Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Petrobras, US$ 108 bilhões, volta a ser a maior da AL

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Estatal presidida por Graça Foster colhe os louros pela política de investir em prospecção no pré-sal, compartilhar exploração com gigantes do petróleo, preservar domínio territorial e concretizar plano bilionário de investimentos; companhia é avaliada em US$ 108,5 bilhões e volta a ser a maior da América Latina; ações sobem 3% na bolsa, impulsionadas por declaração do ministro Guido Mantega sobre possível reajuste de combustíveis até o final do ano; companhia vai fazendo lição de casa; "Provocamos um círculo virtuoso, em que quanto mais prospectamos, mais encontramos petróleo e mais fazemos receitas próprias", explica Graça; plano de investimento para próximos 15 anos não prevê necessidade de captações financeiras; crítica irresponsável à companhia é respodida pelos fatos

Marco Damiani, 247 – Baixem a crista os críticos irresponsáveis da Petrobras. É de conhecimento do mercado há algumas horas que a estatal brasileira de petróleo retomou o primeiro lugar no ranking das maiores companhias da América Latina, posição que vinha sendo ocupada pela Ambev, de Jorge Paulo Lehman. A empresa comandada pela funcionária de carreira Graça Foster chega a US$ 108,57 bilhões de valor de mercado, poderio que a coloca acima da companhia de bebidas (US$ 105,56 bi), do Itaú Unibanco (US$ 83,67), da mexicana American Movil (US$ 83,5) e da colombiana Ecopetrol (US$ 71,23 bi).

O levantamento é da respeitada consultoria Ecomática, com base no preço de mercado das ações negociadas em bolsa. Para a estatal, o reconhecimento chega num momento de paz e produtividade interna, e guerra aberta nos meios políticos. Sob o comando de Graça, a companhia passou a executar nos últimos três anos políticas de longo prazo que tinham como base a prospecção de petróleo, uma verdadeira obsessão da atual presidente. Respaldada pela presidente Dilma, com quem tem uma sintonia quase telepática, sua gestão foi sacudida por ataques especulativos em todas as frentes.

No principal front da guerra, o mercado financeiro, as ações da Petrobras foram derrubadas ao piso de R$ 12,64, em fevereiro, mas nesta quarta-feira 6 chegavam a R$ 20,22, com alta de 3,10% no dia, às 13h50. 

A subida com jeito de disparada vai sendo atribuída ao posicionamento do ministro da Fazenda, Guido Mantega, ontem, admitindo à agência Reuters que este ano, "a exemplo do que tem acontecido todos os anos", um reajuste no preço dos combustíveis poderá ocorrer até dezembro.  De fato, no ano passado, em novembro, a gasolina subiu 3% e o óleo diesel. Também houve reajustes em 2012.

Mais que isso, os fundamentos da Petrobras também estão se mostrando cada vez mais sólidos, depois de terem resistido a diversos tipos de especulação. Talvez se tente atribuir a alta exclusivamente ao pronunciamento de Mantega, mas para a alta superior a 3% certamente o mercado também está reconhecendo que a companhia merece ser avaliada com seriedade e sem partidarismo. Por seus resultados.

A Economatica apurou que o valor de mercado da Petrobras ultrapassou o da AmBev em 5 de agosto. Esta situação já tinha acontecido em 22 de julho do ano passado, mas logo a estatal voltou para a segunda posição. O maior valor de mercado já atingido pela empresa na sua história foi no dia 21 de maio de 2008: US$ 309,48 bilhões. Os pessimistas podem dizer que a estatal vale hoje um terço do que já foi. Mas também dá para enxergar o quanto se pode crescer.

A personagem pública responsável pela Petrobras não se abala com as críticas e sabe comemorar suas conquistas. No mês passado, a Petrobras quebrou o recorde de extração de barris de petróleo do pré-sal, ultrapassando a marca dos 500 mil.

- Nosso plano de investimentos para 2017 não prevê a necessidade de nenhuma injeção de capital, lembrou a presidente, em junho, a jornalistas de meios eletrônicos.

- Nós estamos conseguindo produzir um círculo virtuoso, no qual prospectamos mais, descobrimos mais e aumentamos, assim, as nossas receitas. Você consegue aumentar a gasolina com um telefonema, mas não consegue aumentar a produção de petróleo com um telefonema. Tem muito trabalho atrás disso, frisou ela.

