Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

terça-feira, 7 de março de 2017

Marcha para Curitiba

MARCHA PARA CURITIBA

Dia 3 de maio, o juiz Sérgio Moro não vai apenas se encontrar com Lula, o que, aliás, já deve ser motivo de imensa ansiedade – para não dizer pavor – para o magistrado da região agrícola.
Mestre de cerimônias de uma farsa montada para impedir Lula de se candidatar, em 2018, à Presidência da República, Moro terá que viver a terrível experiência do ser diminuto, irrelevante, postado diante de um gigante político cercado de carinho e admiração popular.
Não que alguém espere surpresas: Moro não se prestou a esse papel, até aqui, para decepcionar seus tutores da mídia e da extrema-direita incrustada no empresariado nacional.
Para Moro, Lula não é sequer um troféu pessoal: é uma entrega urgente.
Ainda assim, será uma cena curiosa a de vê-lo, com sua dicção adolescente, entrecortada de rancor, interrogando um réu previamente absolvido por 65 TESTEMUNHAS com relação às fábulas do triplex, do sítio, dos pedalinhos e do barco de lata.
Moro não vai enfrentar Lula, nem poderia, uma vez que são duas personagens de dimensões diferentes. Será tão somente uma formalidade ditada pelas circunstâncias.
Lula pertence à História, é fruto de um doloroso processo de emancipação humana, saído da pobreza sem nunca tê-la perdido de vista, base de sua ação política, desde sempre. É tanto amado quanto odiado pelas suas virtudes.
Moro é o Joaquim Barbosa da vez, com o troféu de plástico do faz-diferença da TV Globo na estante do gabinete, adulado pela turba criada no ódio antipetista semeado pela mídia, agraciado, aqui e acolá, com biografias encomendadas a jornalistas subliteratos que, justiça seja feita, encaixam-se na encomenda, no tamanho e na forma.
No dia 3 maio, milhares de brasileiros estarão em Curitiba para presenciar essa pantomima judicial, talvez a mais simbólica – e a mais patética – desde o golpe de 2016.
Será um daqueles momentos em que, graças a um catalisador poderoso, a voz das pessoas decentes poderá ser ouvida além dos urros das hordas protofascistas que, não faz muito tempo, se travestiram de verde e amarelo para pedir a queda de uma presidenta eleita democraticamente.

GILMAR E GLOBO QUEREM ADIAR ELEIÇÕES DE 2018

PF intima Blogueiro por “ameaçar” Sergio Moro

polícia federal eduardo

No fim de fevereiro, cerca de uma semana antes do Carnaval, o blogueiro paulistano Eduardo Guimarães recebeu uma intimação da Polícia Federal em sua residência para que compareça perante um delegado para “prestar esclarecimentos no interesse da Justiça”.
Advogado do intimado buscou informações na Polícia Federal e descobriu que ele está sendo acusado de “ameaçar” o juiz Sergio Moro.
O blogueiro Eduardo Guimarães nega ter feito qualquer tipo de ameaça ao juiz federal em questão. E cita dois episódios ocorridos em 2015 em que fez críticas ao juiz da 13ª Vara Federal de Curitiba, mas nenhum deles continha ameaça.
Em 4 de maio de 2015 – exato 1 ano e 10 meses atrás –, Eduardo Guimarães representou ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ) contra o juiz Sergio Moro por ter prendido uma cidadã por engano. A representação foi arquivada.
Para ler a representação, clique aqui
representação moro
Em 22 de junho de 2015, cerca de um mês e meio depois, um blogueiro da revista Veja chamado Felipe Moura Brasil acusou o blogueiro Eduardo Guimarães de ter “especulado sobre a vida do juiz Sergio Moro em tom de ameaça”.
blogueiro veja
O blogueiro Felipe Moura Brasil se refere a uma série de mensagens colocadas pelo blogueiro Eduardo Guimarães no Twitter para promover o artigo Direita prefere destruir o país a aceitar justiça social, publicado em 21 de junho no Blog da Cidadania, um dia antes da “denúncia” do blogueiro da revista Veja.
O blogueiro Eduardo Guimarães postou uma série de tuítes promovendo seu artigo. Em todos esses tuítes colocou o link para esse artigo supracitado. Um desses tuítes foi destacado pelo blogueiro da Veja e divulgado como sendo “ameaça” ao juiz federal.
Confira, abaixo, a sequência de tuítes
blogueiro tuítes
O blogueiro Eduardo Guimarães afirma que nenhuma dessas mensagens contém qualquer tipo de ameaça ao juiz Sergio Moro e que tem certeza de que conseguirá demonstrar isso às autoridades com grande facilidade, por razões que entende óbvias.
*
PS: o depoimento do blogueiro Eduardo Guimarães à PF está marcado para daqui a várias semanas. O intimado avisa que só irá dar novas informações sobre após o depoimento. O blogueiro também informa que tem 57 anos e durante essas quase seis décadas de vida nunca, jamais foi acusado de qualquer tipo de ilegalidade nem na Justiça e muito menos na polícia.

