Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 22 de julho de 2015

Republicanismo do PT veio para ficar; briga de Cunha é com o MP

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Sempre digo que talvez a maior obra dos governos do PT – acima de sua imensa, descomunal obra social – foi a corajosa postura desses governos de sepultarem os conchavos que vigeram nos órgãos de controle da República até a chegada do partido ao poder.
Nos dias que correm, vemos simpatizantes dos governos petistas maldizerem o tão propalado “republicanismo” petista, que não tem necessariamente o que ver com os conceitos acadêmicos baseados na visão de um Rousseau, por exemplo, e seu princípio da soberania e da participação popular, ou com outras vertentes desse conceito.
O republicanismo à brasileira tem mais que ver com a postura de um governante não impedir que suas ações sejam fiscalizadas através da escolha de apaniguados para dirigirem instituições como o Ministério Público ou a Polícia Federal ou não indicar ministros do Supremo que atuem como militantes partidários (alô, alô, FHC!).
Muita, mas muita gente mesmo não entendeu o que fez Lula, a partir de 2003, quando indicou o substituto de Geraldo Brindeiro, o notório engavetador-geral da República que realizou a “proeza” de ter barrado toda e qualquer investigação da Procuradoria contra o governo ao longo dos oito anos de Fernando Henrique Cardoso.
Quando o PSDB estave no poder, tratou de aparelhar os órgãos de controle colocando Brindeiro, primo de Marco Maciel, vice de FHC durante seus oitos anos como presidente, para blindar o Estado contra a fiscalização da sociedade.
Como se não bastasse, o ex-presidente tucano simplesmente nomeou Agilio Monteiro, um correligionário de partido, como delegado-geral da Polícia Federal, como mostra reportagem da Folha de São Paulo de 8 de março de 2002.
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Como se vê, além de usar o Estado para se proteger, os tucanos tratavam de usá-lo para atacar inimigos políticos…
Agora imagine, leitor, se, hoje em dia, meia dúzia de deputados federais fossem grampeados confessando que haviam votado de acordo com a vontade de Dilma Rousseff ao preço de 200 mil reais por cabeça. Dá para imaginar que isso não resultaria em CPI, em investigação da Polícia Federal e do Ministério Público?
Pois bem, como todos sabemos isso aconteceu no governo FHC e ninguém investigou nada. Nem a PF, nem o MP, nem o Congresso. A sociedade era impedida de fiscalizar seus governantes, antes de o PT chegar ao poder.
Para o Supremo, FHC nomeou apaniguados, sendo o mais notório Gilmar Mendes, ex-advogado do governo, quem, mais de uma década depois, ainda age como despachante do PSDB naquela Corte. E FHC ainda tentou nomear Brindeiro para o STF, mas não conseguiu devido ao escândalo que fora a nomeação de Mendes.
Essa situação praticamente ditatorial do governante de turno começou a mudar com a chegada de Luiz Inácio Lula da Silva ao poder, em 2003. Naquele ano, os governos do PT passaram a nomear procuradores-gerais da República, delegados-gerais da PF e ministros do Supremo desvinculados de partidos.
