Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

EUA: NOVA DOUTRINA DE SEGURANÇA REFORÇA ATENTADOS, SABOTAGENS E ROBÔS

A NOVA GUERRA AMERICANA: dezembro de 2011--  queda de avião norte-americano não tripulado (dron) no Irã reforça indícios de que a guerra dos EUA e aliados contra o país já começou;  2ª quinzena de dezembro:explosão de planta de conversão de urânio, em Isfahán **novembro de 2011:explosão de unidade da guarda iraniana causando a morte do general Moqaddam, principal impulsionador do programa nuclear iraniano; julho de 2011: assassinato do físico nuclear Dariouh Rezaie**24 de dezembro de 2010: vírus Stuxnet ataca sistema industrial do projeto nuclear iraniano (60% da ocorrência mundial do Stuxnet concentra-se no Irã, o que evidencia um direcionamento coordenado) ** ainda em dezembro de 2010: assassinado do cientista Majid Shariari em explosão de carro-bomba e atentado contra o físico  Fereydoon Abbasi.Orçamento norte-americano de defesa poderá ter cortes de US$ 500 bi em uma década, mas Barack Obama garante que atuação militar do império continuará eficaz. A nova estratégia de segurança nacional, anunciada nesta 5ª feira pelo democrata, pressupõe redução numérica de tropas, compensada pela expansão de forças especiais, ágeis, secretas, treinadas para ataques pontuais fulminantes, como a operação que resultou no assassinato de Bin Laden. Sobretudo, porém, a "doutrina Obama" apoia-se fortemente em recursos tecnológicos. Inaugura-se  uma nova era de atentados e sabotagens, baseados em cepas renovadas de vírus, ataques no ciberespaço, espionagem, uso de robôs e veículos não tripulados. Obama não disse, mas é forçoso arguir: o arsenal incluiria também a eliminação de 'lideranças indesejáveis' através de operações que destroem sua saúde? O Irã, alvo de sucessivos assassinatos de cientistas ligados ao programa nuclear do país (vide acima), avulta como o laboratório de teste da nova guerra americana.

Zé Cardozo investiga Fundação Roberto Marinho

Zé, depois do Amaury, só faltava essa !

Saiu no Vermelho, com informações do Blog Amigos do Presidente Lula:

Fundação Roberto Marinho é investigada pela Polícia Federal


A batata da ONG da Rede Globo está assando. Uma solicitação de informações ao TCU (Tribunal de Contas da União) mostra que o Ministério Público Federal está investigando as relações da Fundação Roberto Marinho com os desvios de dinheiro público no Ministério do Turismo, desbaratados na operação Voucher da Polícia Federal.

A operação Voucher, em agosto de 2011, prendeu diversos funcionários do Ministério do Turismo, acusados de participarem de um esquema de fraudes envolvendo ONGs.


O blog Amigos do Presidente Lula mostrou na época que uma das maiores ONGs que receberam dinheiro do Ministério do Turismo foi a Fundação Roberto Marinho, a ONG ligada às Organizações Globo. E houve incômodo com o cinismo da falta de transparência da ONG na prestação de contas públicas sobre R$ 17 milhões extraídos dos cofres públicos.

O noticiário da TV Globo (e da chamada grande imprensa) sobre a “faxina” no Ministério do Turismo varreu para debaixo do tapete o nome da Fundação dos donos da Globo.


Relatório do TCU indica superfaturamento de R$ 13,86 milhões pela ONG da Globo junto ao Ministério do Turismo.


Um relatório TCU constatou que o contrato tinha como meta treinar 80 mil profissionais ligados ao turismo. Porém, até a data analisada, apenas cerca de 19.751 pessoas eram alunos de verdade (mesmo assim nada diz sobre quais completaram de fato o curso).



O número de alunos ativos corresponde a apenas 25% da meta.


E aponta para um possível superfaturamento de 75% embolsado indevidamente pela ONG da Globo.


Em valores financeiros, esse superfaturamento corresponde a um rombo de R$ 13,86 milhões nos cofres públicos, já que o custo por aluno era de R$ 176,65.

Fonte: Blog Amigos do Presidente Lula

A Polícia Federal está sob as ordens do Ministro da Justiça, o Zé Cardozo (clique aqui para ver por que os amigos do Daniel Dantas o chamam de “Zé”).
O líder do PT no Senado, Humberto Costa, de Pernambuco – clique aqui para assistir ao vídeo – pediu que o Zé e sua Polícia Federal investigassem as denúncias do “Privataria Tucana”.
Portanto, além dos filhos do Roberto Marinho, agora ele tem que cuidar da filha, do genro, do cunhado, do sócio e do Tesoureiro do Cerra (e do FHC).
Vamos ver se o Zé é o Ministro da Justiça.
Ou o Zé.

