Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 25 de abril de 2014

PF entregou Padilha de bandeja a seus algozes

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O vazamento seletivo de um trecho da Operação Lava Jato produziu os efeitos esperados; Alexandre Padilha, pré-candidato do PT ao governo de São Paulo, recebeu um disparo – talvez letal – que ecoou na Folha, do Globo, no Estado de S. Paulo e em vários portais; "Padilha indicou executivo para doleiro", diz uma manchete; "PF liga ex-ministro Padilha a empresa de doleiro preso", aponta outra; a questão número 1 é: o candidato que representa a maior esperança do PT para destronar o PSDB em São Paulo sobreviverá a este ataque?; a segunda pergunta, mais intrigante, vem em seguida: foi fogo amigo?

25 de Abril de 2014 às 06:57

247 - Por essa, nem Geraldo Alckmin, nem Paulo Skaf, nem Gilberto Kassab poderiam esperar. Muito menos os principais veículos da mídia familiar no Brasil, que têm feito oposição sistemática e militante ao Partido dos Trabalhadores. Ganharam um presente, diretamente de Brasília.
Da Polícia Federal, subordinada ao ministro José Eduardo Cardozo, partiu um vazamento seletivo sobre a Operação Lava-Jato que atingiu em cheio a campanha do ex-ministro da Saúde, Alexandre Padilha – nome no qual o ex-presidente Lula e o PT depositam a maior esperança para conquistar o governo de São Paulo, dando fim a um ciclo de 20 anos do PSDB no poder.

Ao vazar o trecho de um relatório que aponta que Padilha indicou o executivo Marcus Cezar de Moura para o laboratório Labogen, ligado ao doleiro Alberto Yousseff, preso na operação, a Polícia Federal entregou, de bandeja, a cabeça de Padilha a seus inimigos.

Os resultados foram os esperados. Três manchetes, que poderão ser amplamente exploradas na campanha eleitoral deste ano.

Da Folha, a mensagem direta: "PF liga ex-ministro Padilha a empresa de doleiro preso".

Do Globo, outro petardo: "Padilha indicou executivo para doleiro, apura PF". No Estado de S. Paulo, quase o mesmo: "Padilha indicou executivo para doleiro, aponta PF".

Padilha, naturalmente, negou qualquer associação com o doleiro Alberto Youssef. "Repudio envolvimento do meu nome e esclareço que não indiquei nenhuma pessoa para Labogen. Se como diz a PF, envolvidos se preocupavam com autoridades fiscalizadoras, só poderiam se referir aos mecanismos de controle criados por mim no Ministério da Saúde. A prova maior disso é que nunca existiu contrato com a Labogen e nunca houve desembolso por parte do Ministério da Saúde", disse ele, em postagem nas redes sociais.
No entanto, é óbvio que a candidatura Padilha sofreu um duro revés, antes mesmo de atingir velocidade de cruzeiro. A primeira questão é: ele sobreviverá à adversidade? A segunda é mais intrigante: terá sido fogo amigo?

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