Neste momento, por exemplo, há uma polêmica crescente sobre a Procuradoria Geral da República. O mandato de Rodrigo Janot termina em setembro e congressistas envolvidos na Operação Lava Jato tentam impedir que ele seja reconduzido devido ao fato de que foram por ele denunciados no âmbito dessa investigação.
Como todos sabem, além de vários senadores, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), tenta chantagear a presidente da República para que não reconduza Janot ao Cargo. Quer que ela interrompa a prática republicana do PT de indicar para dirigir o MP sempre o primeiro indicado da lista tríplice que o corpo da instituição formula toda vez que a Procuradoria Geral sofre uma sucessão, a cada dois anos.
Cunha está golpeando o adversário errado. Para entender, vejamos como o Brasil mudou sob os governos petistas.
De 1995 para cá, a Procuradoria Geral da República teve quatro titulares: Geraldo Brindeiro (1995 a 2003), Cláudio Fonteles (2003 a 2005), Antonio Fernando de Souza (2005 a 2009), Roberto Gurgel (2009 a2014) e Rodrigo Janot (de 2014 até o momento).
Note, leitor, que enquanto FHC teve um único PGR ao longo de seus oito anos, Lula teve três e Dilma deverá ter três, também. Enquanto que FHC ignorou a tudo e a todos ao manter Brindeiro protegendo-o da fiscalização da sociedade por oito anos, os presidentes petistas passaram a obedecer à indicação do corpo do Ministério Público.
Cunha não se deu conta disso, possivelmente. Acha que Dilma iria ignorar a indicação do MP e eleger um PGR que o protegesse. Doce ilusão. Dilma não poderia fazê-lo nem se quisesse porque o Brasil mudou.
Para entender isso, coluna da jornalista Monica Bergamo, da Folha de São Paulo, publicada nesta terça-feira irá nos ser útil.
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Eis o Brasil que aflorou da benfazeja passagem do PT pelo poder. Acabou a mamata. Suponhamos que em 2018 o PSDB chegasse ao poder. Teria que desmontar uma máquina bem azeitada de controle do Estado. Mas conseguiria?
Este blogueiro tem suas dúvidas. Alguns dirão que se o PSDB voltar ao poder tornará a colocar apaniguados nos órgãos de controle e nunca mais o governo será investigado. É possível. A mídia talvez silenciasse diante disso, como fez quando FHC estava no poder.
Porém, há dúvidas. O MP e a PF que o PSDB encontraria não seriam os mesmos que deixou. Alguns dirão que todo o MP e toda a PF são “tucanos”. Discordo.
O fato de hoje termos investigações prioritariamente contra o PT decorre do fato de o partido estar no poder. Assim, os policiais e procuradores partidários investem com fúria contra esse governo e não dão bola aos escândalos envolvendo a oposição onde ela é governo, mas se o PSDB voltar ao poder teremos policiais e procuradores que hoje estão parados, mas que amanhã terão muito o que fazer.
Em última análise, penso que não se pode criar políticas antirrepublicanas com base em que hoje o poder é “nosso” simplesmente porque o poder não é de ninguém mais, ninguém menos do que do povo.
Lula e Dilma poderiam ter colocado cupinchas na Procuradoria Geral da República, na Polícia Federal ou no Supremo. Não teria havido julgamento do mensalão ou Operação Lava Jato. Mas é isso que o Brasil espera de um governante sério, que acoberte a si mesmo?

