Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

sexta-feira, 25 de abril de 2014

Tiros da Globo saem pela culatra

pasadena
Reproduzo abaixo um post que publiquei hoje no Cafezinho:
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Globo não consegue dar o golpe do “documento exclusivo”
A Petrobrás teve sorte. Como o leitor já sabe pelo post de ontem, o Globo teve acesso a documentos confidenciais da Petrobrás sobre a refinaria de Pasadena. O máximo que encontraram foi um saque de US$ 10 milhões de uma corretora ligada à refinaria. A Petrobrás já explicou o saque, em seu blog, que começa a apresentar tímidos sinais de vida. O saque foi normal.
Ao mesmo tempo, a matéria de ontem do Globo, cujo objetivo era apenas detonar a Petrobrás, dá uma informação, no meio da matéria, sem destaque, que é a grande novidade para nós, brasileiros: o faturamento da refinaria apenas em 8 meses de 2010, janeiro a agosto, foi de US$ 2,2 bilhões, ou seja, quase ou mais que R$ 5 bilhões!
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Esses números nos permitem ter uma visão completamente diferente de Pasadena. No início, quando estourou o escândalo, não sabíamos de nada. A imprensa dizia que era uma sucata. Nas redes, se dizia que estava paralisada há anos. É incrível o show de desinformação que a Petrobrás deixou rolar. Com o tempo, fomos descobrindo que a refinaria estava operante. Depois chegou a informação que ela dava lucro. E agora sabemos que o faturamento dela pode ser superior a R$ 10 bilhões.
E estamos descobrindo tudo isso por conta de investigações particulares na internet e, agora,  através de um vazamento clandestino para o Globo! É inacreditável que a Petrobrás não tenha, em nenhum momento, procurado esclarecer a população com números, nem que fossem meras estimativas e projeções, sobre a performance de Pasadena!
Francamente, eu acho que isso foi mais que incompetência na área de comunicação. Graça Foster agiu com maldade! A gente queria apenas informação!  Ela não deu nem uma migalha! E até hoje, nada! Deu alguns números para senadores da oposição e não deu à sociedade. E agora vaza documentos para a Globo… Ou seja, mais uma vez, a Petrobrás alimentando seus próprios inimigos e prejudicando aqueles que a defendem.
É incrível, de qualquer forma, o poder do blog da Petrobrás. Ainda está feio, com fontes pequenas que mal dão para ler, sem graça, os posts são tímidos, com pouca informação, mas apenas o fato de responder à imprensa já ajuda a esfriar a crise. E ainda permite à estatal economizar alguns milhões, já que publicar no blog é uma operação gratuita, ao contrário da publicação em jornal, revista e tv.
Só que a Petrobrás deveria melhorar ainda muito o desempenho do blog, e fazer anúncios em jornais, revistas e TV para que as pessoas acessem o seu conteúdo. Tipo assim: “saiba a verdade sobre a Petrobrás. Cuidado com o que você lê na imprensa porque há uma disputa política em jogo. Leia o blog.” A quantidade de curtidas nos posts nos permitem ver que a Petrobrás continua perdendo, feio, a disputa da opinião pública. Isso dói no coração, porque se nós, blogueiros sujos e duros, conseguimos fazer cócegas nos pés do império midiático, a ponto de sermos xingados a toda hora em seus editoriais, a Petrobrás teria condições de dar um murro direto na cara deles. Seria lindo de se ver!
A Petrobrás tem agido apenas na defensiva, como se fosse fraca, como se tivesse medo.
Qual o grande feito da gestão tucana na Petrobrás? Vender quase metade da companhia para acionistas de Nova York, destruir a indústria naval e afundar a maior plataforma do mundo? Quais os feitos da gestão petista? Levantar a Petrobrás, encontrar as maiores reservas da nossa história, iniciar a construção de refinarias gigantes, reerguer a indústria naval!
E, com tudo isso, a imprensa tem sucesso em vender à opinião pública a ideia de que o PT está “destruindo” a Petrobrás?
Como assim?
Uma leitora me lembrou ainda que não podemos esquecer que a Petrobrás foi espionada pela NSA. A gente não sabe a que documentos os americanos tiveram acesso, e quais deles eventualmente poderiam ser repassados para a oposição e para o Globo. Acho que, a esta altura dos conhecimentos que temos da história do Brasil e da Globo, ninguém nos chamará de loucos se suspeitarmos que a Globo é antes aliada dos EUA do que do Brasil.
Hoje o Globo volta à carga contra a Petrobrás em matéria na qual diz que “estatal sabia de problemas em Pasadena antes de comprá-la”.
Aí você vai ler a matéria. É evidente que uma auditoria séria vai encontrar problemas. Só que o Globo está destacando apenas problemas pontuais e antigos. E não dá destaque nenhum às qualidades. Na própria matéria de hoe, que fala de documento assinado por Alberto Feilhaber, ex-funcionário da Petrobrás contratado pela estatal para vistoriar Pasadena, há o seguinte trecho:
