Mente vazia, oficina do sistema da mídia golpista

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sexta-feira, 26 de junho de 2015

O relato (quase desenhado) da má-fé da Folha, por Conceição Lemes

folhamaluco
Dispensa comentários, porque as imagens fornecem ao texto quase que um desenho da narrativa, o artigo escrito por Conceição Lemes no Viomundo sobre o circo armado pela Folha – e por boa parte da mídia – em torno do palerma (ou provocador) que impetrou o tal patético “habeas corpus” em favor de Lula que, como disse o próprio desembargador que negou seguimento à pataquada jurídica. Só serve para  “expor e prejudicar” o ex-presidente.(veja aqui).
Desejo que um transtornado, que já impetrou 150 (!!!) habeas corpus – marca que poucos advogados conseguiram atingir com anos e anos de carreira, ao qual,  de imediato, toda a grande mídia atendeu.
Coube à Folha erguer o mastro principal do circo, o que Conceição fotografa,  em detalhes, para reconstruir o “passo a passo” de uma sordidez.
Leia o texto que reproduzo, com suas imagens, tomando apenas a liberdade de reduzir o título:

A Folha e o maníaco do HC

A má-fé da Folha de S. Paulo é sem limite.
A cada dia que passa, o jornal que serviu à ditadura militar, se afunda mais no esgoto.
Nesta quinta-feira, 25 de junho, protagonizou mais uma patifaria.
Folha 1Primeiro, o jornal dá como  manchete  que “Ex-diretor ligado a Lula continuará preso, decide juiz”.
Refere-se a Alexandrino Alencar.
“Ele era diretor de Relações Institucionais da Odebrecht. E nessa condição acompanhou Lula em palestras da empresa, quando o ex-presidente já havia deixado o cargo”, explica José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula. “Apenas isso.”
Só que a Folha, como a mídia em geral, o liga a Lula como “amigo”, para forçar a versão que lhe interessa, na tentativa de incriminar o ex-presidente.
Depois, coloca como manchete da capa que Lula havia pedido um habeas corpus preventivo à Justiça.
Na versão, postada nesta quinta-feira, às 11h25, a Folha afirma que Lula pediu à Justiça para não ser preso por juiz da Lava Jato. Ou seja, aFolha assume como verdade a notícia de que Lula é o autor do habeas corpus.
Detalhe: sem ouvir o Instituto Lula ou o ex-presidente sobre a veracidade da informação.folhatwitter
A Folha publica a mesma notícia no twitter, assumindo, de novo, como verdade que Lula é o autor do habeas corpus.
Cerca de uma hora depois aFolha muda a versão. Afirma que “Habeas corpus pede que Lula…” e não mais “Lula pede”. Detalhe: sem dizer aos leitores que a sua informação inicial era mentirosa.

Na capa, o UOL noticia: Instituto Lula diz que não impetrou habeas corpus. Propositalmente dá margem ao leitor a ficar em dúvida com a explicação do Instituto Lula. É como se IMG_1392-001afirmasse: “se o Instituto Lula diz, pode ser que esteja mentindo”.
A Folha, além de não ter ouvido o Instituto Lula — o outro lado, é regra básica do jornalismo — não teve a menor preocupação em saber quem impetrou o mandato.
Folha 5
Folha não se dá por vencida nem mesmo diante do conteúdo do habeas corpus do Maurício Thomaz. Vejam o trecho abaixo. Tirem as suas próprias conclusões.

Pior. Como habeas corpus não foi impetrado pelo ex-presidente Lula, aFolha tenta, obliquamente, ligar Maurício Ramos Thomaz a fatos relacionados a petistas.
888272327c4e0900650aa8c9184d9bf5Só que “esquece” de pesquisar direito.  Thomaz é maníaco por HCs.
O autor é fã de Diogo Mainardi. Num processo movido pelo jornalista Paulo Henrique contra o ex-colunista da Veja, Thomaz entrou comhabeas corpus em favor de Mainardi, para livrá-lo da condenação. E perdeu.

