Michel Temer, que está na China, disse não ver e contradições
entre seu discurso de reunificação e pacificação nacional e as
manifestações contra o seu governo - realizadas por "um ou outro
movimentozinho" - que tem acontecido em várias cidades do país; "A
mensagem de reunificação e repacificação nacional, que eu lanço, não é
em benefício pessoal, mas dos brasileiros. E eu sinto que os brasileiros
querem isso. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro
movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são
aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros", disse; pesquisa do
instuto Ipsos aponta que Temer é rejeitado por 68% dos brasileiros
247-Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil - O
presidente Michel Temer disse hoje (2), em viagem à China, não ver risco
de contradições entre seu discurso de reunificação e repacificação
nacional, e as manifestações que têm ocorrido em algumas localidades do
país, feitas contra seu governo.
"A mensagem de reunificação e repacificação nacional, que eu lanço,
não é em benefício pessoal, mas dos brasileiros. E eu sinto que os
brasileiros querem isPSDB,so. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro
movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são
aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros", disse Temer a
jornalistas que o acompanham na viagem.
O presidente negou ter sido surpreendido por suposta manobra no
Senado, que resultou na habilitação da ex-presidenta Dilma Rousseff para
exercer funções públicas. "Estou acostumado a isso. Estou há mais de 34
anos na vida pública e acompanho permanentemente esses pequenos
embaraços que logo são superáveis", disse Temer.
"Ontem mesmo falei com companheiros do PSDB, PMDB e DEM, e essa
questão toda será superada. Não há a menor dificuldade. Não se tratou de
manobra. Tratou-se de uma decisão que se tomou. Sempre aguardo
respeitosamente as decisões do Senado", acrescentou.
Segundo o presidente, essa questão entrou, agora, em uma "seara"
jurídica. "O Senado tomou a decisão. Certa ou errada, não importa, o
Senado tomou a decisão. Me parece que ela está sendo questionada agora
juridicamente. Então, ela sai agora do plano exclusivamente político
para o quadro de uma avaliação de natureza jurídica".
Por Viomundo
Banditismo
Publicado em 22 de setembro de 1971, no auge da ditadura militar
que prendeu, torturou e desapareceu com pessoas, na Folha de S. Paulo
por OCTAVIO FRIAS DE OLIVEIRA
A sanha assassina do terrorismo voltou-se contra nós.
Dois carros deste jornal, quando procediam ontem à rotineira entrega
de nossas edições, foram assaltados, incendiados e parcialmente
destruidos por um bando de criminosos, que afirmaram estar assim agindo
em “represalia” a noticias e comentarios estampados em nossas paginas.
Que noticias e que comentarios? Os relativos ao desbaratamento das
organizações terroristas, e especialmente à morte recente de um de seus
mais notorios cabeças, o ex-capitão Lamarca.
Nada temos a acrescentar ou a tirar ao que publicamos.
Não distinguimos o terrorismo do banditismo. Não há causa que
justifique assaltos, assassinios e sequestros, muitos deles praticados
com requintes de crueldade.
Quanto aos terroristas, não podemos deixar de caracterizá-los como
marginais. O pior tipo de marginais: os que se marginalizam por vontade
propria. Os que procuram disfarçar sua marginalidade sob o rotulo de
idealismo politico. Os que não hesitaram, pelo exemplo e pelo
aliciamento, em lançar na perdição muitos jovens, iludidos, estes sim,
na sua ingenuidade ou no seu idealismo.
Desmoralizadas e desarticuladas, as organizações subversivas encontram-se nos estertores da agonia.
Da opinião publica, o terror só recebe repudio. É tão visceralmente
contrario às nossas tradições, à nossa formação e à nossa indole, que
suas ações são energicamente repelidas pelos brasileiros e por todos
quantos vivem neste país.
As ameaças e os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta.
Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve.
E de maneira especial não há hoje, quando um governo serio,
responsavel, respeitavel e com indiscutivel apoio popular, está levando o
Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social —
realidade que nenhum brasileiro lucido pode negar, e que o mundo todo
reconhece e proclama.
O Brasil de nossos dias é um país que deseja e precisa permanecer em
paz, para que possa continuar a progredir. Um país onde o odio não
viceja, nem há condições para que a violência crie raizes.
Um país, enfim, de onde a subversão — que se alimenta do odio e
cultiva a violencia — está sendo definitivamente erradicada, com o
decidido apoio do povo e da Imprensa, que reflete os sentimentos deste.
Essa mesma Imprensa que os remanescentes do terror querem golpear.
Porque, na verdade, procurando atingir-nos, a subversão visa atingir
não apenas este jornal, mas toda a Imprensa deste país, que a desmascara
e denuncia seus crimes.
PS do Viomundo: É o mesmo diário conservador que hoje publicou editorial denominado “Fascistas à solta”.
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Forças Armadas foram autorizadas pelo presidente Michel Temer
para atuarem na "garantia da lei e da ordem" durante a passagem da tocha
paraolímpica, na Avenida Paulista, neste domingo (4); decisão coincide
com o aumento da repressão às manifestações; na mesma data estão
marcados vários protestos contra o governo do peemedebista, que foram
proibidos nesse dia
247 - As Forças Armadas foram autorizadas pelo
presidente Michel Temer para atuarem na "garantia da lei e da ordem"
durante a passagem da tocha paralímpica, na Avenida Paulista, neste
domingo (4). Na mesma data, porém, estão marcados vários protestos
contra o governo do peemedebista.
A decisão de empregar as Forças Armadas vem na esteira do aumento da
repressão As manifestações contra o governo Temer desde que a presidente
eleita Dilma Rousseff foi afastada do cargo, nesta quarta-feira (31). O
governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Segurança Pública,
proibiu manifestações na Paulista alegando que os protestos dos últimos
dias foram "violento s e com atos de vandalismo".
Os manifestantes, porém, relatam o abuso da força pelas forças de
segurança, além do uso de bombas de efeito moral e de agressões por
parte dos policiais militares contra fotógrafos e manifestantes.
Uma estudante perdeu a visão do olho esquerdo após ser atingida por
estilhaços das bombas de efeito moral lançadas pela polícia paulista
para dispersar a manifestação.