiu os três presidentes foi o tratamento dedicado a cada um deles pela mídia tradicional. Tanto em seus países como no Brasil. O neoliberalismo econômico de Fujimori e Menem foi saudado como o melhor caminho que poderia ter sido percorrido por Peru e Argentina. Chávez, com suas prática na contramão do mercado, foi desde logo taxado de 'populista', 'caudilho' e 'esquerdista'. Nunca houve imparcialidade na análise de seus governos, bem ao contrário. Toda a torcida favorável a Fujimori e Menen, em seus respectivos anos de poder, foi proporcionalmente inversa diante do desempenho de Chávez.
A julgar pelo noticiário e por editoriais dos grandes jornais, Chávez era praticamente um ditador no governo venezuelano. Lembra-se forçosamente agora, porém, que das 14 eleições que disputou pelo voto, venceu 13 – a que perdeu, por dois por cento dos votos (um plebiscito sobre a reforma da Constituição do país), teve o resultado reconhecido por ele imediatamente após sua proclamação. Ao fim dos 14 anos em que exerceu o poder, a mortalidade infantil caiu pela metade, o analfabetismo foi considerado erradicado, o número de professores multiplicado por cinco e a Venezuela tornou-se o país sul-americano que alcançou, junto com o Equador, entre 1996 e 2010, a maior redução da taxa de pobreza em todo o continente.
O neoliberal Carlos Menen, agora condenado a 25 anos de prisão por tráfico de armas – pena que só deverá cumprir se for submetido a processo político no senado argentino –, pilotou um plano econômico que congelou os recursos da população, o que derrubou temporatiamente a inflação, pelo que passou a ser saldado. No campo político, anistiou o ex-ditador Jorge Videla e o comandante militar Eduardo Massera. Mais tarde, deixou o governo com taxa de desemprego acima dos 20 por cento e uma situação de recessão da qual até agora a Argentina, quase 15 anos depois de sua gestão, não consegue se recuperar.
Alberto Fujimori, que chegou a ficar preso no Chile numa área de 10 mil metros quadrados só para si, com direito a casa com sala de visitas e telefone particular, ainda hoje cumpre pena no Peru sob denúncias de desfrutar mordomias inexistentes para qualquer outro preso no país. Em seus governos, ele conseguiu baixar a taxa de inflação de mais de 7mil por cento, em 1990, para já no ano seguinte promover um crescimento do PIB de mais de 12%, alcançando um dos maiores índices de elevação em todo o mundo. As condições de vida da maioria da população, no entanto, se deterioraram e o sucesso econômico festejado pela mídia se mostrou socialmente inútil. Em 2000, cercado por denúncias de corrupção e violações dos direitos humanos, Fujimori aproveitou uma viagem ao Brunei para dali fugir de seu país, pedindo asilo no Japão, onde tinha cidadania. Só veio a ser preso anos depois, ao vajar para o Chile e, dali, ser exilado para o Peru.
Um com o final de carreira entre as grades, outro com prisão determinada pela justiça, Fujimori e Menem venceram Chávez em vida na batalha pelas preferências da mídia tradicional. O presidente venezuelano, porém, ainda agora é velado pelo povo do seu país, que em mais um sinal de gratidão tende a eleger o sucessor que ele indicou no pleito a ser marcado para dentro de 30 dias. Na mídia tradicional, no entanto, o neoliberalismo econômico do qual Fujimori e Menen foram duas grandes expressões na América do Sul continua valendo muito mais que o caminho alternativo de resultados sociais trilhado por Chávez. Essa miopia econômica e social sem dúvida vai continuar vigindo dentro dos grandes grupos de comunicação do continente.
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