Em e-mail à ombusdman da Folha, José Chrispiniano, assessor de imprensa do Instituto Lula, denuncia a irresponsabilidade do jornal.
Cara ombusdman,
Bom dia. Segue abaixo matéria Folha 4da Folha de S. Paulo. Ela foi depois alterada, mas não importa, porque foi ao ar atribuindo de maneira irresponsável informações não checadas. Nenhum desses repórteres do jornal nos contatou (outros dois, Andreia Sadi e Bruno Boghossian nos contataram para checar). Eles checaram apenas com a assessoria de imprensa do TRF-4. Não checaram a autoria do Habeas Corpus. Já sabemos que a suposta regra de outro lado no Manual da Folha e da checagem de informações é relativa quando se refere ao ex-presidente Lula. Mas o jornal, na figura desses dois repórteres, passou agora de qualquer limite.
Atenciosamente,
José Chrispiniano
Que a Folha quer ver Lula na cadeia, o PT banido e a presidenta Dilma defenestrada, não há a menor dúvida.  Todos nós sabemos disso.
A questão é: para conseguir os seus objetivos, quantas mais mentiras aFolha publicará? Até onde o jornal de Otavinho Frias afundará nos seus dejetos?

quinta-feira, 25 de junho de 2015

'Dá para pegar ele'


De novo agora todos os latidos, mandíbulas, miras, gatilhos, patas, línguas espumosas, risos gordurosos, emboscadas e dardos convergem em sua direção.


por: Saul Leblon 

Ricardo Stuckert/Instituto Lula

















Um juiz estala os dedos, a ordem se propaga pelo dispositivo midiático conservador.
 
A ordem é disseminada por um colunista especializado na arte dos ganidos demarcatórios. 
 
‘(O juiz) acha que dá para pegar ele’, uiva entre espasmos de ansiedade e sofreguidão.
 
A mensagem ganha diferentes versões no dispositivo midiático. 
 
Contra Getúlio, Juscelino e Jango era Lacerda principalmente quem dava a cadência das senhas golpistas.
 
Lacerda agora é o jornalismo; os colunistas, em especial, seu autofalante mais exclamativo.
 
Ao ‘salve geral’ narrativas são adaptadas ao sotaque de cada público específico. Desde a mais crua, às colunas especializadas em dizer o mesmo com afetação pretensamente macroeconômica ou jurídica.
 
A mensagem é a mesma: ‘Dá para pegar ele’.  
 
‘Ele’ é o troféu mais cobiçado, a cabeça a ser pendurada no espaço central da parede onde já figuram outras peças  embalsamadas pelos taxidermistas a serviço da caçada ininterrupta do conservadorismo na história do país.
 
Mas falta a dele, uma cobiça acalentada pelos quase dez anos que remontam a 2005/ 2006.
 
‘Ele’?
 
Lula.
 
O metalúrgico que ascendeu ao posto de maior líder político do país desde Getúlio Vargas, e cuja morte política já foi uivada pela matilha um sem número de vezes.
 
De novo agora todos os latidos, mandíbulas, miras, gatilhos, patas, línguas espumosas, risos gordurosos, emboscadas e dardos convergem em sua direção.
 
Mas há uma novidade na sofreguidão dos latidos.
 
Erros cometidos em inéditos doze anos de poder do maior partido de trabalhadores da América Latina, emergiram com força do chão movediço da crise mundial, contra a qual os recursos da resistência do Estado brasileiro se esgotaram.
 
O problema principal não é o ajuste que sucedeu a isso.
 
Não é Dilma.
 
Seu governo, a composição, a política em curso refletem um flanco anterior mais grave que pode ser sintetizado no distanciamento orgânico entre ‘a caça’ e seu imenso entorno popular.
 
É esse distanciamento que o ajuste em curso espelha, ao mesmo tempo em que age para aprofunda-lo.
 
E é ele também que explica os ganidos em decibéis crescentes, o cheiro forte de urina demarcando o território conquistado no avanço ininterrupto do tropel.
 
Mas não sem dificuldade.
 
O ciclo iniciado em 2003 tirou algumas dezenas de milhões de brasileiros da pobreza; deu mobilidade a outros tantos milhões na pirâmide de renda.
 
A inclusão foi tão expressiva que sob a cortina de fogo impiedosa do monopólio midiático há quase uma década, acuado, ferido e enxovalhado noite e dia, sem espaço de resposta, Lula ainda figura como o nome que parte com 25% dos votos nas sondagens da corrida presidencial para 2018, contra 35% de Aécio Neves.
 
Mas a direita sabe que isso é pouco para ele reverter.
 
Com acesso diário à tevê hoje sonegado, ao rádio e ao debate num cenário econômico que dificilmente será pior do que o atual, os dez pontos da vantagem do tucano – segundo o Datafolha -- podem derreter em questão de dias.
 
Então é preciso liquidar a fatura hoje. Agora. Na janela de oportunidade entre o vácuo orgânico criado em torno da presa e a próxima temporada de imersão no oceano popular. 
 
‘(O juiz) acha que dá para pegar ele’, telegrafa o colunista que alardeia intimidades com a caçada e objetivamente compõe o galope.
 
A disjuntiva ‘combate à corrupção’ versus ‘ impunidade’ serve para aspergir legalidade ao tiro ao alvo em marcha que busca a cabeça encomendada para figurar na parede dos abates ilustres de Getúlio, Jango, entre outros.
 