Feilhaber, no entanto, que chegou a exercer cargos de supervisor e chefe de setor na Petrobras, deu boas informações à empresa brasileira sobre Pasadena. Antes de a Petrobras decidir pela compra, os técnicos escreveram, em auditoria, que “segundo o CEO (Feilhaber), em termos de mecânica a refinaria está ‘pretty good’ (muito boa), faltando, entretanto, mais instrumentação e controle.”
Ou seja, a mecânica da refinaria era “pretty good”! Muito boa! Ora, se a Petrobrás tivesse vazado esse relatório para o Cafezinho, em vez de para a imprensa inimiga, as manchetes que poderíamos formular, muito mais bombásticas e muito mais verdadeiras seriam:
“Pasadena faturou R$ 5 bilhões em 8 meses em 2010″.
“Auditoria feita antes da compra informou que mecânica de Pasadena era ‘muito boa’ ”
Eu sou um analista atento a detalhes. O Globo online costuma ser mais sensacionalista que o Globo impresso. O título da matéria no impresso fala em “problemas”. No Online fala em “graves problemas”.
A fragilidade da imprensa é que ela não está preocupada com a verdade. Quer detonar Pasadena de qualquer jeito, mesmo que a refinaria se revele um ativo importante.
Agora, voltemos às críticas ao blog da Petrobrás. Ele publicou um postcom 10 perguntas e respostas sobre Pasadena. A iniciativa é ótima, e o post circulou um pouco mais que os outros, embora ainda de maneira medíocre para um assunto tão quente. Apenas 447 curtidas.
Só que as respostas são insuficientes. E, ao menos uma delas, traz a marca tecnicista e vulgar de Graça Foster.
4 – Afinal, a compra foi um bom ou um mau negócio?
Na época da compra, o negócio era muito vantajoso para a Petrobras, considerando as altas margens de refino vigentes e a oportunidade de processar o petróleo pesado do campo de Marlim no exterior e transformá-lo em derivados (produtos de maior valor agregado) para venda no mercado americano.
Posteriormente, houve diversas alterações no cenário econômico e do mercado de petróleo, tanto brasileiro quanto mundial. A crise econômica de 2008 levou à redução do consumo de derivados e, consequentemente, à queda das margens de refino. Além disso, houve a descoberta do pré-sal, anunciada em 2007. Assim, o negócio originalmente concebido transformou-se em um empreendimento de baixo retorno sobre o capital investido.
Baixo retorno sobre o capital investido? Com todo o respeito, é a resposta mais idiota que já vi na vida. Ninguém compra uma refinaria pensando em “alto retorno” no dia seguinte. Refinaria é indústria de base e deve-se diluir o investimento ao longo de ao menos 50 anos de operação. Um especulador talvez invista numa refinaria pensando em alto retorno. Uma estatal como a Petrobrás compra uma refinaria pensando em aumentar a segurança energética do Brasil e aumentar o capital tecnológico da empresa.
Do momento da compra para 2008 ou 2009, houve mudança de cenário, sim. Mas para melhor! O Brasil descobriu o pré-sal! Graça Foster está conseguindo a proeza inacreditável de transformar a descoberta de umas maiores reservas de petróleo do mundo num fato negativo que converteu Pasadena em “mau negócio”!
Por acaso, alguma refinaria em construção da Petrobrás oferece algum “retorno”, baixo ou alto? Não. Abreu Lima, Comperj, processam uma gota de petróleo? Não. Pasadena processa 100 mil barris por dia. Então, por favor, revejam seu linguajar ao falar de Pasadena.
Quando um país constrói uma usina nuclear, ou levanta uma hidrelétrica, o que pensa em primeiro lugar: se é um investimento de alto ou baixo retorno contábil, ou se vai aumentar a segurança energética de sua economia?
A Petrobrás está construindo grandes refinarias no país, mas nenhuma ainda está pronta. As importações de derivados de petróleo correspondem a 20% de nossas importações, e tem sido as grandes responsáveis pela queda no superávit da nossa balança comercial. O Brasil ainda depende de gasolina importada. Com Pasadena, o processamento de petróleo da Petrobrás no exterior dobrou de tamanho.  Como assim aumentar a segurança energética do Brasil não é um bom negócio?
A expressão “baixo retorno do capital investido” não faz sentido em se tratando de uma refinaria que, segundo a própria Foster, lucrou quase US$ 60 milhões no primeiro bimestre. Mesmo considerando apenas tecnica ou contabilmente, é uma bobagem, portanto, falar em “baixo retorno”. Quer alto retorno? Invista em “telefree”, “bitcoin” ou qualquer modinha da internet. Do ponto-de-vista estratégico é uma afirmação idiota. Politicamente, é a afirmação de um suicida louco.
Se a presidência de qualquer grande empresa jamais pode deixar de ser política, por razões econômicas e estratégicas, a gestão da Petrobrás tem responsabilidades ainda mais que políticas. Tem responsabilidades geopolíticas, ligadas à soberania do Brasil e da América Latina. Esquecer isso, em nome de um tecnicismo vulgar, é trair os ideais que nortearam a criação da Petrobrás.