Paulo Henrique Amorim

Sorria, você está sendo curado

É de estarrecer a nota  da Agência Estado, dizendo – é literal – que a prefeitura e o Governo de S. Paulo estão buscando usar “dor e sofrimento” como estratégia de combate ao uso de crack.
Seria, em resumo, ir enxotando os usuários e traficantes dos pontos onde se fixam, para forçar os primeiros a buscarem ajuda e os segundos a desistirem do negócio.
Diz o o coordenador anti-drogas da Governo do Estado, Luiz Alberto Chaves de Oliveira, conhecido como Dr. Laco (sem cedilha, por favor):
- A falta da droga e a dificuldade de fixação vão fazer com que as pessoas busquem o tratamento. Como é que você consegue levar o usuário a se tratar? Não é pela razão, é pelo sofrimento. Quem busca ajuda não suporta mais aquela situação. Dor e o sofrimento fazem a pessoa pedir ajuda.
E a secretária municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Alda Marco Antonio, promete até março – até março – que haverá 1.200 vagas para tratamento de dependentes.
O resultado deste genual terapêutica está retratado no portal R7: expulsos da Cracolândia original, proximo à Praça Julio Prestes, na capital paulista, viciados já montaram outra na Zona Sul Paulista e se espalham em pequenos núcleos próximos á região da Luz.
Ora, ninguém pode ser contra ações repressivas que impeçam a formação de “bairros do crack”, nem desconsiderar o direito dos cidadão que moram e trabalham nestas áreas. Nem compreender que, em alguns casos, tenha de ser contida com mais que um “por favor” a agressividade de pessoas fortemente drogadas e nas condições deploráveis que o crack produz.
Mas um profissional e um chefe de um serviço de saúde pública dizer que causar “dor e sofrimento” seja uma ação terapêutica, pelo amor de Deus! Seria voltar aos primórdios da ciência médica, ou dar razão aos inquisidores da Idade Média que pensavam ser a masmorra e a tortura instrumentos de conversão à fé.
Mas aqueles pobres sujeitos, degradados e abandonados, merecem, não é?Certamente o Dr. Laco (sem cedilha, por favor), acompanha a polícia às festas chiques dos Jardins para provocar “dor e sofrimento” para fazer os consumidores de drogas “pedirem ajuda” para se tratar, segundo o mesmo critério terapêutico.

O “Estado de Direito” da Chevron


Fui atrás da dica dos leitores Victor e Paulo para ler a matéria sobre a ratificação da condenação feita pela Justiça equatoriana à Chevron, por danos ambientais, no valor de US$ 9,5 bilhões.
A luta judicial dos moradores da área afetada, na província de Sucumbios, durou 17 anos.
Mas aí descobre-se que a Chevron não apenas recusa a sentença como diz que  ela  “é mais um exemplo da politização e corrupção do sistema judicial do Equador que toldou este caso fraudulento desde o início”. E que, naquele país “não se respeita o Estado de Direito”.
A petroleira conseguiu na corte de Haia a suspensão da execução da sentença e diz que os juízes foram corrompidos, intimidados, que se fabricou perícias e está processando os moradores da região num tribunal…dos Estados Unidos, mais exatamente na Corte do Distrito Sul de Nova York.
É o caso de perguntar se as imagens ao lado são a ideia que a Chevron tem de “Estado de Direito”…
Por essas e por outras, é que as desculpas da Chevron sobre o vazamento do campo de Frade, em novembro, valem tanto quanto uma nota de três dólares.
Aliás, se não é perdir demais, poderia a ANP explicar o que significa o “não cumprimento das premissas do Plano de Desenvolvimento” da petroleira no poço que originou o vazamento? Esta informação não é pública? Qual é a razão de não ser divulgada? Já nem se trata de esperar que a nossa imprensa – neste caso – de press-releases se interesse em perguntar.
É dever do administrador público.

Aécio Neves tem péssimo desempenho no Senado e frustra os próprios aliados

Levantamento do Valor Econômico sobre o desempenho do senador Aécio mostra uma atuação bastante discreta. Apenas nove projetos apresentados e nenhum aprovado; pouco, para quem tem a missão de articular a oposição
Com José Serra nas cordas, depois do lançamento do livro “A privataria tucana”, pesam sobre os ombros do senador mineiro Aécio Neves todas as esperanças do PSDB para retornar ao poder. Pré-candidato declarado à presidência em 2014, Aécio já começou a viajar pelo País para fazer palestras e angariar eventuais apoios.
Mas a reputação que Aécio possui de bom articulador político está sendo questionada, nesta segunda-feira, numa reportagem publicada pelo jornal Valor Econômico. O balanço dos 12 meses da atuação de Aécio no Senado revela uma atuação bastante discreta, quase invisível. Aécio apresentou apenas nove projetos de lei, e nenhum deles foi aprovado, assim como a única proposta de emenda constitucional colocada por ele.
Em alguns casos, as ideias eram boas, mas faltou articulação. Um dos projetos de Aécio previa abatimento no Imposto de Renda dos empresários que fornecem educação a seus trabalhadores. Outro amplia os benefícios previdenciários de casais que adotam crianças – neste caso, um projeto apresentado em conjunto com o senador Lindbergh Farias, do PT. Os demais estavam relacionados a filigranas tributárias, como as compensações que a União deve pagar a estados e municípios.
Embora o governo disponha de uma base confortável no Senado, Aécio sempre vendeu a ideia de ser capaz de se articular com a oposição, como fez nas eleições municipais de 2008, quando obteve o apoio do PT para seu candidato, Márcio Lacerda, em Belo Horizonte. No Senado, no entanto, sua tarefa vem sendo bem mais difícil.
No Pragmatismo Político

MST responde a editorial de O Globo: “É muito cinismo!”