Passar a limpo a política brasileira? 
 
Fosse essa a motivação a força-tarefa que hoje se esfalfa em caçar Lula cerraria fileiras para criar travas à presença do dinheiro grosso nas campanhas eleitorais.
 
Promoveria uma reforma capaz de dificultar siglas caça níqueis. Endossaria o clamor por uma democracia mais aberta à participação da população, ora resumida ao comparecimento esporádico às urnas.
 
Não, não é esse o objetivo.
 
A reforma de Cunha, talhada à sua imagem e semelhança, sacramenta a causa do apodrecimento da política e afastar o eleitor das decisões por intervalos maiores.
 
Ah, mas Lula fez lobby por empresas brasileiras... 
 
Sim. E nisso o senador Roberto Requião foi definitivo enquanto os senadores do PT balbuciavam evasivas:
 
‘Criticam o Lula por trabalhar a favor de empresas brasileiras;  elogiam o Serra por querer entregar nosso petróleo a empresas estrangeiras’, fuzilou, tiro seco e letal, o bravo parlamentar.
 
O país precisa de uma macroeconomia mais consistente? 
 
Por certo. 
 
Mas qual?
 
A dos sábios tucanos, reunidos no departamento econômico do Itaú, o BC do PSDB? Ou aquela recauchutada na Casa das Garças, com os mesmos ingredientes de sempre. Desregulação do mercado de trabalho e livre comércio, em linguagem acadêmica. Ou para ser um tanto mais direto: arrocho e entreguismo.
 
'O trade-off  é mais liberalismo em troca de mais redistribuição', preferem os senhores elegantes de gravata italiana.
 
Pergunte-lhes onde foi que isso aconteceu? 
Na Espanha? Na Grécia? Em Portugal? Nos EUA? Ou na Inglaterra, onde a gororoba é aplicada desde Thatcher (Blair incluso), e 250 mil foram às ruas no último sábado contra cortes em programas sociais promovidos pelo engomadinho  Cameron (37% dos votos em escrutínio com abstenção de 40%)?
 
Menos Estado em troca de mais distribuição?
 
Então por que o motor da economia mundial engazopou e não pega nem com o tranco de liquidez de trilhões de dólares despejados pelo Fed e, agora, pelo tardio BCE?
 
Trinta anos que não se faz outra coisa a não ser desregular mercados urbi et orbi, e as grandes corporações mundiais estão sentadas em trilhões de dólares de liquidez. 
 
Não investem.
 
Quem diz é a OCDE, não propriamente um organismo bolchevique. 
 
A produtividade patina e grandes corporações dos EUA já destinaram US$ 903 bilhões este ano à recompra das próprias ações ou a dividendos milionários pagos à república dos acionistas, invertendo-se a destinação majoritária do lucro que deveria expandir o investimento produtivo.
 
O que falta para lubrificar a engrenagem emperrada?
 
Falta o que o Brasil tem, mas a boa ‘ciência econômica’ aqui -- com o incentivo do bravo jornalismo econômico -- acha indispensável liquidar: mercado de massa, horizonte de demanda, distribuição de renda, de bens e de infraestrutura. 
 
A desregulação do mercado de trabalho e a destruição do pleno emprego -- vendidas como o clorofórmio capaz de combater as impurezas da macroeconomia lulopopulista,  explicam no plano mundial  por que essa  é a mais longa, frágil e incerta convalescença de todas as crises capitalistas, desde 1929.
 
O massacre da desregulação do trabalho, na fórmula consagrada de empregos desqualificados, salários baixos e atrofia sindical, foi contrabalançado pelo inchaço do crédito nas últimas décadas.
 
Famílias assalariadas – a exemplo de Estados desidratados pelas reduções de impostos —foram buscar no endividamento aquilo que o emprego e a receita fiscal não mais proporcionavam.
 
Empréstimos às famílias cresceram três vezes mais rápido que o PIB no último meio século nos países ricos, diz a OCDE.
 
Criou-se uma contradição nos seus próprios termos: crédito em volume cada vez maior a tomadores cada vez mais descapacitados a pagá-lo.
 
Daí para as sub-primes que acenderam o pavio da explosão mundial era uma questão de tempo.
 
Quando o balão de oxigênio creditício travou, em 2008, sobrou o deserto do real.
 
Um imenso areal de mão de obra subempregada, trabalhadores em tempo parcial, dezenas de milhões de famílias endividadas, outros tantos milhões de lares sem condições sequer de prover o próprio sustento.
 