Berzoini vai para cima da mídia: “Denúncia contra Padilha é para ajudar Alckmin”




O ministro-chefe da Secretaria de Relações Institucionais do governo federal, Ricardo Berzoini, falou ao Blog sobre a denúncia contra o pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, Alexandre Padilha, sobre a intenção da base aliada do governo federal de abrir uma CPI no Congresso para investigar o escândalo dos trens em SP e sobre como atuará como ministro da presidente Dilma.
Sobre a denúncia que tomou as primeiras páginas dos grandes jornais desta sexta-feira (25/04), Berzoini foi taxativo:  serve para ajudar Alckmin a se reeleger. Essa ajuda vem em um bom momento para o atual governador paulista, atingido por escândalo de corrupção no caso dos trens e com a popularidade fragilizada pelo racionamento de água em São Paulo.
A seguir, os principais pontos da entrevista que o ministro concedeu ao Blog
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Blog da Cidadania – Berzoini, como você vê essa denúncia da imprensa que saiu nesta sexta contra o ex-ministro Alexandre Padilha, de que ele teria envolvimento com o doleiro Alberto Yousseff?

Ricardo Berzoini – Vejo como mais uma forma de atacar um pré-candidato do PT que tem hoje, digamos, uma estratégia objetiva para debater com o povo de São Paulo os problemas de São Paulo e disputar a eleição [para governador do Estado] de maneira competitiva.
Na verdade, a acusação ao Padilha é uma ilação baseada em supostas ligações dele, mas acaba sendo noticiado como se fosse uma verdade comprovada e apurada, quando outras questões referentes ao metrô de São Paulo e à CPTM e a outras questões que envolvem personagens da oposição ao governo federal são tratados de uma maneira fria e impessoal.

Blog da Cidadania – Você acredita que essa denúncia de todos os jornais, conjuntamente, feita com base em um comentário curto do deputado André Vargas captado pela Polícia Federal e que não foi sequer apurado mas é usado como fato comprovado pela mídia, serviria para ajudar o governador Geraldo Alckmin em um mau momento para ele em termos de popularidade?

Ricardo Berzoini – Não resta a menor dúvida. Na verdade, o Alexandre Padilha é uma figura que tem uma trajetória de sucesso na implantação de programas exitosos no Ministério da Saúde e uma das formas [de a mídia] tentar proteger o atual governador é justamente fazer o ataque no campo da ética e da moral a uma liderança jovem que se coloca como alternativa para o governo de São Paulo.

Blog da Cidadania – Mudando um pouco – mas nem tanto – o foco. Conversávamos há pouco, em off, sobre a CPI da Petrobrás que será exclusiva para investigar a empresa e você me dizia que o PSDB e o resto da oposição estão querendo evitar que se abra uma segunda CPI para investigar o caso dos trens em São Paulo alegando que o assunto seria “paulista”. Contudo, não se consegue abrir essa CPI em São Paulo – porque a base aliada de Alckmin não deixa – e no Congresso a oposição não quer que se abra a CPI porque o caso é estadual. Como é que fica, então? Só se investiga um lado?

Ricardo Berzoini – Primeiro, é bom lembrar que tanto o metrô de São Paulo recebe financiamento e investimentos federais como também que as empresas envolvidas [Alstom, Siemens etc.] têm relação com o governo federal. Portanto, não há razão para se considerar que esse é um assunto estadual. É um assunto nacional. Até pela dimensão do escândalo.
Há que dizer, também, que a política do governo do PSDB em São Paulo é impedir a abertura de CPIs. Na Assembleia Legislativa [de São Paulo] há uma fila enorme de CPIs esperando aprovação.
São mais de 100 pedidos de CPI que estão bloqueados pela ação do governo e pelo regimento da Assembleia – que, no meu entendimento, é inconstitucional, porque obriga a ter votação em plenário [para abrir uma CPI]. Isso cria obstáculo ao exercício do direito da minoria que é justamente abrir CPI, a fim de fiscalizar o governo da maioria.
Há, então, uma contradição, uma hipocrisia entre os tucanos porque eles querem fazer CPI no governo federal, onde o PT governa. Eles não gostavam de CPI quando o PSDB governou o Brasil, pois atuavam para impedir que fossem instaladas. E agora querem fazer uma CPI exclusiva da Petrobrás e certamente vão trabalhar para tentar impedir a instalação no Congresso sobre o caso Alstom-Siemens, que já tem, inclusive, vários indiciamentos feitos em São Paulo.
Há, de fato, uma contradição clara, uma esperteza de fazer investigação só quando interessa ao viés eleitoral deles.