O MST é um dos maiores e mais bem organizados
movimentos sociais do mundo

Em nota divulgada nesta quarta-feira, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra desconstruiu os argumentos que levaram o diário conservador carioca O Globo a publicar editorial, em sua edição passada, intitulado: A revisão da reforma agrária. Na nota, o MST responde a cada parágrafo, às falácias do editorialista, de forma a restabelecer a realidade dos fatos que emperram, há séculos, a verdadeira democratização do campo e a concessão da terra para quem nela trabalha.
Leia, na íntegra, em itálico e em destaque, a resposta do MST.
A revisão da reforma agrária
A reforma agrária é tema que se eterniza na agenda do país. Até faz sentido, pelo lado histórico, pois foi grande o contencioso agrário herdado pela República de um Brasil Colônia em que doações de extensas áreas de terras a protegidos do Rei lançaram as fundações do latifúndio. Porém, o assunto só continua em pauta, com destaque, na segunda década do século XXI, mais por pressão de grupos políticos organizados do que decorrente de uma contingência da realidade.
É muito cinismo. Um por cento dos proprietários controlam 49% das terras. quatro milhões de famílias vivem no campo sem terra, e o Brasil é o campeão mundial em concentração da propriedade. Isso são dados da realidade, não de discurso!
Não é politicamente correto admitir que o avanço do capitalismo no campo brasileiro fez aquilo que muito discurso ideológico, à esquerda e à direita, prometeu e não cumpriu: gerou renda, empregos, redistribuiu terras e, na prática, acabou com o “latifúndio improdutivo”. Mas esta é a realidade.
O capitalismo no campo se desenvolveu, os capitalistas nacionais e estrangeiros tomaram conta da produção, mas concentrou a renda, O desemprego aumentou e em vinte anos passamos de 10 milhões de assalariados rurais para apenas 2,2 milhões. Nao distribuiu terras. Não acabou com o latifúndio improdutivo. Segundo dados do Incra de 2010, há mais de 170 milhões de hectares em grandes fazendas improdutivas. Isso que o indice aplicado é ainda de 1975.!
E a concentração da produção, esta gerando uma distorção, que 85% de todas terras cultivadas se destinam a apenas quatro produtos de exportação: pecuária extensiva, soja, milho e cana.
A partir da década de 70, na conquista do Cerrado, ao iniciar o salto para se tornar uma potência no setor, o país empurrou a fronteira agrícola em direção ao Centro-Oeste, e tornou pouco importante a reforma agrária. Prova disso é que o ativo abre-alas desta reforma, o MST, há algum tempo enfrenta dificuldades para reunir massas de manobra entre agricultores. Termina tendo de alistar “sem-terra” entre o lumpesinato em pequenas e médias cidades do interior.
Não é verdade que as familias que ocupam terra ou estão acampadas, tenham origem urbana. O Incra fez o levantamento e constatou que apenas 10% tem origem urbana. Mas se tivessem, haveria algum problema de pobre da cidade exigir o direito de trabalhar na terra? Quando políticos de maos lisas compram imensos latifundios, como fez o então senador FHC, ou o banqueiro Dantas, acumula 600 mil ha no sul do Para, alguem pergunta se eles tem vocação agrícola?
Com razão, portanto, a presidente Dilma, no primeiro ano de governo, decidiu rever o programa de distribuição de terras, e só depois de muita pressão dos chamados “movimentos sociais” assinou os primeiros decretos de desapropriação.
O presidente do Incra, Celso Lacerda, confirma a revisão e faz uma pergunta básica: “O que adianta criar assentamentos e não dar estrutura, crédito, assistência técnica?”
Se a reforma agrária fosse movida pelas leis da lógica, com base na racionalidade, e não por combustíveis ideológicos, a pergunta seria desnecessária. Infelizmente, muito dinheiro público tem sido gasto apenas para efeito propagandístico e por pressão de aliados do governo. Fez bem o Palácio ao não perseguir apenas por perseguir a meta de 40 mil famílias assentadas em 2011.
É hilário, a burguesia bater palmas porque o governo fez muito pouco ou preferiu nao fazer!
O resultado de muitos assentamentos dá razão ao Planalto. Há inúmeros casos de venda de lotes por quem os recebeu para explorá-los de forma produtiva – isso quando a terra não é simplesmente abandonada.
Dados oficiais mostram que, de 2001 a julho de 2011, das 790 mil famílias assentadas, 13% (103 mil) terminaram excluídas do programa. Com o detalhe de que 78% delas abandonaram ou venderam os lotes. Em Mato Grosso e no Rio Grande do Sul, 25% das famílias foram alijadas da reforma agrária.
O abandono dos lotes por 13% das familias que originalmente conquistaram a terra faz parte da normalidade que acontece em qualquer assentamento humano, inclusive em condomínios de luxo. Segundo a FAO, a média mundial é de 15% de desistencias, como parte natural das adequações humanas. Isso ocorre na África, Ásia, e até nos condomínios de luxo da Barra da tijuca. Mas O Globo nunca argumentou que não vale a pena ter condomínios de luxo, ou edificios de luxo, só porque mais de 15% mudaram de endereço.
E, aqui no Brasil, ainda o indice de 13% foi engordado pela ocorrência de desistência maior nos projetos de colonização da Amazonia, sem nenhuma condição, onde a desistencia chega a 45%. Já nas regiões Nordeste, Sul e Sudeste, o índice de desistência é insignificante.
A manipulação é tal, que a forma como foi escrito o paragrafo leva o leitor a imaginar que 78% das familias abandonaram…
A imprevidência levou, ainda, a que a reforma agrária seja forte agente de devastação na Amazônia. Mal localizados, sem apoio para o cultivo, assentados não têm alternativa a não ser derrubar a floresta para vender a madeira.
O MST e todos os movimentos sociais do campo sempre foram contra os projetos de colonização na Amazônia. E quando ocorrem são projetos de colonização e não reforma agraria. Manipula-se de novo, como se os movimentos fossem responsáveis pelo desmatamento da Amazônia, quando todos sabem quem são os verdadeiros culpados: o agronegócio da soja, da madeira e da pecuária extensiva!
Caso se consiga dar suporte técnico, financeiro e de infraestrutura aos assentamentos existentes – o óbvio -, já será uma revolução. Se o foco for consertar os erros do passado, o governo entrará em rota de colisão com grupos de sua base política, interessados em manter o franco acesso ao Tesouro em nome da “reforma agrária”. Deverá ser inevitável a reação do aparelho de militantes sem terra instalado no Ministério de Desenvolvimento Agrário e Incra. Mais um “fogo amigo” a ser enfrentado pela presidente.
O MST está cansado de apresentar propostas concretas como programas de desenvolvimento de agroindústrias, de cooperativas, de programas de reflorestamento, de escolas rurais, de moradia, para atender as necessidades das familias assentadas. Só na moradia há um déficit de 180 mil casas, ainda não construídas para as familias que são consideradas assentadas e vivem em condições precárias. É nossa obrigação pressionar e exigir o atendimento de medidas basicas. Mais facil e normal é quando o governo sofre pressão politica, quando não libera verbas de publicidade para a imprensa burguesa, que se formou mamando nas tetas do Estado, e até hoje vive disso!
Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST)