PF esconde nome de Serra no celular de Marcelo Odebrecht; filtros da Lava Jato criaram blindagem ampla para tucano, diz GGN

Serra
Uma busca no documento original com o nome do senador aponta para cinco trechos censurados
Polícia Federal esconde o nome de Serra no celular de Marcelo Odebrecht
TER, 21/07/2015 – 17:34
Jornal GGN  – As ligações do senador José Serra com a equipe da Lava Jato foram escancaradas no relatório divulgado hoje, sobre as mensagens capturadas no celular do presidente da Odebrecht, Marcelo Odebrecht.
O relatório da PF identifica as iniciais do vice-presidente Michel Temer, do governador de São Paulo Geraldo Alckmin. Mas coloca uma tarja preta na identificação da sigla JS.
Como o nome de Serra constava no relatório inicial da perícia, conclui-se que os filtros da Lava Jato criaram uma blindagem ampla para o senador.
Do Estadão
Análise do celular do maior empreiteiro do País revela seu esforço em utilizar siglas e mensagens codificadas para se referir a políticos e registrar algumas transações
Por Mateus Coutinho,  Ricardo Brandt, enviado especial a Curitiba e Fausto Macedo
Relatório da Polícia Federal sobre o celular de Marcelo Bahia Odebrecht apreendido na 14ª fase da Lava Jato revelam o amplo leque de políticos, da base do governo e da oposição, com os quais Marcelo Odebrecht tinha algum contato, sua preocupação com a operação da Polícia Federal e, sobretudo, seu esforço para utilizar siglas e mensagens codificadas para se referir a políticos e registrar algumas transações.
O maior empreiteiro do País utilizava em seu aparelho e siglas como GA (referência ao governador Geraldo Alckmin), MT (Michel Temer), GM (Guido Mantega), JS (neste caso a Polícia Federal utilizou uma tarja preta para não identificar o contato), FP (a PF usou também uma tarja preta para não identificar o contato) e algumas mais óbvias como ECunha, em referência ao presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB/RJ).
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Há também referência direta ao ex-presidente Lula e a outros apelidos como “Dida”, para se referir a Aldemir Bendine, presidente da Petrobrás, e “Beto”, em referência ao secretário nacional de Justiça Beto Ferreira Martins. Na análise de 31 páginas,  a Polícia Federal limita-se a transcrever as anotações da agenda do empreiteiro.
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Registros do telefone de Marcelo Odebrecht em que aparecem reuniões com Geraldo Alckmin e Michel Temer
Em duas ocasiões, como revela a análise do material apreendido na residência de Marcelo Odebrecht, há registros na agenda do celular de encontros com políticos. Ele teria se reunido com Geraldo Alckmin (PSDB), governador de São Paulo, em outubro de 2014, e com o vice-presidente Michel Temer (PMDB), em 21 de novembro do ano passado, já depois da Juízo Final, etapa da Lava Jato que levou à prisão outros executivos de grandes empreiteiras do País. O detalhamento do encontro com o vice-presidente, contudo, aparece coberto por uma tarja preta no relatório.
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Algumas anotações do dia 9 de janeiro de 2013 chamaram a atenção dos investigadores, como o tópico “Créditos”.
CONFIRA O TÓPICO CRÉDITOS NO CELULAR DE MARCELO ODEBRECHT:
Mais abaixo, há ainda o tópico “notas antigas”, no qual há referência “adiantar 15 p/JS” e em seguida a anotação “IPI até dez e pis/Cofins até jan”. Ainda relacionado a este tópico há o título “Contribuição”, a partir do qual surgem várias referências de valores seguidas de siglas que a Polícia Federal ainda não conseguiu identificar claramente.
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COM A PALAVRA, A ODEBRECHT
“Embora sem fundamento sólido, o indiciamento do executivo  e ex-executivos da Odebrecht já era esperado. As defesas aguardarão a oportunidade de exercer plenamente o contraditório e o direito de defesa. Em relação à Marcelo Odebrecht, o relatório da Polícia Federal traz novamente  interpretações distorcidas, descontextualizadas e sem nenhuma lógica temporal  de suas anotações pessoais. A mais grave é a tentativa de atribuir a Marcelo Odebrecht a responsabilidade pelos ilícitos gravíssimos que estão sendo apurados e envolveriam a cúpula da Polícia Federal do Paraná, como a questão da instalação de escutas em celas dentre outras.”
Leia também:

O impítim racha o Brasil geograficamente Os colonistas amestrados não leram a Carta dos Governadores …




O projeto do impítim não vai a lugar nenhum, como se sabe.

Não passa de um projeto de sobrevivência do Aecím, que pretende disputar com Geraldo Alckmin a gloria de ser o tucano derrotado em 2018.

É também um exercício de sobrevivência do PiG e seus colonistas (no ABC do C Af) amestrados, que precisam justificar magros salários.

É um ritual onanístico de quem acredita que Brasília é o centro do Brasil e que tudo se resolve num café da manhã na residência oficial do Presidente da Câmara, num encontro daqueles que o Ricardo Melo chamou de conspiradores.

O PiG e os colonistas amestrados ignoraram dois documentos recentes que merecem destaque.

O primeiro documento que o PiG finge que não vê é o pronunciamento do Papa aos Movimentos Sociais.