Blog da Cidadania – Berzoini, muita gente não entende o seguinte: quando a oposição quer abrir uma CPI e não consegue abrir como quer, vai ao STF e consegue tudo o que quer. Abre a CPI, tira o foco de investigação que não lhe convém e deixa só o dos adversários políticos. Ora, por que a oposição em São Paulo, na Assembleia Legislativa, não recorre também ao Judiciário para abrir as CPIs que o PSDB de São Paulo, com a sua maioria, não deixa?

Ricardo Berzoini – Quando fui presidente do PT (2007 – 2008), a pedido da bancada do partido na Assembleia Legislativa de São Paulo entrei com uma Ação Direta de Inconstitucionalidade no Supremo Tribunal Federal que não foi julgada até hoje. Na verdade, esse regimento da Assembleia Legislativa [de que para abrir CPIs é preciso votação em plenário] é inconstitucional. Mas, obviamente, essa é uma questão que vamos ter que trabalhar no STF para acabar essa aberração.

Blog da Cidadania – Então a gente fica preocupado com a democracia, Berzoini. Se o Judiciário age com dois pesos e duas medidas, a imprensa age com dois pesos e duas medidas… Ou seja: para onde vai a democracia, no Brasil, com instituições tão poderosas atuando de forma partidária?

Ricardo Berzoini – A democracia no Brasil foi retomada através de um pacto político precário. Para atingirmos um estágio de democracia plena nós vamos ter que trabalhar muito, mobilizar muito, lutar muito. Evidentemente, Eduardo, você sabe que a própria forma de composição dos tribunais e o próprio processo de apreciação de ações do STF decorre de uma distorção representativa. Então nós temos aí um conjunto de situações que nos leva a lutar mais ainda pela democracia representativa no Brasil, o que significa mudanças constitucionais e mudanças infraconstitucionais para que o cidadão possa ter direito de ser representado efetivamente.

Blog da Cidadania – Berzoini, você foi levado para o Congresso para fazer um trabalho de uma certa assertividade política em um momento em que muita gente reclama que o PT parece ter medo e, ao não reagir, ao não tomar as atitudes que tem que tomar, de resposta à oposição, acaba dando à oposição uma força maior porque quem apanha e não reage acaba ficando mal perante a sociedade. Você pode falar sobre que trabalho você está desempenhando no seu ministério?

Ricardo Berzoini – Primeiro vamos lembrar que o PT tem dado respostas objetivas aos ataques e às calúnias que têm sido levantadas contra o partido. O presidente Rui Falcão, em minha opinião, tem sido bastante competente. Mas nós temos que lembrar que o PT faz parte de um sistema de base [de apoio] partidária que é bastante heterogênea e bastante complexa.
O trabalho que estou desempenhando visa buscar um nível coesão da base no Congresso que permita ao governo estabelecer a sua estratégia de atuação e aprovar matérias de interesse da população brasileira para combater a crise econômica e assegurar a continuidade da distribuição de renda.

Blog da Cidadania – Pelo que dizem, Berzoini, você está disposto a comprar briga. É isso mesmo ou há um exagero, aí?

Ricardo Berzoini – Mais do que comprar briga, nosso objetivo, aqui, é criar situações favoráveis ao avanço das propostas do governo. É bom lembrar que o povo brasileiro concedeu ao PT três mandatos presidenciais, mas não deu ao PT, no Congresso nacional, maioria partidária para um programa [de governo] exclusivamente partidário. Nós fazemos parte de um conjunto de partidos que apoiou o programa de governo do presidente Lula e apoia o da presidente Dilma. Nós não podemos criar uma situação de falso voluntarismo. Temos que lembrar que o PT não tem maioria no Congresso.

Sem sigilo, Lava Jato mina o poder de Francischini

Cheiro de Francischini no ar ! Tinha que ser ele. Estava demorando a aparecer a cagada !


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Juiz Sergio Moro, responsável pelo inquérito da Operação Lava Jato, que prendeu o doleiro Alberto Yousseff e Paulo Roberto Costa, ex-diretor da Petrobras, tornou públicos todos os documentos da ação empreendida pela Polícia Federal; com isso, ele visa evitar vazamentos seletivos que, segundo se suspeita, vinham sendo feitos pelo deputado Fernando Francischini (SDD-PR), com foco apenas em adversários políticos; rotina dos vazamentos era organizada, com sincronização entre Veja, Folha e Globo.

25 de Abril de 2014 às 10:58

Paraná 247 - Uma decisão tomada pelo juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, democratiza o acesso às informações da ação empreendida pela Polícia Federal e mina o poder do deputado Fernando Francischini (SDD-PR). Moro tornou públicas as informações do inquérito – são mais de cinco mil páginas em papel e outras nove mil digitalizadas – e isso deve evitar que os vazamentos seletivos prossigam.