No Blog do Gilson Sampaio

2011: a barbárie capitalista na Europa

Por Altamiro Borges

A crise capitalista está produzindo cenas chocantes e inimagináveis na Europa. O Estado de Bem-Estar Social (Welfare State), fruto das lutas dos trabalhadores e também do “medo do comunismo”, segundo o historiador Eric Hobsbawm, está sendo desmontado para saciar o apetite da burguesia rentista, maior culpada pelo caos europeu. Abaixo, três cenas deprimentes dos últimos dias:

Crianças entregues à adoção na Grécia



Segundo o jornal britânico Guardian, vítimas do desemprego crescente e da queda brusca de poder aquisitivo, famílias gregas têm entregado seus filhos para a adoção. Nas ruas de Atenas e de outras cidades, cresce o número de menores abandonados nas ruas. E médicos e enfermeiras afirmam que bebês recém-nascidos têm sido abandonados nas portas de várias clínicas.

O jornal relata o caso dramático de Dimistris Gasparinatos. Atolado em dívidas, ele decidiu entregar, na véspera do Natal, quatro de seus seis filhos para adoção numa instituição de Patras, vizinha de Atenas. “Psicologicamente, estávamos todos em meio a uma bagunça. Dormíamos em colchonetes no chão, não pagávamos o aluguel por meses, tínhamos que fazer alguma coisa”, descreve.

“Tenho vergonha de dizer, mas cheguei ao ponto de não ter nem €2 (R$ 4,8) para comprar pão. Não queríamos separar a família, mas achamos que seria melhor para eles, se quatro dos nossos filhos fossem enviados para uma instituição por dois ou três anos”. Segundo o prefeito da cidade, Theoharis Massaras, “os pedidos de auxílio social dispararam” nos últimos dois anos.

Em 2010, a prefeitura deu comida para 400 famílias no Natal. “Neste ano, 1.200 pediram ajuda e elas não eram de baixa renda. Muitos tinham bons trabalhos até este ano, quando seus comércios e negócios fecharam”, relata o prefeito. O pedido de adoção, porém, foi uma novidade em Patras. Mas, segundo várias ONGs, já há centenas de casos em todo o país devastado pela crise.

Cerca de 500 famílias entregaram seus filhos para ONG SOS Children's Village, segundo o jornal grego "Kathimerini". Um bebê foi deixado num berçário com o bilhete: “Não voltarei para pegar Anna. Não tenho dinheiro. Sinto muito. Sua mãe”. Dimistris Tzoura, diretora da ONG, confirma o quadro desolador: “Infelizmente, houve um aumento enorme de famílias passando necessidade”.

Barcelona cria cota para papel higiênico nas escolas

Segundo o jornal El País, a administração catalã, na obsessão neoliberal da “austeridade fiscal” que atormenta a Espanha em crise, decidiu estabelecer uma cota para o uso de papel higiênico nas escolas públicas de Barcelona. O documento oficial e jocoso sobre as “quantidades máximas de consumo” foi encaminhado pelo consórcio que dirige o setor, fixando a metragem do papel higiênico e de secar mãos.

Restrição aos mendigos em Paris

Da jornalista Angelique Chrisafis: “As cintilantes vitrines das lojas de luxo de Paris freqüentemente contrastam com a imagem de uma pessoa trêmula mendigando moedas nas imediações, encolhida por trás de uma cartolina onde se lê ‘fome’. Com a economia em crise, os pobres e os moradores de rua de Paris estão mais presentes que nunca nas entradas de edifícios e do metrô”.

Diante deste cenário, o presidente Nicolas Sarkozy decidiu lançar uma guerra contra os mendigos. O governo promulgou uma série de decretos que proíbem que mendigos circulem nas mais populares áreas comerciais e turísticas de Paris. “Ele diz que deter e multar mendigos é crucial para impedir que visitantes estrangeiros sejam importunados por pedintes ‘delinqüentes’”.

