Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

O doutor “Suponhamos” sentencia: “protele-se e sangre…”

 Autor: Fernando Brito
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É de fazer corar um frade e infartar um juiz a argumentação de Gilmar Mendes no julgamento das contas de campanha de Dilma Rousseff.
Aliás, é de fazer fritar um frade a entrega do TSE feita por Dias Tóffoli a Gilmar do comando do TSE.
Mendes faz o que nenhum juiz decente faz: trazer argumentos fora dos autos para seus argumentos sobre a causa.
Durante meia hora, discorre sobre o “suponhamos”, assim, a partir do nada.
Até a “vaquinha” por José Genoíno e José Dirceu entrou na roda.
O fundamento dos argumentos é apenas a informação dos relatórios técnicos questionados também tecnicamente.
Nenhuma resposta aos questionamentos também técnicos apresentados a eles.
A prestação de contas, agora, vai ser mandada para o “Tribunal da Mídia”
Não há, porque não poderia haver, enfrentamento dos fatos e de seu questionamento da defesa.
Gilmar Mendes não julgou.
Leu o parecer do grupo que ele montou para a análise.
Produziu um voto para a mídia.
É assim, agora, que se julga no Brasil.
As contas de Dilma serão aprovadas, com as ressalvas necessárias a que ela continue a sangrar.
A justiça brasileira não precisa ter mais com que condenar.
Basta que mantenha o clima de linchamento.
E depois apelar para o clamor público como razão de seus atos.

PGR manda aprovar contas de Dilma. “Técnicos” “erram” soma por R$ 4,4 milhões

soma
O parecer do Ministério Público desmonta a patranha que vinham querendo fazer com as contas de campanha de Dilma Rousseff.
Recomeenda, claro, a aprovação das contas, com ressalvas de ordem meramente contábil.
“Não se constatou na presente prestação de contas doações de fontes vedadas ou utilização de recursos que não tenham sido contabilizados. Quer-se com isso dizer não ter se verificado a presença de vícios graves que apontassem a prática de ilícitos eleitorais”, agirmou o vice-procurador geral Eugênio Aragão.
Mas pior: com apenas 48  horas para verificar os vários volumes, já encontraram um erro monstruoso no “parecer técnico” em que se pedia a rejeição das contas.
Os “técnicos” somaram duas vezes a mesma despesa de R$ 4,4 milhõese, claro, apareceu diferença com o valor declarado.
Antes, a  MGI Senger Wagner, empresa internacional de auditoria contratada pelo PT para revisar suas contas, emitiu uma nota de fazer corar de vergonha os tais “técnicos”:
” a recomendação da Assessoria de Exame de Contas Eleitorais e Partidárias (do TSE) – ASEPA, no sentido da desaprovação da prestação de contas apresentada pela candidata Senhora Dilma Vana Rousseff ao cargo de Presidência da República, e seu Vice Presidente, Senhor Michel Miguel Elias Temer Lulia, e totalmente descabida, uma vez que a quantidade de erros materiais contida no Parecer Técnico Conclusivo tornou o mesmo praticamente imprestável para suportar tal recomendação .”
Segundo os auditores, como concluiria também a PGR, há ” no parecer técnico do TSE  “desde grosseiros erros de soma, até lançamentos em duplicidade de valores vultuosos e imprecisões conceituais graves”.
Como eu venho dizendo, a ânsia de fazer politicagem expôs os técnicos da Justiça a este vexame primário.
Um outro Ministro, se lhe mandam um trabalho porco assim, chama os técnicos e lhes passa um sabão.
Gilmar Mendes é capaz de chamar e lhes dar um bombom.

Bolsonaro é a cara – sem máscara – da oposição


Blog Cafezinho: o juiz Moro trabalhou em escritório de advocacia que assessorava prefeito do PSDB no Paraná; a mulher de Moro assessora o governo do PSDB no Paraná ; o irmão de Moro fez campanha pelo PSDB destilando ódio contra o PT nas eleições presidenciais...

 Ditadura brasileira matou 434 pessoas, diz relatório final da Comissão da Verdade, que indica revisão da Lei de Anistia para punir os culpado.