Suspeita-se, entre os responsáveis pela Operação Lava Jato, que Francischini, ex-delegado da PF, seja o principal responsável pelo "vazoduto" que tem instrumentalizado as manchetes de jornais, capas de revistas e longas reportagens nas TVs, que visam desgastar o governo Dilma, a Petrobras e o PT. Isso porque, logo após as prisões da Operação Lava Jato, Francischini recebeu por sete horas advogados dos doleiros presos, que lhe pediram apoio e lhe entregaram todo o inquérito, até então desconhecido da imprensa. São quase 5 mil paginas em papel  e outras 9 mil paginas digitalizadas.

Experiente no trato dessas informações, Francischini teria fatiado o inquérito, selecionando os "capítulos" mais importantes e distribuindo o material a veículos como Veja, Folha, jornal O Globo e TV Globo. O primeiro alvo foi o deputado André Vargas (PT-PR), que passou a balançar depois que um pedido de um jato emprestado ao doleiro Alberto Yousseff veio à tona. Francischini teria até montado uma lógica de distribuição de informações. Veja recebia o trecho do inquérito na quinta-feira, com o compromisso de não publicar na sua edição online. Folha e a TV Globo recebiam as informações na sexta-feira. Era a garantia de que todo os temas selecionados por ele renderiam também no fim de semana.

Coordenação

Foi assim que, no mesmo sábado, Veja e Folha saíram com a tabela de Paulo Roberto Costa sobre "soluções" de empreiteiras para operações de compras da Petrobras. Ou as insinuações em todos os jornais de que haveria indícios de relação de Alberto Yousseff com o ministro Paulo Bernardo, das Comunicações, e a senadora Gleisi Hoffmann, ambos adversários de Francischini no Paraná.

Foi também assim, através do "vazoduto" montado por Francischini que, ontem, minutos depois de a Justiça ter quebrado o sigilo do processo, as edições online de Veja, Estado de S. Paulo e Folha de S. Paulo vieram com as insinuações de envolvimento do ex-ministro Alexandre Padilha com o doleiro. Todos juntos, em menos de 30 minutos, conseguiram localizar a citação a Padilha no inquérito – o que demonstra a organização dos vazamentos.

Com a decisão do juiz Sergio Moro, o caso fica, agora, aberto ao público, evitando que os vazamentos sejam manobrados por um político oposicionista especializado em ações do tipo. Naturalmente, a imprensa familiar continuará selecionando as informações que atinjam o governo, o PT e a Petrobras, mas não poderá também ignorar se o inquérito contiver informações contra políticos de outros partidos.

O cerco


 

Método eficaz: sob intensa pressão de dois mil manifestantes dos movimentos sociais, Plano Diretor de SP é aprovado na Comissão de Política Urbana da Câmara; expectativa do prefeito Haddad é de aprovação definitiva em 30 dias.

Petrobras terá CPI exclusiva: Rosa Weber concede ao conservadorismo um palanque nacional para atacar o governo em pleno processo eleitoral.

Tim Berners-Lee, criador da web, em discurso na NETMundial: peço a todos os países que sigam o exemplo do Brasil ( e adotem um marco civil semelhante para a rede

 

A vitoriosa construção do Marco Civil da Internet deveria servir de referência para uma mudança de postura que já tarda. É hora de estender o método.

por: Saul Leblon


Arquivo
   
Replicados com disciplinado zelo pela emissão conservadora,  disparos regulares da mídia internacional defendem a rendição inapelável do Brasil aos ditames da restauração neoliberal.

O tom é de ‘basta!’.

Explica-se: a dissidência brasileira na crise afrontou com sucesso o sopro de morte da austeridade optando por políticas contracílicas baseadas em crédito estatal, investimentos públicos (PAC 2),  fomento à habitação, valorização do poder de compra do salário mínimo e geração de empregos.

O saldo gerou uma inércia de demanda e geração de empregos que resiste até hoje como uma gigantesca costela de pirarucu entalada na garganta dos mercados.
Se isso funciona, como é que fica a restauração neoliberal aqui e na América Latina?

É preciso desqualificar um passado que pode ser usado para credenciar novas heterodoxias no futuro  e, sobretudo, nas urnas.

Chegou a hora de colocar as cordas, os pescoços e as agendas nos devidos lugares, diz o jogral que nunca desafina.

Ponto número um: o Brasil é um grandioso caso de desastre intervencionista.

Ou não é isso o que  reafirma o caso da refinaria de Pasadena, agora brindado com a obsequiosa decisão da juíza Rosa Weber de criação de um palanque nacional para a mídia e seus candidatos execrarem a Petrobras em plena campanha sucessória?