Arrocho Neves não é nada. Ele é o anti-PT O ódio ao PT sempre produzirá um candidato – ainda que seja esse aí do Bessinha.

O ansioso blogueiro se deixou envolver pela plúmbea nuvem  da perplexidade e não viu alternativa: era preciso achar o Oráculo de Delfos, a qualquer custo.

Encontrou-o numa sala remota do Instituto Mauricio de Nassau, em Recife, onde o Dias descobriu que o Lula é um canhão e surgem indícios de que o Dudu vai perder a eleição para presidente, governador e senador – um prodíjio !

(Clique aqui para ler sobre a crise que o Dudu previu e o Tombini desmonta.)

- Caríssimo Oráculo, quer dizer que o Dudu vai mal, aí …

- É, meu filho, ele se convenceu de que ganhou a eleição de todas as prefeituras em 2012 …

- Mas, não é esse o centro da minha perplexidade, caro Oráculo…

- Qual é o centro ?

- O Arrocho Neves.

- O do aeroporto do Titio.

- Precisamente. Veja bem, Oráculo, ele só faz besteira.

- Foi sempre assim. A gente é que não dava atenção.

- É uma atrás da outra. Vai acabar com o salário mínimo, com o Bolsa Família, com o Mais Médicos, vai fechar o Ministério da Previdência Social.

- Você está exagerando…

- Sim, maneira de dizer. Mas veja bem: e o balança, balança, mas não cai ?

- Pois é, ele balança, diz que era o vento, mas as folhas das arvores estavam imóveis …

- E a questão da cocaína ?

- Sem dúvida: o Serra tem razão…

- Cerra com “C”, por favor, de Padim Pade Cerra.

- Tá bom. O Cerra, com “c”, tem razão. Esse tema tem que ir para o centro …

- Centro direita …

- Sim, para o centro das discussões na eleição.

- Pois, é isso, caro Oráculo. Como é que ele faz essas besteiras todas, comete imprudências cavalares e quer se eleger Presidente ?

- Meu filho, o Aécio não existe.

- Como assim ? O pessoal do Leblon jura que ele existe !

- Não é isso o que eu quero dizer. Ele pode fazer qualquer coisa. Pode sair pelado na Lagoa Rodrigo de Freitas ou vestido de odalisca na Savassi. Tanto faz.

- Mas, e os efeitos eleitorais ?

- Nenhum. Ele é um poste … apagado.

- Calma, Oráculo, não capto.

- O Aécio é apenas o anti-PT. Com o invariável, sanguinário apoio do PiG (*), sempre haverá um anti-PT.

- E sempre terá esses 30%.

- Sempre. Pode ser o maníaco do Parque, Frankenstein ou a Maitê Proença.

- Não é melhor a Cristiane Torloni ?

- Como você quiser. Pode ser qualquer um, qualquer uma…

- Que o sentimento anti-PT se sobrepõe ao instrumento desse ódio.

- Exatamente. O ódio é maior que seus mensageiros.

- Então, ele tem chance …

- Nenhuma !

- Como assim, Oráculo ? Não acompanho sua linha de raciocínio.

- É tortuosa, mesmo. Pergunte ao Édipo.

- Fala serio …

- Com todo o apoio do PiG, do Itaú…

- Itaúúú, por favor.

- Do Itaúúú , da elite banca, da Chevron, do João Dória ….

- Quem ?

- Você não conhece. Seja lá com o apoio de quem for, ele é muito fraco. Não convence nem a irmã.

- Aí, você exagera.

- Nem o Perrella pai, naquelas feéricas recepções que organizava em Brasília, nem ele levava o Aécio a sério…

- Calma, Oráculo.

- Ele vai ter menos votos que o Cerra em 2010.

- Você acha ?

- Sem dúvida. Menos que o Cerra em 2010 e o Dudu …

- Bom, o Dudu tem o apoio da Bagróloga.

- O Dudu vai ter menos votos do que a Bagróloga em 2010.

- Mas, e a onda de pessimismo, a rejeição crescente à Dilma …

- No Satãder, você quer dizer.

