Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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quinta-feira, 3 de julho de 2014

Ironia suprema: após tanta sabotagem, “Copa das Copas” pode reeleger Dilma

Pergunto a você, estimadíssimo leitor: o que mais os grupos político-midiáticos de direita e esquerda que apostaram na Copa de 2014 como meio de desgastar Dilma poderiam ter feito para atingir tal objetivo? Eu diria que fizeram de tudo e mais um pouco.
Pela esquerda, protestos violentos contra a Copa infernizaram as grandes cidades, feriram centenas de pessoas, provocaram prejuízos econômicos imensos, rebaixaram a autoestima dos brasileiros até o rés do chão, tudo com base na mentira hedionda de que os investimentos no evento teriam roubado dinheiro da Saúde e da Educação.
Pela direita, mentiras sobre a organização da Copa não deram um só dia de sossego para os organizadores – ou para a face mais visível da organização do evento, o governo federal. Após caírem as mentiras espalhadas mundo afora pela mídia brasileira, a mídia internacional vem denunciando aquela campanha infame que o evento sofreu, que previa “caos”.
Não se pode negar que essa campanha de desmoralização funcionou tanto para um extremo quanto para o outro do espectro político – ao menos enquanto foi possível manter mentiras dessa magnitude:  Dilma caiu razoavelmente nas pesquisas.
Além disso, do ano passado até abril deste ano, a 3 meses do início da Copa, pesquisa Datafolha mostrava que a aprovação ao evento despencara. Em novembro de 2008, 79% dos brasileiros apoiavam a Copa; em junho de 2013, eram 65%; em abril último, esse apoio caiu para míseros 48% – a maioria, então, era contrária ou indiferente a realizar a Copa no país.
Eis que, de supetão, sem divulgação prévia no UOL – como costuma acontecer –, pesquisa Datafolha dá conta de melhora na aprovação de Dilma – aparentemente minimizada pelo instituto – e, acima disso, de forte melhora na aprovação à realização da Copa no Brasil, que, agora, subiu para 63%. Em menos de um mês.
E, consequentemente, segundo essa pesquisa Datafolha recém-divulgada, do mês passado para cá a aprovação ao governo Dilma subiu de 33% para 35% e as intenções de voto dela subiram para 38%.
Para este Blog e os leitores que nele acreditam, não houve surpresa. ONZE DIAS atrás, foi dito nesta página que o sucesso da Copa melhoraria a aprovação de Dilma. Como você pode ver, leitor, não foi chute.
Mas, para variar, a famigerada “margem de erro” do Datafolha fez os adversários de Dilma desfrutarem do que não faz sentido que desfrutem. Eduardo Campos e Aécio Neves ganharam pontos também, mas dentro da margem de erro de 2% – Dilma ganhou 4 pontos.
Não faz sentido que Aécio e Eduardo ganhem pontos porque eles estiveram entre os mais vira-latas no que tange a Copa. Garantiram que o Brasil passaria “vergonha”, que as obras não ficariam prontas etc. Ora, se nada disso ocorreu não faz sentido que tenham ganhado pontos.
“Análise” do diretor do Datafolha, Mauro Paulino, publicada na Folha nesta quinta-feira 3 explica que os candidatos da oposição ganharam esses pontinhos porque se tornaram “mais conhecidos” e porque caiu o percentual dos que não escolheram um candidato, mas é balela. É mais provável que tenham perdido pontos após a realidade da Copa desmascarar a fantasia pregressa.
Este blog tem notícias de que pesquisas privadas feitas para o governo Dilma mostram que os ganhos dela com a excelente organização do Mundial superam o que o Datafolha diz. Isso porque o desmoronamento do catastrofismo mostrou um fato aos brasileiros: Dilma e a Copa que seu governo organizou foram alvo de mentiras, sob inspiração de seus adversários políticos.
A campanha contra a Copa foi tão insistente, tão esmagadora, tão peremptória que a ausência do desastre chegou a ser chocante. Muitos dos que deram crédito àquelas mentiras ficaram absolutamente embasbacados com a realidade.
Alguém que acreditou piamente nas mentiras – pessoa com quem este blogueiro chegou a ter uma discussão acalorada – disse, recentemente, que estava absolutamente chocado. Pediu-me desculpas, inclusive. E reconheceu que houve (má) intenção política naquela história do “imagina na Copa”.
Para os brasileiros, em expressiva maioria, ficaram claros os métodos dos críticos renitentes de Dilma. Mais do que isso, a grande mídia atucanada desmoralizou-se fortemente.
Quem mandou exagerar tanto na dose?
Ora, não é por outra razão que a pesquisa Datafolha mostrou que também no que diz respeito à economia e à expectativa dos entrevistados sobre a própria vida houve melhora para Dilma e seu governo.
Tudo melhorou para Dilma. O pessimismo com a inflação caiu de 64% para 58%, o pessimismo irracional com o desemprego – pois temos hoje o desemprego mais baixo da história – caiu de 48% para 43%. Além disso, subiu de 27% para 32% o contingente dos que acham que os salários irão se valorizar.
Estamos falando de milhões de brasileiros que perceberam que foram jogados contra Dilma ao custo de mentiras. Não há nenhuma outra explicação. Esse fato é claro como água. E, mais do que isso, este blog acredita que se trata de fenômeno não apenas irreversível, mas crescente.
Além da verossimilidade de o Datafolha ter usado a margem de erro – e, talvez, mais um tiquinho – para deprimir os números da adversária Dilma e inflar os dos aliados Aécio e Eduardo, há outros números – que serão conhecidos proximamente – dando conta de melhora ainda maior para a presidente.
Ao fim, o que chama a atenção é a ironia suprema de a grande aposta da oposição midiática para desgastar Dilma se tornar um dos principais fatores que desencadearão sua reeleição, pois o desmoronamento das mentiras mostrou quem é quem.
Este Blog não estranhará, portanto, se, em breve, Aécio Neves e Eduardo Campos tentarem disputar com Dilma a paternidade da Copa. Afinal, filho feio não tem pai, mas filho bonito tem um monte.