Ponto número dois: o país deve aceitar os termos da rendição incondicional que a emissão conservadora local e foranea   advoga diuturnamente.

A  saber: fim da intervenção estatal na agenda do desenvolvimento; choque de juros ‘para trazer a inflação à meta’  --conduzido por um BC ‘independente’ (das urnas); esvaziamento do BNDES, privatização do pré-sal (tese que ganha agora uma corneta de difusão eleitoral, graças à CPI); cambio livre, arrocho na ‘gastança social’ etc.

O tom imperativo da ofensiva estrangeira remete ao jornalismo da ‘guerra fria’ contra governos não alinhados, nos anos 50/60.

Três exemplos dos últimos quinze dias:

Financial Times: Nova matriz econômica do Brasil ouve anúncio de morte (07/04/2014)

The Economist: Trabalhador do Brasil é gloriosamente improdutivo (17/04/2014 )

New York Times: Brasil grandioso se desfaz (21/04/2014)

O denominador comum é a incompatibilidade entre ‘dirigismo’ estatal e ‘gastança fiscal’(assim, vinculados, como xipófagos), e redução do juro para a retomada do investimento.

Como na ‘guerra fria’, o silogismo é ilustrado não raro com exemplos grotescos.
Filas no recente Festival de Música Lollapalooza, em São Paulo, abrem a ‘reportagem’ da Economist, por exemplo, para ilustrar a evidência da  improdutividade do trabalhador brasileiro.

Coisas de mercado regulado, naturalmente.

Segundo a bíblia do jornalismo neoliberal, ‘onde o restaurante texano BOS BBQ se destacava pela eficiência, nas outras barracas de comida do evento (as nacionais) as filas se acumulavam de forma ilustrativa.

Isso define um país de ineficientes para a  Economist.

“No momento em que você chega ao Brasil você começa a perder tempo”, dispara, na reportagem transcrita pelo jornal Valor Econômico, o dono do restaurante gringo, Blake Watkins.

Ele chegou aqui  há três anos, após vender um fast food em Nova York.

Parece ter tomado gosto pela ‘perda de tempo’.

O mesmo gosto que leva o capital estrangeiro a maldizer as interferências excessivas do Estado no mercado local.

E a formar filas para ingressar nesse limbo de anancronismo estatizante, cujo segmento de consumo de massa (53% da população), sozinho, representaria hoje a 16ª maior economia do planeta. Com lugar garantido no G-20.

Um punhado de bancos estrangeiros enquadra-se nessa categoria, dos que aguardam  autorização para operar no reduto da improdutividade e do intervencionismo desastrado.

O  governo Dilma autorizou o ingresso médio de quase 8 bancos por ano desde 2011.

Mas  só autoriza  se ficar demonstrado o interesse nacional na operação.
Dilma costuma perguntar, por exemplo,  o que o banco fará pelo financiamento de longo prazo, indispensável a um novo ciclo de desenvolvimento.

A Presidenta faz o que determina o interesse público.

E o que determina o interesse  público incomoda quem se avoca o direito a uma free-way para entrar e sair do país quando quiser, como quiser e com quanto quiser.

A soberba tem o  apoio de um colunismo  ignorante no varejo e prestativo no atacado.

Esse gelatinoso ectoplasma de interesses compartilha de um segredo cuidadosamente mantido a sete chaves, fora do alcance da opinião pública brasileira.

Afinal, o  que acontece exatamente quando uma economia adota  –ou lhe é imposto--  o pacote de medidas às quais a teimosia petista resiste em associar o destino nacional?

 Se a emissão conservadora dedicasse a essa resposta algum vapor de jornalismo isento, o debate em torno da sucessão presidencial certamente ganharia a densidade adequada a um  escrutínio esclarecido sobre o  passo seguinte do desenvolvimento do país.

Um ponto de partida poderia ser a dissecação do que se passa em economias europeias, enredadas em desconcertante combinação de ‘recuperação’  e esfarelamento social.

A Grécia, por exemplo.

Mergulhada no sexto ano de recessão, com um PIB 24% inferior ao de antes da crise, o país é saudada como paradigma de sacrifício bem sucedido.

Em 2013,  a Grécia conseguiu, de fato, um superávit fiscal de 1,2%  do PIB (repita-se, sobre um PIB que perdeu ¼ de sua massa desde 2008).

A que preço?

A taxa de desemprego é de 27%.

Cerca de  2,3 milhões de um total de 2,8 milhões de lares gregos acumulam dívidas tributárias impagáveis, por absoluta insuficiência de renda.

O déficit fiscal não para de crescer e a dívida pública passa de 180% do PIB --bem distante dos 120%  que o generoso FMI definiu como a fronteira da sustentabilidade a ser perseguida por Atenas.

Não só.

A taxa de investimento na Grécia despenca linearmente desde 2008 e o déficit fiscal é de 12% do PIB.