 Congresso aprova a mudança na meta fiscal do governo para 2014 e joga a pá de cal no alarido conservador
  
Carta Maior


bolsonaro Aécio


No meio da tarde da última terça-feira (9/12), estava reunido com blogueiros  discutindo o quadro político atual quando uma jovem que participava da reunião interrompeu o orador do momento para anunciar que alguma coisa chamada “Jair Bolsonaro” grunhiu, da tribuna da Câmara dos Deputados, que só não estupraria a deputada pelo PT gaúcho Maria do Rosário porque ela “não merece” ser estuprada por ele.
Desta vez, Maria do Rosário teve mais sorte. Em 2003, além de dizer a mesma coisa esse portento de “valentia” que atende por “Jair Bolsonaro” ainda empurrou a parlamentar enquanto a chamava de “vagabunda”.

bolsonaro

Porém, esse “homem” não se limitou a agredir moralmente apenas a deputada petista; também cobriu outra mulher de insultos e calúnias, a presidente da República, Dilma Rousseff:

“(…) A Maria do Rosário saiu daqui agora correndo. Por que não falou da sua chefe, Dilma Rousseff, cujo primeiro marido sequestrou um avião e foi para Cuba, participou da execução do major alemão? O segundo marido confessou publicamente que expropriava bancos, roubava bancos, pegava armas em quarteis e assaltava caminhões de carga na Baixada Fluminense. Por que não fala isso? (…)”

O sujeito citou o “primeiro” e o “segundo” maridos de Dilma como um anátema. Acusou-os de crimes, mas, na mesma frase, a principal acusação que fez, de forma implícita, foi a de que uma mulher, veja só, é tão questionável moralmente que até já teve dois maridos (!). Para uma aberração como a que atende por “Jair Bolsonaro”, mulher que teve dois maridos dispensa maiores comentários.

Você, mulher de qualquer orientação político-ideológica, faixa etária, nível de escolaridade, de renda, que resida em qualquer parte do país e que tenha a cor da pele ou dos cabelos que tiver, gostaria de ser casada com esse sujeito? Algum dia, quando era uma adolescente, você sonhou que o homem da sua vida poderia ser alguém capaz de admitir a hipótese de estuprar uma mulher?

Você amaria essa coisa chamada “Jair Bolsonaro”? Que mulher pode amar um homem que demonstra prazer ao violar mulheres mental e moralmente e, pelo que propôs em sua teoria sobre meritocracia de suas vítimas, também fisicamente?

Não é preciso dizer mais sobre esse que atende por “Jair Bolsonaro”. O relato de sua última fala conhecida resume a sua vida pública e, mais ainda, a sua vida privada. O fato, porém, é que, apesar de sua ultra sinceridade, esse espécime não passa de um resumo da oposição a Dilma Rousseff.

Além da tese sobre meritocracia das vítimas de estupro, o que foi que “Jair Bolsonaro” expeliu, nessa diarreia verborrágica que o acometeu na Casa do Povo, que não diz a oposição formal a Dilma ou essa oposição envergonhada que habita os verdadeiros canis que teimam em se autodenominar “redações”?
Eis um trecho da “argumentação” padrão da oposição a Dilma Rousseff:

“(…) Dilma Rousseff, deve estar envergonhada, sim, Vossa Excelência, por ter roubado, só, dois milhões e meio de dólares da casa do Ademar. Agora, são bilhões da Petrobrás. Presidente do Conselho de Administração, ministra das Minas e Energia, chefe da Casa Civil, Presidente da República, não sabe de nada… Quantas dezenas de milhares de pessoas morrem por esse dinheiro desviado para o seu partido, para a sua casa (…) Esteve agora na Unasul reunida com a escória da América Latina tratando, entre outras coisas, da abertura do espaço aéreo para os países aqui da Unasul… Cuba não faz parte mais; tá no bolo. Além do tráfico de drogas e o tráfico de armas e munições… Já tem onze mil cubanos aqui (…)”

Ufa! Não é fácil ouvir esse animal…

Mas o mais engraçado é que ele acusa o partido de Maria do Rosário apesar de o partido a que pertence, pelos seus critérios, ser muito pior. “Jair Bolsonaro”, do PP, acusa o PT baseado, por exemplo, nas “delações” de gente como o doleiro Alberto Youssef, o mesmo que, segundo matéria do Estadão do último dia 1º, deu declarações nada abonadoras sobre o grupo político do agressor de deputada e da presidente da República.