- Então, o Aécio e o Dudu vão ter menos em 2014 do que tiveram seus congêneres, em 2010. Como é que você sabe dessas coisas, Oráculo ?

- O pessoal do Datafalha me contou.

Pano rápido.


Em tempo:
o Conversa Afiada reproduz post e imagem do site SGA Notícias:

Aécio é recebido em Curitiba com chuva de aviões de papel lançados dos prédios



Os estrategistas da campanha de Aécio Neves decidiram colar a imagem do presidenciável à dos governadores tucanos. E resolveram começar esta nova tática pelo Paraná de Beto Richa. O resultado foi desastroso. O pior governador da história do nosso Estado mostrou que não tem competência nem para organizar uma passeata. O que o candidato a presidente pelo PSDB viu foi muita desorganização e meia dúzia de gatos pingados¹, todos funcionários comissionados do governo, segurando com má vontade alguns cartazes.

(…)



Paulo Henrique Amorim



(*) Em nenhuma democracia séria do mundo, jornais conservadores, de baixa qualidade técnica e até sensacionalistas, e uma única rede de televisão têm a importância que têm no Brasil. Eles se transformaram num partido político – o PiG, Partido da Imprensa Golpista.

Em artigo, Fidel aponta holocausto palestino

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"O genocídio dos nazistas contra os judeus colheu o ódio de todos os povos da terra. Por que acredita o governo desse país que o mundo será insensível a este macabro genocídio que hoje está cometendo contra o povo palestino? Por acaso se espera que ignore quanto há de cumplicidade por parte do império norte-americano neste massacre desavergonhado?", questiona Fidel Castro, líder da Revolução Cubana


247 - Em artigo publicado no jornal Granma, o líder da Revolução Cubana, Fidel Castro, afirmou que Israel comete holocausto contra o povo palestino. Leia, abaixo, a tradução feita pelo site Vermelho e publicada pelo Opera Mundi:

Fidel Castro: Holocausto palestino em Gaza

Fidel Castro | Granma | Havana - 05/08/2014 - 12h24
 
Novamente, peço ao Granma que não dedique espaço de primeiro plano a estas linhas, relativamente breves, sobre o genocídio que se está cometendo contra os palestinos. Escrevo-as com rapidez apenas para deixar constância do que requer meditação profunda.

Penso que uma nova e repugnante forma de fascismo está surgindo com notável força neste momento da história humana, no qual mais de sete bilhões de habitantes se esforçam pela própria sobrevivência.

Nenhuma destas circunstâncias tem a ver com a criação do Império Romano há cerca de 2.400 anos, ou com o império norte-americano que, nesta região do mundo, há apenas 200 anos, foi descrito por Simón Bolívar quando exclamou que: “(...) os Estados Unidos parecem destinados pela Providência a infestar a 

América com misérias em nome da Liberdade”.

A Inglaterra foi a primeira real potência colonial que usou seus domínios sobre grande parte da África, do Oriente Médio, da Ásia, Austrália, América do Norte e muitas das ilhas antilhanas, na primeira metade do século 20.

Não falarei, nesta ocasião, das guerras e dos crimes cometidos pelo império dos Estados Unidos ao longo de mais de cem anos, mas só registrarei o que quis fazer com Cuba, o que fez com muitos outros países no mundo e só serviu para provar que “uma ideia justa desde o fundo de uma caverna pode mais do que um Exército”.

A história é muito mais complicada do que tudo o que foi dito, mas foi assim, em grandes traços, como a conheceram os habitantes da Palestina e, é lógico, igualmente, que nos meios modernos de comunicação se reflitam as notícias que diariamente chegam; assim ocorreu com a vexatória e criminosa guerra na Faixa de Gaza, um pedaço de terra onde vive a população do que restou da Palestina independente até apenas meio século atrás.

A agência francesa AFP informou, no sábado (02/08): “a guerra entre o movimento islamita palestino Hamas e Israel causou a morte de cerca de 1.800 palestinos (...), a destruição de milhares de lares e a ruína de uma economia já debilitada”, ainda que não assinale, à partida, quem iniciou a terrível guerra.

Depois adiciona: “(...) no sábado, ao meio-dia, a ofensiva israelense havia matado 1.712 palestinos e ferido 8.900. As Nações Unidas puderam verificar a identidade de 1.117 mortos, majoritariamente civis. (...) A 

Unicef contabilizou ao menos 296 menores [de idade] mortos”.