A maior depressão da História do Brasil Maior que o Crash de 29, Collor e a da dívida. Um colosso!

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Amigo navegante, veja que a curva da depressão de 2016 se bifurca em dois cenários.
Num cenário otimista e noutro pessimista.
Mesmo na hipótese cegonhóloga, a recuperação da Economia se daria abaixo da que correu nas outras depressões comparáveis: no crash de 29 da Bolsa de Nova Iorque, no confisco da poupança do Collor e na crise da dívida.
O gráfico é de Pedro Rossi, professor do Instituto de Economia da Unicamp.
Em tempo: a barra da esquerda é um número índice, que toma como referência o ano base, isto é, o ano imediatamente anterior à crise, que tem valor 100. A partir dele, pode-se observar o decréscimo percentual do PIB, em cada crise. A curva em preto, referente à crise atual, revela o maior decréscimo do PIB.

Só eleição não tira país da crise, há que restaurar democracia

temer pensa

Há um movimento de um grupo de militantes petistas que, apesar de não ser grande, tem feito barulho nas redes e conseguiu até levar um ex-ministro da Justiça a um “debate” sobre como obter a volta de Dilma Rousseff ao cargo via Supremo Tribunal Federal.
Muitos têm se irritado com uma suposta “inutilidade” dessa ação, já que (praticamente) todos sabem que a possibilidade de o STF anular o impeachment – com base em seus incontáveis vícios de origem – é muito menor do que zero vezes zero.
Diante da virtual impossibilidade de o golpe ser anulado, perguntei ao dito ex-ministro da Justiça se acreditava mesmo que o STF tiraria Michel Temer do cargo e instalaria Dilma de volta, e ele me respondeu com uma premissa:
— As pessoas precisam ter pelo que lutar
Autores dessa iniciativa estão sendo acusados de adotar um tom dito “impositivo”, do estilo “quem não estiver comigo está contra mim”… Porém, vale a pena refletir sobre parte do que essas pessoas dizem.
O que tenho ouvido de pessoas próximas a Dilma é que ela nem quer voltar à Presidência – por razões mais do que óbvias, pois sabe que, mais uma vez, não a deixariam governar –, mas os militantes da anulação do impeachment afirmam que ela quer voltar, sim…
Independentemente do que Dilma queira ou do que queiram seus apoiadores, o fato é que não existe a possibilidade de seres humanos conseguirem recolocá-la no poder – quiçá alguma força divina, mas há controvérsias.
Todavia, a virtual impossibilidade de anular o ato jurídico-político que derrubou a ex-presidente da República não invalida o fato de que essa derrubada ilegal lançou uma maldição sobre o Brasil.
Muitos analistas têm dito, com boa dose de razão, que só um presidente eleito legitimamente, ou seja, pelo voto direto e em eleições livres, terá legitimidade e força política para fazer com que os agentes econômicos voltem a acreditar no Brasil.
Eles estão certos, mas não totalmente.
Um dos argumentos mais fortes dos fundamentalistas pela volta de Dilma é o de que a sua (dela) derrubada ilegal, levada a cabo sob uma desculpa qualquer, comprometeu a democracia brasileira.
E eles, nesse aspecto, têm toda razão.
Inventar desculpa para derrubar um presidente e conseguir, transforma a democracia brasileira em uma farsa, ou seja, não existe democracia em um país no qual é tão fácil jogar no lixo o voto majoritário de dezenas de milhões de eleitores.
Com efeito, sem democracia sólida não dá para confiar nas regras do jogo.
Os golpistas acharam, em pleno século XXI, que derrubar um governo que não está fazendo o que o capital quer seria salvo conduto para o golpe e proteção total dos rigores da lei para os que atentam contra a vontade popular.
Não é bem assim. Enganam-se os liberais-golpistas de Pindorama. O capital não confia de verdade em países nos quais ele mesmo, capital, derruba governos com tanta facilidade.
O capital até pode rapinar o que houver para ser rapinado nesses países e dar no pé, mas não confia nesse país para nele investir a médio e longo prazos, ou seja, para investir de verdade.
Os liberais-golpistas-midiáticos confundem pirataria com colonização. Acham que violar o instituto sagrado do voto popular derrubando governos legitimamente eleitos não perturba planos de longo prazo no país que for vítima de tal fenômeno.
Ora, você investiria o seu rico dinheirinho em um país no qual você não sabe quem estará governando daqui a seis meses?
Você investiria alguma coisa em um país no qual você não sabe se um político que vencer uma eleição vai levar ou, mesmo levando a vitória, se vai conseguir se manter no cargo?
Enfim, você apostaria em países nos quais as regras do jogo só valem até que alguém, por um ato de força, mude-as de uma hora para outra?
De que adianta eleger Lula, Ciro Gomes ou Bolsonaro se ninguém sabe se, uma vez eleitos, vão conseguir implantar o projeto que conseguirem consagrar nas urnas? E esse é um dos argumentos dos crentes na volta de Dilma.
Segundo os que acreditam na possibilidade de fazer o acovardado STF criar coragem e cumprir a lei – e, aí, eles têm carradas de razão, de novo –, se Lula for eleito em 2018 a maioria de direita que será eleita para o Congresso na mesma eleição não iria deixá-lo governar.
Não tenho a menor dúvida de que qualquer candidato de esquerda que porventura se eleja em 2018 sem conseguir eleger uma bancada forte para atuar em sua base de apoio, não irá conseguir governar e correrá o risco de ser derrubado.
A nova (?) realidade gera novas premissas obrigatórias para todo candidato progressista a presidente.
Os vices, a partir do golpe liderado por Michel Temer contra Dilma, terão que ser muito mais bem escolhidos. Alianças da centro-esquerda com a centro-direita e a direita de aluguel tornar-se-ão inviáveis, o que é ruim para a centro-esquerda…
Hoje, estaria inviabilizada a eleição na qual Lula chegou à Presidência, em 2002. Todos saberiam do risco de ele ser derrubado à primeira crise de popularidade que surgisse por conta de problemas cíclicos nas economias.
Por um lado, é ruim para a esquerda. O Brasil é um país conservador que não resiste a votar em conservadores. Muito eleitor do PMDB, do PP e de outros partidos de direita votou neles para o Legislativo e em Lula ou Dilma para presidente.
Após o golpe de 2016, o que Lula ou qualquer outro candidato de esquerda terá que fazer, em 2018 e para sempre, será dizer ao eleitor, durante as campanhas eleitorais, que, se esse eleitor não votar nos candidatos a deputado e senador aliados a si, se eleito não conseguirá governar.
E poderá ser derrubado.
A possibilidade de golpe, de derrubada de governo legitimamente eleito, de parlamento que não deixa o eleito governar, vai entrar de vez nas campanhas eleitorais. Se, se não entrar, o eleito poderá ter um triste fim.
Diante disso tudo, os devotos da volta de Dilma têm razão ao menos em um ponto: eleger  Lula sem a reparação do golpe contra Dilma não vai adiantar nada.
Isso quer dizer que você é favorável ao movimento Volta, Dilma, Eduardo? Nunca fui contra, mas não acredito nele.
Acredito que sem a reversão do impeachment, a eleição legitima de um novo presidente só será crível para investidores se o eleito conseguir eleger consigo uma sólida base de apoio, alinhada a seu pensamento político-ideológico. Sem isso, não governará.
*
PS: Surgiu dúvida sobre se Lula irá depor a Moro por teleconferência ou presencialmente em 3 de maio. Nesse aspecto, matéria do portal G1, da Globo, afirma que “O juiz federal Sérgio Moro, responsável pelas ações da Lava Jato na primeira instância, agendou nesta sexta-feira (3/3) o interrogatório dos réus na ação penal que envolve um triplex em Guarujá, no litoral de São Paulo. O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve ser interrogado em 3 de maio, às 14h, na sede da Justiça Federal do Paraná, em Curitiba.