O prefeito de Paris, Bertrand Delanoe, definiu as medidas como “um golpe barato de relações públicas”, criado para “estigmatizar parte da população”. Para ele, “combater a pobreza com repressão e multas é chocante num momento em que o Estado não cumpre a obrigação de abrigar pessoas jovens e vulneráveis”. Sarkozy tentará sua reeleição neste ano. Por isso, ele reforça a sua imagem fascistóide.

Economia goleia os adivinhos da mídia


 
Por Luciano Martins Costa, no Observatório da Imprensa:

O início de um novo ano costuma ser saudado com a louvação da modernidade, as previsões sobre assuntos variados e a projeção de estatísticas futuras com base nos números do ano que se encerra. Nesta primeira semana de janeiro, porém, a sombra de uma crise internacional impõe um clima diferente daquele que marcou a inauguração de 2011.



Há um ano, os jornais destacavam, com alguma estranheza, que os brasileiros eram o segundo povo mais otimista do mundo, entre 53 países pesquisados. Afinal, diziam os especialistas, o Brasil não escaparia das consequências da crise que já se instalava no hemisfério norte. Mas o mercado interno aquecido garantia a sensação de bem-estar e a esperança de um ano bom.

Neste começo de 2012, os futurólogos andam cautelosos. Segundo o Estado de S.Paulo de terça-feira (3/1), diante do cenário internacional complicado, nem mesmo o governo se arrisca a fazer adivinhações, especialmente no setor de exportações.

Aposta errada

O país fechou o ano com um acréscimo de US$ 63 bilhões em suas reservas, que agora totalizam US$ 352 bilhões, mantendo o 11º ano consecutivo de aumento na acumulação de moeda estrangeira, como forma de se garantir em caso de maiores turbulências no cenário global.

Esse dado é relevante para os especialistas que alimentam o planejamento estratégico de empresas, investidores e gestores públicos. Principalmente quando se tem uma percepção mais clara do estilo do governo.

Em agosto passado, quando o Banco Central inverteu a política de juros, surpreendendo os analistas, a imprensa constatou que há uma estratégia clara na condução da economia, e que as medidas emergenciais não representam necessariamente mudança de rumo. Talvez por essa razão, pode-se notar uma alteração na abordagem dos especialistas nos últimos meses do ano, em relação aos textos do primeiro semestre.

Mais do que especular, os analistas passaram a tentar entender as ações de curto prazo, como as medidas de incentivo à produção nacional de automóveis. Os setores industriais que ficaram amarrados pelas previsões mais pessimistas acabaram perdendo oportunidades.

Embora os números da produção industrial de 2011 ainda não tenham sido divulgados, dados preliminares indicam que, ao apostar num crescimento muito tímido do Produto Interno Bruto, a indústria acabou inibindo investimentos e perdendo oportunidades de receita.

Validade vencida

O Globo destaca que o comércio exterior bateu todas as expectativas e marcou novo recorde em 2011. Segundo o Estado de S.Paulo, esse foi um dos quesitos em que os analistas mais erraram nas previsões feitas há um ano. A aposta para o superávit comercial foi tímida – em torno de US$ 8 bilhões – e o ano terminou com um número quatro vezes maior, de quase US$ 30 bilhões.

O investimento estrangeiro direto foi outro item do desempenho da economia nacional em que os analistas erraram feio, por excesso de conservadorismo: em janeiro de 2011, a média prevista pelos especialistas era de um total de US$ 39,5 bilhões para os doze meses seguintes – e encerramos o ano com um número 60% superior, ou seja, os investidores estrangeiros apostaram US$ 63 bilhões no Brasil. Como diz o Estadão, “a realidade ganhou de goleada do mercado financeiro em 2011”.

Se os principais especialistas, aqueles que orientam as decisões do mercado, erram tanto, por que razão, todo início de ano, se arma o circo de apostas? Além disso, sabe-se que os orçamentos das empresas para o ano que se inicia já estão prontos desde outubro do ano anterior e que as previsões de janeiro têm pouca ou nenhuma influência nas escolhas dos gestores.

A resposta está na própria imprensa: há muito tempo o noticiário econômico vem sendo influenciado por um viés político que distorce a informação técnica. Além disso, persiste na maioria dos analistas uma visão parcial da economia, que não leva em conta certos fatores pouco tangíveis.

Um desses elementos é o chamado humor do mercado, ou seja, a disposição que os agentes econômicos manifestam para correr risco ou poupar recursos. Outro aspecto pouco considerado é a influência cada vez maior de elementos extraeconômicos no desempenho da economia – como, por exemplo, os fatores climáticos ou o estado de espírito de grupos sociais.

Numa sociedade altamente conectada, como é o ambiente em que vivemos, o analista precisa enxergar não apenas o aspecto linear das relações sociais e econômicas, mas também o conjunto das conexões e o todo da grande rede social.

Mas o mais provável é que a imprensa que conhecemos, por sua linguagem e seu formato limitados, não seja capaz de interpretar a complexidade do mundo contemporâneo.