O mundo talhado pelo cinzel neoliberal abarca hoje mais de 200 milhões de desempregados –30 milhões adicionados só nesta crise; a fome está de volta à Europa; uma em cada quatro crianças vive em meio à pobreza na Inglaterra onde Cameron acaba de cortar mais 12 bilhões de libras dos programas sociais; 46 milhões de norte-americanos só comem com ajuda do governo, mas o Congresso neoliberal desautoriza Obama a elevar o salário mínimo, agora inferior ao da era Reagan.
 
Por isso a OCDE lamenta o onanismo de um capital que se autossatisfaz ejaculando com a recompra das próprias ações e distribuindo lucros celibatários a  acionistas e diretores rentistas.
 
É essa a eficiência estratégica que se persegue?  Um capitalismo que patina no próprio esperma, apartado da reprodução, alijado de ferramentas de Estado e de poder social para reconduzi-lo às finalidades sociais do desenvolvimento?
 
Os dados na mesa são claros.
 
Não há muito tempo para agir, nem são tantas as opções assim.
 
Há até algum consenso entre o mercadistas sensatos e a visão progressista. 
 
Ambos concordam que o país vive o esgotamento de uma dinâmica econômica. 
 
Há razoável convergência em relação ao motor que deve puxar o novo período: o investimento produtivo, um impulso industrializante liderado pelo pré-sal; os grandes projetos de infraestrutura. 
 
Termina o espaço dos consensos.
 
O conservadorismo avalia que o legado recente é incompatível com o futuro desejado. Para nascer o ‘novo’ é preciso destruir o ‘velho’. 
 
Parece schumpeteriano, é udenista puro. 
 
A supremacia financeira deve purgar todo e qualquer vestígio de interesse nacional, público e social no manejo da economia.
 
O alvo da caçada, Lula, embolou tudo na última década.
 
Fortemente ancorada na ampliação do mercado de massa, a economia avançou apoiada em ingredientes daquilo que a emissão conservadora denomina ‘Custo Brasil’.
 
Um exemplo das dificuldades a retardar o avanço da matilha nessa frente?
 
A formalização da mão de obra.
 
Hoje ela encarece sobremaneira o lacto purga das demissões em massa, atrasando a purificação do metabolismo econômico. 
 
O PSDB deixou o país com uma taxa de informalidade do emprego de 43,6%. 
 
No ano passado esse percentual era de 29,5%.
 
Para demitir um operário com registro em carteira é preciso pagar todos os direitos legados por Vargas. 
 
Eles foram limados parcialmente pela ditadura, mas fortalecidos na prática pelo ciclo de pleno emprego propiciado em 12 anos de governos do PT (que pegou o país com um desemprego tucano superior a 9%, quase 10% em 2003; cortou isso à metade).
 
É disfuncional. Custa caro faxinar a folha de pagamentos pós-PT.
 
Pior: ao recontratar, enfrenta-se o piquete de uma década de investimento para democratizar a educação.
 
Foram oito milhões de vagas do Pronatec e 1,6 milhão de vagas do Prouni e do Fies.
 
O avanço educacional barra o retrocesso significativo nas relações de trabalho: o jovem qualificado recusa a informalidade e o salário arrochado.
 
É preciso pendurar a cabeça do responsável por isso na parede; impedi-lo de retornar à Presidência ou o mercado não completará o longo ciclo de detox neoliberal requerido.
 
‘(O juiz) acha que dá par apegar ele’.
 
Essa é a determinação serviçal da Lava Jato, cuja mão de obra não se inibe em paralisar o país para entregar o serviço. 
 
A paralisia do sistema econômico, na verdade, é um plus que acompanha o pacote e ajudar a acuar a caça.
 
O resto é farofa ética expressa no inimputável conforto desfrutado pelas lambanças do PSDB.
 
Romper o cerco dessa determinação canina exige coragem política de negociar o futuro do país com quem  ainda quer conversar sobre soluções coletivas -- até para tornar compreensível e tolerável as restrições do presente, que são reais.
 
Ou o campo progressista se une e mexe no tabuleiro do xadrez com as peças dispostas a permanecer no jogo democrático, e de lance em lance altera a rigidez das demais, ou ele próprio será tomado pela rigidez cadavérica que vai tomando conta do metabolismo econômico.
 
Lula criou um novo personagem histórico: o mercado de massa ancorado no pleno emprego formalizado. 
 
Os novos protagonistas formam hoje a maioria da sociedade.
 
Mas ainda não constituem um protagonista histórico capaz de assumir o comando do desenvolvimento e do país, o que explica o seu distanciamento em relação à caçada em curso.
 
É um pouco esse paradoxo que espeta no governo a angustiante dubiedade de um refém de si mesmo.
 
Cria, também, a angustiante dissociação entre o gesto e o seu efeito. 
 