O resto é deduzível.

A Grécia é aquele lugar em que as crianças passam fome na rede pública por falta de merenda escolar. E a extrema direita persegue imigrantes pelas ruas, não raro até a morte.

Na semana passada, esse féretro civilizatório foi ao mercado e conseguiu captar empréstimos nos valor de três bilhões de euros, com uma procura por títulos da dívida grega quase sete vezes superior à oferta.

O que leva a festejada racionalidade do mercado a se lambuzar em papéis de uma nação  insolvente, colapsada em seus fundamentos, às voltas com uma sintomática deflação de preços e sem tônus para se reerguer a partir de suas próprias forças produtivas e de consumo?

Antes da Grécia, Portugal e Espanha (esse, outro colosso de recuperação assentada em 26% de desemprego, déficit fiscal de 7% do PIB e dívida pública de 94% do PIB) já haviam tido sucesso semelhante em captações no mercado financeiro internacional.

A resposta ao enigma  ajuda a entender não apenas o que acontece por lá, mas sobretudo a consistência do cerco aqui, em torno do Brasil.

A recuperação grega é uma experiência de laboratório tanto quanto a tese do Brasil aos cacos é uma construção midiática.

 Viabilizar a Grécia ajoelhada aos mercados é tão necessário  quanto acuar um Brasil reticente às exigências de um  ajuste mais duro preconizado pelo interesse rentista local e internacional.

A captação realizada pela Grécia –a exemplo das demais-- na verdade foi um investimento tutelado e garantido por bancos alemães, britânicos e pelo FMI.
Não há vínculo de confiança em relação a Atenas.

Antes, trata-se de uma adesão, sem risco, a uma oferta do sistema financeiro interessado em provar que o austericídio grego deu certo.

A hora escolhida foi cirurgicamente selecionada: há liquidez abundante no mercado internacional. E  limitadas são as opções de risco que permitam sair do círculo vicioso de um rentismo que se ergue, cada vez mais perigosamente, pelos próprios cabelos.

Alternativas  de canibalização de mais valia, como os investimentos em infraestrutura ensejados pela ampliação do mercado interno brasileiro, são raridade no mundo pós-crise.

Num mercado achatado pela desordem neoliberal, o principal déficit ainda é o déficit de demanda. E o maior desafio: devolver às economias a capacidade de gerar  emprego e renda.

Grécia e Brasil ocupam polos opostos nessa tipificação, mas carregam no calendário político uma equação de delicadeza semelhante.

Uma nova vitória do PT no Brasil, em outubro, sancionaria a existência de um dissenso bem sucedido no âmbito da restauração neoliberal em marcha no mundo.

Seus  desdobramentos encorajadores na América Latina são óbvios. E  daí para as demais nações em desenvolvimento, a progressão seria inevitável.

Na Grécia, ao contrário, a direita no poder, encabeçada pela Nova Democracia, tem um encontro com o desalento social dia 25 de maio, nas eleições municipais.

Se derrotada, engrossa o mesmo recado subjacente à reeleição de Dilma, cinco meses depois.

O partido de esquerda grego, o Syriza,  disputa a liderança nas enquetes de intenção de voto.

Uma derrota conservadora em maio abriria uma grande avenida  para o  Syriza   construir alianças que o qualifiquem a disputar como favorito as eleições presidenciais de fevereiro de 2015.

Uma última palavra merece ser dita diante do que  aparenta ser uma  certa prostração do governo e do PT face ao cerco conservador.

A direita politizou definitivamente o debate econômico espetando nos desafios macroeconômicos sua rotulagem ideológica.

‘Intervencionismo, ineficiência e corrupção’ formam o tripé  de um mantra repetido à exaustão pelo dispositivo midiático para qualquer tema ou circunstância.

Será assim também na CPI da Petrobrás.

O tratamento economicista muitas vezes adotado pelo governo nem responde à radicalização do embate, nem elucida a verdadeira natureza dos interesses em conflito.

A vitoriosa construção do Marco Civil da Internet deveria servir de referência para uma mudança de postura que já tarda.

Longe de tecnificar o assunto, o governo neste caso se ancorou em uma ofensiva política interna e externa, democratizou o debate, arregimentou grandes adesões, mobilizou  movimentos sociais e tornou indefensável a defesa do lucro corporativo  contra o interesse da cidadania.

Sobretudo, o governo exibiu neste caso duas qualidades em falta nos demais: unidade de ação e determinação política de não escamotear a colisão de interesses em jogo.

É hora de estender o método a outras esferas. A começar pela defesa da Petrobrás.

