Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 2 de setembro de 2016

Temer: protestos são coisa de “movimentozinho”

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Michel Temer, que está na China, disse não ver e contradições entre seu discurso de reunificação e pacificação nacional e as manifestações contra o seu governo - realizadas por "um ou outro  movimentozinho" - que tem acontecido em várias cidades do país; "A mensagem de reunificação e repacificação nacional, que eu lanço, não é em benefício pessoal, mas dos brasileiros. E eu sinto que os brasileiros querem isso. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros", disse; pesquisa do instuto Ipsos aponta que Temer é rejeitado por 68% dos brasileiros 


247-Pedro Peduzzi, repórter da Agência Brasil - O presidente Michel Temer disse hoje (2), em viagem à China, não ver risco de contradições entre seu discurso de reunificação e repacificação nacional, e as manifestações que têm ocorrido em algumas localidades do país, feitas contra seu governo.

"A mensagem de reunificação e repacificação nacional, que eu lanço, não é em benefício pessoal, mas dos brasileiros. E eu sinto que os brasileiros querem isPSDB,so. Quem muitas vezes se insurge, como um ou outro movimentozinho, é sempre um grupo muito pequeno de pessoas. Não são aqueles que acompanham a maioria dos brasileiros", disse Temer a jornalistas que o acompanham na viagem.

O presidente negou ter sido surpreendido por suposta manobra no Senado, que resultou na habilitação da ex-presidenta Dilma Rousseff para exercer funções públicas. "Estou acostumado a isso. Estou há mais de 34 anos na vida pública e acompanho permanentemente esses pequenos embaraços que logo são superáveis", disse Temer.

"Ontem mesmo falei com companheiros do PSDB, PMDB e DEM, e essa questão toda será superada. Não há a menor dificuldade. Não se tratou de manobra. Tratou-se de uma decisão que se tomou. Sempre aguardo respeitosamente as decisões do Senado", acrescentou.

Segundo o presidente, essa questão entrou, agora, em uma "seara" jurídica. "O Senado tomou a decisão. Certa ou errada, não importa, o Senado tomou a decisão. Me parece que ela está sendo questionada agora juridicamente. Então, ela sai agora do plano exclusivamente político para o quadro de uma avaliação de natureza jurídica".

Em editorial, Folha critica o “banditismo”: ditador Médici faz governo “sério, responsável, respeitável e com indiscutível apoio popular”

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Por Viomundo

Banditismo

Publicado em 22 de setembro de 1971, no auge da ditadura militar que prendeu, torturou e desapareceu com pessoas, na Folha de S. Paulo

por OCTAVIO FRIAS DE OLIVEIRA
A sanha assassina do terrorismo voltou-se contra nós.
Dois carros deste jornal, quando procediam ontem à rotineira entrega de nossas edições, foram assaltados, incendiados e parcialmente destruidos por um bando de criminosos, que afirmaram estar assim agindo em “represalia” a noticias e comentarios estampados em nossas paginas.

Que noticias e que comentarios? Os relativos ao desbaratamento das organizações terroristas, e especialmente à morte recente de um de seus mais notorios cabeças, o ex-capitão Lamarca.
Nada temos a acrescentar ou a tirar ao que publicamos.

Não distinguimos o terrorismo do banditismo. Não há causa que justifique assaltos, assassinios e sequestros, muitos deles praticados com requintes de crueldade.

Quanto aos terroristas, não podemos deixar de caracterizá-los como marginais. O pior tipo de marginais: os que se marginalizam por vontade propria. Os que procuram disfarçar sua marginalidade sob o rotulo de idealismo politico. Os que não hesitaram, pelo exemplo e pelo aliciamento, em lançar na perdição muitos jovens, iludidos, estes sim, na sua ingenuidade ou no seu idealismo.

Desmoralizadas e desarticuladas, as organizações subversivas encontram-se nos estertores da agonia.
Da opinião publica, o terror só recebe repudio. É tão visceralmente contrario às nossas tradições, à nossa formação e à nossa indole, que suas ações são energicamente repelidas pelos brasileiros e por todos quantos vivem neste país.

As ameaças e os ataques do terrorismo não alterarão a nossa linha de conduta.
Como o pior cego é o que não quer ver, o pior do terrorismo é não compreender que no Brasil não há lugar para ele. Nunca houve.

E de maneira especial não há hoje, quando um governo serio, responsavel, respeitavel e com indiscutivel apoio popular, está levando o Brasil pelos seguros caminhos do desenvolvimento com justiça social — realidade que nenhum brasileiro lucido pode negar, e que o mundo todo reconhece e proclama.

O Brasil de nossos dias é um país que deseja e precisa permanecer em paz, para que possa continuar a progredir. Um país onde o odio não viceja, nem há condições para que a violência crie raizes.
Um país, enfim, de onde a subversão — que se alimenta do odio e cultiva a violencia — está sendo definitivamente erradicada, com o decidido apoio do povo e da Imprensa, que reflete os sentimentos deste. Essa mesma Imprensa que os remanescentes do terror querem golpear.

Porque, na verdade, procurando atingir-nos, a subversão visa atingir não apenas este jornal, mas toda a Imprensa deste país, que a desmascara e denuncia seus crimes.

PS do Viomundo: É o mesmo diário conservador que hoje publicou editorial denominado “Fascistas à solta”.

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Temer autoriza uso das Forças Armadas na Avenida Paulista no domingo

Foto: Rodrigo Zaim/ R.U.A. Foto Coletivo:

Forças Armadas foram autorizadas pelo presidente Michel Temer para atuarem na "garantia da lei e da ordem" durante a passagem da tocha paraolímpica, na Avenida Paulista, neste domingo (4); decisão coincide com o aumento da repressão às manifestações; na mesma data estão marcados vários protestos contra o governo do peemedebista, que foram proibidos nesse dia 

247 - As Forças Armadas foram autorizadas pelo presidente Michel Temer para atuarem na "garantia da lei e da ordem" durante a passagem da tocha paralímpica, na Avenida Paulista, neste domingo (4). Na mesma data, porém, estão marcados vários protestos contra o governo do peemedebista.

A decisão de empregar as Forças Armadas vem na esteira do aumento da repressão As manifestações contra o governo Temer desde que a presidente eleita Dilma Rousseff foi afastada do cargo, nesta quarta-feira (31). O governo de São Paulo, por meio da Secretaria de Segurança Pública, proibiu manifestações na Paulista alegando que os protestos dos últimos dias foram "violento s e com atos de vandalismo".

Os manifestantes, porém, relatam o abuso da força pelas forças de segurança, além do uso de bombas de efeito moral e de agressões por parte dos policiais militares contra fotógrafos e manifestantes.

Uma estudante perdeu a visão do olho esquerdo após ser atingida por estilhaços das bombas de efeito moral lançadas pela polícia paulista para dispersar a manifestação.