PIB desaba: menos 3,6% Golpe faz a maior recessão da História!

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Do IBGE:

PIB recua 3,6% em 2016 e fecha ano em R$ 6,3 trilhões


Em 2016, o PIB caiu 3,6% em relação ao ano anterior, queda ligeiramente menor que a ocorrida em 2015, quando havia sido de 3,8%. Houve recuo na agropecuária (-6,6%), na indústria (-3,8%) e nos serviços (-2,7%). O PIB totalizou R$ 6.266,9 bilhões em 2016.

O PIB caiu 0,9% no 4º trimestre de 2016 frente ao 3º trimestre, levando-se em consideração a série com ajuste sazonal. É o oitavo resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. A agropecuária cresceu 1,0%, enquanto que a indústria (-0,7%) e os serviços (-0,8%) recuaram.

Na comparação com o 4º trimestre de 2015, o PIB sofreu contração de 2,5% no último trimestre de 2016, o 11º resultado negativo consecutivo nesta base de comparação. Houve queda na agropecuária (-5,0%), na indústria (-2,4%) e nos serviços (-2,4%).

(...) O PIB per capita teve queda de 4,4% em termos reais, alcançando R$ 30.407. O PIB per capita é definido como a divisão do valor corrente do PIB pela população residente no meio do ano.