A concentração “lulopetista” no estádio de Chicago



soldier
Quero prestar uma singela homenagem a Reinaldo Azevedo, o nosso Dr. Strangelove.
É o vídeo da multidão que encheu o Soldiers Field, um estádio em Chicago, para assistir o jogo em que  seleção dos Estados Unidos perdeu para a Bélgica.
É que Reinaldo Azevedo escreveu, alguns anos atrás, que nem sabiam, nos Estados Unidos, onde era o Brasil.
“Pergunte a americanos comuns onde fica o Brasil. Eles não sabem. Mas isso não quer dizer que sejam ignorantes. Quer dizer que o Brasil não tem, para eles, a importância que eles têm para o Brasil. É simples assim. Diga de bate-pronto, leitor: Angola fica na costa ocidental ou oriental da África? E Moçambique? Qual é capital da Guiné-Bissau? Entendeu ou quer que eu desenhe? E, no que diz respeito aos americanos, o mesmo vale para Uruguai, Paraguai ou Bolívia.”
Bem, depois desta Copa fracassada, desastrada, inútil e politiqueira, alguns já sabem, não é?
Afinal, os americanos foram os maiores compradores de ingressos: 200 mil, mesmo com a Veja dizendo que os estádios ficariam prontos só em 2038.
E outras dezenas, centenas de milhares, milhões talvez, estavam loucos para estar aqui.
Quem sabe quantos mais estariam se a imprensa mundial, apoiada no relato de nossa imparcialíssima mídia, não tivesse projetado o Brasil como uma selva.
Ou será que isso é uma conspiração “lulopetista” que mandou este pessoal para lá, fingir que era gringo para impressionar os incautos.
Depois que o Rodrigo Constantino descobriu a propaganda comunista na logomarca da Copa a gente não pode duvidar de mais nada, não é?