Entre o apelo e o seu desdobramento.
 
Nesta 2ª feira, Lula, ‘a caça’, evocou a necessidade de uma revolução no PT, ‘para salvar nosso projeto, não a nossa pele’.
 
Nada.
 
Em diferentes momentos da história recente, mas sobretudo após a morte traumática do candidato do PSB à presidência, Eduardo Campos, em agosto do ano passado, o projeto progressista esteve emparedado, a ponto de muitos darem o jogo como perdido.
 
No final de agosto, o aluvião conservador era tão denso que expoentes do colunismo conservador degustavam precocemente a derrota irreversível do ‘lulopetismo’.
 
Em duas frases, Lula esquadrejou a areia movediça então e identificou um pedaço de chão firme onde instalar a alavanca da reação (bem sucedida, como se sabe):  ‘Temos que demarcar o campo de classe dessa disputa: é preciso levar a política à campanha’.
 
Se tivesse incorporado à evocação o debate de ajustes pontuais na economia, o eleitor provavelmente entenderia –desde que isso se fizesse acompanhar de salvaguardas, prazos e contrapartidas.
 
Um pouco o que o Syriza busca agora na Grécia para não ser cuspido do euro, nem lixiviar ainda mais uma sociedade escalpelada. 
 
Errou o PT ao não fazê-lo.
 
Erra em dobro agora, ao insistir em terceirizar um ajuste necessário, mas que só resultará em reordenação progressista do desenvolvimento se for pactuado com os que precisam genuinamente apostar na democracia social brasileira.
 
Os riscos intrínsecos a uma decisão de renegociar o pacto do desenvolvimento não são maiores do que o caminho adotado agora.
 
A aposta na indulgência dos mercados levou o governo a uma ponte sem pilares que desembocou em um labirinto de areia movediça.
 
Em certa medida, é como se o PT desconfiasse da capacidade de engajamento do protagonista político que ajudou a revelar.
 
O criador escapou à criatura. 
 
Ou dito de forma mais racional: é viável enfrentar as contradições de um ciclo de desenvolvimento como o atual, sem estreitar os canais de organização e comunicação com a principal força capaz de sustentar a continuidade do processo?
 
A matilha  late cada vez mais perto.
 
Contra a voracidade excitada pela silhueta da presa há resposta.
 
Talvez a única resposta nas horas que correm.
 
A unidade de ação do campo progressista e a determinação política inabalável de não escamotear a colisão de interesses em jogo. ‘Trata-se de salvar um projeto, não cargos’. A ver.

segunda-feira, 22 de junho de 2015

Moro: quem tem que reagir é o Supremo ! Assim como não existiria Dantas sem Gilmar, Moro só existe por causa do Gilmar.



O Judiciário, sob a liderança do Gilmar.

O Ministério Público, sob a liderança do Moro.

A Polícia Federal, sob a liderança do Moro.

Todas as instituições se postaram de joelhos diante do PiG.

À frente de todos, o Poder Executivo, que endossa a Lava Jato.

A reação mais enfática, agressiva, em defesa dos Direitos e da Lei teria que vir do Comando Supremo da Nação, a Presidenta eleita pelo povo em duas eleições livres e democráticas.

Mas, daí não vem nem virá.

De onde, então, deveria vir o combate ao Moro ?

Quem, em última instância, garante a Lei e a Ordem ?

Até no regime militar o Supremo defendeu a Lei e a Ordem.

Evandro Lins e Silva deu um Habeas Corpus a Miguel Arraes que o tirou da cadeia em Fernando Noronha e permitiu que se exilasse.

Presos políticos receberam Habeas Corpus do Supremo em 60 dias !

E agora ?

Quantos Habeas Corpus de presos na Guantánamo do Moro esperam uma decisão do Supremo há meses e meses?

O Supremo desempenhou um papel tão digno no Golpe militar, que foi preciso aposentar três ministros, cuja sabedoria jamais foi compensada: Evandro, Hermes Lima e Victor Nunes Leal.

Por que o Supremo não reage diante das notórias e gritantes arbitrariedades desse conjunto Golpista formado pela Guantánamo do Moro, os delegados confessadamente aecistas, que faziam tiro ao alvo na Dilma, e os procuradores fanfarrões?

Por medo do PiG.

Por que o zé da Justiça mantém no cargo os delegados que atiravam na Dilma ?

Por medo do PiG.

Se alguns ministros supremos se acovardaram diante dos militares do Golpe Militar, agora, ministros supremos se acovardam diante de espada mais afiada e mortal: a do PiG, do Golpe Midiático, da Máquina de Lama!

Ah, o Lewandowski, dirão !

