Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 25 de abril de 2014

CPI da Petrobras: o direito é a política

grafpressal

“Eu vou contar uma coisa pra vocês de coração. O PT eu espero que tenha aprendido a lição do que significou a CPI do mensalão. Eu espero que tenha aprendido a lição, porque essa CPI, ela deixou marcas profundas nas entranhas do PT. Ou seja, se o PT tivesse feito o debate político no momento que tinha que fazer o debate político, e não ficasse esperando uma solução jurídica, possivelmente a história fosse outra, né?”

Este pedacinho da entrevista que Lula nos deu, aos blogueiros, deveria estar fazendo eco na cabeça dos dirigentes do PT e do Governo, neste momento.

A decisão da Ministra Rosa Weber de restringir a CPI à Petrobras, deixando de fora os trens da CTPM e do Metrô paulista, a rigor, não surpreende.

É apenas mais um capítulo no adonamento que o Supremo vem fazendo da República, que há muito deixou de ser composta de poderes independentes.

A decisão é tão insólita quanto insólita foi a estratégia de requerer a “CPI ampla”.

A CPI da Petrobras tem de ser enfrentada politicamente, não com um discurso “técnico”, porque não são técnicos os motivos que levam a toda esta onda.

A questão de Pasadena, creio, já ficou esvaziada. Agora, a estratégia será a de colocar sob suspeita cada um dos milhares de contratos e negócios que a Petrobras, pelo seu porte, tem de fazer.

O papel, é claro, aceita tudo. O papel dos nossos jornais, então, aceita mais ainda.

Na base das explicações técnicas ou de longas e enfadonhas notas técnicas nos jornais – embora contendo muitas informações úteis a quem quer analisar as denúncias  com mais profundidade –  a Petrobras só vai entupir a mídia de dinheiro sem qualquer efeito sobre a opinião pública.

A chave da comunicação é mostrar o problema como realmente sabemos que o problema é: o controle nacional sobre as imensas jazidas do pré-sal.

O ataque à Petrobras é apenas um meio, porque o que está se atacando, de fato, é este controle.

O comercial, finalmente, lançado pela empresa, avança neste caminho.

Mas ainda é pouco.

A mensagem deve ser mais clara, direta.
 
Petróleo brasileiro para os brasileiros.
 

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