Os tucanos têm razão: é patriotismo, não é vira-latice

guararapes
A Aloysio o que é de Aloysio.
confiançadataQue apurou também um tal “índice de orgulho de ser brasileiro”, uma coisa meio estranha que, vá lá, eu reproduzo aí ao lado,
Vamos admitir que o tucano tenha razão..
Falta, pelo mesmo raciocínio, afirmar que a exacerbação do “espírito de vira-latas” também, segundo esta lógica, fosse o responsável pelos resultados anteriores, negativos.
Porque não foi isso que andaram repetindo, a torto e a direito, com o “vai ter crise” e o “não vai ter Copa”?
Um paisinho de m…, governado por incompetentes, que não ia dar conta de fazer uma Copa, não ?
Uma nação “porquera”, onde o cenário de pleno emprego, num mundo assolado pela desocupação, não valia nada, porque eram“empreguinhos de dois salários mínimos”, não é, Aécio?
Um lugar de gente incapaz, vagabunda, diferenciada, que não pode pegar o metrô em Higienópolis e quer se aposentar com “só” 35 anos de trabalho.
Enfim, uma “racinha” que “vota com o estômago” e está mais interessada em que haja financiamento para a casa própria do que com o superávit primário.
E que não entende que gastar R$ 1,7 bi (R$ 2,26 em dinheiro de hoje)  em uma nova sede administrativa para o Governo de Minas é mais importante que subsidiar moradia para os pobres.
Aliás, gente interessada também naquele salários  que estão “muito altos”, segundo as contas do aspirante a Ministro da Fazenda de Aécio, Armírio Fraga.
Mas os estrategistas tucanos esperam que tudo volte ao normal e que os holandeses – de preferência sem aqueles crioulos que andaram admitindo no seu time – ganhem a Copa e nos façam sentir um gostinho de Mauricio de Nassau, versão 2.1.
Como se sabe, o problema do Brasil é ter sido descoberto pelos portugueses, que fizeram aqui esta lambança étnica que começou com o negro Henrique Dias e o índio Filipe Camarão (que só viraram heróis nacionais no governo desta Dilma metida a populista)acharem que este país era também deles, não é?
Um país mestiço e moreno que brota tropicalmente sem pedir licença…
Mas isso, como se sabe, vai acabar depois da Copa.
E em vez dos gritos animados e orgulhosos dessa gente, ouviremos o cantar da chibata a “cantar”:
- Produtividade, seus vagabundos. Tomem arrocho, miseráveis. Vamos cumprir o dever de casa.
Da casa grande, por certo.

GILMAR EMPREGA O AMIGO DEMÓSTENES Cadê o áudio do grampo ?

Saiu no Justiça em Foco:

EX-SENADOR DEMÓSTENES TORRES PODE RETORNAR AO CARGO DE 

PROCURADOR, DECIDE STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liminar em mandado de segurança ajuizado por Demóstenes Torres, representado pelo advogado Pedro Paulo de Medeiros(foto), contra o ato do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que determinou o seu afastamento do cargo de procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Desta forma, o ex-senador poderá retornar ao órgão.

Segundo o advogado, o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) seria ilegal por configurar um processo disciplinar idêntico àquele submetido no Senado Federal, no qual teria recebido a sanção mais grave (cassação do mandato). Alega que tal processo violaria a garantia do cargo vitalício, pois só poderia perdê-lo após o ajuizamento e a conclusão da ação civil competente.

(…)

Como se sabe, a História Universal liga Gilmar Dantas (*) a Demóstenes de forma indelével.
Os dois protagonizaram o episódio grotesco do “grampo sem áudio”, que, como demonstrou Rubens Valente, em “Operação Banqueiro” fez parte da ginástica para tirar Daniel Dantas da forca.
Porque, como se sabe, “sem Gilmar não haveria Dantas”.
Demóstenes dava umas caronas de jatinho a Gilmar – e NÃO era em jatinho do Carlinhos Cachoeira.
É bom não esquecer também do edificante HC que Gilmar concedeu a este grande brasileiro, o Dr Roger Abdelmassih, cientista emérito, personagem dereportagem recente no Domingo Espetacular.
Como diria o Mino Carta, é tudo a mesma … sopa !



E
m tempo: liga amigo navegante, espectador fiel da TV Justiça:

- O Senador Demóstenes empregava a enteada do Ministro Gilmar. Suspeição ? Afasta de mim esse cálice ! 