“As Nações Unidas estimaram (...) (cerca de 58.900 pessoas) sem casas na Faixa de Gaza.”

“Dez dos 32 hospitais fecharam e outros 11 foram afetados.”

“Este enclave palestino de 362 quilômetros quadrados não dispõe tampouco das infraestruturas necessárias para os 1,8 milhão de habitantes, sobretudo em termos de distribuição de eletricidade e de água.”

“Segundo o Fundo Monetário Internacional, a taxa de desemprego ultrapassa 40% na Faixa de Gaza, território submetido, desde 2006, a um bloqueio israelense. Em 2000, o desemprego afetava cerca de 20% e, em 2011, cerca de 30%. Mais de 70% da população depende da ajuda humanitária em tempos normais, segundo o Gisha [Centro Legal para a Liberdade de Movimentação].” 

O governo de Israel declara uma trégua humanitária em Gaza às 07h00 (hora de Greenwich) desta segunda-feira (04/08), entretanto, às poucas horas rompeu a trégua ao atacar uma casa em que 30 pessoas, em sua maioria mulheres e crianças, foram feridas e, entre elas, uma menina de oito anos, que morreu.

Na madrugada deste mesmo dia, 10 palestinos morreram como consequência dos ataques israelenses em toda a Faixa e já subiu a quase 2 mil o número de palestinos assassinados.

A matança chegou a tal ponto que o “ministro das Relações Exteriores da França, Laurent Fabius, anunciou nesta segunda-feira (04/08) que o direito de Israel à segurança não justifica o ‘massacre de civis’ que está perpetrando”.

O genocídio dos nazistas contra os judeus colheu o ódio de todos os povos da terra. Por que acredita o governo desse país que o mundo será insensível a este macabro genocídio que hoje está cometendo contra o povo palestino? Por acaso se espera que ignore quanto há de cumplicidade por parte do império norte-americano neste massacre desavergonhado?

A espécie humana vive uma etapa sem precedentes na história. Um choque de aviões militares ou aeronaves de guerra que se vigiam estreitamente ou outros fatos similares podem desatar uma contenda com o emprego das sofisticadas armas modernas que se converteria na última aventura do conhecido Homo sapiens.

Há fatos que refletem a incapacidade quase total dos Estados Unidos para enfrentar os problemas atuais do mundo. Pode-se afirmar que não há governo nesse país, nem o Senado, nem o Congresso, a Agência 

Central de Inteligência, o Pentágono, que determinarão o desenlace final. É triste, realmente, que isso ocorra quando os perigos são maiores, mas também as possibilidades de seguir adiante.

Quando houve a Grande Guerra Patriótica, os cidadãos russos defenderam seu país como espartanos; subestimá-los foi o pior erro dos Estados Unidos e da Europa. Seus aliados mais próximos, os chineses, que, como os russos, obtiveram a sua vitória a partir dos mesmos princípios, constituem hoje a força econômica mais dinâmica da terra. Os países querem yuanes, e não dólares, para adquirir bens e tecnologia e incrementar o seu comércio.

Novas e imprescindíveis forças surgiram. Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, cujos vínculos com a América Latina e com a maioria dos países do Caribe e da África, que lutam pelo desenvolvimento, constituem a força que, em nossa época, está disposta a colaborar com o resto dos países do mundo sem excluir os Estados Unidos, a Europa e o Japão.

Culpar a Federação Russa pela destruição, em pleno voo, do avião da Malásia é de um simplismo desconcertante. Nem Vladimir Putin ou Serguei Lavrov, ministro das Relações Exteriores da Rússia, nem os demais dirigentes deste governo fariam, jamais, semelhante disparate.

Vinte e seis milhões de russos morreram na defesa da Pátria contra o nazismo. Os combatentes chineses, homens e mulheres, filhos de um povo de cultura milenar, são pessoas de inteligência privilegiada e espirito de luta invencível, e Xi Jinping é um dos líderes revolucionários mais firmes e capazes que já conheci na minha vida.

Texto escrito 04 de agosto às 22h45. Tradução de Moara Crivelente, da Redação do Vermelho