A esquerda mundial após 2011

A questão para a esquerda mundial é como avançar e converter o sucesso do discurso inicial em transformação política. O problema pode ser exposto de maneira muito simples. Ainda que exista, em termos econômicos, um abismo claro e crescente entre um grupo muito pequeno (o 1%) e outro muito grande (os 99%), a divisão política não segue o mesmo padrão. As forças de centro-direita ainda comandam cerca de metade da população mundial, ou pelo menos daqueles que são politicamente ativos de alguma forma. O artigo é de Immanuel Wallerstein.

(*) Publicado originalmente em português no site Outras Palavras.

Por qualquer ângulo, 2011 foi um bom ano para a esquerda mundial – seja qual for a abrangência da definição de cada um sobre ela. A razão fundamental foi a condição econômica negativa, que atinge a maior parte do mundo. O desemprego, que era alto, cresceu ainda mais. A maioria dos governos enfrentou grandes dívidas e receita reduzida. A resposta deles foi tentar impor medidas de austeridade contra suas populações, ao mesmo tempo em que tentavam proteger os bancos.

O resultado disso foi uma revolta global daquilo que o movimento Occuppy Wall Street chama de “os 99%”. Os alvos eram a excessiva polarização da riqueza, os governos corruptos e a natureza essencialmente antidemocrática desses governos – tenham eles sistemas multipartidários ou não.

O Occuppy Wall Street, a Primavera Árabe e os Indignados não alcançaram tudo o que esperavam. Mas conseguiram alterar o discurso mundial, levando-o para longe dos mantras ideológicos do neoliberalismo – para temas como desigualdade, injustiça e descolonização. Pela primeira vez pessoas comuns passaram a discutir a natureza do sistema no qual vivem. Já não o veem como natural ou inevitável…

A questão para a esquerda mundial, agora, é como avançar e converter o sucesso do discurso inicial em transformação política. O problema pode ser exposto de maneira muito simples. Ainda que exista, em termos econômicos, um abismo claro e crescente entre um grupo muito pequeno (o 1%) e outro muito grande (os 99%), a divisão política não segue o mesmo padrão. Em todo o mundo, as forças de centro-direita ainda comandam aproximadamente metade da população mundial, ou pelo menos daqueles que são politicamente ativos de alguma forma.

Portanto, para transformar o mundo, a esquerda mundial precisará de um grau de unidade política que ainda não tem. Há profundos desacordos tanto sobre a objetivos de longo prazo quanto sobre táticas a curto prazo. Não é que esses problemas não estejam sendo debatidos. Ao contrário, são discutidos acaloradamente, e pouco progresso tem sido feito para superar essas divisões.

Essas discordâncias são antigas. Isso não as torna fáceis de resolver. Existem duas grandes divisões. A primeira é em relação a eleições. Não existem duas, mas três posições a respeito. Existe um grupo que suspeita profundamente de eleições, argumentando que participar delas não é apenas politicamente ineficaz, mas reforça a legitimidade do sistema mundial existente.

Os outros acham que é crucial participar de processos eleitorais. Mas esse grupo está dividido em dois. Por um lado, existem aqueles que afirmam ser pragmáticos. Eles querem trabalhar de dentro – dentro dos maiores partidos de centro-esquerda quando existe um sistema multipartidário funcional, ou dentro do partido único quando a alternância parlamentar não é permitida.

E existem, é claro, os que condenam essa política de escolher o mal menor. Eles insistem que não existe diferença significativa entre os principais partidos e são a favor de votar em algum que esteja “genuinamente” na esquerda.

Todos estamos familiarizados com esse debate e já ouvimos os argumentos várias vezes. No entanto, está claro, pelo menos para mim, que, se não houver algum acordo entre esses três grupos em relação às táticas eleitorais, a esquerda mundial não tem muita chance de prevalecer a curto ou a longo prazo.

Acredito que exista uma forma de reconciliação. Ela consiste em fazer uma distinção entre as táticas de curto prazo e as estratégias a longo prazo. Concordo totalmente com aqueles que argumentam que obter poder estatal é irrelevante para as transformações de longo prazo do sistema mundial – e possivelmente as prejudica. Como uma estratégia de transformação, foi tentada diversas vezes e falhou.

Isso não significa que participar nas eleições seja uma perda de tempo. É preciso considerar que uma grande parte dos 99% está sofrendo no curto prazo. Esse sofrimento é sua preocupação principal. Tentam sobreviver e ajudar suas famílias e amigos a sobreviver. Se pensarmos nos governos não como agente potencial de transformação social, mas como estruturas que podem afetar o sofrimento a curto prazo, por meio de decisões políticas imediatas, então a esquerda mundial se verá obrigada a fazer o que puder para conquistar medidas capazes de minimizar a dor.

Agir para minimizar a dor exige participação eleitoral. E o debate entre os que propõem o menor mal e os que propõem apoiar partidos genuinamente de esquerda? Isso torna-se uma decisão de tática local, que varia enormemente de acordo com vários fatores: o tamanho do país, estrutura política formal, demografia, posição geopolítica, história política. Não há uma resposta padrão. E a resposta para 2012 também não irá necessariamente servir para 2014 ou 2016. Não é, pelo menos para mim, um debate de princípios. Diz respeito, muito mais, à situação tática de cada país.