Paulo Henrique Amorim



(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. A comentarista Lucia Hippólito, na GloboNews, cometeu o mesmo ato “falho”. Falho ? O link para a sua falha, porém, sumiu do YouTube. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

O Datafolha, a “esperança na prorrogação” e o Dudu defendendo os pênaltis do Chile

totaldatafolha

O resultado da pesquisa Datafolha divulgado hoje compõe uma fantástica composição entre o óbvio e o ilógico.

O óbvio (e inegável) é que o sucesso da organização da Copa – contrariando tudo o que, nos últimos anos, foi despejado sobre a cabeça dos brasileiros – iria se refletir sobre a avaliação do Governo e nas intenções de voto em Dilma Roussef.

E os números sobre este pessimismo artificial sofreram uma total reversão: desde o sentimento de orgulho com a Copa até a repulsa aos xingamentos que parte da arquibancada “coxinha” do Itaquerão dirigiu à presidenta no jogo de abertura.

Este, aliás, é tão grande que dá a impressão de que Aécio Neves e Eduardo Campos, com sua grosseira associação àquele gesto, ficaram vaiando sozinhos.

Mas para quem, pelas décadas de experiência eleitoral, se acostumou ao jogo das pesquisas, é mais importante ver porque,  como e onde se colocam as “reservas técnicas” com que se pode influir na formação do clima eleitoral deixando um “volume morto” de onde se podem bombear os números necessários para ajustá-los depois.

O primeiro indício é que Aécio Neves, mesmo com o compacto apoio do pessoal que “não vota com o estômago”, não consegue desempacar. Parece que desde tempos imemoriais estagnou na faixa de 20%. que é bem menos que a direita pode ter e tem em qualquer eleição, mesmo que enfrente Nosso Senhor redivivo  como adversário.



Vai crescer, sim, porque não há outro jeito, mas está evidente que não empolga a ninguém.

O segundo, menos importante porém muito mais evidente é que Eduardo Campos, nas pesquisas muito mais que na realidade eleitoral, funciona como um “colchão de amortecimento”  para a polarização que é evidente neste processo de disputa que, afinal, não é diferente de nenhum outro dos que nos acostumamos a viver desde que o tucanato passou a ser o partido único do conservadorismo brasileiro, com a extinção do PFL-DEM.

Eduardo Campos, qualquer um sabe, não é sequer uma sombra do que foi Marina Silva, que teve 17% dos votos totais (o que é a base da pesquisa). Para chegar a isso, Marina venceu no Distrito Federal e foi a segunda colocada em estados importantes, como o Rio de Janeiro, Pernambuco, Ceará (empatada com Serra) , além de outros menos expressivos eleitoralmente como o Amazonas e o Amapá.









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O que fez o Datafolha para que Eduardo Campos subisse, já  que míngua a olhos vistos a ponto de não conseguir sequer palanque nos principais estados e enfiado em disputas paroquiais que estão provocando uma debandada dos candidatos do PSB em todas as direções, seja a da oposição , seja a do Governo.

Simplesmente, em apenas um mês, mais que “dobrou” suas intenções de votos na mais populosa região do país, o Sudeste, como se demonstra no mapa ao lado, que é do próprio Datafolha, aos quais acresci os dados divulgados pelo mesmo instituto hoje na Folha de S. Paulo.

No colégio eleitoral formado por São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Espírito Santo, aí pelos 60 milhões de votos, o Datafolha diz que Campos passou de 4% para 9% das intenções de voto. Esse crescimento, de 5%, significaria “ganhar” três milhões de votos em um mês, uma imensa façanha para quem tinha pouco mais de 2 milhões de potenciais eleitores até junho.

Perdoem-me os estatísticos do Datafolha, mas só se o Dudu tivesse defendido os pênaltis do Chile, no lugar do Júlio César.

Nem vou falar em outras aberrações, como a de se atribuir 1% dos votos ao professor Mauro Iasi (PCB) – nada pessoal – ou 2% ao combativo Zé Maria, do PSTU,  a quem o institutoprevê quase três milhões de votos, um crescimento extraordinário em relação aos 84 mil  que teve como candidatos a presidente em 2010.

Parece evidente que é por aí que trabalham politicamente os mentores de pesquisas: apostam tudo na prorrogação e, com ela, em levar o jogo eleitoral para a prorrogação.

E para os pênaltis , com a esperança de uma “ajuda” do juiz.