Faltam 40 dias para a eleição.
Aecioporto é irrecuperável.
Denunciar o fracasso dos Governos do PSDB é desnecessário.
A Direita já se reaglutinou em torno de Neca Setúbal e seu instrumento, a Bláblá.
Qualquer um serve para derrotar os trabalhistas, pregou FHC, em seu último suspiro.
“Qualquer um” já se incorporou nessa inusitada combinação : uma banqueira de origem quatrocentona com a Fadinha da Floresta.
É perda de tempo – que o manchetômetro tornou muito curto – gastar munição contra os tucanos.
Eles se reencarnaram no PRP, na UDN, ou no PFL – um PFL que trocou o sotaque de nordestino nasalado do estadista Agripino pelo francês-italiano da dupla FHC – Padim Pade Cerra.
Eles são oitava e a nona vítimas daquele jatinho de inexplicada e suspeita propriedade – veja o que diz o Tijolaco.
Na reta final de 2010 também foi assim.
A Dilma quase não bateu na Bláblá e ela levou a eleição para o segundo turno.
E, aí, então, Dilma trucidou o Padim Pade Cerra.
Agora é diferente.
O PSDB e o seu neolibelismo fracassado estão mortos.
Agora, o adversário é o neolibelismo vitorioso: o Itaúuu.
São Paulo e a elite paulista se reinventaram na Dinastia Setúbal.
Sequer vai subir no palanque do Alckmin e do Cerra.
Os trabalhistas tem que ir pra cima não da Fadinha: mas do Caixa da Fadinha.
Não do arrochismo do falso mineiro.
Mas do tripé da Neca.
O adversário não é mais “o ser de zoologia fantástica que só vive no PiG”, o Farol de Alexandria.
E adversário está vivíssimo.
Na telinha da Globo e em cada esquina no Brasil: o banco Itaúuu.
O resto , diria o Nelson Rodrigues, é o luar de Paqueta.
Em tempo: lembra, amigo navegante, de como o Quércia derrotou o Antônio Ermirio na campanha para Governador de São Paulo ? Chamou ele de “mau patrão”. Isso a galera entende. Vamos ver quantos bancários o Itaúúúú mandou embora desde que a Dilma trocou um banqueiro por um profissional de carreira no Banco Central…
Paulo Henrique Amorim