O segundo debate fundamental presente na esquerda é entre o desenvolvimentismo e o que pode ser chamado de prioridade na mudança da civilização. Podemos observar esse debate em muitas partes do mundo. Ele está presente na América Latina, nos debates fervorosos entre os governos de esquerda e os movimentos indígenas – por exemplo na Bolívia, no Equador, na Venezuela. Também pode ser acompanhado na América do Norte e na Europa, nos debates entre ambientalistas/verdes e os sindicatos, que priorizam manutenção dos empregos já existentes e a expansão da oferta de emprego.

De um lado, a opção desenvolvimentista, apoiada por governos de esquerda ou por sindicatos, sustenta que, sem crescimento econômico, não é possível enfrentar as desigualdades econômicas do mundo de hoje – tanto as que existem dentro de cada país quanto as internacionais. Esse grupo acusa o oponente de apoiar, pelo menos objetivamente e talvez subjetivamente, os interesses das forças de direita.

Os que apoiam a opção antidesenvolvimentista dizem que o foco em crescimento econômico está errado em dois aspectos. É uma política que leva adiante as piores características do sistema capitalista. E é uma política que causa danos irreparáveis – sociais e ambientais.

Essa divisão parece ainda mais apaixonada, se é que é possível, do que a divergência sobre a participação eleitoral. A única forma de resolver isso é com compromissos, diferentes em cada caso. Para fazer com que isso seja possível, cada grupo precisa acreditar na boa fé e nas credenciais de esquerda do outro. Isso não será fácil.

Essas diferenças poderão ser superadas nos próximos cinco ou dez anos? Não tenho certeza. Mas se não forem, não acredito que a esquerda mundial possa ganhar, nos próximos 20 ou 40 anos, a batalha fundamental. Nela definir-se-á que tipo de sistema sucederá o capitalismo, quando este sistema entrar definitivamente em colapso.

Tradução: Daniela Frabasile

O PRÉ-SAL E A ESCALADA CONTRA O IRÃ

*A GUERRA CONTRA O IRÃ: dezembro de 2011--  queda de avião norte-americano não tripulado (dron) no Irã reforça indícios de que a guerra dos EUA e aliados contra o país já começou;   2ª quinzena de dezembro:explosão de planta de conversão de urânio, em Isfahán **novembro de 2011:explosão de unidade da guarda iraniana causando a morte do general Moqaddam, principal impulsionador do programa nuclear iraniano; julho de 2011: assassinato do físico nuclear Dariouh Rezaie**24 de dezembro de 2010: vírus Stuxnet ataca sistema industrial do projeto nuclear iraniano (60% da ocorrência mundial do Stuxnet concentra-se no Irã, o que evidencia um direcionamento coordenado) ** ainda em dezembro de 2010: assassinado do cientista Majid Shariari em explosão de carro-bomba e atentado contra o físico  Fereydoon Abbasi.O PRÉ-SAL E A ESCALADA CONTRA O IRÃ

A extrema direita republicana, o claudicante Obama e até o desidratado Sarkozy  se escoram no discurso da guerrra contra o Irã  para  contornar  o desgaste de uma liderança pífia, incapaz de enfrentar o verdadeiro inimigo responsável pelo empobrecimento, o desemprego e a insegurança que afetam seus eleitores. Desta vez, é o programa nuclear iraniano que desempenha o papel exercido pelas  "armas de destruição em massa", em 2003, na invasão do Iraque. O Brasil assiste à espiral bélica de um mirante privilegiado. Embora a mídia tenha dado pouco destaque, a Petrobrás bateu seu recorde de produção em novembro último: 2,1 milhões de barris/dia. A produção crescente do pré-sal atenderá a 40% da demanda do país até o final da década. (LEIA MAIS AQUI)

*A GUERRA CONTRA O IRÃ: dezembro de 2011--  queda de avião norte-americano não tripulado (dron) no Irã reforça indícios de que a guerra dos EUA e aliados contra o país já começou;   2ª quinzena de dezembro:explosão de planta de conversão de urânio, em Isfahán **novembro de 2011:explosão de unidade da guarda iraniana causando a morte do general Moqaddam, principal impulsionador do programa nuclear iraniano; julho de 2011: assassinato do físico nuclear Dariouh Rezaie**24 de dezembro de 2010: vírus Stuxnet ataca sistema industrial do projeto nuclear iraniano (60% da ocorrência mundial do Stuxnet concentra-se no Irã, o que evidencia um direcionamento coordenado) ** ainda em dezembro de 2010: assassinado do cientista Majid Shariari em explosão de carro-bomba e atentado contra o físico  Fereydoon Abbasi.
A extrema direita republicana, o claudicante Obama e até o desidratado Sarkozy  se escoram no discurso da guerrra contra o Irã  para  contornar  o desgaste de uma liderança pífia, incapaz de enfrentar o verdadeiro inimigo responsável pelo empobrecimento, o desemprego e a insegurança que afetam seus eleitores. Desta vez, é o programa nuclear iraniano que desempenha o papel exercido pelas  "armas de destruição em massa", em 2003, na invasão do Iraque. O Brasil assiste à espiral bélica de um mirante privilegiado. Embora a mídia tenha dado pouco destaque, a Petrobrás bateu seu recorde de produção em novembro último: 2,1 milhões de barris/dia. A produção crescente do pré-sal atenderá a 40% da demanda do país até o final da década. (LEIA MAIS AQUI)

Ricardo Boechat, Bob Fernandes e a Privataria Tucana

Enchente: Eduardo Campos, a Globo te espera

A culpa da enchente é deles !