Abaixo, trecho da matéria do jornal paulista:

“(…) O doleiro Alberto Yousseff afirmou a investigadores da Operação Lava Jato que ‘só sobram dois no PP’ ao reforçar o envolvimento de políticos do partido no esquema de corrupção da Petrobrás (…)”

Detalhe: O PP, de “Jair Bolsonaro”, tem 39 deputados e 5 senadores. Se “sobram dois” no partido, de onde esse energúmeno tirou coragem para acusar o partido de Maria do Rosário?
Enfim, a parte publicável da catilinária do agressor de mulheres emula o que diz, por exemplo, Aécio Neves. A tese de que Dilma “deve se envergonhar” foi usada à exaustão pelo tucano ao longo da recente campanha eleitoral. Se fosse dito que a fala acima sobre corrupção na Petrobrás partiu do senador pelo PSDB mineiro, ninguém duvidaria. A oposição encontra seu símbolo nesse monumento à covardia.

BC, Receita e TCU: contas de Dilma estão “adequadas”

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Ao examinar as contas da campanha presidencial do PT, o Banco Central, a Receita Federal e o Tribunal de Contas da União chegaram à mesma conclusão: nada de irregularidades; "A palavra final caberá aos 7 ministros do TSE, mas a leitura dos laudos mostra que a vontade de punir era bem maior do que a presença de elementos consistentes para qualquer medida grave", escreve Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, que traz a notícia em primeira mão; o TCU foi além: sugeriu que a tese que relaciona as doações com o esquema da Lava Jato é imaginosa demais; a conclusão dos laudos, diz PML, "tem sido mantida sob reserva, o que se explica, talvez, não apenas pelo respeito a qualquer norma de sigilo, mas à falta de interesse político"; relator do caso, ministro Gilmar Mendes dará seu voto hoje à noite 

247 – Técnicos do Banco Central, da Receita Federal e do Tribunal de Contas da União apresentaram um contraponto aos do Tribunal Superior Eleitoral ao examinar as contas de campanha da presidente Dilma Rousseff. Os laudos das três instituições independentes, encomendados pelo ministro Gilmar Mendes, relator do caso no TSE, "chegaram a conclusões favoráveis à campanha de Dilma: não apontam qualquer irregularidade grave na documentação apresentada ao TSE", afirma Paulo Moreira Leite, diretor do 247 em Brasília, que dá a notícia em primeira mão em seu blog.

"A conclusão dos três é idêntica e tem sido mantida sob reserva, o que se explica, talvez, não apenas pelo respeito a qualquer norma de sigilo mas à falta de interesse político", escreve o jornalista. A análise das instituições "contribui para esvaziar a tese de que Dilma deve ter suas contas rejeitadas, situação que pode trazer munição para a oposição no futuro, ainda que não impeça a posse em 1 de janeiro de 2015", prossegue o colunista. Gilmar Mendes apresentará seu voto nesta quarta-feira 10 na sessão do TSE que tem início às 19h.

O TCU, que apontou em seu documento que a contabilidade está "a princípio, adequada" – um sinal de cautela, e não de insegurança, na avaliação de PML – foi além em sua interpretação. O tribunal recebeu a incumbência de averiguar qualquer relação entre as empresas doadoras e o esquema de corrupção investigado pela Operação Lava Jato. Sobre isso, deu que o resultado foi "negativo em todos os casos" e que a tese pode ser imaginosa demais. Leia um trecho "quase irônico" do documento, como define o colunista:

"É de se perguntar, em face da mistura de dinheiro 'limpo' e 'sujo' e da diversidade dos movimentos de entradas e saídas se é possível de algum modo tecnicamente provado afirmar que o dinheiro doado para a corrupção seja decorrente de ato de corrupção."

"Fruto de uma campanha disputada até o último dia, o debate sobre as contas da campanha de Dilma tornou-se aquilo que não deveria ser: um conflito político, em vez de uma discussão técnica e jurídica", analisa o jornalista. "A contabilidade da campanha já era colocada sob suspeita antes mesmo que tivesse sido examinada com o respeito devido a números e cifras que expressam muito mais do que uma contabilidade financeira — mas traduzem a soberania popular", conclui Paulo Moreira Leite.

Leia aqui a íntegra de seu texto.