Ora, responderão: o Lewandowski teve coragem no mensalão, apanhou como um condenado, e ninguém – com exceção dos blogueiros sujos – levantou o dedo para defender sua dignidade e profissionalismo.

E agora ?

Quem mais ?

Ou o Gilmar continuará a ser o Presidente Supremo do Supremo, no PiG ?

Só ele fala pelo Supremo ?

Ele tem o dom de calar e acovardar o Judiciário inteiro ?

Será ?

Assim como não existiria um Daniel Dantas sem o Gilmar – como disse o valente Rubens Valente -, não existiria um Moro sem o Gilmar ! 

Nem no regime militar foi assim !

Tanto horror perante os céus, diria Castro Alves, que descreveu a chibata !


Paulo Henrique Amorim


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quarta-feira, 29 de abril de 2015

STF faz desMOROnar atuação de juiz na Lava Jato

teori

Para quem já entendeu que o juiz federal Sergio Moro vem extrapolando todos os limites que sua posição permite ao impor um Estado policial ao país, um regime autoritário no qual pessoas são jogadas no cárcere por qualquer razão e, assim, coagidas até a contar mentiras para atender à ânsia do carrasco por “denúncias” com nítido viés político, recente decisão do Supremo Tribunal Federal veio em muito boa hora.
Pode ser coincidência que a Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal tenha concedido, na última terça-feira, um habeas corpus (HC 127186) a nove réus acusados de envolvimento em um suposto esquema de desvio de recursos da Petrobras justamente neste momento. Porém, não há como não conectar a sentença emitida pelo ministro Teori Zavascki – e apoiada pelos ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli – ao clamoroso caso envolvendo a prisão indevida da cunhada do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, encarcerada por seis dias sem uma razão plausível e libertada sem um mísero pedido de desculpas.
O efeito imediato da recente decisão do STF torna-se evidente ao mirarmos avaliação feita pelos advogados das empresas investigadas pela Operação Lava Jato. Para eles, a decisão tomada pelo Supremo Tribunal Federal constitui tentativa da instância máxima da Justiça brasileira de colocar um freio no juiz federal Sergio Moro, que conduz os processos da Lava Jato.
Também tornou-se consenso entre os advogados ouvidos dos réus da Lava Jato que haverá menos acordos de delação premiada daqui para frente, apesar dos benefícios que eles podem proporcionar, além da revogação da prisão preventiva, com a redução de multas e penas. Isso porque o longo tempo de encarceramento vem fazendo com que a tal delação premiada se converta em invenção premiada, em certos casos.
Ou seja: há gente inventando aquilo que o juiz Moro quer apenas para sair do cárcere, já que as prisões da Lava Jato estendem-se por tempo indeterminado e sem justificativas melhores do que “manutenção da ordem pública”, eufemismo para chantagem carcerária contra os suspeitos.
Vale comentar que a recente decisão do Supremo Tribunal Federal e a dura sentença emitida pelo ministro Teori Zavascki, que chega a qualificar a conduta de Moro como “medievalesca”, terá que figurar na petição que este Blog enviará nos próximos dias à Corregedoria Nacional de Justiça, em Brasília, pois contribui para a tese referente aos abusos que esse magistrado vem perpetrando e que acabam de ser reconhecidos pela instância máxima da Justiça brasileira.
Desse modo, informo que, apesar de já ter a parte fática da petição praticamente pronta, o documento deve chegar a Brasília, para protocolo no CNJ, apenas na segunda-feira, já que sexta-feira é feriado e a recente decisão do STF ainda terá que ser juntada aos fatos, pois referenda a tese que pede o afastamento de Moro da Operação Lava Jato e investigação inclusive de fatos como “vazamentos” que ocorreram, que ele deveria investigar e que jamais investigou.
Por fim, é motivo de comemoração para a sociedade que o STF tenha tomado a decisão que tomou, pois reestabelece algum equilíbrio entre a necessidade de investigação de crimes e o uso de métodos “medievalescos” para obter confissões e até mesmo adesões fortuitas e forçadas às teses de quem claramente se deixou inebriar pela fama e/ou atua com a finalidade espúria de favorecer grupos políticos inconformados com o resultado da última eleição presidencial

quinta-feira, 3 de julho de 2014

GILMAR EMPREGA O AMIGO DEMÓSTENES Cadê o áudio do grampo ?

Saiu no Justiça em Foco:

EX-SENADOR DEMÓSTENES TORRES PODE RETORNAR AO CARGO DE 

PROCURADOR, DECIDE STF


O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes concedeu liminar em mandado de segurança ajuizado por Demóstenes Torres, representado pelo advogado Pedro Paulo de Medeiros(foto), contra o ato do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), que determinou o seu afastamento do cargo de procurador de Justiça do Ministério Público de Goiás (MP-GO). Desta forma, o ex-senador poderá retornar ao órgão.