O jornal nacional, o Bom (?) Dia Brasil e o jornal O Globo insistem em ignorar as explicações de Bezerra Coelho, Ministro da Integração.

Clique aqui para ler “Ministro afoga o PiG na enchente. O PiG mente”.

O que a Globo fez entre quarta e quinta-feira é uma velha operação de verão.

São as Águas de Março do Ali Kamel.

Quando chove fora de São Paulo, a culpa é do Lula e da Dilma.

(Agora, de Eduardo Campos, Governador do Estado do Privilégio, Pernambuco.)

Quando chove em São Paulo, a culpa é de Deus, como dizia o então governador (?), Padim Pade Cerra, antes de ser afogado pelo Amaury.

Agora, o Ali Kamel magnifica a tragédia cíclica do verão brasileiro.

Se enche em Minas e no Rio em 2012, a culpa é do Eduardo Campos, porque levou todo o dinheiro para Petrolina.

O que o Ali Kamel não conta é que parte do dinheiro da enchente o Sérgio Cabral entregou à Fundação Roberto Marinho, não é isso, amigo navegante ?

O Bezerra Coelho pode se esgoelar, abrir as contas (por que não se abrem as contas do “contas abertas” ?), que não adianta.

O alvo não é ele, nem a Dilma.

Porque na Dilma isso não cola mais.

O alvo é o Eduardo Campos, de quem Bezerra Coelho foi o competente Secretário que ajudou a fundar Suape, essa revolução que Eduardo Campos plantou à beira mar, perto de Porto de Galinhas.

O alvo é o PSB, de Ciro Gomes, cuja capital, Fortaleza, o PiG (*) quis transformar numa Praça Tahir.

O PSB é aliado de Dilma e do Lula.

O Nunca Dantes tratou de aposentar o Marco Maciel em Pernambuco e o Tasso tenho jatinho porque posso no Ceará.

Crimes inafiançáveis – para a Globo.

Eduardo Campos pode, perfeitamente, ser o vice da Dilma, em 2014.

Eduardo Campos pode suceder Dilma, em 2018.

A Globo precisa abatê-lo, antes que se torna poeta federal.

(Manuel Bandeira, pernambucano, distinguia os poetas em municipais, estaduais e federais. O Padim Pade Cerra, por exemplo, nunca passou de poeta estadual. Nunca passou de Resende, mesmo com a ajuda do PiG (*).)

Eduardo Campos já disse que não é necessária uma Ley de Medios.

Que o controle remoto é a melhor arma da Democracia.

O Palocci também ajudou muito a Globo.

Palocci tem uma fixação por controles remotos (de contas bancárias alheias, por exemplo).

A Dilma chegou a dizer – em reunião reservada, na frente do Palocci -, na campanha presidencial, que o Palocci tinha sido o “salvador”da Globo.

E o que fez a Globo com o Palocci ?

Enforcou o Palocci duas vezes – no caseiro e na “consultoria”.

A Globo não perdoa.

Você vende a mãe mas não vende os interesses – dizia o Dr. Tancredo.

O correligionário do PSB, o Ciro Gmes, sabe o que é a Globo, numa campanha presidencial.

Quando a Miriam Leitão o entrevistou no pelotão de fuzilamento do Bom (?) Dia Brasil.

Ele se lembra, porque o Ciro tem uma memória prodigiosa.

Não adianta fazer um acordo de poeta estadual com a Globo – em Recife ou em Fortaleza.

Quando chega no plano Federal, a Globo joga o jogo dela – o do Golpe !

A chuva de 2012 vai colar nas costas do Eduardo Campos.

Como a de 2010 foi do Lula e a 2011, da Dilma.

Ali Kamel manda descer as imagens do ano anterior e só muda o locutor.

(A Patrícia Poeta susbtituiu as sobrancelhas editoriais da Fátima Bernardes pela contração dos lábios editoriais, ao fim das reportagens. Para deixar claro ao Kamel que acha aquilo tudo “uma vergonha !”.)

(Quem tem também uma “linguagem corporal” conspícua é a Zileide Silva, do Bom (?) Dia Brasil, em Brasília. Lembra muito o Rod Steiger, aquele que melhor absorveu as lições do Actor`s Studio. A simples respiração é um adjetivo !)

Mas, o Ali Kamel é incansavel.

Ele já tem na bica a “epidemia” da dengue, outra arma fulminante contra governos trabalhistas, no verão.

Aí, seria bom o Kamel dar uma olhada no que aconteceu com a Folha (**), que pagou caro por disseminar uma “epidemia” que não houve.

O Eduardo Campos e o PSB quando começam a sair da toca são recebidos com a saudação de “benvindos” da Globo.

Bastam a Patrícia Poeta e a Zileide Silva para afogá-los a meio caminho do Alvorada.

Com ou sem controle remoto.

Clique aqui para ler “SP não teve competência para receber $ da enchente”.


Paulo Henrique Amorim


(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

(**) Folha é um jornal que não se deve deixar a avó ler, porque publica palavrões. Além disso, Folha é aquele jornal que entrevista Daniel Dantas DEPOIS de condenado e pergunta o que ele achou da investigação; da “ditabranda”; da ficha falsa da Dilma; que veste FHC com o manto de “bom caráter”, porque, depois de 18 anos, reconheceu um filho; que matou o Tuma e depois o ressuscitou; e que é o que é,  porque o dono é o que é; nos anos militares, a  Folha emprestava carros de reportagem aos torturadores.