CPI da Petrobras: o direito é a política

grafpressal

“Eu vou contar uma coisa pra vocês de coração. O PT eu espero que tenha aprendido a lição do que significou a CPI do mensalão. Eu espero que tenha aprendido a lição, porque essa CPI, ela deixou marcas profundas nas entranhas do PT. Ou seja, se o PT tivesse feito o debate político no momento que tinha que fazer o debate político, e não ficasse esperando uma solução jurídica, possivelmente a história fosse outra, né?”

Este pedacinho da entrevista que Lula nos deu, aos blogueiros, deveria estar fazendo eco na cabeça dos dirigentes do PT e do Governo, neste momento.

A decisão da Ministra Rosa Weber de restringir a CPI à Petrobras, deixando de fora os trens da CTPM e do Metrô paulista, a rigor, não surpreende.

É apenas mais um capítulo no adonamento que o Supremo vem fazendo da República, que há muito deixou de ser composta de poderes independentes.

A decisão é tão insólita quanto insólita foi a estratégia de requerer a “CPI ampla”.

A CPI da Petrobras tem de ser enfrentada politicamente, não com um discurso “técnico”, porque não são técnicos os motivos que levam a toda esta onda.

A questão de Pasadena, creio, já ficou esvaziada. Agora, a estratégia será a de colocar sob suspeita cada um dos milhares de contratos e negócios que a Petrobras, pelo seu porte, tem de fazer.

O papel, é claro, aceita tudo. O papel dos nossos jornais, então, aceita mais ainda.

Na base das explicações técnicas ou de longas e enfadonhas notas técnicas nos jornais – embora contendo muitas informações úteis a quem quer analisar as denúncias  com mais profundidade –  a Petrobras só vai entupir a mídia de dinheiro sem qualquer efeito sobre a opinião pública.

A chave da comunicação é mostrar o problema como realmente sabemos que o problema é: o controle nacional sobre as imensas jazidas do pré-sal.

O ataque à Petrobras é apenas um meio, porque o que está se atacando, de fato, é este controle.

O comercial, finalmente, lançado pela empresa, avança neste caminho.

Mas ainda é pouco.

A mensagem deve ser mais clara, direta.
 
Petróleo brasileiro para os brasileiros.
 

PF entregou Padilha de bandeja a seus algozes

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O vazamento seletivo de um trecho da Operação Lava Jato produziu os efeitos esperados; Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, recebeu um disparo – talvez letal – que ecoou na Folha, do Globo, no Estado de S. Paulo e em vários portais; "Padilha indicou executivo para doleiro", diz uma manchete; "PF liga ex-ministro Padilha a empresa de doleiro preso", aponta outra; a questão número 1 é: o candidato que representa a maior esperança do PT para destronar o PSDB em São Paulo sobreviverá a este ataque?; a segunda pergunta, mais intrigante, vem em seguida: foi fogo amigo?

25 de Abril de 2014 às 06:57

247 - Por essa, nem Geraldo Alckmin, nem Paulo Skaf, nem Gilberto Kassab poderiam esperar. Muito menos os principais veículos da mídia familiar no Brasil, que têm feito oposição sistemática e militante ao Partido dos Trabalhadores. Ganharam um presente, diretamente de Brasília.
Da Polícia Federal, subordinada ao ministro José Eduardo Cardozo, partiu um vazamento seletivo sobre a Operação Lava-Jato que atingiu em cheio a campanha do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha – nome no qual o ex-presidente Lula e o PT depositam a maior esperança para conquistar o governo de São Paulo, dando fim a um ciclo de 20 anos do PSDB no poder.

Ao vazar o trecho de um relatório que aponta que Padilha indicou o executivo Marcus Cezar de Moura para o laboratório Labogen, ligado ao doleiro Alberto Yousseff, preso na operação, a Polícia Federal entregou, de bandeja, a cabeça de Padilha a seus inimigos.

Os resultados foram os esperados. Três manchetes, que poderão ser amplamente exploradas na campanha eleitoral deste ano.

Da Folha, a mensagem direta: "PF liga ex-ministro Padilha a empresa de doleiro preso".

Do Globo, outro petardo: "Padilha indicou executivo para doleiro, apura PF". No Estado de S. Paulo, quase o mesmo: "Padilha indicou executivo para doleiro, aponta PF".

Padilha, naturalmente, negou qualquer associação com o doleiro Alberto Youssef. "Repudio envolvimento do meu nome e esclareço que não indiquei nenhuma pessoa para Labogen. Se como diz a PF, envolvidos se preocupavam com autoridades fiscalizadoras, só poderiam se referir aos mecanismos de controle criados por mim no Ministério da Saúde. A prova maior disso é que nunca existiu contrato com a Labogen e nunca houve desembolso por parte do Ministério da Saúde", disse ele, em postagem nas redes sociais.
No entanto, é óbvio que a candidatura Padilha sofreu um duro revés, antes mesmo de atingir velocidade de cruzeiro. A primeira questão é: ele sobreviverá à adversidade? A segunda é mais intrigante: terá sido fogo amigo?