Segundo o advogado, o Processo Administrativo Disciplinar (PAD) seria ilegal por configurar um processo disciplinar idêntico àquele submetido no Senado Federal, no qual teria recebido a sanção mais grave (cassação do mandato). Alega que tal processo violaria a garantia do cargo vitalício, pois só poderia perdê-lo após o ajuizamento e a conclusão da ação civil competente.

(…)

Como se sabe, a História Universal liga Gilmar Dantas (*) a Demóstenes de forma indelével.
Os dois protagonizaram o episódio grotesco do “grampo sem áudio”, que, como demonstrou Rubens Valente, em “Operação Banqueiro” fez parte da ginástica para tirar Daniel Dantas da forca.
Porque, como se sabe, “sem Gilmar não haveria Dantas”.
Demóstenes dava umas caronas de jatinho a Gilmar – e NÃO era em jatinho do Carlinhos Cachoeira.
É bom não esquecer também do edificante HC que Gilmar concedeu a este grande brasileiro, o Dr Roger Abdelmassih, cientista emérito, personagem dereportagem recente no Domingo Espetacular.
Como diria o Mino Carta, é tudo a mesma … sopa !



E
m tempo: liga amigo navegante, espectador fiel da TV Justiça:

- O Senador Demóstenes empregava a enteada do Ministro Gilmar. Suspeição ? Afasta de mim esse cálice ! 


Paulo Henrique Amorim



(*) Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. A comentarista Lucia Hippólito, na GloboNews, cometeu o mesmo ato “falho”. Falho ? O link para a sua falha, porém, sumiu do YouTube. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

GUIA PARA O IMPEACHMENT DE GILMAR Dr Janot, Valente fez metade do seu trabalho. A Dilma foi Republicana …

livro “Operação Banqueiro”, de Rubens Valente, e sua esclarecedora entrevista a Sergio Lirio, na Carta Capital envergonham o Brasil, como resumiu Fernando Brito.

O subtítulo é “a incrível história de como o banqueiro Daniel Dantas escapou da prisão com apoio do Supremo Tribunal Federal e virou o jogo, passando de acusado a acusador”.

Que Daniel Dantas deveria estar encarcerado desde a Operação Chacal, isso é do conhecimento do mundo mineral, como diz o Mino Carta, que o chamou, apropriadamente, de “O Dono do Brasil”.

Mas, Dantas já foi longe demais.

A “Operação Satiagraha” será inevitavelmente legitimada pelo atual ou o seguinte Presidente do Supremo.

Valente demonstra que a “maçã não está podre”.

Que o cerne das provas contra Dantas – e Gilmar – é inquestionável.

Protógenes Queiroz pode ter cometido erros.

Mas trouxe provas que justificam o encarceramento do banqueiro – e alguns de seus colaboradores.

Legitimada a Satiagraha, Dantas será gentilmente convidado a servir a pena que o destemido, brilhante juiz Fausto De Sanctis, que honra a Magistratura nacional, lhe impôs: dez anos !

Isso está inscrito no livro do inevitável.

Nem o Brasil consegue conviver com tanto horror perante os céus !

O que falta avançar é o processo – inevitável também – de impeachment de Gilmar Dantas (*).

O então deputado federal – e hoje senador – Walter Pinheiro (PT-BA) e o deputado federal Fernando Ferro (PT-PE) já tentaram, no passado destituir Mendes.

Como tentaram membros do Ministério Público intrigados com a demora de Mendes em apurar, na  Advocacia Geral da União, desvios no antigo DNER.

O emérito jurista Dalmo Dallari avisou, em artigo histórico, que a condução de Gilmar Dantas ao Supremo – a mais maldita das heranças de FHC – ia dar no que deu: a desmoralização da Corte Suprema.

Agora, o livro de Valente além de incriminar, vírgula por vírgula, o banqueiro, monta a peça de acusação contra Gilmar e seu impeachment.

Portanto, Walter Pinheiro, Ferro e o Procurador-Geral – Dilma foi Republicana, Janot será ? – , que se vê, agora, com um problema no colo, não precisam quebrar muito a cabeça.

Rubens Valente trabalhou por eles, no processo inadiável de saneamento da Alta Magistratura.

(A propósito, Valente incrimina de forma cruel, também, Cezar Peluso, Eros Grau e Ellen Gracie, que participaram do processo que resultou na genuflexão do Supremo diante dos desígnios de Dantas.)

Valente enfia o dedo no câncer.

O maior dos crime de Gilmar Dantas (*) foi dar o segundo HC Canguru a Dantas, o HC “per saltum”.