Papa peronista entrou no index da Casa Grande – e, logo, dos colonistas amestrados.

(Não deixe de ver, amigo navegante, o que aqui disseram sobre o Papa o Leonardo Boff,Alfredo Bosi e Fábio Konder Comparato).

A aventura do impítim não vai adiante, como disse o Ciro Gomes, porque o povo vai pra rua, com ele e outros à frente !

Ah, dirá um amestrado: o PT não põe ninguém mais na rua !

Mas, o Ciro bota, como percebeu o amigo navegante.

O Ciro, o Flavio Dino e TODOS os governadores do Nordeste.

TODOS !

E aí se chega ao segundo documento que a Casa Grande – e seus amestrados trombones – finge que não leu.

O que o Flavio Dino assinou, a Carta dos Governadores pela Lei e a Ordem (e pelo mandato da Dilma !).

A aventura do impítim – impossível !, disse Dino – é para rachar o Brasil geograficamente.

O Nordeste de um lado.

E São Paulo, na Secessão, no outro.

Sim, porque a sede do Golpe não é na casa do Presidente da Câmara.

É em São Paulo, a cidade mais parecida com Munique e Milão, a Munique pré-hitlerista e a Milão pré-fascista.

A Globo transmite para São Paulo, vive do BV de São Paulo.

O Globope, que dá suposta, diria a Fel-lha (ver no ABC do C Af), legitimidade à publicidade que a SECOM derrama na Globo, o Globope se mede em 2 mil famílias (quais ?) na Grande São Paulo.

E o Globope, como se sabe, não entra nas favelas.

(Como diz aquele amigo navegante, que se assina como especialista cearense em mídia técnica: não precisa de Ley de Medios, não. É só cortar a verba de publicidade e dizer – vem cá, Neném, vem conversar, Neném…)  

A aventura do impítim tem essa peculiaridade: opõe São Paulo ao Nordeste !

Racha o Brasil ao meio.

Como pretendia a Guerra da Secessão de 1932.

E como insinuou o Príncipe da Privataria, quando disse que o eleitor do PT é um burro (ele chamou de “desinformado”, porque muito nordestino não estudou na USP…)

E como disse aquele colonista da GloboNews, que chamou o nordestino de bovino e está lá até hoje, à espera de um e-mail.

O Nordeste começou a perder a serventia para os paulistas.

Ou melhor, São Paulo não tem mais serventia para os nordestinos.

Porque o nordestino não precisa mais mendigar sub-emprego em São Paulo.

Porque no Nordeste tem emprego.

O Ceará, por exemplo, me disse o Ciro, cresce a 3,5% por cento ao ano !

E porque não tem mais retirante faminto, morrendo de sede em cima de pau e arara.

Porque não falta agua no Nordeste.

Falta em São Paulo …

O blefe conspiratório do impítim tem esse viés geográfico.

Velha aspiraçao da Casa Grande e seus serviçais – alguns se reúnem na residência oficial do Presidente da Câmara – o objetivo submerso é rachar o Brasil ao meio e levar São Paulo para o Hemisfério Norte.

Para a Grécia, Itália, Espanha, Portugal, Irlanda …

Porque, além de não saber falar inglês, a pseudo elite paulista – a pior do Brasil, segundo o Mino – não fala alemão.



E o Cerra, hein, amigo navegante?
“A elite da elite” de São Paulo!
Quá quá, qu;á !
Só mesmo o detrito sólido de maré baixa (no ABC do C Af) para chamar o Cerra de elite da elite!
Ou a Eliane Tucanhede, que o chamava de “o mais consistente”!
O Nassif jogou o consistente inteirinho na Lava Jato.
O que fará o Dr Moro?
Dar-lhe-á o mesmo tratamento moroso que dedica àquele tucano que se confunde com inusitado fenômeno meteorológico, a chuva de dinheiro?
Como disse um ansioso blogueiro, vamos ver se o dos chapéus vai continuar a defender os métodos da Lava Jato…

Paulo Henrique Amorim