Janot, Pinheiro e Ferro deviam começar pela leitura do voto de Marco Aurélio de Mello, de 43′ de duração.

Mello foi o único que remontou a cronologia da decisão de De Sanctis para provar que havia, sim !, novas provas a justificar a segunda prisão de Dantas.

As novas provas eram o suborno a um agente federal que, aqui neste ansioso site, se encontra no “vídeo” que a Globo censurou.

Havia diante de Gilmar a prova indiscutível de R$ 1 milhão – “Ah, de reais. Entendi”, disse Victor Hugo, o agente que se passava por presidente da Satiagraha, numa operação de escuta controlada, autorizada por De Sanctis.

O esquema previa R$ 500 mil antes da Operação ser deflagrada, e R$ 500 mil depois que Dantas se certificasse de que estava fora da Satiagraha – e, em seu lugar, entraria o empresário Demarco, seu inimigo mortal. (Demarco condenou Dantas na Justiça Inglesa. Lá, pelo jeito, não há HC “per saltum”…)

Estava tudo lá,  diante dos olhos de Gilmar.

Mais do que uns “dois pedaços de papel”, sem “indicação de fato novo”, como disse o relator Eros Grau, que se inscreve, também, na História do Brasil como o relator do processo que anistou a Lei da Anistia !

Janot, Pinheiro e Ferro devem ler o Valente das pags 268 a 388 – e tentar não vomitar.

Basta embrulhar e pedir o impeachment.

A Globo não gravou a reunião no restaurante paulistano El Tranvía – portanto, não há por que desqualificar o áudio do agente que confirma o suborno.

Os advogados de Dantas prepararam a subida do HC Canguru ao Supremo de forma a coincidir com a Presidência de Gilmar Dantas (*) no recesso.

Era ele ou Peluso.

Tanto fazia …

A mochila de Dantas que estava em cima da mesa de jantar, quando foi preso no apartamento na Vieira Souto, no Rio.

Ali estão, do próprio punho, anotações de Dantas sobre o suborno a JUÍZES e jornalistas !

Gilmar sabia de tudo isso – eram as novas provas.

Advogados de Dantas se reúnem com assessores de Gilmar e “redigem” a decisão que leva ao segundo HC “per saltum”.

A ponto de um deles dizer “caraca !”, o Gilmar tinha, até !, incluído o raciocínio de que Dantas – no suborno – tinha caído “num ardil”.

Até nisso Gilmar acreditou !

Não passava de um ardil.

(Gilmar caiu no ardil ? Seria tão tolo assim ? )

(Quem recebeu os advogados de Dantas, nessa operação de “transmissão de pensamento” foi o Dr Luciano Fuck, chefe de gabinete de Gilmar.)

E as relações íntimas de Gilmar com Arnold Wald e Sergio Bermudes – advogados mega-remunerados de Dantas ?

Bermudes diz que liga para Gilmar duas vezes por dia e emprega Guiomar, mulher de Gilmar.

Como diz o Mino – é tudo a mesma sopa !

Quem o advogado de Dantas – Nélio Machado – encontrou no restaurante japonês Original Shundi ?

O que se discutiu ali, senador Pinheiro, deputado Ferro, Dr Janot ?

O que há dentro dos discos rígidos em que o Ministro (?) Eros Grau em cima se sentou ?

Como diz Valente, Grau realizou uma obra-prima da arte circense: “a apreensão da apreensão”.

Os discos estavam em poder de De Sanctis e em, 48 horas, tiveram que se postar sob a enxundiosa vigilância de Grau !

O processo de impeachment de Gilmar Dantas (*) é o mensalão do Judiciário.

Enquanto Gilmar Dantas (*) se sentar naquele semi-círculo – depois da peça acusatória de Valente – a sociedade brasileira será submetida a um escárnio.

Viva o Brasil !
Clique aqui para ler “Dantas ameaça editor de Operação Banqueiro”. 

Aqui para ver na TV Afiada “Livro sobre Gilmar chega ao STF”. 

Aqui para ver na mesma TV Afiada “Livro condena Dantas ao semi-aberto”. 

aqui para ler “Mino sobre Gilmar-Dantas e o Maranhão”. 


Paulo Henrique Amorim



(*)  Clique aqui para ver como notável colonista da Globo Overseas Investment BV se referiu a Ele. E aqui para vercomo outra notável colonista da GloboNews e da CBN se referia a Ele. O Ataulfo Merval de Paiva preferiu inovar. Cansado do antigo apelido, o imortal colonista decidiu chamá-lo de Gilmar Mentes. Esse Ataulfo é um jenio. O Luiz Fucks que o diga.